Autoras: Cynthia Hand/Brodi Ashton/Jodi Meadows
Editora: Gutenberg
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Sinopse: Toda história tem sempre duas versões…
Inglaterra, século XVI, dinastia Tudor. O jovem Rei Eduardo VI está à beira da morte e o destino do país é incerto. Para evitar que o poder caia em mãos erradas (leia-se: nas mãos de Maria Sangrenta), Eduardo é persuadido por seu conselheiro a nomear Lady Jane Grey, sua prima e melhor amiga, como a legítima sucessora
Aos 16 anos, Jane está em um relacionamento muito sério com seus livros até ser surpreendida pela trágica notícia de que terá de se casar com um completo estranho que (ninguém lembrou de contar para ela) tem um talento muito especial: a habilidade de se transformar em cavalo. E, pior ainda, descobre que está prestes a se tornar a nova Rainha da Inglaterra!
Arrastada para o centro de um conflito político, Jane suspeita de que sua coroação na verdade esconde um grande plano conspiratório para usurpar o trono. Agora, ela precisa definitivamente manter a cabeça no lugar se… bem, se não quiser literalmente perder a cabeça.
Um rei relutante, uma rainha-relâmpago ainda mais relutante e um nobre (e) garanhão puro-sangue que não se conformam com o destino que lhes foi reservado; uma história apaixonante, envolvente, cativante, sedutora… e mais uma porção de sinônimos que só Lady Jane seria capaz de listar. Tudo com uma leve semelhança com os fatos históricos.
…afinal, às vezes a História precisa de uma mãozinha.
HILÁRIO! Fazia tempo que não ria tanto com um livro. Conseguiu bancar muitos dos livros da Sophie Kinsella, e isso para mim é um puta elogio. Mas não foi só por conta das partes cômicas que esse livro levou cinco estrelas, mas pelo uso eloquente e maravilhoso dos fatos históricos entrelaçados com um teor de fantasia muito bacana.
Eduardo é o rei e está morrendo. Ainda com dezesseis anos, se encontra acamado com a Moléstia. O que provavelmente o povo hoje conhece como tuberculose e que era muito comum naquela época. Ele é um Tudor, um dos filhos de Henrique VIII. Não o primogênito, mas o único homem e herdeiro legítimo da coroa inglesa.
Como um dos seus últimos atos, ele assina um documento passando sua coroa para a prima Jane Grey, e cedendo a mão da mesma em casamento para Gifford, o filho caçula de seu conselheiro real. O problema é que Gifford só é um homem em metade do dia. Na outra metade ele é um cavalo. Isso mesmo, um cavalo!
Gifford é um edjano. Podemos dizer que um edjano é tipo um metamorfo. Todo edjano se transforma em um animal. Um único animal, e vem e vão dentro das transformações quando quiserem. Com exceção de nosso protagonista, que se transforma em cavalo do nascer do dia até o por do sol. Como se fosse uma maldição.
As informações que dei são as únicas que realmente vejo relevância serem ditas sem ter lido o livro. De resto acho que precisam descobrir sozinhos. O livro é narrado pelos três protagonistas, revezando entre eles os capítulos, o que considero bem bacana, visto que você enxerga determinada situação com os olhos que as escritoras querem que a gente enxergue. Isso faz toda diferença.
Logo de início achei que o livro iria me decepcionar. Gostava das partes de Jane e Gifford, mas não gostava das de Eduardo. Até que algo acontece com ele e eu mudei completamente de lado. Queria ver as cenas dele tanto quanto queria ver as de Jane e Gifford. Acabou que me vi presa totalmente pelos três. Acho que é raro me sentir presa por três protagonistas dessa forma. Muitos pontos ao livro por isso.
Eles são divertidos, espirituosos e novos, e por isso fazem muita merda por "achar" que é a coisa correta a ser feita. Isso acaba sendo bem divertido. Outra coisa hilária é a intromissão das autoras na história. Eles param a narrativa para explicar coisas históricas sobre cordas ou sobre cavalos. Sério, é bem engraçado. Na verdade, a frase que vai logo nas primeiras páginas do livro já me fez rir.
Fico muito feliz por me sentir uma historiadora depois de ter lido Minha Lady Jane. Fui pesquisar o quanto de verdade tinha na história, e me impressionei por muita coisa ali ser verídica. Elas fizeram uma trabalho de pesquisa incrível. Nomes, locais, referências... Muito bom! E as partes onde entra a fantasia, como o lance dos edjanos, eu enxerguei as diferenças religiosas no país.
Bem se sabe que essa parte da história do trono Tudor inglês, houve muita briga por conta de religião. Maria, a filha de Henrique que assumiu depois que Eduardo morre (e isso é diferente no livro), vai totalmente de encontro a proposta religiosa do pai, e isso causa um rebuliço grande. No livro, ela é contra os edjanos. Então vi uma ligação forte entre uma coisa e outra. A ligação entre história e fantasia é bem crível, na verdade. Quase acreditei nos edjanos.
O final é bem diferente da história, que sabemos ter sido trágica para a maioria deles. O livro é leve, com altas cenas divertidas, personagens super carismáticos e situações históricas deliciosas de serem lidas pela visão que elas colocaram.
Amei , amei, amei o livro! Recomendo pra caramba para quem ama esse tipo de leitura leve e fofinha.