"Não poderia esperar uma continuação melhor!"
Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.
Sei que é errado, mas toda distopia que leio eu comparo com as minhas duas séries prediletas: Jogos Vorazes e O Mundo em Caos.
Claro que Jogos Vorazes foi uma explosão ideológica para que as distopias começassem a aparecer, e acho isso incrível, visto que é meu estilo literário predileto.
Li Divergente numa velocidade ótima! Demorei a me encantar, mas enfim consegui me apaixonar pelos personagens. Em Insurgente o livro começa exatamente onde acaba Divergente, o que ajuda no raciocínio do leitor, mas que também atrapalha. As vezes é necessário voltar a ler algumas coisas para relembrar.
Em Insurgente Tris está naquele período que toda personagem de distópico fica depois de ter feito coisas que ela julgava errado. Ela perdeu gente que amava, se comportou como jamais pensou que faria e foi uma heroína, na medida do possível. Só que para todos herói, algo de ruim tem que o acompanhar, e é justamente onde os pesadelos de Tris começam a atormentar.
Quatro/Tobias está ao lado dela, como sempre. Dessa vez muito mais enriquecedor e explicativo no livro. Se em Divergente conhecemos um pouco da vida dele, em Insurgente, ele aparece pra caramba, e se torna quase que o protagonista, se o livro não acompanhasse Tris de perto.
Esses dois andam por tantos lugares e conhecem tantos personagens, que muitas vezes me vi confusa quanto a facção em que eles estavam, e de quem eles estavam falando. Se uma coisa tem em excesso nessa série, é personagens.
Sobre as facções, tudo parece ficar muito mais claro em Insurgente. Você vai em todas elas e entende um pouco do funcionamento de todas. Na verdade, isso foi o que mais me confundiu, e talvez o que menos gostei. Contudo as tramas desenvolvidas em cada uma, renderam uma leitura frenética e ágil.
Na minha opinião, o livro poderia ter sido enxugado em 20%. Foram cenas que não humanizaram os personagens de forma alguma, o que era a intenção da autora (claramente). Tris está resistente e dura. Atrevida e impulsiva, como uma perfeita Divergente! Então nada do que fizessem nesse livro iria humaniza-la. Até que a autora poderia ter conseguido, e acho que tentou, mas não funcionou.
O motivo de eu ter dado cinco estrelas? As cenas de ação.
Se tem uma coisa que a autora sabe fazer, é escrever sobre crueldade de uma forma prática, como deveria ser nessa série. Não tem a magia e poesia de Jogos Vorazes, por exemplo, mas tem a rispidez característica dela. Por isso achei tão estranho quando ela quis humanizar uma cena. Por isso não achei que tenha prestado.
A guerra esta ali, acontecendo, como todo livro do meio de uma série distópica. E como quase todos eles, termina de uma forma que você fica pensando: PQP, que massa!
Tris é uma protagonista que me dava nos nervos, as vezes, e que em muitos momentos eu achava que ela era fria mesmo, apesar de ter Tobias ao seu lado, e de uma parcela grande de Abnegação pulsar nela nesse livro.Mas ela é corajosa e segue suas crenças mesmo que isso a faça perder pessoas. Coloquem uma coisa na cabeça: A menina é porreta de danada e não tem medo de nada! Adoro!!
As cenas funcionam assim: Fervendo, Gelado, Fervendo, Gelado...
Não existe um meio termo para o livro, e isso me incomodou na parte do gelo, mas deixou meu sangue fervendo na outra parte. rsrs
Se eu indico, putz. Lógico!
A série é realmente muito boa, e a autora forma uns ganchos muito importantes, principalmente no final desse segundo livro.