Autor: Paula Ottoni
Editora: Novo Conceito
Skoob: Adicionar
Sinopse: Bianca acabou de largar um curso de graduação de que não gostava, seus pais vão se divorciar e seus irmãos pequenos estão cada dia mais barulhentos. A oportunidade perfeita de escapar surge quando seu namorado, Miguel, resolve ir a Roma abrir uma empresa para o pai. Bianca decide que aprender italiano, arrumar um trabalho temporário e ajudar Miguel em seu negócio será um bom começo. O que parecia um sonho, porém, torna-se uma incerteza ainda maior quando Miguel fica sempre fora de casa, os empregos de Bianca não duram mais que uma semana, e, cada dia mais próxima de Enzo – o melhor amigo de Miguel, com quem moram –, ela começa a questionar seus sentimentos.
Depois de semanas tentando acabar um livro tão curto, cheguei a conclusão de que ele, apesar de fofo em alguns momentos, não é para mim. Ou melhor dizendo, não é para o meu tipo de perfil literário.
Entenda que não tenho problema algum com livros mais jovens, com temáticas mais jovens. Já li muitos e sou apaixonada por vários. Acredito que o problema seja quando um livro mais jovem não te deixa uma sensação de aprendizado, de que algo ficou. Ai sim fico achando que perdi meu tempo, e detesto descobrir que perdi meu tempo.
O livro vai contar a história de Bianca, uma jovem adulta que está em uma fase confusa. Os pais prestes a se divorciar e ela que não sabe o que quer da vida profissionalmente. Largou a faculdade e está em busca daquilo que lhe servirá para o futuro.
No meio dessa confusão temos Miguel, o namorado, que está prestes a embarcar para a Itália e colocar para frente o projeto de uma extensão do comércio do pai. Vai passar uns meses com Enzo, um amigo, e chama Bianca para ir com ele.
Pensando que isso pode ser um bom ponto de partida para entender o que quer para sua vida, Bianca arrisca e vai. Só que o que poderia ser a solução dos seus problemas, é na verdade a criação de um outro, porque Enzo está lá, e é nerd, lindo, e atencioso demais para não ser notado.
Então, um triângulo amoroso. Confesso que não é dos meus temas prediletos, apesar de amar alguns livros onde eles aparecem. Mas os livros que gosto onde aparece essa temática, são tão fantasticamente bem construídos que não sinto como se a situação fosse uma forçada de barra do lado do autor para conquistar um determinado público. Não que seja o caso desse livro, até porque essa indecisão de Bianca está nítida até na sinopse da história, então não foi forçado.
Só que não vi poder nas atitudes dos personagens, saca? Não vi determinação em Bianca, achei o Miguel um idiota pela cegueira em frente aos acontecimentos que estavam se desenvolvendo a sua volta, e achei Enzo um completo imbecil por não ter ido lá e feito o que era para ser feito antes de tudo virar uma bola de neve em cima da garota. Qual é, amigo?! Você criou a situação também, não enrole! O amigo é seu, cara! Vai lá e conversa de boa! Mas ele fez isso? Nãaoo! Deixou para a indecisa em grau maior. Aff
Já deu para notar que foi um livro que me deixou nervosa em muitos sentidos, né? Pelas atitudes sem lógica dos personagens ou pela falta delas. Eu sou muito fixa nas minhas ideias, e quando eu me jogo eu vou de verdade, e ler sobre personagens que ficam arrodeando uma situação X e não a enfrenta me irrita imensamente.
Acho que era um livro que poderia ter sido mais. Ter tido mais. A ideia é boba e clichê, mas ela funciona para um determinado público. E como disse lá em cima, eu até gosto do tema, quando ele é bem trabalhado e os personagens tem atitudes, e não ficam chupando manga e vendo o sol nascer quadrado.
Talvez um livro para uma menina mais nova. Comigo não rolou, e não vejo isso com uma culpa totalmente do livro, mas da minha personalidade forte tendo que ler coisas aparentemente rasas para a minha idade.