Resenha de "O Menino da Mala" (Lene Kaaberbøl e Agnete Friis)


"Livros policiais sempre maravilhosos!"

Sinopse:Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo.Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo.Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado.Neste primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg, vendido para 27 países, as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis apresentam uma heroína que luta contra seus demônios e busca fazer justiça em meio à crueldade e à indiferença do mundo. (SKOOB)




 Recebi esse livro de parceria com a Editora Arqueiro. Ele chegou e me deixou de olhos brilhado! Aposto que vocês já viram nos vídeos por aí que ele veio numa malinha super linda! #Amei! 

Pedi esse livro apesar de saber que eu iria ficar com o coração na mão com essa leitura. Mas a premissa era muito boa e a chamada do livro deixava qualquer pessoa curiosa, e olhe que não sou fanática por livros policiais. 

Já vou avisando que não será uma resenha cheia de detalhes pelo motivo óbvio de se tratar de um livro que vamos conhecemos a medida que vamos lendo. E não vou ser eu a soltar spoilers para vocês. 

Como a maioria dos livros nessa categoria, eles nunca focam apenas um personagem. São pequenos capítulos falando de várias pessoas, mas que tem alguma ligação, contudo só sabemos disso quando a leitura já está bem adiantada. No começo é só um emaranhado de nomes e fatos dos quais não entendemos. Aliás, os nomes são difíceis de lembrar, heim! Os sobrenomes então, putz! Nem me arrisco. 

O livro se passa em várias partes da Europa, principalmente no Leste Europeu. E ao contrário de muitos livros que li e amei conhecer pontos turísticos novos, em O Menino da Mala tudo foi muito confuso para mim, mas nada que eu não tenha superado. Afinal, o ponto forte da história é o tal menino. 

Nina é a protagonista. Uma enfermeira da Cruz Vermelha que está acostumada em ver bagaceiras e tratar de estrangeiros. Ela é uma pessoa fria, meio louca e com uma aparência bem assexuada. Além do que se possa imaginar, Nina tem uma família: Um marido e dois filhos; mas nesse livro pouco sabemos deles. Nina é uma personagem complexa que sofre de transtornos de personalidade (opinião minha). Achei isso uma característica importante da personagem, mas foi o motivo que não me deixou ter um pingo de afeto por ela. Para mim, a protagonista desse livro é a mãe do menino que encontram na mala. 

Uma coisa é certa, esse livro me deixou numa aflição sem fim. Acredito que o fato de eu ter um filho quase na mesma idade do menininho, tenha me deixado com o coração mole. A todo momento em pensava em como seria terrível me ver separada do meu filhote. E para aquelas que não tem filhos, podem acreditar quando digo que o sentimento é de pura incapacidade.

A maioria dos personagens são totalmente doidos e movidos a motivos que as autoras tentaram humanizar, mas que saiu muito sem sentido, fazem coisas loucas. Eu não entendi como podia ter tanta gente sem noção nessa história. Eles faziam um auê com uma situação que poderia ter sido facilmente resolvida em uma conversa. 

O livro me prendeu a todo momento por conta da minha ansiedade para saber o motivo de terem tirado essa criança do meio em que ela vivia, e para saber se ele seria encontrado e como seria encontrado. 

Nina na verdade funcionou como uma babá nesse livro. E quando pensei que ela seria a heroína da história, ela some. Como assim??? 
Não sei se vai ser uma característica da personagem nos outros livros também, ou se realmente não era para ser a vez de Nina em uma história. 


O livro é bom. As qualidades superam os defeitos em muitos momentos, mas não sei o grau da minha vontade de ler outro livro com a Nina Borg. Não morri de amores por ela. 
Mas a escrita das autoras é incrível de boa em relação ao ritmo! E mesmo que os futuros livros venham com nomes de pessoas e lugares estranhos, vale a pena para os amantes de romances policiais. Eu me senti aflita em todos os momentos dessa leitura.