O que penso do prêmio Kindle de Literatura


E mais uma vez lá vamos nós para outra edição do prêmio Kindle de Literatura. Queria dizer que estou ansiosa por ele, mas de fato não estou. Diferente do ano passado, que fiquei feito louca virando madrugada para ter material pronto a tempo de candidatá-lo, esse ano resolvi que se o que estou trabalhando estiver ok até a data, beleza, inscrevo, mas se não estiver beleza também. Comecei a reavaliar e percebi que tem algo de muito estranho nessa premiação. E não, em absoluto estou dizendo que se trata de algum tipo de farsa. Vou explicar. 

A Amazon fatura muito com livros de autores independentes. Para se ter uma ideia, praticamente ficamos só com 35% do valor dos ebooks, e uma porcentagem pequena nos alugueis, que eles chamam de Kindle Unlimited. De fato ganhamos mais com o essa segunda forma, a de alugueis. 

Conheço uma autora que em dois meses tirou quase 10.000 entre vendas de ebooks e os alugueis de um único livro. Se recebemos 35% e se o valor que nos é passado do aluguel é baixo, quanto será que a Amazon não faturou com essa única obra? E se levarmos em conta que existem milhares de ebooks na plataforma de autores independentes, o faturamento deles é absurdo! 

E ai eles criam esse prêmio como uma forma de exaltar os autores que publicam na plataforma, o que pessoalmente acho maravilhoso! Mas, se olharmos que a grande parte dos ebooks de autores independentes que publicam lá são obras mais populares, do povão com texto acessível, vide os hots que sempre estiveram em alta nos 100 mais vendidos, me surpreende que os livros finalistas desses concursos sejam praticamente o que chamo de livros "cult". Ou seja, aqueles livros mais cabeças que fazem a gente pensar. 

E não, gente, não estou dizendo que isso é ruim. Obra de qualidade tem que ser premiada sim! Mas estamos falando do prêmio Kindle de Literatura! O maior ganho da Amazon não é com obras cults, mas livros do povão! Os livros de linguagem fácil e tema acessível, não é?  

Tá, se olharmos os avaliadores do concurso vamos entender a premiação. A Nova Fronteira, editora que publica o livro vencedor, tem um catálogo de livros mais sérios. E não faria sentido algum se no meio deles saísse um livro hot, por exemplo. É fato que o vencedor sempre vai ser algo fora da caixinha do tradicional em se tratando de Kindle Unlimited. 

E como sempre trago uma problemática junto de uma solução, penso que a Amazon poderia dividir essa premiação em categorias e trabalhar com editoras específicas para elas. Sei lá, tipo uma categoria de livros mais sérios e outra de livros populares. Trabalhar os sérios com a Nova Fronteira e os populares com a Verus Editora, por exemplo. Acho que isso me deixaria mais satisfeita. 

Não estou falando isso por ter livros nesse concurso que são rejeitados. Sou uma boa perdedora. Mas fico bem triste de ver que o faturamento da Amazon é altíssimo com livros populares e eles nunca terão chance de ganhar um concurso desses. Pode olhar os dois últimos vencedores. Ambos entram na categoria de livros cabeça, e pessoalmente, eu com o Kindle Unlimited, dificilmente vou procurar esse tipo de literatura. 

Talvez a premiação de livros sérios seja justamente para fazer o leitor tradicional do Kindle Unlimited ler coisas diferentes. Mas sendo bem sincera? Eles dificilmente o farão. Não é o que se procura por lá geralmente. Quantidade, para a maioria dos leitores que usam a plataforma, pesa mais do que qualidade. Não estou dizendo que isso  é certo ou errado, quem sou eu para dizer algo?! Mas é assim que as coisas são, e estão ai os números que não me deixam mentir. 

Queria que a Amazon premiasse ambas as categorias, porque todas merecem premiação. De concursos para livros cabeça existem vários no país! Mas para livros populares? Nenhum. Ninguém quer premiar um livro acessível, e eles não tem menos mérito por não ser narrado em decassílabos perfeitos. 

O que vocês pensam sobre isso? 

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Olá, pessoal!
Resolvi trazer hoje algumas promoções da Amazon que me deixaram de boca salivando. Pena que não tenho cartão de crédito (snif).
Mas para vocês que tem, olha só que ofertas imperdíveis nos cards abaixo!




