Umbrella Academy e uma série despretensiosa e fantástica!


Heelloo, people!
Vamos conversar hoje sobre essa série que estou extremamente feliz de ter dado uma chance para ela, porque se tornou um dos meus mais novos xodozinhos da Netflix. Tanto que corri atrás da HQ e li em uma tarde. E ainda que a HQ seja uma delicinha, não se compara a sublime arte que fizeram com a série. 

Sinopse: Baseada na premiada série de quadrinhos com roteiro de Gerard Way e arte do brasileiro Gabriel Bá. A série acompanha um grupo superpoderoso de integrantes criados quando crianças para se tornarem heróis, pelo enigmático Sir Reginald Hargreeves. Nos dias de hoje, adultos, eles se encontram divididos e têm que se reunir para enfrentar um dos seus.



Acho que esse tem que ser um post que relate as diferenças entre a HQ e a série, que são inúmeras, e importantes de serem ditas para quem, como eu, se interessou em ler uma HQ pelo tamanho da bizarrice da série. Na boa? Eu queria ver se ela era tão louca no papel quanto era na tela, mas não era. Como vou fazer um post exclusivo sobre a HQ, vou falar poucas coisas sobre ela lá no final do texto, mas no geral vamos conversar sobre a série aqui, ok? 

Entenda o seguinte... Quarenta mulheres tiveram filhos em um único dia, espalhados em vários lugares do mundo. O único problema é que nenhuma delas estava grávida antes daquele dia. O tamanho da bizarrice do fato era tão grande, que um rico excêntrico chamado Sir Reginald Hargreeves, interessado no fato, consegue adotar sete deles. E a medida em que vão crescendo, ele vai ensinando os garotos como lidar com os poderes que aparentemente todos tem. Quer dizer, todos menos a número sete, Vanya. 

Os números são a forma que Sir. Reginald chama os novos filhos, a quem ele não trata exatamente como filhos. São mais como cobaias de laboratório a quem ele treina até a exaustão e desgaste emocional. 

Luther, o número 1, tem uma força descomunal. Diego, o número 2, consegue encurvar facas com precisão. Alison, a número 3, tem a capacidade de persuadir pessoas a fazer o que ela pede. Klaus, o número 4, conversa com os mortos. O número 5 não tem nome, mas ele é capaz de fazer viagens no tempo/espaço. O número 6, Ben, tem um tipo de polvo com muitos tentáculos que sai da sua barriga. E por último a número 7, Vanya, que não tem poderes nenhum, e por causa disso é tratada como uma excluída no grupo. 


As desavenças da vida acabam separando esses meninos a medida que eles vão crescendo, principalmente depois da adolescência, e só Luther fica por mais tempo com o pai, e por último acaba sendo enviado para a lua, sendo chamado pelos irmãos de Space Man (ou é Rocket Man, não consigo lembrar exatamente). 

Quando o pai, Sr. Reginald, morre, os meninos voltam adultos para o seu enterro e para descobrir que há algo de muito suspeito na morte do velho, o que faz cada um, em separado, começar a investigar o ocorrido. 

Ah, também importante dizer que o número cinco some na adolescência, depois de uma birra com o pai. E que Ben morre.  Então o que de início eram sete, começam a desintegrar e ficar apenas cinco, e espalhados pelo mundo - ou fora dele, no caso de Luther. 



Se tivesse uma única coisa ruim sobre essa série, é que as vezes os ritmos dos personagens não batiam. Diego estava em uma cena super corrida, e Luther introspectivo, por exemplo. Isso por si não seria um problema numa narrativa cinematográfica, mas em Umbrella Academy ficou meio estranho essa falta de um fio forte que ligue os acontecimentos. Entendo que pode ser uma escolha da direção, para mostrar como eles estão diferentes e distantes ao ponto de não contarem com ninguém para fazer nada, mas ainda assim acho que faltou um pouco mais dessa linha. Contudo, tirando isso, toda a série é um banho de perfeição.




Para começar, os personagens são simplesmente incríveis e caricatos. É fácil identificar cada um deles e decorar seus nomes com rapidez, de tão forte que eles grudam na gente. Os poderes não são importantes ou realmente incríveis em relação a trama, tirando o do Número Cinco, a quem o filme tem grandes linhas que convergem para (e dos) poderes dele. A grande maioria você fica o filme inteiro e nem vê que foi usado. 

Mas o comportamento, a personalidade de todos é bem delineada. E devo dizer que Klaus e o Número Cinco são simplesmente os meus prediletos. Sempre gostei de personagens malucos, e Klaus se encaixa nessa categoria, como amo os badass, e por incrível que pareça e mesmo que Diego force, Cinco é o badass da série. 

A trilha sonora é simplesmente um espetáculo - já adicionei a playlist ao meu Spotify, e ela tem uma entrada incrível em cenas de ação primorosas, e as vezes nem são em cenas de ação. As calmas também pedem músicas, e a equipe soube trabalhar muito bem a mixagem de som em cada uma delas. 

