Resenha de "Ponto Cego" (Felipe Colbert)




"Eletrizante"

Sinopse: 
Um ano após o acidente que interrompeu a gravidez de Nilla e sentindo-se culpado pela iminente separação, o repórter Daniel Sachs recebe um pedido de socorro escondido em um objeto e descobre que sua ex-mulher desapareceu em Veneza durante a cobertura de um show de ilusionismo. Seguro de que é o único que pode ajudá-la, ele parte em busca do resgate da fotógrafa e, consequentemente, a correção de todo passado. Porém, pistas misteriosas dão indícios de que o desaparecimento de Nilla possa estar ligado a um novo tipo de comércio ilegal na cidade – a produção de filmes snuff. Ao solicitar ajuda ao investigador Giuseppe Pacino, Daniel passa a ser perseguido e a ter sua vida ameaçada por um impiedoso criminoso. A situação piora quando eles ficam sabendo que Lorenzo Oro, um ilusionista cego de grande prestígio na Europa e dono de habilidades surpreendentes, foi a última pessoa a conversar com Nilla antes de seu desaparecimento. Incerto das próxima ações, Daniel enfrentará uma série de obstáculos e revelações imprevisíveis até chegar ao clímax arrebatador: a decisão de permitir ou não que seu corpo seja controlado por outra pessoa para salvar a mulher que ainda ama. (SKOOB). 
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Ponto Cego chegou para mim em forma de BookTour organizado pela Ananda do Entrelinhas Casuais. Confesso que me inscrevi porque havia visto algumas resenhas e tinha gostado bastante. Vamos lá?!

Eu não sou muito de ler romances policiais. Poucos tenho em minha estante, na verdade quase nenhum. Sou apaixonada pelos da Agatha Christie e do Dan Brown (Menos Fortaleza Digital), mas também, quem não é? A mulher era um pequeno gênio e ele um simbolista incrível! Mas fora eles, confesso que apenas alguns poucos livros me ganharam. 

Uma coisa é certa: Romances policiais pedem um ritmo frenético de leitura. Quando um capítulo acaba você já está correndo as unhas para ler o próximo. É uma linha fantástica em que o autor nos prende e nos liga e nos conquista em uma sequência de acontecimentos angustiantes. Mas muitas vezes eles contem tanta informação junta que não conseguimos condensa-las direito, e acaba tudo muito confuso nas nossas cabeças.

Daniel é um repórter e protagonista desse livro. Há algum tempo atrás ele e a ex esposa sofrem um acidente de carro, o que causa um aborto do filho que estavam esperando e consequentemente uma separação. 
Tempos depois, ele recebe um envelope estranho com alguns símbolos que o indicam a cidade de Veneza, e é onde Nilla (a ex esposa) esta a trabalho. Ela é fotógrafa. Então ele resolve fazer uma viagem em busca de informações e descobre que ela esta desaparecida.

Em um segundo momento, temos o policial Pacino que está trabalhando no Carnaval Veneziano e acaba caindo em um caso de um desaparecimento de uma garota. Vários eventos o leva para a uma rede de crimes envolvida em filmes Snuff (Com torturas e mortes).

Os dois casos se ligam, e eles tentam desesperadamente descobrir os culpados e conseguir resgatar Nilla. 

Primeiro tenho que dizer que essa coisa de intercalar capítulos entre protagonistas é algo que gosto muito e que tem costume de aparecer em romances policiais modernos. Isso deixa o leitor desesperado para ler mais sobre um protagonista, o que leva a ler avidamente o capítulo do outro. É uma técnica fantástica nesse estilo de livro. 

O livro é bom. Não tenho melhores adjetivos porque ultimamente estou achando os romances policiais bem previsíveis. Eu sempre descubro o culpado antes da última página. Mas em momento algum isso deixa o enredo menos fantástico. 

Felipe ter trabalhado com essa questão de filmes Snuff é algo novo para mim. Até então nunca tinha escutado falar em nada desse termo. Achei isso super asqueroso e medieval. Nojento. Mas o autor soube conduzir a história de um modo que você sentia apenas o asco suficiente para te levar ao próximo capítulo. 

O cenário não poderia ser mais perfeito e misterioso. 
Sempre achei Veneza mais misteriosa do que bonita. Mais obscura do que fundo fotográfico para pessoas românticas. Imagine só se cada canto belo e romântico do mundo escondesse um mistério bruto e cruel. Isso já dá enredo para um outro romance policial. 

Apesar de não morrer de amores pelos livros policiais, alguma coisa neles me instiga a pensar, e pessoalmente gosto de quebrar a cabeça lendo. Acho que seria uma boa detetive interpretativa. Mandarei meu currículo para Robert Langdon. Ou quem sabe para Hercule Poirot. 

Se você gosta de livros policiais cheio de crimes horrendos, pessoas corajosas e muito susto... Está na hora de abrir esse livro!