Não sou muito de fazer postagens temáticas aqui para o blog. Se teve uma coisa que aprendi com um grande amigo é que as pessoas supervalorizam algumas datas comemorativas, e dia dos namorados é uma delas para mim. Ok, eu sou uma bruta sem coração!
Mas para vocês não me queimarem viva, resolvi que hoje merecia um levantamento de alguns filmes românticos que eu gosto. Tá, não gosto de datas comemorativas, mas curto filmes bonitos, e adoro fazer listas sobre eles.
Tem dois anos que fiz uma postagem igual a essa, e vocês podem acessar por AQUI. Foi fácil fazer a primeira lista, e um pouco difícil começar a fazer a segunda. Mas depois que os dois primeiros nomes saíram, lembrei do resto facilmente.
Então vamos conhecer minha segunda lista de filmes românticos prediletos.
Amor, sublime amor
No lado oeste de Nova York, à sombra dos arranha-céus, ficam os guetos de imigrantes e classes menos favorecidas. Duas gangues, os Sharks, de porto-riquenhos, e os Jets, de brancos de origem anglo-saxônica, disputam a área, seguindo um código próprio de guerra e honra. Tony (Richard Beymer), antigo líder dos Jets, se apaixona por Maria (Natalie Wood), irmã do líder dos Sharks, e tem seu amor correspondido. A paixão dos dois fere princípios em ambos os lados, acirrando ainda mais a disputa.
Dica: Nem todo mundo curte musicais, mas para aqueles apaixonados que curtem, eis uma boa pedida. West Side é um dos meus musicais prediletos, e reconta a história de Romeu e Julieta trazendo a tragédia para a realidade das gangues existentes nos Estados Unidos. No caso desse filme, a rivalidade entre os latinos e os caucasianos. É um belíssimo filme!
Em Los Angeles, uma dedicada cirurgiã (Meg Ryan) fica arrasada quando perde um paciente durante uma operação, no mesmo instante em que um anjo (Nicolas Cage), que estava na sala de cirurgia, começa a se sentir atraído por ela. Em pouco tempo ele fica apaixonado pela médica e resolve ficar visível para ela, a fim de poder encontrá-la frequentemente, o que acaba provocando entre os dois uma atração cada vez maior, apesar dela ter um sério relacionamento com um colega de profissão. O ser celestial não pode sentir calor, nem o vento no rosto, o gosto de uma fruta ou o toque da sua amada, assim ele cogita em deixar de ser um imortal para poder amar e ser amado intensamente.
Dica: Porque será que toda história de amor tem que ter um fundo trágico para funcionar eternamente na cabeça das pessoas? Não sei, mas é o que existe em toda áurea incrível de Cidade dos Anjos. Aqui o sacrifício vem por conta de um grande amor. A cena final desse filme é linda, e não tem uma única vez que o veja e não chore.
Christian (Ewan McGregor) é um jovem escritor que possui um dom para a poesia e que enfrenta seu pai para poder se mudar para o bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec (John Leguizamo), que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine (Nicole Kidman), a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge.
Dica: Ok, aqui está escrevendo a maluca dos musicais. Mas, gente, nada é mais incrível do que os musicais que o cinema já criou. E isso porque nunca consegui ir à Brodway! Aqui o caso de amor é entre uma cortesã que quer sair dessa vida e um escritor pobre - e gato! Esse filme é de uma plasticidade perfeita, e tem a melhor mixagem de som que já vi nas telonas. Vale a pena conferir!
