Autor: Mauro Lopes
Editora: Independente
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Sinopse: Um antigo e curioso evento acontece todos os dias em Nova Jaguaruara, uma pequena cidade no interior do Ceará: à meia-noite, as luzes se apagam e a cidade cai na escuridão por exatamente um minuto. Vicente e sua equipe de trabalho chegam à cidade para estudar as condições para a instalação de torres de energia eólica na região e, quem sabe, resolver o estranho problema de queda de energia. O que eles não sabiam, entretanto, é que a cidade esconde uma terrível história relacionada ao desaparecimento de pessoas desde o início do século XX. A única coisa de que são alertados desde o primeiro dia é o fato de não poderem se aproximar de uma igreja abandonada na beira da estrada, um pouco afastada de Nova Jaguaruara. Infelizmente, o aviso não é o suficiente e logo Vicente e sua equipe encontram-se presos nos terríveis mistérios da cidade.
1- Um terror que se passa no interior do Ceará, e Deus sabe o quanto de mitos incríveis e apavorantes o nordeste tem a oferecer. Sem contar que o autor segura esse regionalismo até o fim, sem perder o fio de que tudo aquilo se passa bem aqui, na minha terrinha de gente forte e guerreira.
2- Falando de gente forte e guerreira? Aqui temos! Os protagonistas são boca quente e metem as caras para resolver situações que na grande maioria das vezes foge de suas ossadas. Soa a estupidez em muitos momentos? Sim! Mas também é corajoso pra cacete. Pessoalmente eu nem olharia de costas se fosse comigo.
3- O terror do livro é realmente apavorante. Já li muito livro do King que não tem a metade do horror que experimentei em Nova Jaguaruara. Acho que porque me identifiquei com o que acontecia aqui. Realmente acontece muita coisa que me lembrou bastante as historias que meu avô contava quando eu era menina.
4- O desenvolvimento da trama é bem original. Ela segue um crescente, como se fosse um carro pegando velocidade, explode em um ápice e depois começa a decair de modo perfeito. Tem seus defeitos? Com certeza! Mas o autor soube dar velocidade a sua história e manter um ótimo padrão para segurar tudo o que ele propõe.
5- O "monstro", ou criatura do terror, como costumo chamar, é bem trabalhado. A tensão que vai gerando em torno dele, com a mescla do passado e do presente, constrói muito bem o vilão. Você enxerga de modo perfeito quem é vilão e mocinho aqui, porque existe uma analogia singela e Deus e o Diabo. Ficou simplesmente incrível!
Te convenci? Ainda não? Corre lá no Insta para ver se consigo fazer mais um pouquinho. @caroltelesbispo