Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Depois de ouvir duas adolescentes trocando confidências no porão de sua casa, Myron faz com que as garotas prometam ligar para ele se um dia estiverem em alguma encrenca e não tiverem coragem de recorrer aos pais em busca de ajuda. Ele garante que irá em seu socorro sem questionamentos, qualquer que seja a situação.Alguns dias depois, às duas da manhã, seu telefone toca. É Aimee Biel, uma das garotas a quem oferecera apoio incondicional. Abalada e nervosa, ela pede que Myron a deixe em frente a uma casa numa rua deserta, o suposto endereço de uma amiga. Apesar de sentir que alguma coisa está errada, Myron honra sua palavra e não faz perguntas.
Mas ele se arrependerá profundamente dessa decisão, porque talvez essa seja a última vez que Aimee será vista por alguém. Atormentado pela culpa – ao mesmo tempo que se torna o principal suspeito pelo misterioso desaparecimento –, Myron decide investigar o caso por conta própria.
Envolvido numa trama cheia de promessas desfeitas e segredos devastadores, ele descobre que essa não será apenas uma busca por uma adolescente que sumiu: será também uma busca pela verdade em suas nuances mais sombrias.
Os livros do Coben sempre foram lidos por mim com bastante euforia, desde o primeiro, que foi o Cilada. Não era um autor que eu conhecia por críticas incríveis, mas era um autor famoso dentre o segmento policial dele. Aliás, até hoje é. A quantidade de livros maravilhosos que esse homem produz é impressionante, e ainda que não possa dizer que li todos (o que um dia pretendo fazer) li alguns, e eles ficaram na minha listinha de livros de coração. E nisso eu incluo A Promessa.
Voltamos com mais um pouco de Myron Bolitar, que acabou caindo de paraquedas em mais um caso policial. Como todos sabemos, ele não é um detetive de fato. Foi astro de basquete e acabou como agente esportivo depois de um acidente que o tirou das quadras. Mas vira e mexe ele se depara com algum caso - ou é jogado neles - que precisa de solução, e Myron é realmente bom nisso.
No caso de A Promessa, o maior livro dele que li até agora, temos a história do desaparecimento de uma menina, a Aimee, filha adolescente de uma de suas amigas mais antigas. Seria mais um caso normal para a polícia, se não fosse Myron a última pessoa a ter visto a menina quando deu carona para ela em uma madrugada por conta de uma promessa que tinha feito. E daí ele volta novamente a dar uma de detetive, para se livrar da culpa de ter cumprido aquela promessa e separado sua amiga da filha.
Como sempre, Coben se mostra gênio nesse livro. Conduz o leitor de maneira fascinante até onde ele deseja ir. Nos faz pensar em milhões de formas de desvendar esse caso - porque isso é normal em um leitor de policial - e nos afunda quando entrega o final, porque normalmente não é nada do que pensamos a princípio.
A Promessa vem mostrar um Myron já com os sinais da idade. Não é mais o homem que foi alguns anos atrás. Não tem o mesmo fôlego, os mesmos sentimentos, a mesma rapidez de pensamento. Está em um relacionamento que de início não sabe bem o que quer dele, e é assombrado por fantasmas de amores antigos. Provavelmente a única coisa que jamais muda aqui é seu circulo de amizades que, vamos combinar, é tão incrível que causa inveja.
Amo Win - o melhor amigo - com tanta intensidade como amo Myron. Eles juntos formam um tipo de dupla dinâmica que se assemelha bastante ao que normalmente vemos em filmes policiais. Ainda que Win não ande com Myron o tempo inteiro, ele está lá sempre que ele precisa - e quando não precisa também. Nesse livro fiquei conhecendo um pouco mais de quem é Win além de um nome forte ao lado de Bolitar.
A Promessa é um livro cheio de retas de pensamento. Temos o caso principal, da Aimee, mas não é só ele. Há outro, e uma certa ligação entre as duas coisas. Myron precisa descobrir qual é, para entender se o sumiço da menina foi proposital ou não. Além de que o outro caso leva a mais um monte de situações e personagens diversos, ou seja... Nesse livro a confusão é grande. Mas, acredite, não dá para se perder. É fácil decorar os nomes e o que eles são e fazem. Dois casos ligados, meio mundo de gente envolvida, e ainda assim é fácil porque Coben é Coben e fim de papo!
Eu amei o final desse livro! O autor entrega uma ideia, e depois a desconstrói em um miscar de olhos. A gente fecha o livro se sentindo idiota por não ter pensando naquela solução antes. É por isso que digo que cada um deve ficar em seu quadrado. Coben é foda escrevendo policial! São tantos detalhes e tão bem explicados que fico pensando em como funciona o processo de escrita dele. O quanto de pesquisa existe, e o quão difícil deve ser esquematizar isso e colocar no papel de maneira a não deixar furos. Sou super fã dele por causa dessa construção narrativa complexa e maravilhosa! Acho que a polícia deveria contratar o Coben como consultor. rsrs
Então é isso... Mais um livro dele que amei, e mais um que indico. Preciso de mais livros do Bolitar para ontem. Até tenho um parado na estante, mas preciso do que vem depois desse na ordem cronológica dos livros desse agente esportivo.