O visual da série é de babar. Ainda que não se diga em que época estamos especificamente, sabe-se que é um passado - pela falta de tecnologia, pelos carros e roupas retrôs, ao mesmo tempo que também pode ser um futuro, justamente pelos mesmos motivos. Engraçado, né? Mas só assistindo vocês vão entender o que quero dizer com isso. 


A diferença entre a HQ e a série são enormes, e não conseguiria enumerar tudo aqui. Choquei com o visual de Alison, por exemplo, que é totalmente diferente, e com a personalidade de Klaus, que é silencioso na HQ e mega espalhafatoso na série. Ou que o número Cinco tenha dez anos na HQ e na série seja um adolescente beirando os quinze, talvez. Mas isso é só um detalhe. 

Na HQ tudo é muito corrido e a gente não sente exatamente a história como deveria. É boa, mas não chega aos pés do que fizeram com a série. De desenvolvimento de personagem, de perspectiva da narrativa em relação aos arcos criados com os principais e coadjuvantes. Aqui temos tempos de conhecer e nos entrosar com as pessoas e suas problemáticas, na HQ não sobra espaço para isso. Vi uma história de crianças no papel, e vi uma série de adulto no Netflix que por vezes me lembrou bastante os filmes do Tarantino. Nada sombria, e por vezes dei boas risadas, mas ainda assim, uma série de adultos e com peso. Com muito peso. 

Se vocês gostam de ficção especulativa, se joguem com vontade em Umbrella Academy. É simplesmente um espetáculo! 

No meu sonho te amei, e como uma autora consegue ferrar com uma história

Título: No meu sonho te amei
Autor: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
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Sinopse; Com 500 mil livros vendidos no Brasil, Abbi Glines é autora do best-seller Paixão sem limites e de diversos livros da lista de mais vendidos do The New York Times, do USA Today e do The Wall Street Journal.Na noite da formatura, Vale McKinley sofre um terrível acidente de carro. Junto com ela está Crawford, seu namorado, que acaba entrando em coma. Eles pretendiam aproveitar o verão fazendo planos para a universidade, com um futuro brilhante cheio de possibilidades. Agora, Vale passa longos dias no hospital, à espera de que Crawford acorde.
Lá, ela encontra por acaso com Slate Allen, colega de faculdade do seu irmão. O garoto aparece regularmente para visitar o tio, que está internado. Quando se esbarram, Vale não consegue negar a atração proibida entre eles. Ela tenta ignorar seus sentimentos, mas não é imune ao charme de Slate. Aos poucos, os dois se aproximam.
Depois de muito relutar em sair do lado de Crawford, Vale cede aos apelos da família e vai para universidade, pensando que o namorado gostaria que ela tocasse a vida. Só que agora a garota está no território de Slate e a história dos dois vai sofrer uma grande reviravolta.

Olha, eu sou uma pessoa que até gosta dos livros da Abbi Glines. Tenho um xodozinho especial por aquela série Limites que é dentro do universo de Rosemary Beach. Mas sabe quando um autor caga bonito com um livro? Ela fez com esse. 

Ele começa até promissor. Um jovem e apaixonado casal que está prestes a começar o semestre na faculdade sofre um acidente de carro que deixa o carinha em coma. A menina, depois de semanas em um zelo maluco em cima dele, resolve ir para a faculdade, porque em teoria  era isso o que ele iria querer que ela fizesse. 

Até ai beleza. Concordo plenamente que ela vá curtir a vida. O cara tá em coma, o que ela pode fazer? A guria é completamente apática e sem graça, mas o namorado tá em coma e criei uma certa empatia por ela por causa dele. Até relevei o fato dela ser uma porta sem personalidade. 

Ok, ela foi para a faculdade e reencontra por lá um amigo do irmão, que estava no mesmo hospital que ela, cuidando do avô. E eis que boom, em pouco tempo a guria já esta maluca pelo cara e criando situações ridículas e clichês para chamar a atenção dele. Na maioria dos momentos a autora faz parecer como se nem o namorado em coma existisse mais. Ele não é nem um peso na consciência dela quando começa a se envolver com o maravilhoso Slate. E o irmão que tinha tanto alertado a ela como o ara era cafajeste, simplesmente esquece desse fato quando eles começa a se envolver só porque viu um rabo de saia. Sério? Sério???

Tá, damos outros crédito, esperando o momento que o namorado vai acordar e confrontá-la sobre o novo amor na vida dela. Mas ele acorda? Não exatamente. 

A autora joga um trem louco na história que dá uma reviravolta absurda de doida. E não foi daquelas boas. Foi do tipo que precisei de páginas e páginas para entender o que diabos estava acontecendo, e quando finalmente entendi e vi a quantidade de páginas que faltavam para acabar o livro, percebi que ela iria fazer merda. E fez. 

