Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
Adicionar: Skoob
Sinopse: Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente.Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira.
Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.
Depois de ler A Lista me peguei pensando o que estou perdendo. O que perdi de tão interessante em Simplesmente Acontece, e o que repeti em perder de A Lista que faz Cecelia Ahern ser tão bem conceituada entre grande parte dos leitores e que não me tocou em absolutamente nada. Não que o livro seja ruim, mas também não me pareceu algo digno de uma autora tão famosa quanto ela.
A história é simples e se passa por conta dessa lista que Constance, uma grande amiga e mentora de Kitty, deixa para ela antes de morrer de câncer. Kitty está sem grana, com a carreira basicamente arruinada, relacionamento acabado e todo dia quando chega em casa é recebida por trotes maldosos das pessoas que se sentiram revoltadas com a matéria que ela escreveu e que foi responsável por acabar com sua carreira.
A tal da lista deixada por Constance pode ser uma forma de Kitty se reerguer como jornalista, mas ela não tem noção de por onde começar a escrever essa matéria. É só uma lista qualquer com o nome de cem pessoas e que aparentemente não tem nenhuma ligação uma com a outra. A corrida contra o tempo começa quando o editor chefe dá a Kitty apenas duas semanas para escrever esse texto.
Ok, devo confessar que a história instigava. A mulher tava ferrada e tinha todo esse mistério por causa da lista. Isso junto com a narrativa fácil da autora me fez ler tudo em algumas sentadas. Acho que meu problema foi esperar demais do livro. Não pela expectativa no nome da autora, mas por conta de um começo interessante.
Sabe o que me pareceu em determinado momento? Que a autora se perdeu e criou um motivo qualquer para o surgimento dessa lista. Não que não exista brilhantismo na simplicidade, e acho que a ideia central da autora era exatamente essa, mas quando finalmente as coisas se explicaram senti que estava assistindo a um filme da Sessão da Tarde cheio de clichês. Um filme fraco com clichês tão fracos quanto.
Até existem personagens interessantes, mas são tantos que o leitor sente que em algum momento eles ficaram sem desenvolvimento de suas histórias. Cecelia sabe criar seus personagens, mas no caso de A Lista ela não soube como concluir a ideia de alguns deles. Até compreensível por conta da quantidade de gente, mas que desse um epílogo que fechasse um pouco a coisa, saca? Até a protagonista ficou com a história forçada perto do fim, e isso me incomodou.
Não me apaguei a personagem nenhum, nem a conclusão da história. A ideia era boa, mas o fechamento dela foi meu rápido e tosco. Esperei bem mais, não posso mentir.
Será que estou tendo azar com os livros da Cecelia que ando lendo? Se você for leitor dela e já se maravilhou com algo, favor me ajudar nisso porque estou totalmente desesperançosa com a autora. Não me incomodo com os clichês quando são bem feitos, mas quando parecem chatos eu preciso admitir que são chatos.
Uma pena.