Especial Oscar 2014 [Resenha de "Trapaça" e "Ela"]


Olá, seus lindos! 
Temos mais dois filmaços na postagem de hoje. Ambos concorrem a categoria principal e vou dizer o que achei deles. Lembrando que semana passada tivemos Clube de Compras Dallas e O Lobo de Wall Street. 
Quis algo mais leve essa semana, e realmente acertei na densidade. 
Vamos lá!?


Trapaça




Sinopse: Irving Rosenfeld (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito (Jeremy Renner). Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), aparecer e mudar as regras do jogo.





Trapaça foi o filme que eu estava com mais vontade de ver, e por um pequeno problema com as legendas, acabei demorando horrores para conseguir sentar com calma para assistir. 

Os concorrentes esse ano estão vindo poderosos quando se trata de tempo de filme. Cada um deles tem mais de duas horas, e haja paciência para se comunicar com todos. Mas, enfim, consegui assistir e fiquei realmente bem feliz de ter visto. 


Trapaça é um filme do caramba, apesar de eu achar que ele tem as atuações mais fortes do que necessariamente o roteiro. Mesmo que eu adore roteiros desse tipo, como foi o caso de Onze homens e um segredo, onde tinha uma reviravolta inteligente no fim, Trapaça não me conquistou nesse quesito. 


Quanto as atuações... Porra! 
Bale é um ator altamente mutável para adquirir a personalidade dos personagens que ele assume. No caso desse filme, existe uma mudança corporal poderosa do ator. E não estou falando da gordura, e sim da postura. Ele está bem, mas, para mim, não bate Leo Di Caprio nem o Matthew. 


Amy é linda, esta poderosa nesse filme, mas não posso dizer as chances reais dela, já que não vi nenhum das outras candidatas atuando. Breve comentarei sobre isso. 



Bradley foi quem fez o meu queixo cair. 

Nunca fui muito fã do cara, e simplesmente ele me ganha por inteiro nesse papel. 
Ele está forte, louco e poderosamente físico na atuação. O ator entrou tanto no personagem, que não sei onde acaba um e começa o outro. Se eu amei Jared em Clube de Compras Dallas, vou ter que colocar Bradley no mesmo patamar. Ele está fabuloso!!!


E o que dizer da nossa menina de ouro, Jennifer? 

Não entendo como alguém tão novo pode ser tão seguro atuando e impulsivamente magnífica. 
Jennifer aparece bem menos do que os outros atores, mas ela toma todo o espaço de cena quando está nele. Tem uma cena especificamente, perto do fim, quando tem uma música louca rolando, e ela está dançando e tomando o cenário inteiro, e explodindo de dentro da atriz para fora dela. Ela é uma puta de uma atriz confiante. Acredito que mais da metade da estrutura da personagem, tenha sido a própria atriz quem criou. Linda! 


Sobre a edição, que antigamente chamávamos de montagem, esse filme tem uma dianteira incrível já que ele conta pedaços temporalmente separados, e junta para formar algo com sentido, e que ainda assim surpreenda quem está assistindo no fim, que é escandaloso! 



O figurino é simplesmente INCRÍVEL! Vale ressaltar as roupas maravilhosas que Amy usa, sem contar os óculos invejáveis de todos eles. 

O mesmo posso dizer do Design de Produção, que é a categoria que substitui Direção de Arte. A pesquisa de época foi fantástica aqui, então acho que é um grande concorrente. 

Trapaça foi um filme que me ganhou pelos detalhes, mas que não me conquistou no inteiro. 
Amei as atuações, o visual e o clima, mas não consegui me apegar a genialidade do roteiro. Acredito que tenha sido uma falha minha no momento de assistir. Sei o quanto foi bem estruturado e arquitetado, mas ainda assim, não funcionou 100% comigo. 









Ela





Sinopse: Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.







Eu realmente não sei porque o Joaquin não está concorrendo na categoria de melhor ator. O cara trabalha praticamente sozinho o filme inteiro e consegue emocionar só com o olhar. Fala sério! Ele foi majestoso nesse filme em tantos graus, que eu nunca poderia dizer a vocês o quanto ele estava maravilhoso. 



Não vou enganar vocês e dizer que é um filme que contem uma eletricidade que envolva. Assisti em partes, por ser um pouco longo e extramente introspectivo. É o tipo de filme que julgo ser de arte. 



O roteiro é incrível! Não tenho do que me queixar dele, já que é bem amarrado e tem um fundamento real, mesmo se tratando de algo futurista. Os roteiristas criaram uma ideia inteligente, e trabalharam a emoção de uma pessoa em conjunto com a "emoção" de uma máquina, e o que ela provoca na vida de alguém. Eu simplesmente achei genial! 



A fotografia de cena é bela, mesmo que ele também não tenha entrado nessa categoria. Mas dai eles colocaram o filme para concorrer em Design de Produção, e achei mais do que justo, já que o diretor de arte mesclou o nosso tempo, com o que seria o futuro mecânico. Então temos passagens de lugares reais, com coisas e cores e elementos que não existem no nosso cotidiano. Mesmo que eles pertençam ao que conhecemos de vida, mas não usamos por uma questão visual que não é a nossa. Parece confuso, eu sei, mas ficou muito bom. 



Trilha sonora eu não ouvi todas, mas como Ela é um filme que tem Joaquin em cena praticamente sozinho, a trilha tem uma sensibilidade de ajudar o ator a passar a emoção que aquela cena pede. Em muitos momentos eu me emocionei por conta dessa união do ator, com a música de fundo. Apaixonada pela trilha desse filme!



É um filme que concorre a pouca coisa, e tem pouca chance em cada uma delas, já que existem muitos poderosos concorrendo esse ano. Mas é um filme sensível e bem filosófico. Com uma atuação delicada e muito bonita. 








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