"Perfeição em sua problemática"
Sinopse: Ninguém sabe o que aconteceu na noite em que Echo Emerson, uma das garotas mais populares da escola, se transformou em uma “esquisita” cheia de cicatrizes nos braços e alvo preferencial de fofocas. Nem a própria Echo consegue se lembrar de toda a verdade sobre aquela noite terrível. Ela só gostaria que as coisas voltassem ao normal.
Quando Noah Hutchins, o cara lindo e solitário de jaqueta de couro, entra na vida de Echo, com sua atitude durona e sua surpreendente capacidade de compreendê-la, o mundo dela se modifica de maneiras que ela nunca poderia ter imaginado. Supostamente, eles não têm nada em comum. E, com os segredos que ambos escondem, ficar juntos vai se mostrar uma tarefa extremamente complicada.
Ainda assim, é impossível ignorar a atração entre eles. E Echo vai ter de se perguntar até onde é capaz de ir e o que está disposta a arriscar pelo único cara que pode ensiná-la a amar novamente. No limite da atração é um livro sexy e envolvente sobre o amor de duas pessoas que estão perdidas e que juntas tentam desesperadamente se encontrar. (SKOOB)
No limite da atração esta na minha lista de leitura desde que lançou, ou seja muito tempo atrás, mas só consegui lê-lo por esses dias. Entendi o motivo de tantas pessoas vangloriarem esse livro, e finalmente fechei a ideia na minha cabeça de que realmente é com livros para jovens que quero trabalhar. Existe coisa mais fascinante do que esse mundo dos adolescentes? E se você me acompanha com frequência sabe bem o quanto eu gosto desse tema.
O livro conta a história da Echo e do Noah. Ambos jovens demais para serem tão sofridos.
Ela passou por um trauma em seu passado que lhe rendeu cicatrizes feias nos braços, mas Echo não sabe explicar como suas cicatrizes foram parar lá. Ela acompanha terapeutas e tudo do melhor que seu pai controlador pode pagar. Não pode ver a mãe e seu irmão morreu a deixando sozinha com o tal pai e uma madrasta grávida.
Ele é o típico bad boy que camufla a sua dor sendo insuportável e muitas vezes cruel.
Os pais de Noah morreram e desde então ele vive passeando por lares de adoção. Pelo comportamento um pouco agressivo, Noah foi proibido de ver os irmãos mais novos, que também vivem num lar adotivo, e isso meio que destruiu ele. Mas então sua terapeuta da escola lhe dá uma opção. Ele faz algumas aulas particulares com uma orientadora que ela vai lhe passar e ele poderá ter uma visita com os irmãos.
E é assim que Noah e Echo passam a conviver. A garota de cabelo vermelho e braços marcados se vê ouvindo piadinhas de um bad boy. O tipo de cara que ela evita. Mas para falar a verdade, ela evita quase todo mundo na escola. Porque desde o seu sumiço na época que que seus braços foram cortados, que ela se sente meio deslocada no meio de todos. E Noah simplesmente sabe se impor em qualquer lugar onde vai, e isso passa a ser bastante útil para ambos.
Então já viu, né?
Dois adolescentes desesperados para sumir do mundo e também para mostrar ao mundo que eles são mais, que podem mais e farão mais juntos.
A autora soube trabalhar os dramas pessoais dos personagens de uma maneira que tudo ia crescendo aos poucos, desde o relacionamento de ambos, até as problemáticas de suas vidas separadas. Se bem que a partir de um momento não se sabe mais quem é Noah e Echo separados.
Os personagens secundários tem aquela magia de se mostrar presente quando necessário. São poucos, mas são fortes o suficiente para a autora ter escrito livros para os outros dois amigos de Noah. Então não é que seja uma série e tenha uma continuação, são livros independentes que falam de personagens independentes, mas que tem uma ligação entre uma história e outra.
Apesar do livro ter esse título bem sugestivo, esse é um livro de jovem adulto, ou seja, não tem nada de sexo nele! Então não se enganem com a capa! O nome do livro em inglês seria algo do tipo "Empurrando os limites". Já viu a tensão dessa tradução, não é? Pois é!
É uma história bem contada sobre jovens bem construídos, e ai dou meu crédito total a autora. É fácil ter uma trama bacana e se perder na hora de conta-la, mas Katie foi gloriosa em fazê-lo! Talvez eu tivesse mudado uma coisa ou outra, mas de modo geral ela conduziu os picos de tensão dos personagens de forma gradativa e leve. E volto a dizer que não existe coisa melhor para trabalhar, e ao mesmo tempo mais difícil, do que adolescentes. Eles tem aquela coisa de achar que o mundo vai ser destruído por uma mágoa, e tem a força de suportar muita dor porque de alguma forma não é o que as pessoas esperam deles, e esse é justamente o motivo que os fazem fortes.
É livro jovem adulto que PRECISA ser lido! Muito bom!