A segunda metade do livro é mal começada e mal acabada. Os personagens mudam drasticamente - e não é para o lado bom, e o desenvolvimento deles é inexistente. Parece que ela jogou um monte de coisas e apressou o fim, que é uma verdadeira porcaria. Sério, é risível de tão ruim. Parece que eu estava lendo um livro feito por uma menina de doze anos que nunca teve acesso a leitura. Então acreditem em mim quando digo que dei três estrelas porque a primeira metade tem coisas interessantes, e Slate é um bom personagem. Fora isso? Jogo na fogueira. Nem parece que é a Abbi Glines que escreveu Paixão sem Limites. 

5 Motivos para ler o Roteiro de Animais Fantásticos e onde Habitam


Hello, people!
Ler roteiros é complicado, não é? Principalmente para a gente, que ama estar envolvido no clima da magia que um livro como Harry Potter entrega. Um roteiro pode ser algo frio e estranho, em comparação ao livro, mas ainda assim existe um certo tipo de magia nesse tipo de leitura. Por um momento, é como ser transportado para uma tela de cinema de pertinho. 

Veja abaixo uma lista com 5 motivos para ler e curtir essa obra prima. 


  1. Você só vai encontrar o que ler de Animais Fantásticos em forma de roteiro. Não existe livro romanceado da história. Foi escrito pela própria J. K. e mesmo em diálogos e descrições curtas de lugar, dá para ver o dedo dela na escrita. 
  2. É muito mais fácil de entender certas coisas com a leitura do roteiro do que vendo o filme. Como é um filme de fantasia, cheio de explosões visuais, as vezes nos perdemos no ver invés de entender o que os personagens estão fazendo ou dizendo. 
  3. Entendi muito mais Newt lendo esse roteiro do que vendo o filme. O ator é ótimo e soube segurar legal as pontas do personagem, mas nada melhor do que ler ele para senti-lo. A vontade de passar despercebido, de se fundir ao ambiente. Isso está no filme, mas é algo que compreendi melhor depois que li o roteiro. Se já o amava antes, hoje tenho uma verdadeira idolatria pelo personagem. 
  4. Detalhes. O cinema é um arte que nos coloca para entender as coisas por pontos de vista subjetivos. Cada pessoa interpreta algo das situações que aparecem, e as vezes a gente não sabe se foi uma jogada de câmera, apenas, ou se aquele closer tinha algum significado maior. Lendo você sabe que se dão importância de aparecer, é porque é importante. Consegui sentir muito mais os segundo-salemianos com essa leitura. 
  5.  A experiência de um tipo de leitura nova é sempre importante. Se arriscar entre teatro, romance, poesia, roteiros... Tudo é válido quando se trata de leitura. Sempre sou a favor de me arriscar em algo, e não me arrependi nem um pouco por tentar ler esse roteiro. 
É isso ai. 
E para dar mais um motivo para ter esse livro, ele é simplesmente uma das edições mais belas que já vi. É o típico artigo de colecionador. 



10 filmes para escritores ou aspirantes


Hello, peopl!


Vocês sabem o quanto sou alucinada por cinema - embora assista muito menos filmes agora, com Eliz ainda pequena, do que via antes. Mas todas as vezes que alguém indica  filmes de roteiros incríveis e que lembram escritores, eu vou correndo ver. Não só por ser uma escritora, mas porque adoro um roteiro bem elaborado. Por isso sempre dou vez em assistir os filmes do Oscar que concorrem a melhor roteiro. 

Então preparei uma lista minha com indicações de filmes que sempre me lembram minha função como escritora, e também adoradora de roteiros. 

Vamos lá!

  • Meia Noite em Paris


Sinopse: Gil (Owen Wilson) é um escritor e roteirista americano que vai com a noiva Inez e a família dela à Paris, cidade que idolatra. Ele realiza vários passeios noturnos sozinho e descobre que, surpreendentemente, ao badalar da meia-noite, é transportado para a Paris de 1920, época e lugar que considera os melhores de todos. Nessas "viagens", Gil vai a várias festas onde conhece inúmeros intelectuais e artistas que admira e que frequentavam a cidade-luz naquela época, como F. Scott FitzgeraldGertrude SteinErnest HemingwaySalvador Dali, e outros, até que tenta acabar o seu romance com Inez, pois se apaixonou por Adriana (Marion Cotillard), uma bela moça do passado, e é forçado a confrontar a ilusão de que uma vida diferente (a "época de ouro" francesa) é melhor do que a atualidade.

Minhas considerações: Além de ser um filme plasticamente belo, Meia Noite em Paris tem uma estrutura de roteiro muito bem elaborada e firme que segura o espectador do começo ao fim pelo simples fato de nos deixar curiosos para saber como diabos o filme vai acabar. Como se o personagem principal estivesse passando por um tipo de indecisão a lá Escolha de Sofia, e essa espécie de emaranhado no enredo é uma delícia de ser estudado, porque ainda que não seja novo, sempre tem público. Principalmente quando o pano de fundo é tão complexo como o de Meia Noite em Paris. 



