5 Dicas de livros do Realismo Fantástico


Hello, peoples!

Estive conversando com uma amiga sobre livros de realismo fantástico. O assunto surgiu quando ela me mandou o print de uma matéria comentando que Cem anos de Solidão iria virar série, e como ela teve dificuldade de acabar aquele livro.

Falamos sobre a dificuldade que ela tem de se conectar com o gênero e que mesmo eu, que sempre fui muito fã de livros desse tipo, estou me vendo com a mesma dificuldade, coisa que outrora nunca aconteceu. Talvez seja um tipo de cansaço mental com a mescla do realismo com o mágico. Sou uma assídua leitora de fantasia, mas parece que quando ela se mescla com a realidade dá um tipo de estalo no meu cérebro ao ponto de sentir que a leitura não caminha para lugar nenhum.

Mas acho que primeiro de tudo vocês querem saber o que exatamente é o gênero do realismo fantástico, não? Pois bem, realismo fantástico é exatamente o que o nome sugere: uma história que se passa no mundo real, mas que possui elementos mágicos não naturais, e tudo bem para os personagens encararem isso no texto. Soa comum aos olhos. Entenderam isso?

É como se você encarasse com naturalidade abrir a janela de casa e se deparar com um unicórnio botando um ovo no pé de manga do seu jardim.

O gênero ganhou uma força muito pungente na América Latina em meados de 60 e 70. E sabendo o que aconteceu em muitos países naquela época, com regimes ditatoriais severos, incluindo o nosso país, compreendemos que esse tipo de literatura veio como forma de cutucar os governos sem que ficasse visível que aquilo de fato era uma cutucada. É a famosa intertextualidade.

Nesse site tem uma matéria incrível sobre Realismo Fantástico. Sugiro que leiam para entender melhor.

Abaixo eu listo 5 livros de realismo fantástico que pessoalmente eu curto muito, seja a ideia ou o livro em si. No momento estou devendo a leitura de dois.


Cem anos de solidão



Sinopse: O livro mais importante de Gabriel Garcia Márquez. Neste que é um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.
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Não há como você gostar de ler e viver nesse mundo sem conhecer esse livro. 

Publicado em 1977, Cem anos de solidão foi um marco na carreira do Gabo. O livro mais famoso dele é, para mim, possivelmente um dos mais difíceis de ser explicado. Eu nem me atrevo. Basta dizer que quando penso em realismo fantástico, logo me vem a cabeça esse livro e a maneira delicada com que o autor relaciona o real e o fantástico. Esse livro é um verdadeiro primor! 



As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender





Sinopse: O amor nos faz agir como idiotas. Gerações da família Roux aprenderam essa lição da maneira mais difícil. Os amores tolos parecem, de fato, ser transmitidos por herança aos membros da família, o que determina um destino ameaçador para os descendentes mais jovens: os gêmeos Ava e Henry Lavender. Henry passou boa parte de sua mocidade sem falar, enquanto Ava, que em todos os outros aspectos parece ser uma jovem normal, nasceu com asas de pássaro. Tentando compreender sua constituição tão peculiar e, ao mesmo tempo, desejando ardentemente se adaptar aos seus pares, a jovem Ava, aos 16 anos, decide revolver o passado de sua família e se aventura em um universo muito maior, despreparada para o que ela iria descobrir e ingênua diante dos motivos distorcidos das demais pessoas. Pessoas como Nathaniel Sorrows, que confunde Ava com um anjo e cuja obsessão por ela cresce mais e mais até a noite da celebração do solstício de verão. Nessa noite, os céus se abrem, a chuva e as penas enchem o ar, enquanto a jornada de Ava e a saga de sua família caminham para um desenlace sombrio e emocionante.

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Ava Lavender foi um dos primeiros livros de realismo fantástico ao qual tive acesso. Com uma narrativa deliciosa que por muitas vezes me fez lembrar do filme Peixe Grande, ele me cativou do começo ao fim. Existe sempre aquela dificuldade de se conectar com situações estranhas na história, mas nada que fuja do gênero. Acredito que o lance com realismo mágico seja exercitar a mente a quebrar fundamentos e regras. Saca o filme A Origem? A linha é essa ai! Se joga em Ava Lavender! 





