Resenha de "Sombra e Ossos" (Leigh Bardugo)

"Nomes confusos e enredo genial!"

Sinopse: Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras.

Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo. (SKOOB)

Ok, esse livro me deu bastante dor de cabeça no início, e culpo todos os nomes complicados que fui obrigada a aprender para entender esse novo mundo que se abria. Os nomes das pessoas eram confusos, os termos eram confusos e por alguns momentos pensei em pegar um caderninho para anotar todos os nomes, mas acabou que me acostumei ao extremo com eles e hoje palavras como Darkling e Grisha saem da minha boca normalmente. Mas por favor, não esperem que eu lembre de todos os termos. rsrs

O livro começa num flashback contando um pouco sobre a infância de Alina e Maly. Duas crianças que foram acolhidas em uma espécie de orfanato quando ficaram órfãos. Foram testados por Grishas, mas eles não demostraram poder algum, então foram descartados. Quando eles crescem ambos entram para o exército. Mally é um tipo de rastreador e Alina é cartógrafa. 

Eis que seu regimento é convocado para atravessar a Dobra das Sombras, um lugar onde ninguém consegue atravessar porque tem uns seres loucos lá dentro que mata todo mundo. Mesmo assim eles entram, e Alina, sem saber como, faz alguma coisa para afastar todos os monstros e evitar que todos morram, e por isso é convocada pelo Darkling para se juntar aos Grishas. Ela passa a ser um tesouro nacional visto que o tipo de poder que ela tem, ninguém mais tem. 

Então acompanhamos Alina num mundo novo cercado de tudo o que nunca conheceu. Tendo que aprender tudo sobre os Grishas, combater e usar um poder que até então nem sabia que tinha, ou como canalizar aquilo.

Em resumo isso é tudo o que posso contar sem que vocês queiram me bater. rsrs

Então vamos aos pontos que anotei para contar por aqui? 

Bem, começando por nossa protagonista e o nervosismo que fiquei com ela no início do livro. Odeio personagem que fica cheio de mi mi mi e não conta o que pensa e o que sente para as pessoas. Logicamente que dá para entender que ela é louca por Maly, mas ela acredita que o cara não gosta dela, por isso deixa para lá. #DáNosNervos

Já Maly me impressionou bastante no decorrer da história. De início um bom amigo, depois um protetor forte. Achei ele um máximo! Mas vocês sabem que tenho tendência a gostar dos meninos maus, não é? #TenhoDito

O mundo que Leigh criou foi baseado na Rússia, e por isso os nomes complicados de lugares e pessoas, sem contar as comidas malucas. Mas isso tudo só serviu para abrilhantar a escrita da autora quando ela criou a cosia do Grisha. Deixa eu explicar, o mundo é dividido entre pessoas normais e Grishas. Eles são seres com poderes, como manipular o fogo, a água, a luz e até os poderes dos outros. É um esquema bem X-Men, só que ambientado de uma forma muito mais bonita e estruturada. A autora criou todo um mundo de regras e leis para esses personagens poderosos, o que foi simplesmente genial!

Ela também tem uma forma bem única de escrever, facilitando o leitor a se aproximar dos seus personagens sem que necessariamente eles falem algo importante para o enredo. As vezes eles apenas tem formas sutis de agir, e isso dá um tcham na história de uma forma convidativa para quem lê. 

O vilão é ótimo!!!!!! 

Não posso dizer que fui pega de surpresa com ele pois sempre tenho um pé atrás com pessoas maravilhosas e lindas demais, mas foi um baita de um tombo. Se bem que eu tenho certeza de que isso vai ser revertido para mais a frente. Ora bolas, a autora não pode criar um personagem tão fabuloso e fazer com que ele seja um vilão apenas. Tem alguma coisa por trás e eu estou doidinha para descobrir. 

Eis outro ponto interessante da autora: Ela sabe criar a tensão e o mistério. Portanto vão se preparando para xingar ela de tudo quanto é nome e depois ficar rindo feito idiota. 

Os personagens secundários são ótimos e só trazem brilho ao final, que é quando você quer saber quem realmente é bonzinho e quem era traidor. Aliás, o que foi aquele final? FANTÁSTICO!! Palmas para a autora! Ela soube misturar tudo o que achei que deveria ter no livro, e funcionou muito bem. Mesmo que o acontecido seja previsível, a forma como acontece é fascinante. 

Tem um triângulo sim, mas nada que vá deixar o leitor nervoso, muito pelo contrário. Vai chegar um momento que você vai achar que só há uma única saída, e é ai que acredito que a autora vá nos pregar outra peça. Esperando pelo segundo livro da trilogia para saber. Ahh, quase ia esquecendo... Vai virar filme! #Iupi E eu estou bem ansiosa por isso porque já me imagino na sala de cinema vendo os efeitos incríveis dos poderes dos Grishas em ação. 

Então é isso... Se curtem fantasia, tratem de conhecer Alina, Maly, Darkling e todos os malucos que compoem esse universo fantástico que Leigh criou.