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Estão esperando o que?

Resenha de "A Caçadora de Dragões" (Kristen Ciccarelli)

Título: A Caçadora de Dragões
Autor: Kristen Ciccarelli
Editora: Seguinte
Skoob: Adicionar

Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles.Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.

Você sabe que uma história te pegou de jeito quando senta para ler e só descansa depois da metade do livro. Foi assim comigo e A Caçadora de Dragões, que foi uma das melhores fantasias que li até agora nesse ano, ainda que tenha falhas que a autora poderia facilmente ter remediado.

Asha é uma Iskari, ou seja, uma Caçadora de Dragões. Um título meio que de herança familiar em sua família real e que não é realmente um título benéfico, só um tanto assustador, principalmente para quem conhece a garota e sua grande cicatriz no corpo.

Ela está prestes a se casar com um general do exercito de seu pai, e nada que seja por amor. Na verdade é uma dívida por Asha ter sido a responsável pela morte da família dele. Mas o rei, pai de Asha, promete livrá-la desse casamento se ela trouxer a cabeça de Kozu, o único dragão que Asha teme, porque ele quase a matou.

Entrelaçada a essa história base do livro, temos um pedido do irmão de Asha. Ela precisa salvar um dos escravos do noivo de ser assassinado, e isso vai acabar entrelaçando os dois personagens de um modo que ela não queria que acontecesse.

Já vou dizendo que Asha é uma Badass. O tipo de garota para quem sempre tiro o chapéu. E ela se mantem desse modo do início ao fim, ainda que seu coração a coloque em muitos questionamentos ao longo do livro, principalmente perto do fim. Vejo com frequência livros que a personagem começa porreta e termina lavada de amor. Isso não acontece aqui, pelo menos não dessa forma.

Para quem curte romance entrelaçado com fantasia, saiba que ele existe em Caçadora de Dragões, mas fica muito mais evidente próximo ao fim. Não é o tipo de romance que eu ame porque gosto quando o carinha é tão badass quanto a menina, e aqui não é exatamente o caso. Ainda assim, acho que eles são extremos interessantes de uma balança de poder agradável e que funcionam bem.

Mais o forte desse livro está, com certeza, com a mitologia dele. A coisa toda dos dragões e as histórias que tem poder. As histórias que contam histórias. Os Iskari e Os Namsara. Em relação a isso a autora foi impecável e outros bem pouco do que me queixar. Acabei de ler fascinada por toda essa estrutura mitológica e pedindo em desespero por mais.

Se posso falar de uma falha, e a questão do estica e encolhe da protagonista ao longo da sua jornada do herói. Essa coisa dela sair e voltar ao palácio e milhões de coisas aconteceram no caminho, é muito irritante. Deixa-me com uma sensação de... “Agora ela vai de vez”, mas daí Asha voltava para aquele mesmo núcleo e eu achei isso meio tedioso. Mas nada que tivesse tirado minha vontade de ler feito uma louca.

Outra coisa para me queixar? Talvez seja o fato de que o segundo livro dessa série vai acompanhar outra personagem, a Roa, que ainda que seja bem legal, não é Asha e não é a personagem que quero ver mais. Não entendi essa escolha da autora por mostrar um passado de Roa e a mesma história de Asha pelos olhos dela. Deve fazer sentido, mas realmente não quero ler o livro de Roa. Espero que tenha um terceiro e que seja uma continuação da história de Asha. Tem muita coisa ainda em aberto para se resolver.

Enfim, é um livro maravilhoso! Uma fantasia que li em questão de horas e que de fato torci pelos personagens com fervor. Já preciso da continuação para ontem!


