E como o prometido, aqui está a primeira postagem sobre os filmes que estão concorrendo a categoria principal do Oscar 2014. A escolha foi bem aleatória dos primeiros filmes que assistiria, e peguei os que achei que seriam mais leves. Doce engano. Me acabei de chorar com Dallas, e morri com O Lobo de Wall Street.
Enfim, vamos ver o que achei deles?
Clube de Compra Dallas
Sinopse: Baseado em uma história real, o filme se passa na década de 1980 e retrata o dia a dia do eletricista texano Ron Woodroof após ser diagnosticado com o vírus da AIDS. Em uma batalha contra a indústria farmacêutica e os próprios médicos, Ron procura tratamentos alternativos e passa a contrabandear drogas ilegais do México.
Devo começar dizendo que pensei que esse filme fosse uma coisa completamente diferente do que ele foi. Vi a capa, não li a sinopse e a surpresa acabou comigo. Primeiro porque nunca amei tanto uma atuação de Matthew como amei a dele nesse filme, depois por ser baseado em fatos reais e ser sobre AIDS em um Texas preconceituoso e antigo. Então o título passou a ter todo o sentido real da coisa, e não apenas algo que minha cabeça forjou achando que seria um filme sobre um homem esperto vendendo drogas, ou algo assim, no Texas. Na verdade é sobre um homem esperto vendendo drogas no Texas, mas o contexto que eu imaginei é completamente diferente.
Gente, fico pasma no quanto o Matthew teve que emagrecer para fazer esse filme. O quanto de entrega ele teve que ter para incorporar o Ron. Eu, que nunca levei esse ator a sério, estou apaixonada pela atuação dele em Dallas. Completamente rendida. Completamente doada. Enfim, já deu para perceber o tanto de sensibilidade que tem as cenas do filme. É uma sensibilidade bruta, exatamente como o personagem.
Outro ponto super positivo para o filme, é a atuação do Jared Leto, que faz a Rayon. Genteeeeeee, gente... GENTE!!!! Que foda! O cara está fodástico em vários graus possíveis. E de todos os coadjuvantes no páreo, para mim, ele é quem mais tem chance de levar o prêmio. Eu não enxerguei o Leto nesse filme, realmente ele era a Rayon.
A edição ficou ótima e o roteiro é que há de bom, mesmo com o final, que deixou a desejar na minha cabeça. Mas como é um filme baseado em fatos reais, ele teve tudo haver. Fiquei meio tristinha porque esperei ver algo que não aconteceria: Happy End.
Maquiagem é um item interessante aqui, já que não é nada ao estilo Tim Burton, mas tem a genialidade da simplicidade. A aplicação poderosa de Rayon e a doença de Ron, são os maiores exemplos disso.
É um filme cabeça, que pode fazer você derramar algumas lágrimas, mas que levanta questões sociais fortes até hoje em dia, imagine naquela época. Lembrei em muitos momentos do Filadélfia, que o Tom Hanks fazia um personagem que tinha AIDS e que lutava na justiça por direitos iguais. A época é parecida, e o contexto também, só que aqui as coisas acontecem em um lugar onde ser macho era essencial.
Drogas, sexo maluco, atuações poderosas e uma sensibilidade incrível!
Maravilhoso!
Maravilhoso!
Maravilhoso!
O Lobo de Wall Street
Sinopse: Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer.
Um filme longo. Um filme beeeemm longo! Quase três horas de filme, uma dor terrível nas costas de ficar sentada assistindo, mas uma sensação de que tinha visto um dos melhores trabalhos de Scorsese, e do Leo.
É um filme MUITO doido! Com um roteiro bem elaborado e umas coisas que me fez pensar que eu não conheço nada de loucura. Sério, eu não conhecia NADA sobre loucura. rsrsrs
O Leo está divino! É um ator que anda sendo rejeitado pela academia, mesmo com trabalhos fantásticos como os que ele fez até agora. Bom, está no hora de reconhecer o talento desse poderoso ator e dar uma estatueta para ele. Não que isso seja critério para o quanto ele é fabuloso, mas se é um estímulo para que ele ganhe mais trabalhando, que seja! Ele está foda! Tem cenas dele que se não tivesse som e fosse preto e branco, ele ainda assim teria dado um show! Então se tem um ator que estou apostando firme, é Leo. Primeiro porque o papel exigiu ao extremo dele, depois porque ele já está merecendo esse prêmio e por último porque o cara está um monstro em cena!
Jonah Hill concorre a melhor ator coadjuvante, e mesmo que ele esteja muito bom nesse filme, ele não merece mais do que o Jared Leto.
Como disse lá em cima, acredito que o Scorsese mereça esse prêmio. Para mim, foi o melhor trabalho dele, mesmo - principalmente - com toda a insanidade. Mas como sabemos que o prêmio de direção quase sempre vem acompanhado de melhor filme, eu ainda fico em dúvida pois faltam vários filmes para serem assistidos. Que ele é um diretor foda, não se tem o que negar. Basta saber como os outros diretores se comportaram em suas produções. Vamos ver. Mas até aqui, minha aposta é em Scorsese.
A categoria de roteiro segue bastante a linha de direção, ou seja, o melhor roteiro, quase sempre, leva o melhor filme. Mas como os filmes estão distribuídos em melhor roteiro original, e adaptado, fico na dúvida.
É um filme onde muitas certezas virão com a premiação, então é um filme que só posso dar minhas dicas quando assistir todo o resto.
Sexo explícito, drogas variadas, bolsa de valores, crime financeiro e MUITA loucura? Cai de boca em O Lobo de Wall Street!