E o Vento Levou
Uma reunião social acontece numa grande plantação na Georgia, Tara, cujo dono é Gerald O'Hara (Thomas Mitchell), um imigrante irlandês. Na mansão está Scarlett (Vivien Leigh), sua bela e teimosa filha adolescente. Os gêmeos Tarleton, Brent (Fred Crane) e Stuart, imploram para serem seus acompanhantes num churrasco, que haverá em Twelve Oaks, uma plantação vizinha. Scarlett flerta com eles enquanto tenta obter informações sobre o homem que ama obsessivamente, Ashley (Leslie Howard), o primogênito do patriarca de Twelve Oaks, John Wilkes (Howard C. Hickman). Ela ouve algo que a desagrada muito: Ashley está comprometido, o que depois é confirmado por seu pai. Scarlett acha a vida em Tara monótona, mas seu pai diz que Tara é uma herança inestimável, pois só a terra é um bem que dura para sempre. Ela apenasó pensa em Ashley, assim usa seu mais belo vestido para ir ao churrasco, revelando um inapropriado comportamento para um compromisso diurno, apesar das objeções de Mammy (Hattie McDowell), sua protetora escrava. Em Twelve Oaks Scarlett é o centro das atenções, em razão dos vários pretendentes que pairam sobre ela, mas nenhum deles é Ashley. Mais tarde Scarlett ouve os cavalheiros discutindo acaloradamente sobre a guerra eminente que acontecerá entre o Norte e o Sul, crendo que derrotarão em meses os ianques. Só Rhett Buttler (Clarrk Gable), um aventureiro que tem o hábito de ser franco, não concorda com estas declarações movidas mais pelo orgulho do que pela lógica. Ele diz que não há nenhuma fábrica de canhões no sul e afirma que os ianques estão melhor equipados e têm fábricas, estaleiros, minas de carvão e podem matar os sulistas de fome, pois têm o domínio dos portos, enquanto os sulistas só têm algodão, escravos e arrogância. Um jovem, Charles Hamilton (Rand Brooks), sentindo-se insultado, tenta desafiar Rhett para um duelo, mas ele se esquiva, mesmo sabendo que o derrotaria facilmente, e se retira. Ashley tenta ir ao seu encontro para acompanhá-lo, pois Rhett é um convidado, mas é detido por Scarlett, que quer falar com ele. Os dois vão até a biblioteca e ela fala para Ashley que o ama profundamente. Isto só faz ele lhe dizer que está noivo da prima dela, Melanie Hamilton (Olivia de Havilland). Ashley diz que ama Melanie, entretanto admite que ama Scarlett fraternalmente. Ela fica ainda mais irritada e esbofeteia Ashley, que deixa a biblioteca. Ela então lança um vaso contra a lareira e descobre que atrás de um sofá havia uma outra pessoa, Rhett. Quando Scarlett lhe diz que não é um cavalheiro, Rhett retruca dizendo que ela não é uma dama. Apesar deste confronto, é claro que Rhett ficou atraído pela beleza de Scarlett. Em Twelve Oaks chega um cavaleiro, para dizer que a guerra começou. Os homens exultam e Charles vai dizer a Scarlett que a guerra foi declarada, com todos os homens indo se alistar. Enquanto via Ashley se despedir de Melanie, Scarlett ouve Charles lhe pedir em casamento. Movida pela mágoa, ela aceita e diz que quer casar antes que ele parta. Assim Melanie e Ashley se casam em um dia e no seguinte Scarlett se casa com Charles, apesar de não sentir nenhuma atração ou amor por ele. O que Scarlett desconhecia é que o futuro lhe reservava dias muito mais amargos, pois durante a Guerra Civil Americana várias fortunas e famílias seriam destruídas.
Dica: Quem ainda não conhece esse casal? Pois trate de conhecer porque Scarlet e Rhett são incríveis juntos! Ele é sarcástico ao extremo - um dos bad boys do cinema antigo - e ela é difícil e dramática. A história tem a guerra civil como pano de fundo, e é extremamente tocante não só pelo romance, como por todo o conjunto da obra.
