Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Dez anos atrás, dois meninos de 6 anos foram sequestrados enquanto brincavam na casa de um deles, uma mansão em um bairro elegante de Nova Jersey. Mas, após o pedido de resgate, as famílias nunca mais tiveram notícias dos sequestradores nem de seus filhos.
Agora, Myron Bolitar e seu amigo Win acreditam ter localizado um deles, o adolescente Patrick, e farão de tudo para resgatá-lo e obter as respostas pelas quais todos anseiam:
O que aconteceu no dia em que foram raptados?
Onde ele esteve durante todo esse tempo?
E, o mais importante, onde está Rhys, seu amigo ainda desaparecido?
Após cinco anos sem escrever nenhum livro da série Myron Bolitar, Harlan Coben brinda os leitores com Volta Para Casa, um suspense explosivo, como só o seu talento pode criar. Um thriller profundamente comovente sobre amizade, família e o verdadeiro significado de lar.
Não sei explicar como isso acontece, mas todos os livros do Coben me deixam com uma nostalgia tremenda quando acabam. Uma sensação gostosa de saudade, o que é bem raro em se tratando de livros policiais. A tendência é que eles te deixem eufóricas, não é? Perplexa, até. Mas saudosa? Isso é algo próprio de Coben. E digo mais... próprio de Myron Bolitar.
Nesse livro Myron vai ajudar seu amigo Win a investigar o reaparecimento de Patrick, um dos dois garotos desaparecidos do quintal da prima de Win dez anos atrás. Eles inclusive participam ativamente do resgate do menino.
Só que Patrick está mudado. Diferente. E essa pulga atrás da orelha, como o desespero em encontrar Rhys, o outro menino, faz com que Myron e Win movam mundo e fundo em busca da resolução do caso.
Eu poderia dizer que fiquei bem surpresa com o que Coben faz nesse livro, mas dizer isso seria tipo um clichê dos mais ridículos, porque sempre estou surpresa com o que ele é capaz de escrever. Poderia dizer que amei o livro com tamanha força que estou até agora, um dia depois de ter lido, que só faço pensar nele de maneira constante. Mas também seria patético, visto que sou apaixonada por tudo o que esse cara escreve. Então, o que diabos vim fazer aqui?
Primeiro dizer que esse livro tem participação narrativa de Win, o que me faz amá-lo mais ainda. Porque se com Myron a gente tem aquele cara que usa a tensão e transforma em comédia, com Win é só a tensão. O bad boy que realmente faz jus ao nome. Está duvidando de mim? Leia só o primeiro capítulo do livro que a gente conversa depois.
Quer mais um motivo para se jogar nessa história? A participação deliciosa de Mickey Bolitar, o sobrinho de Myron que tem três livros só com ele protagonizando. O pivete é de uma sagacidade impressionante! E quando se junta com Ema e um amigo nerd deles, passa a perna em muito detetive por ai. Adoro o trio juntos! E fico com frequência pensando se Coben não criou o menino para dar continuidade a família detetivesca de Myron quando este se aposentar.
Se tenho algo para reclamar desse livro é na verdade uma crítica para a própria editora, que lança os livros da série do Myron na ordem errada e, ainda que sejam individuais, a gente perde muito do enredo de vida do protagonista. Me peguei em vários momentos tentando entender o que aconteceu com a agência de Myron e Esperanza, porque diabos Win havia saído pelo mundo, como Myron e Terese acabaram juntos... Coisa boba para o entendimento desse livro em específico, mas importante para quem gosta do personagem. Então, se vocês ainda não começaram a ler esse aqui, sugiro ler pelo menos os dois últimos anteriores a esse da série dele, que é o Quando ela se foi e Alta Tensão.
O final é realmente um escândalo. Depois que a gente descobre a resolução do problema principal, o autor ainda nos presenteia com uma revelação deliciosa de Win e mais algo sobre a prima dele. Sério, o tipo de final realista que me deixou batendo palmas para a ousadia do autor. Nunca fui fã de mocinhos. Tudo mundo tem seus dias de vilão.
Enfim, mais um livro da série de Myron e que me deixou mais um pouco apaixonada pelo autor! Preciso dos outros que ainda não tenho na estante. Devagar vou desvendar tudo que Coben já lançou de um dos meus detetives (que nem é detetive) prediletos.