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"Uma palavra: Viciante!"
Sinopse: A caçula Anna (Kristen Bell/Gabi Porto) adora sua irmã Elsa (Idina Menzel/Taryn Szpilman), mas um acidente envolvendo os poderes especiais da mais velha, durante a infância, fez com que os pais as mativessem afastadas. Após a morte deles, as duas cresceram isoladas no castelo da família, até o dia em que Elsa deveria assumir o reinado de Arendell. Com o reencontro das duas, um novo acidente acontece e ela decide partir para sempre e se isolar do mundo, deixando todos para trás e provocando o congelamento do reino. É quando Anna decide se aventurar pelas montanhas de gelo para encontrar a irmã e acabar com o frio.
Ser mãe tem dessas coisas de ter que ir ao cinema de vez em quando e fazer os caprichos (caros) dos filhos. Foi dessa forma que fomos ver Frozen. Foi a primeira vez do Rafa no cinema, o que é um absurdo visto que ele tem 4 anos. Acontece que ele teve uma crise epilética e os médicos pediram para evitar coisas que tivessem muita informação visual junta. Então eu fui a mãe maluca que arriscou, e pior, em 3D.
Não sei se foi a emoção dele impressionado com o barulho, com os óculos, com a imagem próxima ou com várias crianças juntas, mas foi muito engraçado vê-lo gritando "uau" e "viva" por qualquer coisa que ele via no filme e gostava. Sai de lá achando que ele tinha apreciado mais a experiência do que propriamente o filme. Estava enganada quando ele sozinho descobriu Frozen no Youtube e de lá para cá já aprendeu duas músicas: "Livre estou" e "Quer brincar na neve?".
Tirando as impressões de filhote sobre Frozen, vamos ao que eu achei.
Bom, é certo que os últimos filmes da Disney estão saindo dessa estrada comum de achar que filmes de princesas precisam de príncipes para salva-las. E graças a Deus que alguém descobriu isso! Funcionava quando o cinema foi criado e o feminismo era pouco aparente. Hoje em dia as meninas trocam brinquedos de meninas por espadas. Eu não sei se isso é uma influência de modo geral da literatura e suas muitas heroínas femininas (Hermione, Katniss, Tris...), ou também da vida real e tantas e tantas mulheres que são fortes como rochas. O fato é que essa ideia de "precisamos ser salvas" está desmistificado, e que Frozen é um dos melhores exemplos disso. Ensinar as crianças auto suficiência é magnífico. Esse, para mim, é o ponto mais forte de Frozen.
Acompanhamos a história de Anna e Elsa. Anna é louquinha e tem um temperamento impulsivo e brincalhão. Elsa é metódica e controlada, mas isso é culpa da maldição que a segue. Elsa tem um poder (lindo) de controlar o gelo. O problema é que ela não tem controle sobre isso, então acaba machucando Anna quando eram crianças, e dai se isola em um mundo só dela por medo de voltar a machucar a irmã.
Só que Elsa se vê obrigada a sair da sua reclusão quando é coroada rainha. Uma pequena briga com Anna e o poder dela é revelado, fazendo com que Elsa fuja para uma montanha de gelo e deixando Anna a sua procura. Claro que a princesa terá alguma ajuda útil, o alpinista Kristoff, a rena Sven e o boneco de neve Olaf.
Frozen tem o melhor de todos os esteriótipos de personagens que você pode imaginar em um desenho da Disney. A comédia fica por conta de Olaf e Sven, quando o romantismo ganha uma forma fraca através de Kristoff, um alpinista cheio de defeitos e nada certinho. Também temos Hans, mas esse é uma outra história e poxa, me pegou de verdade. Nunca fiquei tão surpresa com um personagem como fiquei com Hans.
O relacionamento de Anna com Elsa é bem complicado, visto o afastamento que se faz necessário pela maldição. Mas você percebe logo de início o quanto elas se amam, e o quanto fariam uma pela outra, caso fosse necessário. Trabalharam muito bem com a personalidade de Anna, só acho que a de Elsa poderia ser mais elaborada. Elsa tem características de vilã, como também tem de mocinha. É como se ela prendesse tudo dentro dela. É uma personagem lindíssima visualmente (a melhor que já vi na Disney), e com uma proposta de desenvolvimento muito poderosa.
Temos alguns vilões nessa história. Alguns reais, outros nem tanto. Todos eles são bem construídos e dignos de admiração. Amei, amei, amei a relação da parte malévola nessa história.
E o que dizer dos trolls? Ain!!!!!!! In love!
Entram no tempo certo, agem como deveriam e ainda tem uma das músicas mais reais de toda a história. Sério, ela bem que poderia ser tocada em terapia de casais.
E a parte musical? Porra!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O filme tem algumas canções, e todas elas são DIVINAS!! Let it go na voz de Idina Menzel é uma das mais bonitas composições da Disney. Eu estou viciada nela e meu filho também. Vale muito a pena ter a trilha sonora de Frozen. Letras bem escritas e melodias contagiantes!
Devo dizer que a história tem uns momentos bem tristes, que ficaram bem coordenados com o filme no contexto geral. Ele não diz, mas é como se dissesse. Um desses momentos é durante uma canção, e ficou tipo... Magnífico! Me arrepio até agora lembrando.
O visual do filme é lindo, tipo lindo mesmo!
Não sei se é porque amo a ideia de neve, mas ficou coisa de fazer babar. E a colorização???? Poxaaaaaaaa!!!!!!!!!
Deu para ver como gostei de Frozen, não é?
Assisti três vezes. Uma em português com o Rafa, e duas em inglês. Claro que a versão original é milhões de vezes melhor, mas se querem levar o baby, se joguem que eles vão adorar. Principalmente as meninas.