  • Sociedade dos Poetas Mortos




Sinopse: Conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating, em uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais . Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência.
Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias.
O filme mostra também que em certa altura da vida, as pessoas, em especial os jovens, deveriam opor-se, contestar, gritar e sobretudo ser "livres pensadores", e não deixar que ninguém condicione a sua maneira de pensar, mas também ensina esses mesmos jovens a usarem o bom-senso.
A Sociedade dos Poetas Mortos é formada por Todd A. Anderson (Ethan Hawke), Neil Perry (Robert Sean Leonard), Steven K. C. Meeks Jr. (Allelon Ruggiero), Charlie Dalton (Gale Hansen), Knox T. Overstreet (Josh Charles), Richard S. Cameron (Dylan Kussman e Gerard J. Pitts (James Waterston).
Repleta de citações de grandes nomes da literatura de língua inglesa, como Henry David Thoreau, Walt Whitman e Byron, e de belas imagens metafóricas, Sociedade dos poetas mortos deixa uma profunda mensagem de vida sintetizada na expressão latina Carpe diem ("aproveite o dia"), cujo sentido é: aproveite, goze a vida, ela dura pouco, é muito breve. Uma das fontes originais do roteiro é certamente O Despertar da Primavera de Frank Wedekind, que enfoca jovens vivendo numa escola alemã no final do século XIX.

Minhas considerações: Não tem como não elogiar esse filme. Não há possibilidade de deixar de derramar milhões de elogios para ele. Senhor dos Anéis tem o pódio de primeiro lugar no meu coração, mas Sociedade dos Poetas Mortos conseguiu sozinho o segundo lugar, quando o Senhor dos Anéis precisou de três filmes juntos para desbancar esse, que é meu xodó desde que tinha 12 anos e vi pela primeira vez. 
Minha indicação desse filme nem é por ter um roteiro complexo, ainda que ele tenha méritos incríveis construídos em pilares comuns, mas pelo sentimento que transmite. De que posso mais. Sempre mais do que já faço. Foi depois de ver esse filme que tive certeza que queria trabalhar com livros, sendo escritora ou educadora, não importava muito. Só sabia que seria com livros. E sempre recomendo quando vejo um escritor desmotivado com a função de escrever. 


  • As Horas


Sinopse: Com a exceção da cena de abertura e da cena de encerramento, que retratam o suicídio de Virginia Woolf no Rio Ouse, em 1941, a ação do filme se passa durante o período de um único dia em três anos diferentes, que se alternam ao longo da narrativa. Em 1923, Virginia começa a escrever o romance Mrs. Dalloway em sua casa na cidade de Richmond, no interior da Inglaterra. Em 1951, a dona de casa Laura Brown vê na leitura de Mrs. Dalloway uma oportunidade para escapar da rotina convencional que leva com o marido e o filho em Los Angeles. Em 2001, a nova-iorquina Clarissa Vaughn personifica a personagem-título do romance ao passar o dia preparando uma festa em homenagem ao seu amigo e ex-namorado Richard, um escritor que há anos vive com AIDS e que está prestes a receber um renomado premio literário. Richard frequentemente se refere a Clarissa como "Mrs. Dalloway", porque, assim como a personagem descrita por Woolf, ela está sempre procurando se distrair preocupações menores para evitar encarar a própria vida.

Minhas considerações: Além do brilhantismo da atuação de Kidman fazendo uma Virginia Woolf impecavelmente deprimente, esse filme é trabalhado em cima da obra principal da autora, Mrs. Dalloway, que é uma maravilha de construção de roteiro. No início do filme a gente fica meio perdida com as três protagonistas, mas com o tempo vemos como foi incrível essa construção de momentos diferentes e de como dar para sentir nitidamente o que se sente ao ler o livro, mesmo que nem todo o filme seja inspirado fielmente nele. A personagem de Kidman, por exemplo, interpreta a própria autora. 


  • O Iluminado


Sinopse: Jack Torrance, um escritor e um alcoólatra em recuperação, aceita um emprego como zelador fora de época de um hotel isolado chamado Hotel Overlook. Seu filho possui habilidades psíquicas e é capaz de ver coisas do passado e do futuro, como os fantasmas que habitam o hotel. Logo depois de se instalarem, a família fica presa no hotel por uma tempestade de neve e Jack torna-se gradualmente influenciado por uma presença sobrenatural; ele desaba na loucura e tenta assassinar sua esposa e filho.

Minhas considerações: Aqui vai para aqueles que querem trabalhar suspense e terror sem cair na pieguice, o que é difícil hoje em dia. É preciso doses extras de Stephen King para pegar uma coisa banal, como um hotel depressivo no meio de um inverno rigoroso e uma família aparentemente sem atrativo algum, e fazer uma obra imortal de gelar os pelos dos braços, ao ponto do próprio hotel ganhar vida no nosso imaginário como terror. Quer construir algo no gênero? Assista os filmes inspirados nos livros do King. Nem todos são incríveis, temos algumas bombas, mas de modo geral são maravilhosos para pensar em roteiros. 


