Resenha de "Peça-me o que quiser" (Megan Maxwell)

"Esse é passável"

Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia, Peça-me o que quiser, da escritora espanhola Megan Maxwell, é um romance sobre desejo, paixão e erotismo sem limites. Lançada na Espanha em novembro de 2012, a trilogia é um sucesso de vendas no país, aparecendo em todas as listas de mais vendidos. Com tempero latino e uma abordagem excitante, a autora conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. Recém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Eric tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Judith e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situação arriscada, a ideia de estar ao lado de Iceman é irresistível. Com ele, a jovem viverá experiências sexuais até então inimagináveis, em um universo de fantasias eróticas pouco convencionais. Conciliando sexo e romantismo na medida exata, Peça-me o que quiser é uma história de amor cheia de encontros e desencontros, na qual os jogos eróticos, o voyeurismo e o desejo de ultrapassar todos os limites do prazer são os grandes protagonistas. (SKOOB)




Mais um erótico para a lista de lidos do Irreparável. Confesso que esse estilo de literatura não é o meu forte, mas o marketing em cima desse livro foi bem bacana e ele foi escrito por uma espanhola, o que é bem caliente. Então resolvi me arriscar, mesmo sabendo que era uma série e que provavelmente eu não daria continuidade a ela. 

Judith trabalha em uma grande empresa como secretária de uma das maiores chefes do lugar. Tem uma vida calma, mas não é nenhuma recalcada. Quando ela tem vontade de sair pra transar, é o que ela faz, e isso foi um ponto positivo para o livro. Estava cansanda de mulheres virgens nesse estilo de literatura! 

Acontece que o poderoso chefe que é alemão e dono de todas as filiais espalhadas no país inteiro, está na cidade para uma visita aos escritórios. Sem saber de quem se tratava, ela acaba presa no elevador junto com mais algumas mulheres histéricas e o bonitão sedutor. 

Então vemos Eric se aproximar de Judith porque tem um interesse altamente sexual nela. E ela que não se faz de difícil, se deixar seduzir por ele porque o cara é simplesmente demais e ela não é nada santa. 

Basicamente é disso que o livro se trata: Mocinha pobre se deixa seduzir pelo moço rico, lindo e cheio de vontades estranhas. Essa é a receita padrão de todos os livros eróticos que já li. Mas não é que esse foge um pouco do padrão? É verdade!

Primeiro porque Judith não é de abrir mão fácil das coisas quando ela quer. É um pouco mais impulsiva e corajosa do que a maioria dessas mocinhas. Ela tem voz e quando diz que não quer alguma coisa, ela não quer, e quando fica com raiva, a moça pode ser bem rancorosa. Tudo bem que Jud fez um monte de concessões quando se tratou de Eric, mas pelo menos ela soube se impor um pouco para o cara. A garota não gosta de algemas, chicotes nem nada do estilo, e Eric obedece seus gostos. Então nesse livro não temos esse material pesado, mas temos umas sacanagens bem diferenciadas. 

Aqui a doidice rola solta. É mulher com mulher, dois homens e uma mulher, casal com casal. A bagaceira é das grandes e não consigo achar isso ofensivo por mais que eu queira. Não tenho a mínima curiosidade de incluir esse tipo de coisa na minha vida, mas acontece que se esse tipo de coisa salvar um casamento, então que seja!

Vejo muita gente julgando esses comportamentos e acho a maior babaquice! Tipo, gosto sexual e estilo sexual cada pessoa tem o seu. E o livro deixou bem claro que apesar dessa maluquice que Eric coloca na vida de Jud, ela é dele e ele é dela. Pode parecer estranho dizendo assim, já que existe sexo de tudo quando é jeito aqui, mas eles são bastante fieis ao que sentem. 

A autora também coloca esse tipo de situação como a salvadora de alguns casamentos. Achei isso até interessante de se observar. Sexo é sexo, gente! É um dos instintos mais primitivos e animalescos que temos. Tem haver com amor? Em alguns casos sim, principalmente quando estamos falando de mulheres, e somos mais sensíveis e sentimentais; mas não vamos ser hipócritas e dizer que só rola sexo com amor, e acho que foi justamente ai que a autora quis caminhar. 

Pelo lado negativo dei três estrelas ao livro porque apesar dele ter sido o mais diferente que li nessa categoria, ainda é clichê e não conseguiu acrescentar em nada na minha bagagem literária. E pelo lado positivo dei três estrelas porque a autora foi boa em mostrar o lado sexual e amoroso em conjunto e mesmo assim, sendo diferentes um do outro. 

Sim, aqui temos uma pegada romântica forte! E sim, o povo transa mais vezes nesse livro do que em qualquer outro que eu tenha lido. Talvez os personagens não sejam dos mais profundos, mas são bem conduzidos nas suas individualidades, inclusive Eric tem um super ponto forte na vida dele lá pro final da história. 

Eu vou continuar essa série porque a achei diferente das demais, contudo ainda assim é aquele mais do mesmo dos livros eróticos. 
Se você curte esse estilo de livro, então meta as caras porque esse REALMENTE foi o melhor que li na categoria. 







Votem no livro que vocês querem ver na próxima vídeo-resenha