Autor: Sarah MacLean
Editora: Arqueiro
Skoob: Adicionar
Sinopse: A sonhadora Calpúrnia Hartwell sempre fez tudo exatamente como se espera de uma dama. Ainda assim, dez anos depois de ser apresentada à sociedade, ela continua solteira e assistindo sentada enquanto as jovens se divertem nos bailes. Callie trocaria qualquer coisa por uma vida de prazeres.E por que não se arriscar se, aos 28 anos, ela já passou da idade de procurar o príncipe encantado, nunca foi uma beldade e sua reputação já não lhe fará a menor diferença? Sem nada a perder, a moça resolve listar as nove regras sociais que mais deseja quebrar, como beijar alguém apaixonadamente, fumar charuto, beber uísque, jogar em um clube para
cavalheiros e dançar todas as músicas de um baile. E depois começa a quebrá-las de fato.
Mas desafiar as convenções pode ser muito mais interessante em boa companhia, principalmente se for uma que saiba tudo sobre quebrar regras. E quem melhor que Gabriel St. John, o marquês de Ralston, para acompanhá-la? Afinal, além de charmoso e devastadoramente lindo, ele é um dos mais notórios libertinos de Londres.
Contudo, passar tanto tempo na companhia dele pode ser perigoso. Há anos Callie sonha com Gabriel e, se não tiver cuidado, pode acabar quebrando a regra mais importante de todas – a que diz que aqueles que buscam o prazer não devem se apaixonar perdidamente.
Apesar de adorar o título desse livro, não fiz essa solicitação para a editora quando abriu o formulário da parceria. Como já comentei por aqui, ando meio saturada de livros que não me desafiem. Então descarto com facilidade aqueles que tendem a ter finais previsíveis, como são todos os romances de época.
Acabei lendo porque ia ter evento de romances de época por aqui, e eu sou uma das mediadoras. Como eram muitos livros, dividi com meu parceiro para não sobrecarregar nem a mim, que estou cansada do gênero, nem a ele, que não curte muito.
Tá, o livro é sim o mais do mesmo. Mas, olha, ele tem uma pitada gostosa de surpresa em cada página, por conta do desenvolvimento da trama. Sim, há uma trama porque nossa protagonista está cansada de se comportar como uma moça cheia de regras idiotas e mesquinhas o tempo inteiro, e resolve adotar nove novas regras, um tanto "masculinas", para cumprir, já que não tem nada a perder. E esse é motivo que torna esse livro ágil e bastante divertido.
Callie foge um pouco do comum desses livros. É gordinha, segue o gosto péssimo da mãe para vestimentas, e tem um rosto bem comum. Graças a isso, aos 28 anos, ainda não casou, e está quase sem esperança de casar. Por isso resolve chutar o pau da barraca e fazer coisas que sempre teve vontade de fazer, mas não teve coragem por pura questão social.
O mocinho, Gabriel, é totalmente o padrão masculino desse tipo de livro: libertino, um tanto arrogante, rico e lindo. Sério, cansada desse tipo! Ainda assim ele funciona nessa história porque tem uma interação maravilhosa com Callie. Ambos são inteligentes e afiados. Viram amigos antes de qualquer amor profundo, e gosto dessa construção mais realista da coisa.
Esse foi o livro que, talvez, me colocou mais para pensar sobre o papel da mulher na sociedade da época, e como hoje em dia a gente ainda mantem muito desses velhos e terríveis costumes. Tudo bem que nossas mulheres fazem todas as coisas que Callie sonhava em fazer no livro, mas a coisa está longe do ideal.
O fato do livro ser divertido e ter me colocado para pensar, foram os fatores que me fizeram gostar bastante dele. Como diz a linda da Duda do Book Addict, não existem spoilers em livros de romance de época. É o desenrolar da história que vai prender, ou não, o leitor. E no caso de Nove Regras, fui altamente fisgada pelo desenvolvimento.