Resenha de "A Corte do Ar" (Stephen Hunt)

"Fantasia com BASTANTE descrição"


SinopseNesse aventura repleta de drama e ação, Molly carrega em seu sangue um segredo que a torna alvo de inimigos do Estado. Já Oliver é acusado de assassinato e precisa fugir para salvar sua vida. Logo, os dois se juntam para lutar contra um antigo poder que parecia derrotado havia milênios. (Skoob)










Recebi A corte do Ar de parceria com a editora Saída de Emergência, que é o selo de fantasia da Arqueiro/Sextante. Pedi de início porque amo de paixão o gênero Steampunk, e também porque a premissa do livro me convenceu. Acontece que toda a minha euforia pelo livro foi para o ralo quando cheguei na página 100 e não estava nem um pouco envolvida por nada no enredo. 


Temos dois protagonistas no livro, cada um deles tem sua própria história, mas em algum ponto elas se ligam. E talvez tenha sido o que me prendeu na história até o momento onde eles se conheciam. Imaginei que algo aconteceria e mudasse meu ponto de vista sobre o livro, mas não aconteceu. Oliver e Molly que já eram protagonistas chatos, passaram a ser mais sem sal ainda. E tudo bem que os protagonistas não te prendam, isso acontece bastante  e normalmente vem acompanhado de um enredo legal. Só que não foi o caso.

Não posso dizer que o enredo de A corte do Ar é ruim como um todo, porque não é. Hunt teve um momentos bacanas na história e a encheu de elementos grandiosos tanto para o steampunk, quanto para a fantasia de modo geral. Ou seja, a ideia prende pra caramba, mas o desenrolar dela não. 

O livro é difícil de ler? Muito! É tanto que tem um glossário atrás para ajudar o leitor. Palavras confusas e termos confusos. Mas nem foi isso que me chateou, foi mais a coisa de mesmo com uma explicação, eu não achar sentido em um monte de coisas. Não é o significado dela, mas como ela é usada. Estou acostumada com termos em Steampunk e não me incomodo com essa inserção na história. Me incomoda o fato de inseri-la apenas por inserir. 

Hunt tinha tudo nas mãos para criar um livro fantástico, mas se perdeu em descrições longas e enfadonhas. E não digo isso porque odeio descrições. Eu amo a escrita de Tolkien, e o cara passa mais tempo descrevendo uma folha caindo do que se ela caísse de verdade. Mas Hunt não nos prende na sua descrição longa, pelo menos não comigo. 

Foi um livro enfadonho que demorei cerca de um mês inteiro para conseguir concluir. Não me conectei com os personagens e nem com o enredo, e não tenho intenção de continuar a ler essa série. A proposta dela é ótima, mas não funcionou comigo. Tinha tudo para ser um dos melhores livros para mim, mas infelizmente foi um dos mais fracos. 

Mas aviso, a ideia do cara é louca e boa! Os elementos de fantasia estão presentes e são bem reais. Então se você curte o gênero, tenta ler A corte do Ar. Ahhh, uma das cenas finais tem muito do que acho que deveria ter no livro inteiro. Ela te conecta legal!

Também tenho que parabenizar a editora por uma das melhores diagramações que já vi em um livro. Trabalho muito lindo e de qualidade! 

Enfim, sei que não deixei a melhor das opiniões acerca do livro, mas fantasia é uma coisa que agrada uns, e deixa outros nervosos. Amo fantasias descritivas quando o autor consegue me prender na descrição, e Hunt não conseguiu. Mas pode ser que o que não serviu para mim, sirva para vocês.