Pois é, me rendi e acabei lendo A Seleção. Tinha muito preconceito com essa série.
Queria poder dizer a vocês que ler o livro foi flores e que acabei totalmente arrependida por ter dito preconceito com ele, mas não foi o que aconteceu. Também não posso dizer que a leitura é inteiramente inútil, só que ela está mais para conto de fadas do que para distopia. Mas vamos relevar por ser o primeiro livro, não é?
América é uma adolescente que vice na casta Cinco, e isso significa que ela é uma artista e que tem a vida um pouco difícil. Quanto maior for sua casta, mas difícil é para sobreviver.
Ela é trabalhadora e tem seus muitos sonhos, inclusive de casar com o grande amor de sua vida, Aspen. Acontece que a oportunidade de melhorar a vida de sua família surge quando uma carta chega à sua casa dando direito à América de se inscrever na Seleção. Isso seria um programa que escolherá a futura esposa do príncipe Maxon e futura rainha de Ílea.
E não é que a menina é selecionada? #Jura?
Então América acaba em um palácio com mais 34 meninas de todos os estilos que estão desesperadas pela coroa. Coitado do príncipe.
Assim que chega ao palácio América acaba conhecendo o Maxon, e apesar de todo preconceito que ela nutria por ele, Maxon se provou uma pessoa diferente do que ela achava que ele seria. E então ela percebe que estar ali para ajudar a família a melhorar de posição social deixa de ser o único motivo para ter aceitado aquela briga de gladiadoras.
Ok, o livro é basicamente isso ai. Sério!
América chega ao palácio.
América tem vestidos lindos.
América participa de jantares elegantes.
América vira a amiga cabeça dura de um príncipe cavalheiro ao extremo.
América começa a achar o príncipe digno de ser visto.
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Ai, gente, eu espero imensamente que a parte distópica da história fique mais visível no segundo livro da série. Em A Seleção você fica sabendo o motivo do mundo ter mudado, mas isso graças a uma aula de história que América participa. (Oi?) Pois é! A não ser por algumas rebeliões isoladas e muito fracas que acontecem nesse livro, tudo é muito mágico e lindo e cheio de fru-fru. E o pior é que nem a parte do fru-fru funcionou bem para mim.
Não digo que não gostei de América. Ela é uma boa protagonista, forte, dedicada, humana. Está sempre se dando bem com as castas inferiores e tem verdadeira repulsa a maioria das pessoas imbecis das castas maiores. Mas sinceramente, é uma menina muito indecisa em relação ao que sente e o que quer. As vezes faz birra de criança e em alguns momentos tive vontade de socá-la.
Já Maxon é cavalheiro. Cavalheiro demais! Sou o tipo de pessoa que sempre vai preferir os Bad Boys.
Claro que Maxon chama atenção, mas nada que tenha feito minha pessoa suspirar. É só um príncipe frustrado que tem que escolher uma esposa em rede nacional e tomar decisões de adulto para combater uma guerra. Já falei que morro de pena dele? Pois é!
A escrita da autora é ótima! Leve e rápida.
Os momentos de tensão são bem conduzidos e os romances bem trabalhados.
Acredito que seja um livro genial para a maioria das adolescentes. Ele tem essa coisa de princesa que vem dos pobres, de príncipe nos moldes antigos da realeza. De briguinhas bestas de meninas por conta de Maxon e da coroa. E ainda por cima, tem a parte televisionada disso tudo. Essa coisa do reality show me lembrou por demais Jogos Vorazes, mas parou ai, heim! Nada de comparações maiores. Não existe distopia comparada a Jogos Vorazes para mim.
Como costumo dizer quando comento nas resenhas, é um Diário da Princesa mesclado com Big Brother e com uma leve pegada de conflitos externos. Não vejo a hora de começar a ver pancadaria e tumulto de verdade nessa série. Torcendo desde já para ler A Elite e ver se a coisa melhora.