Autor: Christian Jacq
Editora: Bertrand (Cedido em parceria)
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Sinopse: Primeiro volume da nova trilogia do autor best-seller da série Ramsés. Ao ser convocado para investigar as mortes misteriosas de cinco vigilantes sob o grande túmulo de Quéops a esfinge de Gizé , um jovem, inteligente e incorruptível juiz novato vê-se jogado em um viveiro de ganância e corrupção. Sua recusa em assinar um documento que não parecia fazer sentido o leva a descobrir uma trama monstruosa para assassinar o faraó Ramsés, o Grande. Com a ajuda de seu irmão de sangue e de uma bela jovem médica por quem é apaixonado, ele luta para expor a verdade, resolver uma série de assassinatos brutais e frustrar uma tentativa descarada de golpe de Estado. Mas será ele capaz de sobreviver no processo?
O Egito antigo é uma das minhas paixões enquanto cultura da antiguidade desde que comecei, junto com um amigo, a pensar na escrita de Samsara. De todas as sociedades que iríamos trabalhar na trama, o Egito era a minha paixão. Tem algo de mágico na ideia toda, e essa atmosfera mística não fica muito longe de O Juiz do Egito, ainda que o real e concreto seja o berço da história.
O livro vai seguir Paser, um juiz incorruptível - até então não acreditei que isso existia, nem na literatura - que por desconfiar que havia algo de errado em uns papéis de transferência que tinha que assinar, resolve investigar a fundo, e descobre um plano para matar o faraó Ramsés, O Grande.
Paser junta uma equipe e vai a fundo nessa história, entrando num emaranhado político muito maior do que ele esperava encontrar, colocando sua vida em risco para fazer a coisa certa e proteger as leis que tanto ele preza.
Nunca havia lido nada de Jacq, apesar de ser um famoso escritor sobre o Egito, o que muito me impressiona, já que adoro livros sobre o país. Acabei de descobrir o autor, e já estou completamente encantada!
O leitor enxerga legal o visual do livro, graças a forma magistral com qual o autor retrata detalhes pequenos, como comida ou a forma de se comportar de um determinado personagem, dentro do social dele. Eu senti cada personagem individualmente, e consegui me identificar com todos eles, principalmente com o juiz, Paser.
O protagonista é o melhor do livro. De personalidade forte e decidida, Paser entrou fácil na minha lista de personagens masculinos que adoro. E minha curiosidade com os outros livros dessa série - sim, é uma série - é principalmente por ele.
Me envolvi pra caramba com a trama! Adoro essas histórias sobre investigação. De alguma forma me lembrou bastante os livros do Brown, um pouco do Aventura em Bagdá, da Agatha Christie, e um tantinho também do O Alquimista, do Coelho. Não me perguntem exatamente o motivo, mas acho que o clima do deserto nesses três livros é místico, exatamente como em Sob a Pirâmide.
Quando digo que existe algo de místico nesse livro, falo em relação ao país em si, e em toda a atmosfera religiosa que circunda as pessoas. Porque o livro em si é bastante pé no chão. Os problemas políticos corruptos quase me lembram os do Brasil, e olhe que temos problemas de sobra por aqui.
Tirei uma estrela do livro simplesmente por conta da oscilação do enredo. Tinham horas que eu estava comendo as unhas de ansiedade, e outras horas o livro se arrastava. É até meio que normal essa mudança de nível em livros, mas quando são livros de investigação, a tendência é que eles sempre subam, para o clímax ser surpreendente.
Se vocês, como eu, curtem esse clima desértico e investigativo, entrem de cabeça aqui! Lembrando que apesar de se passar no Egito, com toda a cultura essencialmente exótica, temos uma história de investigação. Não um livro mitológico, heim! Ainda assim, ele vai fazer você se encantar com a cultura do lugar, e querer mais e mais e mais...
Em resumo, preciso de outros livros do autor para ONTEM!