  • Dogville


Sinopse: Anos 30, Dogville, um lugarejo nas Montanhas Rochosas. Grace (Nicole Kidman), uma bela desconhecida, aparece no lugar ao tentar fugir de gângsters. Com o apoio de Tom Edison (Paul Bettany), o auto-designado porta-voz da pequena comunidade, Grace é escondida pela pequena cidade e, em troca, trabalhará para eles. Fica acertado que após duas semanas ocorrerá uma votação para decidir se ela fica. Após este "período de testes" Grace é aprovada por unanimidade, mas quando a procura por ela se intensifica os moradores exigem algo mais em troca do risco de escondê-la. É quando ela descobre de modo duro que nesta cidade a bondade é algo bem relativo, pois Dogville começa a mostrar seus dentes. No entanto Grace carrega um segredo, que pode ser muito perigoso para a cidade.

Minhas considerações: Ahhh, os filmes do Lars Von Trier! Todos eles são um verdadeiro banho de roteiro bem delineado e o tipo de filme que pira a cabeça de quem assiste. São bizarros e as vezes incompreendidos, mas na boa? Sempre vi uma arte incrível e uma inteligência impressionante no que assisti dele até hoje, e inevitavelmente penso em algumas de suas histórias quando quero fazer algo incomum. Assistam Dogville. É um espetáculo! 


  • Escritores da Liberdade


Sinopse: No filme, a professora Erin Gruwell assume uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos. No começo a relação da professora com os alunos não é muito boa. A professora é vista como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Suas iniciativas para conseguir quebrar as barreiras encontradas na sala de aula vão aos poucos resultando em frustrações.
Apesar de muitas vezes apresentar desânimos nas chances de um resultado positivo no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste, levanta a cabeça e segue em frente.
Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e das demais professoras, ela acredita que há possibilidades de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso cria um projeto de leitura e escrita, iniciada com o livro " O diário de Anne Frank" em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas.
Ao criar um elo de contato com o mundo Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que lhes permite se libertarem de seus medos, anseios, aflições e inseguranças.
Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos independente da cor, da pele, da origem étnica, da religião etc.

Minhas considerações: Esse é um filme bem mais com a cara dos educadores do que dos escritores, ainda assim penso na escrita sempre que o assisto. Como a professora do filme lança a ideia de diários para esses meninos contarem suas próprias histórias, imagino a quantidade de ideias que iriam surgir na cabeça de alguém que escreve com um material como esse. Não há nada melhor do que histórias reais para cria ficções tão críves que toquem fundo os leitores. 


  • Onde os fracos não tem vez



Sinopse: Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).

Minhas considerações: Sou apaixonada na atuação dos atores desse filme (Tenho um fraco pelo Bardem atuando), mas sobretudo sou apaixonada em como o roteiro desse filme se constrói, e de como sou pega de surpresa constantemente em todo ele. 


  • Forrest Gump



Sinopse: Quarenta anos da história dos Estados Unidos, vistos pelos olhos de Forrest Gump (Tom Hanks), um rapaz com QI abaixo da média e boas intenções. Por obra do acaso, ele consegue participar de momentos cruciais, como a Guerra do Vietnã e Watergate, mas continua pensando no seu amor de infância, Jenny Curran.

Minhas considerações: Quem nunca viu esse? Pelo amor de Deus, vá ver agorinha! Aposto que esse foi um roteiro dificílimo de ser escrito, porque ele passeia por diversos acontecimentos reais da história americana usando o protagonista como participantes deles também. Amo como tudo foi trabalhado nesse filme, e penso com frequência nele quando acho que meu livro esta indo por um caminho difícil e acho que não vou dar conta. 

  • Mary Shelley




Sinopse: Filme de época baseado na história verídica de Mary Wollstonecraft Godwin, mais conhecida com Mary Shelley, e na sua relação com o poeta romântico Percy Bysshe Shelley.
No início de século XIX, Mary Godwin conhece um amigo do pai, Percy Shelley, um homem casado por quem se apaixona. Acabam por fugir os dois para viajar pela Europa e Mary engravida. De volta a Inglaterra, são ostracizados pela relação e pelas ideias progressistas que passam a defender. Em 1918, após dois anos e a morte prematura da filha de ambos, para escapar à crescente marginalização e opressão de que vão sendo vítimas, decidem fugir para a casa de Lord Byron, no Lago Genebra. Durante a estadia, este poeta lança o desafio aos hóspedes para que escrevam contos de terror. Surgiria assim o célebre romance gótico "Frankenstein".
Mais do que a história de um amor e da génese de um dos clássicos da literatura, "Mary Shelley" apresenta-nos o retrato de uma sociedade e reflecte sobre o papel da mulher e das suas lutas, como escritora em busca de reconhecimento.
Um filme realizado pela saudita Haifaa al-Mansour ("O Sonho de Wadjda") e escrito por Emma Jensen, com Elle Fanning no papel de Mary Shelley, Douglas Booth como Percy Blysshe Shelley e Tom Sturridge como Lord Byron.