Todos os santos malditos




Sinopse: Eis algo que todo mundo quer: um milagre. Eis algo que todo mundo teme: o que é preciso para conseguir um... Qualquer pessoa que visite Bicho Raro, no Colorado, vai encontrar um cenário de santos sombrios, amor proibido, sonhos científicos, corujas loucas por milagres, afetos distantes, um ou dois órfãos e um céu cheio de estrelas vigilantes. No coração desse lugar está a família Soria, cujos membros têm a capacidade de realizar milagres. E no coração dessa família estão três primos que desejam mudar o futuro: Beatriz, a garota sem sentimentos, que quer apenas ser livre para examinar seus pensamentos; Daniel, o santo de Bicho Raro, que faz milagres para todo mundo, menos para si; e Joaquin, que passa suas noites no comando de uma estação de rádio usando o nome Diablo Diablo. Eles estão todos à procura de um milagre. Mas os milagres de Bicho Raro nunca são exatamente o que você espera.
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Maggie Stiefvater é uma das minhas autoras prediletas de todos os tempos. Amo o que ela fez com A Corrida de Escorpião, como amo os Garotos Corvos e Os Lobos de MarcyFalls. Nada do que essa mulher escreveu me decepcionou, então eu vim com muito gás a Todos os Santos Malditos. Não posso dizer com propriedade que o livro é bom ou ruim, porque ainda não consegui passar da página 70 (como disse, ando com dificuldade com esse tipo de história), mas é inegável o poder que ela tem de contar histórias. 




A forma da água


Sinopse: Richard Strickland é um oficial do governo dos Estados Unidos enviado à Amazônia para capturar um ser mítico e misterioso cujos poderes inimagináveis seriam utilizados para aumentar a potência militar do país, em plena Guerra Fria. Dezessete meses depois, o homem enfim retorna à pátria, levando consigo o deus Brânquia, o deus de guelras, um homem-peixe que representa para Strickland a selvageria, a insipidez, o calor — o homem que ele próprio se tornou, e quem detesta ser.Para Elisa Esposito, uma das faxineiras do centro de pesquisas para o qual o deus Brânquia é levado, a criatura representa a esperança, a salvação para sua vida sem graça cercada de silêncio e invisibilidade. Richard e Elisa travam uma batalha tácita e perigosa. Enquanto para um o homem-peixe é só objeto a ser dissecado, subjugado e exterminado, para a outra ele é um amigo, um companheiro que a escuta quando ninguém mais o faz, alguém cuja existência deve ser preservada.
Mistura bem dosada de conto de fadas, terror e suspense, A forma da água traz o estilo inconfundível e marcante de Guillermo del Toro, numa narrativa que se expande nas brilhantes ilustrações de James Jean e no filme homônimo, vencedor do Leão de Ouro em 2017. Uma história cinematográfica e atemporal sobre um homem e seus traumas, uma mulher e sua solidão, e o deus que muda para sempre essas duas vidas.
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Quem não conhece Del Toro? Quem nunca viu O Labirinto do Fauno? Uma fábula ambientada em meio a uma guerra? Então talvez seja a hora de conhecer. Aproveita e arrisca com A Forma da água que é, inegavelmente, um dos filmes mais bem desenhados que já assisti até hoje. Uma mulher se apaixonando por um tipo de ser aquático? I - R - A - D - O!!!!!


Ascensão 



Sinopse: Scott Carey tem muito em que pensar ― o projeto enorme que pegou no trabalho; o casal lésbico que mora na casa ao lado e o cachorro delas, que insiste em fazer as necessidades no seu quintal; e a súbita e inexplicável perda de peso das últimas semanas.
Apesar de não querer ser estudado e examinado, Scott decide compartilhar a questão com seu velho amigo, o dr. Bob Ellis. Afinal, apesar dos números decrescentes na balança, sua aparência continua a mesma ― além disso, seu peso não varia quando está nu ou usando roupas pesadas, quando está de mãos vazias ou carrega algo no colo. Não importa o que ele faça ou coma, Scott está cada vez mais leve ― embora não mais magro ―, e conforme seu peso se aproxima de zero, ele sabe que logo nada vai prendê-lo ao chão.Scott não quer se preocupar com o que vem pela frente; ele ainda tem tempo para resolver todas as suas questões antes do Dia Zero, e por que não começar pelas mais difíceis? Por exemplo, encarando o preconceito que suas vizinhas têm sofrido da comunidade ― e dele ― e fazendo o possível para ajudar.Amizades improváveis, a maratona anual da cidade e a misteriosa condição de Scott são a fórmula para grandes transformações. Incrivelmente alegre e profundamente triste, Ascensão é um verdadeiro antídoto para nossa cultura intolerante.
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Stephen Kinge é aquele tipo de autor versátil que passeia entre temáticas bizarras das mais estranhas as mais leves. As vezes a gente lê ou assiste algo baseado nos livros dele sem nem saber que é baseado em algo dele, de tão incomum ao que estamos acostumados. Esse foi o caso de Ascensão. Um homem que aparentemente não muda de peso, mas que está perdendo quilos todos os dias. Ficando mais leve do que o ar. Sério, ainda consigo me surpreender com o que esse autor consegue fazer. 




E ai, já leram algum desses livros? 
Ando aceitando dicas de mais realismos fantásticos, ok? Passa lá no IG! @caroltelesbispo