Autora: M. A. Bennet
Editora: Arqueiro
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Sinopse: O ano letivo começou e Greer MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é.Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: “caça tiro pesca”. Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras.
Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... e eles querem sangue.
Que a caçada comece!
Bom, ninguém pode negar que ricos tem formas estranhas de passar o tempo. A todo momento que lia esse livro ficava pensando que o problema desses guris era falta de um lavado de roupa para cuidar. Resolveria rapidinho com uma surra de cinta e um dia de trabalho.
Greer é uma novata nessa escola antiga e estranha de ricos. Ela é bolsista, e desde que chegou por lá ainda não fez amigos e se sente mega deslocada. Isso até receber uma carta misteriosa a convidando para passar o final de semana na mansão dos Warlencourt, a família mais galhada (entenda que galhadas aqui são super importantes) e podre de rica da escola.
A premissa básica do livro é essa. Parece simples, né? E de fato é absolutamente simples. Não me incomodou o fato de ter uma premissa simples, já li muitos livros que a ideia era das mais banais, mas que ganhava corpo com o desenvolver da história. O que obviamente não foi o caso de A Caça.
Para começo de história, acredito que cativar o leitor com os protagonistas é essencial. Se a história não é consistente o suficiente para cativar pelo enredo, então o protagonista precisa gerar empatia do leitor. Greer não conseguiu a minha. Talvez se o livro tivesse mostrado o antes de Greer com um pouco mais de entusiasmo, eu tivesse conseguido me conectar com ela. Mas tudo o que vemos é uma menina deslocada que aceita ir para um final de semana na casa de pessoas que não conhece, e que na real a despreza, por motivo nenhum em específico, mesmo recebendo um aviso assustador que ela não deveria ir.
Quem merda aceita um convite desses? É por estar se sentindo deslocada? Na boa, guria, isso não é motivo o suficiente. Os garotos são explicitamente escrotos, então que porra você vai fazer lá?
Essas coisas me dão nos nervos.
Também me deixou profundamente estressada a dinâmica na casa, no tal final de semana. Depois do dia da Caça era para todo mundo ter ido embora, mas foram? Não. E isso pareceu absolutamente normal. E daí isso se repete com os tiros, mas, de novo, pareceu normal todo mundo continuar na maldita casa, agindo como se tudo aquilo estivesse ok.
Preciso dizer que o livro tem uma ideia interessante. Adolescentes com instinto de nazistas que acham que são melhore que os outros e que devem colocar cada um no seu lugar. Entendo isso, mesmo. Mas daí, como disse, a construção precisava ser mais sólida para me fazer acreditar em tudo o que estava lendo. No final das contas sabe o que senti? Que estava vendo um filme de sessão tarde que alguém teve preguiça de elaborar o enredo, e pior, que termina com um grande ponto de interrogação porque, aparentemente, deixar as pessoas na dúvida é maravilhoso. #sqn
Enfim, é um livro que tem uma ideia boa. Tenta ser interessante, mas peca com momentos bobos que caem nos enredos famosinhos de histórias de terror/suspense adolescente. Poderia ser infinitamente melhor.
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