Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte (Cedido em Parceria)
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Sinopse: A Herdeira - Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.
É, foi lendo A Herdeira que cheguei a conclusão de que gosto do estilo narrativo da autora, mas simplesmente detesto suas histórias! Sorte que sou uma pessoa persistente nas séries, e que fazemos eventos aqui na cidade sobre essa em específico, ou já teria abandonado logo no primeiro.
Você percebe de cara que esse livro foi escrito simplesmente porque a trilogia inicial fez sucesso, e os editores caíram no pé da autora para da continuidade. Vou repetir algo que sempre digo por aqui... Autores, se vocês não tem mais nada para dizer sobre aquela história, favor não escrever mais por conta da grana. Certamente que seus leitores comprarão seus outros livros, ainda que não tenham nada a ver com os anteriores.
Pois é, finalizamos o livro anterior com um belo casamento de América. (Isso não será spoiler se você estiver lendo a resenha de A Herdeira. Subtende-se já ter lido os anteriores.) Enfim, o casal terminou feliz, com sorrisos, beijos e abraços. E então vamos entrar na história de A Herdeira, vinte anos depois do Happy End, trazendo a filha deles, Eadlyn, como protagonista.
Podem imaginar o que vai acontecer, né? Princesa mimada tem que se casar com alguém para acalmar as pessoas. Princesa mimada odeia a ideia, mas terá que fazer uma Seleção. Princesa mimada recebe um monte de caras belos e cheios de qualidades e defeitos, os quais ela vai ignorar porque acha ridículo que ela tenha que se casar dessa forma. Até que concordo um pouco com Princesa mimada.
Vi muita gente por ai chateado por conta da personalidade da menina, e não tem como eu dizer que ela é simpática, porque não é. Contudo não esperava menos dela. Até que esse jeitão "sou forte e ninguém me derruba" é engraçado em algumas cenas, de tão patético que fica.
Toda a minha chateação não foi com a personagem irritante, foi com o fato de alguém ter perdido tempo escrevendo esse livro. É praticamente o que temos em A Seleção, com a diferença crucial de acompanharmos a princesa, invés dos candidatos. Eu lia e ficava batendo com o livro na cabeça e pensando porque merda eu estava perdendo meu tempo lendo aquilo.
Como todo leitor, também tive meus candidatos favoritos, mas a coisa toda era tão fútil que não consegui me conectar com nenhum deles. Foi chato! Comecei o livro achando chato e terminei achando mais chato ainda.
Uma coisa agradeço, a autora ter parado de chamar essa série de distópica. Aleluia que ela entendeu que isso passa longe de ser algo distópico. Então o foco é mais os romances, a personalidade escrota de Eadlyn e um pouco, bem pouco, da parte política. Acho que Cass poderia ter aproveitado muito mais a chata da protagonista com as revoltas que aconteciam em todo o país. Estou realmente cansada dessa vida palaciana deles.
Não critico quem gosta da série. Posso enxergar um vislumbre de algo bacana de se acompanhar, principalmente para quem gosta desse tipo de romance. Só que ela não é para mim. Estou numa fase sombria demais para me encantar com princesas em castelos escolhendo príncipes para se casar.
Vou terminar de ler porque cheguei até aqui e porque normalmente não me canso com a escrita da Cass. Até leio rápido os livros dela! Tirando esse, que foi uma epopéia para chegar ao fim.
Se leram os três primeiros e gostaram, leiam esse! Se não gostaram e não precisam fazer eventos sobre ele, pelo amor de Deus, vão procurar algo para ler que não seja A Herdeira.