Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente. Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga.
Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele.
Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples – e de tão complicado – quanto um beijo.
Nostalgia. Essa foi a palavra de lei ao final desse livro. Passei um bom pedaço dos meus últimos anos lendo sete livros dessa família incrível, e agora que está tão perto do fim, me sinto com espaços vazios demais dentro de mim. Apesar disso, devo admitir que Julia Quinn só melhorou com o crescimento dos Bridgertons.
Nesse volume vamos conhecer o romance da caçula da família, Hyacinth. Dona de uma língua afiada e de um estilo único, a menina tem sérias dificuldades de entrar dos "eixos" para se adequar a seus pretendentes. É conhecida pela sociedade como complicada e espirituosa.
Hyacinth é uma grande amiga de Lady Danbury, uma senhorinha tão danada quanto ela. E, claro, Lady Dunbury tem um neto que é lindo e um pequeno mistério, Gareth. Apesar de eu não morrer de amores por Gareth de modo individual, gosto dele ao lado de Hyacinth.
Não preciso dizer que esse livro segue aquele mesmo padrão de trama que todos os livros de época seguem, não é? O legal daqui é que tem um diferencial interessante, coisa que me prendeu até a última página.
A problemática da história para uni-los aparece em forma de um diário da outra avó de Gareth, Isabela, que deixou o pequeno caderno escrito em italiano, língua que Hyacinth conhece um pouco por ter tido uma tutora que também falava. E como George, irmão de Gareth, determina que esse diário seja entregue a ele após sua morte, isso deixa o irmão curioso para saber o que tem de tão importante ali.
É interessante também citar que Gareth tem um relacionamento bem complicado com o pai, que entendemos parcialmente logo no início. Gareth é de fato o drama dessa história, enquanto Hyacinth é leveza. Talvez por isso eles se entendam tão bem.
Gosto pra caramba da protagonista! Amei a cena em que ela tem uma conversa bem séria com a mãe, e amo as cenas dela com Lady Danbury mais do que amo as cenas com Gareth, mesmo as mais picantes. Hyacinth é um pequeno raio de luz na família. Não achei que fosse gostar tanto da garota até esse contato direto com ela.
Uma coisa que senti falta foi a lendária intromissão dos irmãos, e percebo que isso tem um certo padrão nos livros dessa série. Tem uns em que eles aparecem mais, e outros que quase não aparecem. Acho que de todos esse foi o que menos apareceram. Aliás, além da mãe só vamos Antony e uma leve citação sobre Colin. De alguma forma acho que isso foi proposital, mas ainda assim fez falta.
Eu adorei o ar de mistério que permeia essa livro. Os dois protagonistas estão unidos por uma espécie de "Caça ao Tesouro", e isso é uma novidade interessante em se tratando desses romances de época. E mesmo que o que eu tenha mais curtido tenha sido esse diferencial, posso dizer que também adorei as cenas mais quentes. Tudo bem que nesse quesito prefiro Francesca, mas adorei a química de Hyacinth com Gareth.
Um Beijo Inesquecível não é meu predileto da série, mas fica entre os primeiros. Uma ótima pedida para quem gosta desses romances de época, como eu. Certamente será um desses livros leves que você lerá entre alguns pesados, para aliviar o coração e suspirar a vontade.