Minhas considerações: Um livro de uma escritora incrível e que me deu mais vontade de ler o livro dela do que as adaptações de cinema que vi do mesmo. Se o jeito como a história dela foi retratada aqui foi real, então tem todo o meu respeito e admiração pela forma como o livro foi montado. Não é um filme sobre roteiros, mas de como era difícil para uma mulher ser artista  no século XIX, e amo tramas assim. Jane Austen, as irmãs Bronte e agora Mary Shelley tem o meu amor. 

  • Misery


Sinopse: Após sofrer um acidente em uma região isolada, um escritor é salvo por uma ex-enfermeira que é grande  de seus livros. Entretanto, após saber que ele matou sua personagem mais famosa em seu próximo livro, ela passa a torturá-lo na intenção de fazer com que ele desista da decisão. Ela queima o livro anterior e o faz recomeçar outro. Logo, ele descobre o lado obscuro e obsessivo de sua cuidadora, e passa a querer fugir dali.

Minhas considerações: Para aqueles que querem se aventurar por suspense e criar vilões que ficam na cabeça. Ninguém melhor que a protagonista de Misery para isso. A mulher é o cão chupando manga, mas é inesquecível como personagem. E sempre digo que ter um vilão assim é importantíssimo para construção de um bom antagonismo na história. É interessante que o leitor cogite a possibilidade de concordar com o vilão, nem que seja por um mísero momento. Gosto mais deles assim, quando são palpáveis do que as criaturas sempre más que tanto vejo por ai. 


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Passados Revelados e porque guardar segredos é uma bosta

Título: Passados Revelados
Autor: Fernanda Caleffi Barbetta


Sinopse: Após o terrível acidente Anne tentava seguir sua vida da melhor maneira possível, continuou trabalhando no escritório de Arquitetura, casou-se com Bruce e aguardava ansiosa as férias de Lisa para que pudesse vê-la. O grande segredo que tentou guardar veio à tona e foi uma grande vergonha diante de seus familiares. Apenas quem não sabia da verdade era Lisa, sabia apenas que era filha de Erick e Claire, e Anne era sua tia, mas desde a morte de Claire a assumiu como filha e em seus primeiros anos de vida morou com Anne em Warren e depois mudou-se para Londres para morar com o pai e a avó.



Não falarei muito sobre do que se trata esse livro, já que ele é a continuação do primeiro e esse tem muita coisa para ser descoberta. Mas posso adiantar que se no primeiro volume a gente fica agoniado de raiva com muitas coisas que não são ditas, nesse o sentimento amplifica. A vontade é de pegar os personagens, sacudi-los e dizer: amigo, fala logo essa bexiga porque guardar segredos não resolve o problema.

É um livro onde todo mundo tem um segredo escondido, o que lembra bastante dramas familiares das grandes escritoras do gênero, como a Sarah Jio e a Lucinda Riley. Só que diferente das muitas páginas que aquelas autoras precisam para desenvolver uma história, Fernanda faz um livro condensado onde só as informações essenciais são transmitidas. 

Sim, não é um livro de narrativa poética, com passagens incríveis sobre a paisagem ou pessoas, coisa que as grandes fazem em suas histórias, e talvez por isso usem tantas páginas. A autora aqui vai direto ao ponto, e isso pode fazer com que o leitor não se identifique por completo com os personagens, que foi o que aconteceu comigo. Eles entram e saem de cena e não senti qualquer tipo de empatia por eles, coisa muito importante para mim quando se trata de dramas familiares. Mas, olha, isso não tira a grandeza do que a autora constrói aqui em termos do emaranhado da problemática que se apresenta no primeiro livro, e que vem se desenvolver nesse. 

É um livro para quem curte dramas familiares dos bons, com direito a situações que vão te fazer degolar um ou outro personagem, mas venham na fé! No fim das contas acho que o final da história foi fantástico e fechou com louvor o que se construiu em todo os dois livros, embora a autora ainda deixe um gancho para desenvolver muita coisa. 

Resenha do primeiro livro: AQUI

Leia também: Outros dramas familiares interessantes





Porque ter uma assessoria literária?


Hello, people! 
Algum tempo atrás comecei a receber na minha página do Wattpad Brasil dúvidas dos autores sobre o que fazer depois que termina de escrever um livro, ou como sair de bloqueio criativo, e outras tantas dúvidas que me davam muitas ideias de planejar conteúdo por lá, como no meu Instagram de autora. 

Com o tempo essa coisa de tirar dúvidas deles começou a pesar porque eu lia o material que me mandavam e ficava sem tempo para as minhas próprias coisas. Acreditem, o volume de material era bem grande.  Foi daí que uma amiga sugeriu que eu poderia tornar isso um trabalho para mim, que já tinha conquistado experiência com os autores que trabalhei durante aqueles anos. 

