Resenha de "Eterno Namorado" (Nora Roberts)

Título: O Eterno Namorado
Autor: Nora Roberts
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Tudo o que acontece na vida de Owen Montgomery é meticulosamente organizado em uma planilha ou lista de tarefas. No trabalho não é diferente, e é graças a sua obsessão por ordem que a Pousada Boonsboro está prestes a ser inaugurada – dentro do cronograma. A única coisa que Owen jamais previu foi o efeito que Avery MacTavish teria sobre ele. A proprietária da pizzaria em frente à pousada sempre foi amiga da família e agora, enquanto vê em primeira mão a fantástica reforma pela qual o lugar está passando, também observa a mudança gradativa de seus sentimentos por Owen.
Os dois foram namorados de infância, e desde então tinham estado bem distantes dos pensamentos um do outro. O desejo que começa a surgir entre eles, porém, não tem nada de inocente e é impossível de ignorar.
Enquanto Owen e Avery decidem se render à paixão e levar seu relacionamento a um nível mais sério, a inauguração da pousada se aproxima e dá a toda a cidade um motivo para comemorar. Mas quando os traumas do passado de Avery batem à porta e a impedem de se entregar, Owen sabe que seu trabalho está longe de terminar. Agora ele precisa convencê-la a baixar a guarda e perceber que aquele que foi seu primeiro amor pode também ser seu eterno namorado.

Não morro de amores por Nora Roberts como um todo, mas gosto dessa série. Muito mais por conta da pousada Boonsboro do que necessariamente pelo romance retratado. Vai ver eu deveria ter sido arquiteta, e não professora ou bibliotecária. Ai... estou velha demais para isso. 

Então, vocês viram que eu amei o livro anterior (resenha). Sei que devo isso ao fato de me identificar loucamente com mães solteiras, e a protagonista ser uma. Então não é que não tenha gostado desse segundo volume, só que em comparação ao primeiro ele não foi tão bom. Questão apenas de afinidade, ok? 

Nesse volume vamos acompanhar a história do irmão centrado e altamente organizado, Owen, e da ruiva maravilhosa e louca que é dona da pizzaria em frente a pousada, dona Ashley. Apesar de amar o casal do livro anterior, não há como negar que esses dois juntos são ótimos e equilibram uma balança confortável no quesito relacionamentos. Ao inferno com essa coisa de iguais! Se há vontade de fazer funcionar, então há como moldar para que tudo se ajuste ao necessário para um relacionamento dar certo. 

Owen e Ashley tiveram um namorico de menino quando eram jovens. Acabaram se afastando porque a vida é estranha mesmo, e desde então mantem uma distância agradável um do outro. Mas isso está prestes a mudar quando Owen se descobre completamente apaixonado pela ruiva, e tem que fazer de tudo para tirar os traumas de infância que ela mantem desde que a mãe foi embora e deixou o pai para dar conta de tudo sozinho. Para ela, casamento é um tipo de instituição falida. Não posso negar, já que penso igualzinho. 

Então o foco desse livro é em como Owen vai fazer Ashley reaver esse conceito e convencer a mulher a continuar ao seu lado. Tarefa difícil, mas esse irmão Montegomery é focado demais no que quer e sempre dá um jeitinho de fazer dar certo. 

O casal funciona, mesmo com o clichê de amor de infância. Na verdade acredito que todo mundo nessa cidade acaba tendo um tipo ou outro de ligação. Cidade pequena e todos cresceram juntos, então é inevitável que haja algum relacionamento, mesmo um namorico infantil. 

Gosto demais dessa série por conta da pousada, e já disse isso aqui. Tem todo aquele clima de mistério que já comentei na resenha do livro anterior, e uma áurea que qualquer amante de literatura vai se encantar. Um lugar delicioso e tão bem escrito pela autora que dá para sentir até o cheirinho de madeira sendo cortada só com o passar das páginas. 

Ver a família Montgomery junta é um bônus extra. Amo o conjunto que eles formam, e como são leves e práticos uns com os outros.  Deus sabe que as famílias estão precisadas disso hoje em dia. Fazer do drama a comédia, as vezes, é uma coisa boa. 

Enfim, é um livro gostoso para passar uma tarde. Não tão bom quanto o primeiro, e como já disse, isso é uma questão de afinidade, mas ainda assim muito bom. 

Fica a dica.