A Nuvem e quando uma continuação é tão fantástica que dá coceira

Título: A Nuvem
Autor: Neal Shusterman
Editora: Seguinte 
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Sinopse: No segundo volume da série Scythe, a Ceifa está mais corrompida do que nunca, e cabe a Citra e Rowan descobrir como impedir que os ceifadores que não seguem os mandamentos da instituição acabem com o futuro da humanidade.
Em um mundo perfeito em que a humanidade venceu a morte, tudo é regulado pela incorruptível Nimbo Cúmulo, uma evolução da nuvem de dados. Mas a perfeição não se aplica aos ceifadores, os humanos responsáveis por controlar o crescimento populacional. Quem é morto por eles não pode ser revivido, e seus critérios para matar parecem cada vez mais imorais. Até a chegada do ceifador Lúcifer, que promete eliminar todos os que não seguem os mandamentos da Ceifa. E como a Nimbo Cúmulo não pode interferir nas questões dos ceifadores, resta a ela observar.
Enquanto isso, Citra e Rowan também estão preocupados com o destino da Ceifa. Um ano depois de terem sido escolhidos como aprendizes, os dois acreditam que podem melhorar a instituição de maneiras diferentes. Citra pretende inspirar jovens ceifadores ao matar com compaixão e piedade, enquanto Rowan assume uma nova identidade e passa a investigar ceifadores corruptos. Mas talvez as mudanças da Ceifa dependam mais da Nimbo Cúmulo do que deles. Será que a nuvem irá quebrar suas regras e intervir, ou apenas verá seu mundo perfeito desmoronar?

Demorei a engatar? Demorei pra cacete, mas porque gosto muito de Citra junto com Rowan, e nesse livro eles praticamente estão separados o tempo todo. Contudo depois que o engate aconteceu, percebi que eles, de fato, precisavam estar separados nessa história. Funcionam bem juntos, mas vê-los lutando um pelo outro, e um acima do outro, é uma causa pela quão eu suporto a distância. 

Continuação tão aguardada de O Ceifador, Shusterman mais uma vez se superar. Mostrando a vida de Citra usando o seu manto espetacular, e de Rowan, sendo um tipo de Batman vingador. Sério, só faltei beijar a página do livro quando vi o que ele se tornou. Duas pessoas que sabem muito bem conduzir suas vidas estranhas de maneira firme, e não deixa espaço para ninguém se intrometer nelas por serem só dois jovens. 

Citra funciona como a cabeça do livro, tomando as atitudes sensatas nas horas corretas. Ela realmente é a voz de uma revolução. Já Rowan é o braço de ferro, a artilharia de um exército. Amo como isso se manifesta neles, e como respondem instintivamente a esse mecanismo que criaram para si mesmos. 

Um terceiro personagem entra na história, na verdade mais dois, porque a Nimbos vai ter muitas passagens interessantes nesse livro. Daquilo tipo que te joga no meio da filosofia da vida e te faz pensar se, ainda que seus meios sejam errados, o fim não os justificam. E o outro personagem não vou dizer qual é para não entregar spoiler, mas garanto que vai te deixar com uma pulga atrás da orelha para entender o papel dele nessa teia que começa a se desenrolar desde o livro anterior. Acabei a história ainda sem saber qual é a do cara, mas sei que será grandioso. 

Os vilões aqui deixam de ser críveis porque, na boa? Não havia necessidade do autor trazer alguns deles. Por que não criar novas cabeças inspiradas nas cabeças anteriores? Não entendi. Mas tudo bem, porque o livro é tão incrível que não deixa margem para te manter no desgosto por muito tempo. 

O final é daqueles de deixar o cabelo em pé. De início achava que era uma duologia, mas esse final serviu para confirmar que não. E vou dizer, viu, no terceiro Citra e Rowan vão vir cortando cabeças. Estou ansiosa que só a porra pelo próximo volume! Certamente que vai passar na frente de muitos. 

Sobre a questão da morte me deixar nervosa quando estou lendo essa série, não senti tanto nesse livro como senti em O Ceifador. Ela está presente, mas não tanto de maneira presente e rasgada como é com o primeiro. Então foi bem mais tranquilo. 

Agora, simbora aguardar pela continuação. 



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