The Following é uma série de televisão dramática norte-americana, criada por Kevin Williamson. Protagonizada por Kevin Bacon, estreou em 21 de janeiro de 2013 na Fox, também contando com James Purefoy, Shawn Ashmore e Natalie Zea no elenco. A série parte da premissa de um agente do FBI, Ryan Hardy, que investiga um criminoso que usa a tecnologia para criar uma rede de serial killers com base nos ensinamentos deixados pelo poeta e escritor Edgar Allan Poe. Começou a ser exibida no Brasil a partir de 21 de fevereiro de 2013, pelo canal por assinatura Warner.
Uma coisa é fato depois de ver essa série... Preciso ler os livros do Poe!
Assim, não sou chegada a séries e filmes que falem de serial killers. Já assisti muito, até porque minhas peças aqui de casa gostam, mas dizer que eu procurei por livre e espontânea vontade para ver, seria mentira. Isso até um abençoado de um amigo ficar feito um grilo falante no meu ouvido me enchendo de ideias acerca dessa série, e eis que resolvo dar uma chance para ela. Me apaixonei já no primeiro capítulo! Usei um tempo precioso para completar a primeira temporada, e putz, louca para começar a segunda.
A melhor coisa dessa série com certeza é a ideia de roteiro, por mais que eu tenha ficado meio impaciente com alguns acontecimentos em alguns capítulos. O que torna, por exemplo, Sherlock uma série do caralho, é que são apenas três capítulos por temporada, mesmo que sejam longos, então a série não se torna cansativa. Acredito que com The Following as coisas deveriam ter acontecido da mesma forma. Eu sei que não dava para condensar a série em três capítulos, mas talvez não precisasse de quinze para fecha-la. Algumas coisas ficaram meio repetidas, mas nem liguei muito para isso, já que o contexto geral me convence.
O elenco também é um super ponto positivo para a série. Todos estão afiadíssimos e numa sintonia incrível dentro do núcleo que pertencem. Fazia tempo que eu não odiava tanto um vilão, como odiei uma certa garota em The Following. Contando os minutos para que ela morra.
A surpresa também é uma questão interessante por aqui. Quando você acha que fulano é um mocinho, ele simplesmente atira na sua cabeça, e sem comunicar que vai fazer isso antes. Então nunca confie muito nos personagens, já que a maioria deles vai te surpreender. Isso aconteceu muito no início da série, e foi se perdendo até o fim. Senti falta dessas mudanças de comportamentos dos personagens lá na frente, mas entendi que era a proposta do roteiro, e fiquei tranquila com isso.
Kevin Bacon está incrível aqui! E olhe que nunca fui muito fã do cara. Gosto mais dele como mocinho do que de James como vilão, e acho que na verdade o problema com esse vilão não é o ator, e sim a construção da trama dele. Tudo bem que o que ele criou é magnífico, e teve seu momento de elogios. Só que depois que o propósito inicial do vilão foi revelado, as coisas perderam um pouco o foco. Ele perdeu um pouco o foco. Então não sei se isso também era a proposta inicial, ou se foi falha do roteiro. Poxa, um cara que cria tudo de forma tão calculista como ele criou, não vai ser impulsivo e fazer burrada depois que consegue seu primeiro propósito. Ele é um serial killer, essa galera tem que ser fria e pouco explosiva. Lembrando do perfeito Lecter. Então o ator até começa dessa forma, e depois fica meio pirado, e deixa toda a concentração pelo plano morrer.
Também teve um momento, mais perto do fim, que esperei de coração que algo bombástico fosse acontecer, já que é isso que o plano inicial do vilão propõe. Mas não foi o que aconteceu, e mais uma vez ele perdeu o foco e a magnitude de ser um vilão altamente inteligente, e o que era para ser o melhor capítulo, foi apenas para passar o tempo.
Outra crítica vai para algumas atitudes idiotas e precipitadas do FBI. Eles não deveriam ser os melhores na área? Então porque porra não pensam em coisas simples como furar o pneu do carro do vilão, por exemplo? Chega a ser ingênuo ver pessoas que nunca fizeram treinamento ter mais capacidade de agir de acordo com a necessidade, do os que treinaram a vida inteira. Os vilões quase sempre se dão melhor na história, e isso só é frustrante porque falta a malícia dos mocinhos. E aqui abro uma exceção para Ryan e Mike, que são duros na queda e não tem medo de arriscar.
Enfim, The Following é um dos melhores seriados dentro do gênero que já vi. A ideia é excelente, a equipe é ótima e os roteiristas tem ouro nas mãos. Seria uma série melhor se ela tivesse sido mais curta, e enxugado capítulos desnecessários. Não acho que Joe Carrol ainda tivesse base para uma segunda temporada, visto que é um vilão muito poético e voltado ao Poe, e corre o risco de ficar repetitivo; mas como ele tem uma legião de súditos, vamos esperar para ver o que acontece.