Eis que surgiu Carol assessora literária. 

No momento acredito que vocês estejam se perguntando diversas coisas sobre o que exatamente eu faço, e vou responder a maioria delas por aqui.

Para quem serve essa assessoria? 

A assessoria serve principalmente para aqueles autores que começaram e não estão conseguindo acabar, que não conseguem criar títulos, que precisam de um beta para opinar sobre o que estão escrevendo, que terminou de escrever e não sabem como enviar para uma editora, que não sabem montar uma campanha publicitária para aquele livro, caso seja autor independente; que não entenda como publicar na Amazon ou mandar um livro para registro na Biblioteca Nacional. Ou seja, para todo aquele que estão com problemas em qualquer um dos processos de escrever. 

Então o que faz um assessor?


  • Funciona como beta reader, apontando problemáticas de continuidade na história. 
  • Auxilia na linha do tempo do livro, como na organização de um cronograma de escrita e roteiro. 
  • Monta junto do autor uma campanha de marketing para autores independentes, escolhendo produtores de conteúdo adequados para o público a que se destina o livro. 
  • Procura junto ao autor os melhores revisores, diagramadores e capistas. 
  • Ensina como registrar o livro na Biblioteca Nacional e publicar na Amazon
  • Mostra os caminhos mais fáceis de conseguir uma editora que tenha interesse na história. 


Como funciona a assessoria? 


  • Encontros semanais em vídeo para explanação de conteúdo passado na semana
  • Contato direto com o assessor via Whatsapp para tirar dúvidas
  • Apostilas em PDF para estudo
  • Análise de texto já pronto por parte do Beta/Assessor
  • Apontamento das problemáticas que podem ser modificadas e de possíveis problemas de continuidade com a história. 


Porque me escolher como assessora? 

Sou escritora da trilogia A Mais Bela Melodia, dos livro Improváveis Deslizes, A Margem Vazia do Rio, Ainda que não reste nada e do conto O Jantar. Já escrevi também o livro "O Segredo do Livro Perfeito: Da ideia até a publicação na Biblioteca Nacional", o qual você encontra AQUI e tem acesso com ele a boa parte do material que eu disponibilizo na assessoria. 
Sou quase formada em Letras e em Biblioteconomia. 
Sou uma leitora e escritora exigente que não se contenta facilmente com tudo o que lê, o que é um ponto positivo para quem busca  um beta crítico. Além de ser blogueira literária há oito anos e estar sempre por dentro de tudo o que se passa no mercado. 
Trabalho com muitos autores na minha página que me buscam procurando ajuda. 
Sou confiável e tenho um grau de conhecimento elevado acerca de construção da literatura


E se quiserem mais detalhes, podem me procurar através do telefone:  82 98886-9517 ou no meu Instagram como autora. Lá dou muitas dicas para quem está nesse ramo. 

https://instagram.com/autoracarolteles?r=nametag


                                                       Saiba mais em Canva para autores

Lançamento quentinho da Morro Branco!

Hello, people!

Vocês sabem que a editora Morro Branco anda sendo meu xodozinho dos últimos tempos. Então toda vez que tem um lançamento deles eu corro para ver ligeiro, com a maior certeza de que vai entrar na minha lista de desejados. Não foi diferente com esse livro novo. #voufalir

Saca só!


Sinopse: Quando a mensagem de uma raça alienígena há muito extinta chega à Terra, parece ser a solução que o planeta precisava. A tecnologia avançada dos Eternos tem a capacidade de reverter dano ambiental e mudar vidas – e Gaia, o antigo planeta natal deles, é um tesouro esperando para ser descoberto.

Para Jules Addison e seus colegas acadêmicos, a descoberta de uma cultura alienígena oferece uma oportunidade extraordinária para estudo… desde que saqueadores como Amelia Radcliffe não roubem tudo. As diferentes razões que Mia e Jules têm para se infiltrar em Gaia os colocam em conflito, mas são obrigados a formar uma frágil aliança depois de enfrentarem outros saqueadores.

Para entrar no templo dos Eternos e acessar a tecnologia e informações nele escondidas, eles precisam decifrar os antigos segredos dessa raça extinta e sobreviver às suas armadilhas. Mas quanto mais aprendem sobre os Eternos, mais sua presença no templo parece parte de algo maior que pode determinar o fim da raça humana…
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🎥 ADAPTADO PARA O CINEMA

#OsEternos: O Legado será adaptado para o cinema pela Columbia Film e pela Cross Creek Pictures, com Doug Liman (Identidade Bourne) na direção, além de Jez e John-Henry Butterworth (007 contra SPECTRE) roteirizando a adaptação.



Olha só o que uma leitora falou dele no Goodreads:


"Esse livro é realmente como Indiana Jones no espaço! Com um pouco de Doctor Who, talvez? Eu costumava dizer que realmente não era uma pessoa de ficção científica, mas Amie Kaufman me fez duvidar disso com Illuminae. E aqui vamos nós de novo. Na verdade, estou começando a gostar de espaço ...

