Autor: Jennifer Weiner
Editora: Novo Conceito (Cedido por parceria)
Comprar: Livraria Saraiva
Sinopse: Boa noite, estranho - Para Kate Klein, que, meio por acaso, se tornou mãe de três filhos, o subúrbio trouxe algumas surpresas desagradáveis. Seu marido, antes carinhoso e apaixonado, agora raramente está em casa. As supermães do play-ground insistem em esnobá-la. Os dias se passam entre caronas solidárias e intermináveis jogos de montar. À noite, os melhores orgasmos são do tipo faça você mesma.Quando uma das mães do bairro é assassinada, Kate chega à conclusão de que esse mistério é uma das coisas mais interessantes que já aconteceram em Upchurch, Connecticut, nos últimos tempos. Embora o delegado tenha advertido que a investigação criminal é trabalho para profissionais, Kate se lança em uma apuração paralela dos fatos das 8h45 às 11h30 às segundas, quartas e sextas, enquanto as crianças estão na creche.
À medida que Kate mergulha mais e mais fundo no passado da vítima, ela descobre os segredos e mentiras por trás das cercas brancas de Upchurch e começa a repensar as escolhas e compromissos de toda mulher moderna ao oscilar entre obrigações e independência, cidades pequenas e metrópoles, ser mãe e não ser.
Quando a Novo Conceito anunciou os lançamentos do início do ano, esse foi o livro que mais chamou minha atenção. Tinha essa ideia de mistério envolvido e eu estava com saudade de ler algo assim. Acontece que fui com muita expectativa ao pote, e acabei quebrando a cara feio. Muitas páginas e metade delas completamente desnecessárias.
Kate é uma mulher casada, mãe de três filhos, que se muda para o subúrbio em busca de uma melhora de vida para eles. Tem uma casa grande, trabalha apenas para as crianças e vê o marido poucas horas do dia. A vida de casada está meio chata e ela sente saudade da ação de quando trabalhava - Kate era jornalista.
Acaba conhecendo outras mães em tempo integral no parque perto de casa. Não parece ter muito em comum com nenhuma das Barbies maduras do bairro, mas Kate se esforça. Até que dia recebe uma ligação de uma delas para que vá almoçar em sua casa, e ao chegar Kate a encontra misteriosamente morta na cozinha. Isso vai reviver o lado investigativo dela, e colocá-la em muitos problemas em prol de resolver o caso.
A história tem até uma base bacana. Mulheres que se sujeitam a serem mães, abdicando de quaisquer outros sonhos de vida, e que veem uma oportunidade de sentir algo diferente a partir de qualquer mudança em seu ambiente. E quando falo isso não me foco apenas em Kate, mas em todas as outras mães que aparecem na história. Claro que como vemos pelo ponto de vista dela, tomamos um partido para seguir na leitura. Mas talvez esse tenha sido o grande problema do livro para mim: eu simplesmente detestei a protagonista!
O que muitas pessoas viram como fatos engraçados da vida dela, eu achei uma completa falta de desenvolvimento da personagem por parte da autora. Poxa, era uma mulher madura, não uma adolescente maluca! As vezes Kate se comportava como se não existisse mais nada do mundo além dela, e achei isso muito forçado para conquistar o leitor. Não funcionou comigo.
Tudo bem que o final meio que impressiona, até porque você não espera por ele. Mas até que chegue nesse fim são muitas páginas de situações repetitivas e de dados novos insuficientes para entender a trama. É sobre donas de casa frustradas? Uma mulher em busca de um assassino? Eu não entendi o que autora quis focar com esse livro, além de ter achado completamente maçante o pouco que entendi dele. A autora me dá muitos dados sem necessidade e, no meu ver, não sabe amarrar as coisas para que fiquem uniformes.
Ela quis mesclar o engraçado com o suspense, e não ficou nem uma coisa nem outra. Terminei a leitura rindo por ter perdido meu tempo lendo esse livro e não ter tirado nada de importante dele. Como disse, até que tem uma base interessante de se trabalhar. Mas quantos autores não tem ideias geniais e não sabem trabalhar com elas? Vários! Escrever não é tão fácil assim.
Já tinham me dito que a narrativa de Jennifer era um tanto arrastada e chata, e pude comprovar isso com Boa noite, estranho. É uma pena, porque eu estava com muita vontade de ler e de me impressionar com o enredo. Mas não foi para mim. Vi pessoas falando maravilhas, e entendo os pontos positivos que elas levantam. Contudo pela minha perspectiva, os pontos negativos eram altamente mais fortes.