Autor: Anne Fortier
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega, tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios.No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto.
Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.
Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas.
Entrelaçando passado e presente e percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia, A irmandade perdida é uma aventura apaixonante sobre duas mulheres separadas por milênios, mas com uma luta em comum: manter vivas as amazonas e preservar seu legado para a humanidade.
Não sou especialista nos livros da autora. Não li Julieta e na verdade nem sabia que ela tinha escrito outro livro antes de alguém me perguntar se esse era melhor do que Julieta. Não sei se ela é dessas que usam fórmula mágica para estruturar a narrativa em junção com a história, mas em alguns momentos foi o que senti ao ler o livro. Gostei dele de modo geral porque sou maluca por história, mas não tive o apreço esperado porque em metade da leitura eu quis jogar o livro na parede com as passagens longas e cansativas.
Diana é uma pesquisadora e estudiosa das Amazonas, que até onde se sabe não passa de uma lenda. Ela quer provar a qualquer custo que as guerreiras não são tão fictícias quanto pintam os romances, e meio que acaba jogando a carreira dela no chão por isso. É professora substituta de faculdade, mas ninguém a leva a sério. Então quando um estranho surge com umas fotografias em uma língua desconhecida e não estudada ainda, ela, que é filóloga, resolve aceitar o trabalho proposto por ele por achar que tem alguma ligação com as guerreiras, mesmo que seja totalmente contra seus ideais e que sua família a tenha alertado sobre confiar em uma empresa que não existia no Google. rsrs
É assim que ela vai parar numa escavação do outro lado do mundo para estudar os símbolos recém descobertos e tentar entender porque eles lhe são tão familiares e lhe lembram a avó desaparecida. É nessa escavação que conhece Nick, o responsável pelos trabalhos da empresa a qual ela está prestando serviço, e cria logo um antipatia pelo cara.
Do outro lado da trama, alternando os capítulos, temos Mirina, uma garota que com a irmã vai em busca de um grupo de mulheres em um templo. É logicamente um passado em contra partida com história do presente, mas que em algum momento irão se cruzar.
Enfim, eu achei a receita da autora bem com carinha dos livros do Brown. Digo pela parte histórica e uma resolução de problemática no presente, usando os fatos históricos para desvendar um determinado mistério. Contudo diferente de Dan Brown, a história que Anne cria é lenta e necessita de muita paciência para se afeiçoar a ela. Nas partes de Mirina lia com sofreguidão, já nas de Diana eu queria dormir. Na verdade eu dormi de verdade em muitos momentos. Diana era uma chata e não me convencia em nada. Nem como filóloga! (Robert Langdon em meu coração! *-*)
Como historiadora não tenho queixas. Claro que as Amazonas são um mito, mas como todo mito, elas são baseadas em fatos reais, e a autora soube usar de fatos reais lógicos e deliciosos para criar uma linha plausível para o nascimento dessas mulheres guerreiras e independentes. Então o leitor entra a funda em partes da história Clássica, principalmente em relação a Tróia e sua tão temida e conhecida guerra. Anne até cria um motivo muito bacana para a guerra aqui, e um pouco diferente dos motivos que conhecemos assistindo ao filme com Brad Pitt como Aquiles (Ai, ai!)
Gosto de algumas explicações que a autora dá a história, e curto a forma como ela conduz o passado, com Mirina e a irmã. Mas simplesmente detestei o presente com Diana, Nick e outro tanto de personagens que não fizeram diferença alguma nos finalmente do livro. Achei realmente que ela quis brincar de modo convincente com presente e passado, mas não foi. Pelo menos para mim não rolou.
Para quem curte história clássica, pode ser um livro delicioso, principalmente os trechos do passado. Para quem não curte, pode sentir um pouco de dificuldade, o que é compreensível. Além da guerra de Tróia, que é uma paixão eterna para mim (É tanto que o nome do meu futuro filho foi tirado de lá), não curto tanto história clássica greco-romana. Meu negócio é Egito e vocês bem sabem disso. Mas recomendo que vocês se arrisquem. Vi muita gente amando esse livro, e acredito fielmente que existe lógica em um amor por ele. Tentem!