Autor: Edward Gross e Mark A. Altman
Editora: Globo Livros
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Sinopse: Após seis séries de tv, treze longas e cinco décadas como ícone da cultura pop, Jornada nas estrelas se tornou uma das franquias mais duradouras e rentáveis de Hollywood. Na mesma época da estreia no Brasil de Star Trek: Sem fronteiras, nova adaptação para os cinemas, a Globo Livros lança o primeiro volume de 50 anos de Jornada nas estrelas. A coleção reúne histórias de bastidores narradas por pessoas diretamente ligadas à série, como seu criador Gene Roddenberry. Repleto de revelações surpreendentes, cartas, roteiros alterados e memorandos trocados entre a equipe, este primeiro volume aborda o período que vai da criação do conceito da série original estrelada por William Shatner e Leonard Nimoy até os anos seguintes ao seu cancelamento.
Jornada nas Estrelas foi uma das primeiras séries a debater questões como política e injustiça social e foi também uma das primeiras a apresentar um elenco multicultural e multirracial. Talvez por isso a série tenha conquistado uma legião de fãs apaixonados, que inclui nomes que vão de Martin Luther King Jr. a Barack Obama, de Angelina Jolie a Eddie Murphy. Para mostrar como o lendário piloto lendário criado por Roddenberry vendera há cinco décadas viria a se tornar uma franquia que impactou o mundo, dois dos maiores especialistas mundiais em ficção científica, Edward Gross e Mark A. Altman, conversaram com profissionais e personalidades que tornaram esse fenômeno possível. Além do genial criador de Jornada nas estrelas, a dupla ouviu produtores de cinema e tv, executivos de emissoras de televisão, roteiristas, diretores como J. J. Abrams Philip Kaufman e Robert Wise, e membros do elenco, como William Shatner, Leonard Nimoy e Nichelle Nichols, que interpretaram respectivamente os lendários capitão Kirk, sr. Spock e tenente Uhura.
Dedicado tanto aos fãs da franquia e aos apaixonados pela cultura pop quanto àqueles que querem conhecer um pouco mais sobre os surpreendentes bastidores das produções hollywoodianas, 50 anos de Jornada nas estrelas é a coleção definitiva sobre uma série que se tornou objeto de culto e um verdadeiro mito contemporâneo.
Se vocês me acompanham há algum tempo sabem o quanto sou apaixonada por todo esse universo ficcional intergaláctico. Comecei com Star Wars, e quando ele não me foi mais suficiente, pulei também para Star Trek. E ainda que as pessoas falem da semelhança ou da cópia que o segundo é em relação ao primeiro, vejo particularidades em Jornada nas Estrelas que não via em Guerra nas Estrelas, e vice e versa. Cada um tem o que contar para seu público. Amo absurdamente ambos, e quando estou procurando algo bem mais leve e que sei que não vai me cansar, é em Jornada que aposto.
Quando a Globo surgiu com a ideia desse livro, eu já estava em êxtase. Não morro de amores por livros que são histórias não autorizadas sobre filmes ou séries. De alguma forma me sinto lendo algo que não posso exatamente confiar, e esse é o único motivo que me fez tirar uma estrela do livro. Enquanto fã eu quero a verdade, e me pergunto o quanto tem de floreio por parte de quem o organizou.
Não é um livro para você que quer começar a entender Jornada nas Estrelas. Realmente acredito que vocês devam começar pela série clássica, passar para as posteriores e só assim tentar um livro sobre bastidores. Afinal, é um livro para fãs. Para pessoas que querem expandir os conhecimentos acerca da série.
Se você tem problemas com a falta de tecnologia e ritmo dessas séries mais antigas, como eu tive com as primeiras temporadas de Doctor Who e o próprio Jornada nas Estrelas, então comece pelos filmes mais recentes, que seriam o Star Trek de 2009, o Star Trek Into Darkness de 2013 e o Star Trek Beyond de 2016. Se você gostar dos filmes, aí sim recomendo ir para as séries clássicas e livros, porque já estará encantado pelos personagens e todo o universo da Frota Estelar.
Esse livro comemorativo dos 50 anos de Jornada é voltado exclusivamente para fãs e vai contar com diversos relatos da equipe que participou da série. Relatos curtos, e isso talvez tenha me irritado um pouco. Quando parecia que eu estava envolvida numa entrevista, mudava para a de outra pessoa, que tinha uma perspectiva diferente dos acontecimentos. É legal ver como as ideias se cruzam e se afastam acerca de um filme de ficção na década de 60, onde a corrida espacial estava no meio de uma guerra fria entre os EUA e a União Soviética. Até o fato de ter como um dos protagonistas um russo, o Chekov, gerou uma certa polêmica na época, e até isso está ali subtendido nas entrelinhas das entrevistas.
O cinema de alguma forma tem um pé muito forte na política. Veja que quando algo grande está acontecendo no mundo, os cineastas usam isso como ponto de partida para criar histórias que certamente puxarão um grande público interessado naquilo. Seja nas duas grandes guerras, na guerra civil americana, no atentado ao World Trade Center... Tudo de grandioso na nossa história gera um conteúdo cinematográfico, e isso não foi diferente na criação de Jornada nas Estrelas.
Para os fãs, eu recomendo a leitura e até como parte do acervo de coleção. Não é totalmente informativo, mas tem fatos interessantes que eu, como fã, gostei muito de ler sobre.