 

Resenha de "O Segredo de Helena" (Lucinda Riley)

Título: O Segredo de Helena
Autor: Lucinda Riley
Editora: Arqueiro
Skoob: Adicionar

Sinopse: Quanta verdade o amor é capaz de suportar?Helena nunca esqueceu o verão que passou na mágica Pandora, a casa de seu padrinho no Chipre, onde, cercada por oliveiras e pelo verde-esmeralda do Mediterrâneo, ela se apaixonou pela primeira vez, aos 15 anos.
Mais de duas décadas depois, tendo herdado a antiga propriedade, ela retorna a Pandora para mais um verão, dessa vez em companhia do marido e dos filhos. No entanto, Helena sabe que voltar àquele lugar pode trazer à tona segredos que ela preferia esconder.
Um desses segredos envolve Alex, seu filho mais velho, fruto de uma relação anterior a seu casamento. Com uma inteligência acima da média, ele vive a difícil transição para a vida adulta e está determinado a descobrir a identidade de seu verdadeiro pai.
Enquanto o verão avança e pessoas do passado de Helena reaparecem, Pandora parece pronta a revelar os mistérios que ocultou por tantos anos e que, uma vez descobertos, farão com que a vida de Helena, e de sua família, nunca mais seja a mesma.

Olha, não tenho uma vasta experiência com Lucinda Riley, como muitas leitoras têm. Mas tenho que dizer que esse livro foi muito inferior ao que já tinha lido da autora. Não vou saber explicar com exatidão o que me incomodou, porque acredito que tenha sido uma série de fatores. Mas vou tentar ser o mais sincera possível.

O livro vai contar a história de Helena, uma mulher casada que tem três filhos e que herdou do padrinho uma casa em Chipre, onde ela havia passado um verão da adolescência e teve seu primeiro amor. Em paralelo, a autora nos conta, em forma de diário, a versão de Alex, o filho de Helena, desde o momento em que eles chegam nessa casa herdada, até o final da história, quando o próprio garoto passa a ser o protagonista.

Para começar, fiquei bastante triste do livro não ter focado mais em Alexis, o ex amor de Helena que ela conheceu durante as férias de adolescência.  E não por algum ideal romântico que eu possa ter, mas porque o livro te prepara para uma tensão nesse momento que não acontece. Ela revê Alexis, sim, mas ele é só um carinha que está por ali e que tem um certo passado com a protagonista. Nem o passado, uma coisa que Lucinda trabalha tão bem, foi trabalhado com decência em se tratando desse mocinho. Ela pincela um passado de um outro momento da vida de Helena, e de mais um outro que me deixou nervosa por ser tão inútil.

Na verdade eu acho que esse livro é cheio de momentos inúteis que poderiam passar facilmente pela vida das pessoas como um simples dia qualquer, mas que a autora deu uma importância que beirou a infantilidade.  Isso me fez revirar os olhos muitas vezes durante a leitura, porque sei do talento da Lucinda e sei do que é capaz de fazer com dramas familiares, mas certas coisas foram perdidas nesse. Como se tivesse jogado um turbilhão de situações e não finalizado exatamente muitas delas.

Não me senti ligada a nenhum desses personagens, o que exatamente não é incomum em se tratando dos livros dela, mas pelo menos nos outros eu tinha simpatia pela história, e aqui nem isso.

Apesar de ser um livro rápido de ler, normalmente os livros dela são, não gostei de nada dele além da paisagem incrível de Chipre que a autora pinta tão bem. Fora isso, foi uma lenga lenga de um mistério que achei na verdade bem bleh quando aconteceu. É... esse livro me decepcionou um bocado. 

Nova Mystery Box Literária


Olá, pessoal!
Para os amantes de Mystery Box, e sei que são muitos, trago hoje esse post sobre a mais nova Mystery Box do mercado literário. A Clube Literariamente. 


Para não perder muito tempo falando aqui sobre o básico no que se refere a essas caixas de assinatura, vou me ater ao que julgo essencial sobre ela. 

1- Para os assinantes, a Clube Literariamente vem com dois livros mensais. Um lançamento, e outro mais antigo. 

2- O frete tem um valor fixo, o que super conta para pessoas que moram no Norte e Nordeste e sempre se prejudicam com os valores das entregas dessas caixinhas.


Para conhecer mais detalhes sobre a box, dá uma passadinha no site deles: Clube Literariamente
Lá você fica sabendo sobre os valores dos planos e que o normalmente vem neles. 

Pelo Instagram podem ficar por dentro de mais detalhes com as fotos das caixas que já chegaram e tirar dúvidas com eles através do Direct. @clubeliterariamente


As inscrições para a próxima caixa já estão valendo, então corram lá e garantam já essa nova mystery maravilhosa!