Um beijo e nada mais e como mulheres podiam ser poderosas em épocas remotas

 

Título: Um beijo e nada mais

Autor: Mary Balogh

Editora: Arqueiro (cedido em parceria)

Amazon: https://amzn.to/2QgDVkH

Sinopse: Desde que testemunhou a morte do marido durante as Guerras Napoleônicas, Imogen, lady Barclay, se isolou em Hardford Hall, na Cornualha. O novo dono da propriedade ainda não apareceu para reivindicá-la, e ela torce desesperadamente para que ele nunca venha acabar com sua frágil paz. Percival Hayes, o novo conde de Hardford, não tem nenhum interesse na região distante da Cornualha, tanto que, desde que recebeu o título, nunca quis conhecer o lugar. Mas em seu aniversário de 30 anos ele está tão entediado que decide impulsivamente fazer uma visita às suas terras. Ao chegar lá, fica chocado ao descobrir que Hardford não é o monte de ruínas que imaginou. Fica perplexo também ao constatar que a viúva do filho de seu predecessor é a mulher mais linda que já viu. Em pouco tempo, Imogen desperta em Percy uma paixão que ele jamais pensou ser capaz de sentir. Mas será que ele conseguirá resgatá-la da infelicidade e convencê-la a voltar à vida?



Não é segredo para ninguém que essa é minha série de romance de época predileta. Tive alguns altos e baixos com ela, e tudo bem, porque é difícil manter a linha em todos os livros quando se tem uma série grande, mas nesse livro Mary Balogh consegue retornar com aquela delicadeza mesclada a força que eu tanto admirei no primeiro volume e que me fez ficar presa nesse clube.  

Imogen é a única mulher do Clube dos Sobreviventes. Amigos que perderam muito durante a guerra e se unem uma vez ao ano para falar da vida e de como estão superando os traumas. Não é diferente com ela, que viu o marido ser morto na guerra e que ainda carrega feridas em um luto sofrido e muito discreto. 

No outro lado da balança temos Percy, que tem todas as características que a gente tanto ama nos mocinhos de romance de época, mas que tem lá seus problemas em vida também, e que talvez esteja um pouco perdido no mundo, quando resolve voltar para suas terras na Cornualha e conhece Imogen, no momento morando nas terras que agora pertencem a ele, por uma questão de herança de bens (que sempre vão para os homens). 

Eles passam a conviver e vão criando um laço de amizade muito bonito e com um crescente que a gente nem percebe quando as coisas estão acontecendo até que elas finalmente acontecem. O casal tem uma química muito singular e nada forçada. Eles respiram e parece que é a deixa para um suspiro de nossa parte. 

Aos poucos o que começa por uma necessidade de conviver vai virando algo mais sério. Percy vai revelando suas fraquezas para Imogen e ela, como consequência, vai fazendo o mesmo por ele. De fato é o relacionamento mais bonito que vivenciei com essa série. 

Entre um cachorro maltrapilha, uma família presente e um cenário de tirar o fôlego, Um beijo e nada mais ficou emparelhado com o meu predileto da série. É diferente dele, por motivos óbvios, mas tão bem trabalhado em suas particularidades que não tive como deixar de me sentir afagada por este livro.