Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro.
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.
As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.
É interessante ver como um processo de escrita se desenrola. Tudo bem que não conheço Bianca e não acompanhei como funcionou a escrita do livro, mas sou super antenada na Alba, do Psychobooks, e ela as vezes comentava sobre o andamento dele, e da proposta da autora. E quando menos esperava, olha ele saindo pela Verus! Para mim enquanto leitora e escritora, é uma felicidade ver os autores nacionais indo para frente. Deixa uma sensação de que eu posso conseguir também.
Já tem algum tempo que li As Batidas, e vou tentar passar os olhos por cima para contar para vocês o que achei da história. De resumo ela é bem o que diz ai na sinopse. Vai contar a história de Viviane, uma menina cheia da grana que vem de uma família tradicional, de pessoas também cheias da grana. E de Rafael, um dos caras mais ferrados que já conheci em livros, e estou fazendo um elogio nesse caso. Ambos perderam parentes, e por causa disso que acabam se conhecendo. Meio que eles se resgatam da depressão pós morte nos braços um do outro.
É um New Adult cheio de momentos de tensão, já vou avisando. Comecei num gás incrível. Estava adorando o ritmo, os personagens, a tensão sexual que existia entre eles. Realmente é um casal que combina junto. E então veio meu primeiro problema, e digo que a culpa foi mais minha do que da história. Estava num clima para um New Adult mais leve, e Briones trabalhou uns temas bem pesados no meio. A gente vem num ritmo sedutor e descontraído, e cai em um dos sérios problemas de Rafael. Digo um porque como disse lá em cima, o cara é fodido demais, e problema é o que não falta para ele.
Além do tema da morte dos familiares, a gente vê as problemáticas de cada um deles individualmente. O avô controlador de Viviane; o resto
E desse ponto até o fim é de um problema para outro pior. Sai de um assunto pesado para um outro, e para um outro. E lá perto do fim tem outro mais pesado. Ou seja, foi uma bagunça sentimental ler essa história. Isso é ruim? Depende. Se você estiver tão aflita quanto eu andava ao ler, então isso será um problema. Não é o livro aparentemente relaxado que imaginei, e isso meio que me desanimou. Mas claro que você pode ver com outros olhos, e um coração mais calmo. Aposto que dessa forma o livro lhe atingirá melhor
Algo no final também não me agradou. Acontece uma determinada situação que achei meio apressada, e até pouco crível. Mas como diz o poeta... " No amor e na guerra vale tudo". Não é minha frase de vida porque penso que "tudo" é algo que jamais compreenderemos. Mas entendo a linha de raciocínio, e tentei relevar isso.
Se você vier esperando algo descontraído, fecha o livro e volta depois. Sua cabeça tem que estar fresca para absorver todos os problemas desses dois sem querer pirar ou bater neles. Como disse, temas bem pesados com um casal que começou já com explosões típicas de casais com anos de relacionamento, não dias. Tiveram que ter uma maturidade forçada para continuar a viver, e meio que se perderam no meio do caminho.
Ainda assim é um livro muito bom. Bem escrito, e que te leva de uma maneira quase indecente. Os capítulos são alternados entre os dois personagens, o que foi mais um motivo de querer matá-los, ou abraça-los. Adorei os dois separados, e quem são quando estão juntos. É um bom casal. Tão bom que dava pena em pensar como a vida ferrava com eles.