Resenha de "Mais Forte que o Sol" (Julia Quinn)

Título: Mais Forte que o Sol
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Considerada a “rainha dos romances de época” pela Goodreads, Julia Quinn já atingiu a marca de 10 milhões de livros vendidos.Quando Charles Wycombe, o irresistível conde de Billington, cai de uma árvore – literalmente aos pés de Elllie Lyndon –, nenhum dos dois suspeita que esse encontro atrapalhado possa acabar em casamento.
Mas o conde precisa se casar antes de completar 30 anos, do contrário perderá sua fortuna. Ellie, por sua vez, tem que arranjar um marido ou a noiva intrometida e detestável de seu pai escolherá qualquer um para ela. Por isso o moço alto, bonito e galanteador que surge aparentemente do nada em sua vida parece ter caído do céu.
Charles e Ellie se entregam, então, a um casamento de conveniência, ela determinada a manter a independência e ele a continuar, na prática, como um homem solteiro.
No entanto, a química entre os dois é avassaladora e, enquanto um beijo leva a outro, a dupla improvável descobre que seu casamento não foi tão inconveniente assim, afinal...

Mais forte que o sol vai contar a história de Ellie Lyndon, a irmã inteligente e perspicaz da protagonista do primeiro livro. E de Charles Wycombe, um lorde que está prestes a perder sua fortuna se não casar até o aniversário de trinta anos, passando assim tudo para o parente homem mais próximo, no caso um primo insuportável.

Quando Charles, bêbado cego, cai de uma árvore aos pés de Ellie, ela leva na esportiva, inclusive ajudando o homem na tortuosa tarefa de chegar até o seu meio de transporte, um pouco distante de onde estão. No meio do caminho Charles chega a conclusão de que Ellie vai ser a esposa perfeita, e a pede em casamento. Claro que a mocinha nega a princípio. Contudo em vistas de novidades na família dela, o pedido de Charles passa a ser tentador.  

Para fugir do casamento do vigário, pai de Ellie, com uma mulher intragável do condado que prometeu fazer da vida dela um inferno, a pobre menina aceita o pedido de Charles, contanto que ele só concretize o casamento depois de convencê-la a ir para cama com ele, nada forçado, e se ele liberar o dinheiro que ela tem guardado no banco, dos investimentos que fez ao longo dos anos. Isso começa a ser uma tarefa deliciosa e difícil para Charles, que a aceita sem pensar.

No começo do livro tem uma pequena explicação da autora sobre o porquê de ter criado essa história. Que até o momento ela não tinha escrito nenhum casamento por conveniência, o que me fez entortar a boca, porque li tantos livros de casamento por conveniência que isso não é exatamente uma novidade.  Mas tudo bem, porque Júlia é maravilhosa e a gente segue adiante.

Confesso que ainda que esse livro tenha um ritmo infinitamente mais dinâmico e plausível do que o primeiro, ainda acho que ele poderia ser bem melhor. A Ellie boa para finanças que conhecemos no primeiro livro se perde totalmente nesse com ela sendo uma lady e tentando fazer os serviços da casa sem necessidade e de maneira irritante. Sério, ela me estressou completamente nesse livro. Parecia uma menina birrenta que sempre tem do que reclamar e sempre uma piada mordaz na ponta da língua.

Já Charles é um amor, porque se eu tivesse uma mulher como essa certamente já teria me matado. Ou melhor, matado a garota!

Acontecem muitas coisas nesse livro, e só por isso ele não recebeu apenas três estrelas. Tudo começa a dar errado para Ellie dentro da casa no marido, e quando todo mundo pensa que ela é desastrada e um terror como Lady, Ellie fica se esforçando para provar que é melhor do que aquilo. Essa dinâmica, ainda que persistente e realmente ágil, pode vir a ser cansativa e repetitiva para alguns leitores.

Tem um final diferenciado, o que também achei bem legal. Gosto quando as autoras desse gênero ousam assim. Mas ainda fiquei magoada pelo casal do primeiro livro não ter tido nem uma mísera pontinha na história. Gosto quando a Júlia entrelaça os casais dos seus livros, e isso não acontece com as irmãs Lyndon. Uma pena.

É um livro satisfatório. Não morri de amores, porque realmente Ellie é irritante, mas ele tem o seu charme diferencial. Gostei um pouco mais dele do que gostei do primeiro.