A ideia da história é bem simples quando se olha para trás, mas há tantas reviravoltas e coisas para resolver enquanto lemos que parece uma grande aventura. Eu acho que os personagens realmente fizeram essa história muito forte para mim! Ambos recebem um ponto de vista, para que você possa realmente ver o que os impulsiona. Eu amava como eles eram tão inteligentes e bem definidos. A construção de mundo do planeta em que eles estavam era incrível também! Eu não quero falar muito sobre o enredo porque a descrição cobre tudo e qualquer outra coisa pode estragar todo o processo de leitura ... então, definitivamente, verifique isso se você gostou de Illuminae ou Starflight!"



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A Nuvem e quando uma continuação é tão fantástica que dá coceira

Título: A Nuvem
Autor: Neal Shusterman
Editora: Seguinte 
Skoob: Adicionar
Amazon: Comprar

Sinopse: No segundo volume da série Scythe, a Ceifa está mais corrompida do que nunca, e cabe a Citra e Rowan descobrir como impedir que os ceifadores que não seguem os mandamentos da instituição acabem com o futuro da humanidade.
Em um mundo perfeito em que a humanidade venceu a morte, tudo é regulado pela incorruptível Nimbo Cúmulo, uma evolução da nuvem de dados. Mas a perfeição não se aplica aos ceifadores, os humanos responsáveis por controlar o crescimento populacional. Quem é morto por eles não pode ser revivido, e seus critérios para matar parecem cada vez mais imorais. Até a chegada do ceifador Lúcifer, que promete eliminar todos os que não seguem os mandamentos da Ceifa. E como a Nimbo Cúmulo não pode interferir nas questões dos ceifadores, resta a ela observar.
Enquanto isso, Citra e Rowan também estão preocupados com o destino da Ceifa. Um ano depois de terem sido escolhidos como aprendizes, os dois acreditam que podem melhorar a instituição de maneiras diferentes. Citra pretende inspirar jovens ceifadores ao matar com compaixão e piedade, enquanto Rowan assume uma nova identidade e passa a investigar ceifadores corruptos. Mas talvez as mudanças da Ceifa dependam mais da Nimbo Cúmulo do que deles. Será que a nuvem irá quebrar suas regras e intervir, ou apenas verá seu mundo perfeito desmoronar?

Demorei a engatar? Demorei pra cacete, mas porque gosto muito de Citra junto com Rowan, e nesse livro eles praticamente estão separados o tempo todo. Contudo depois que o engate aconteceu, percebi que eles, de fato, precisavam estar separados nessa história. Funcionam bem juntos, mas vê-los lutando um pelo outro, e um acima do outro, é uma causa pela quão eu suporto a distância. 

Continuação tão aguardada de O Ceifador, Shusterman mais uma vez se superar. Mostrando a vida de Citra usando o seu manto espetacular, e de Rowan, sendo um tipo de Batman vingador. Sério, só faltei beijar a página do livro quando vi o que ele se tornou. Duas pessoas que sabem muito bem conduzir suas vidas estranhas de maneira firme, e não deixa espaço para ninguém se intrometer nelas por serem só dois jovens. 

Citra funciona como a cabeça do livro, tomando as atitudes sensatas nas horas corretas. Ela realmente é a voz de uma revolução. Já Rowan é o braço de ferro, a artilharia de um exército. Amo como isso se manifesta neles, e como respondem instintivamente a esse mecanismo que criaram para si mesmos. 

Um terceiro personagem entra na história, na verdade mais dois, porque a Nimbos vai ter muitas passagens interessantes nesse livro. Daquilo tipo que te joga no meio da filosofia da vida e te faz pensar se, ainda que seus meios sejam errados, o fim não os justificam. E o outro personagem não vou dizer qual é para não entregar spoiler, mas garanto que vai te deixar com uma pulga atrás da orelha para entender o papel dele nessa teia que começa a se desenrolar desde o livro anterior. Acabei a história ainda sem saber qual é a do cara, mas sei que será grandioso. 

Os vilões aqui deixam de ser críveis porque, na boa? Não havia necessidade do autor trazer alguns deles. Por que não criar novas cabeças inspiradas nas cabeças anteriores? Não entendi. Mas tudo bem, porque o livro é tão incrível que não deixa margem para te manter no desgosto por muito tempo. 

O final é daqueles de deixar o cabelo em pé. De início achava que era uma duologia, mas esse final serviu para confirmar que não. E vou dizer, viu, no terceiro Citra e Rowan vão vir cortando cabeças. Estou ansiosa que só a porra pelo próximo volume! Certamente que vai passar na frente de muitos. 

Sobre a questão da morte me deixar nervosa quando estou lendo essa série, não senti tanto nesse livro como senti em O Ceifador. Ela está presente, mas não tanto de maneira presente e rasgada como é com o primeiro. Então foi bem mais tranquilo. 

Agora, simbora aguardar pela continuação. 



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