Edward Mãos de Tesoura
Peg Boggs (Dianne Wiest) é uma vendedora da Avon que acidentalmente descobre Edward (Johnny Depp), jovem que mora sozinho em um castelo no topo de uma montanha, criado por um inventor (Vincent Price) que morreu antes de dar mãos ao estranho ser, que possui apenas enormes lâminas no lugar delas. Isto o impede de poder se aproximar dos humanos, a não ser para criar revolucionários cortes de cabelos, mas ele dá vazão à sua solidão interior ao podar a vegetação em forma de figuras ou esculpir lindas imagens no gelo. No entanto, Edward é vítima da sua inocência e, se é amado por uns, é perseguido e usado por outros.
Dica: Burton não criou esse filme para ser essencialmente romântico, mas acabou que seu bizarro Edward, e suas mãos de tesoura se tornaram o referencial poético e gótico de amor em uma geração que estava cansada do cinema "mais do mesmo". Acho essa história linda e sou totalmente suspeita porque não há nada que Johnny faça que eu não ame.
Titanic
Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) é um jovem aventureiro que, na mesa de jogo, ganha uma passagem para a primeira viagem do transatlântico Titanic. Trata-se de um luxuoso e imponente navio, anunciado na época como inafundável, que parte para os Estados Unidos. Nele está também Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), a jovem noiva de Caledon Hockley (Billy Zane). Rose está descontente com sua vida, já que sente-se sufocada pelos costumes da elite e não ama Caledon. Entretanto, ela precisa se casar com ele para manter o bom nome da família, que está falida. Um dia, desesperada, Rose ameaça se atirar do Titanic, mas Jack consegue demovê-la da ideia. Pelo ato ele é convidado a jantar na primeira classe, onde começa a se tornar mais próximo de Rose. Logo eles se apaixonam, despertando a fúria de Caledon. A situação fica ainda mais complicada quando o Titanic se choca com um iceberg, provocando algo que ninguém imaginava ser possível: o naufrágio do navio.
Dica: Precisa de explicação? 900 vezes que assisto esse filme e me pego chorando feito louca em todas elas. Foi um marco importante na minha adolescência, e sempre lembrarei de Titanic como um dos filmes mais clichês e românticos que já vi na vida. Amava o Leo de Caprio nessa época!
Patch Adams
Em 1969, após tentar se suicidar, Hunter Adams (Robin Williams) voluntariamente se interna em um sanatório. Ao ajudar outros internos, descobre que deseja ser médico, para poder ajudar as pessoas. Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Seus métodos poucos convencionais causam inicialmente espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com exceção do reitor, que quer arrumar um motivo para expulsá-lo, apesar dele ser o primeiro da turma.
Dica: Esse não é um filme romântico, mas acabou ganhando a maioria do público por conta do caso incrível de amor entre os personagens médicos. Passa longe de ser o principal da história, mas é um ponto crucial dela. Resolvi enquadrar nessa lista porque, mesmo que não seja um romance, o romance nele é extremamente bonito.
Anna Karenina
Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles.
Dica: Vejo, revejo, vejo novamente e não canso de Anna Karenina. Amo esse casal loucamente! Claro que também tenho uma verdadeira adoração pelo marido da Anna, mas Vronsky tem aquela coisa mágica e encantadora que faz qualquer mulher suspirar. Termino esse filme sempre amando os dois, por motivos diferentes, e tão iguais, no final das contas.
Casablanca
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos fugitivos tentavam escapar dos nazistas por uma rota que passava pela cidade de Casablanca. O exilado americano Rick Blaine (Humphrey Bogart) encontrou refúgio na cidade, dirigindo uma das principais casas noturnas da região. Clandestinamente, tentando despistar o Capitão Renault (Claude Rains), ele ajuda refugiados, possibilitando que eles fujam para os Estados Unidos. Quando um casal pede sua ajuda para deixar o país, ele reencontra uma grande paixão do passado, a bela Ilsa (Ingrid Bergman). Este amor vai encontrar uma nova vida e eles vão lutar para fugir juntos.
Dica: Outra dica de filme antigo que tenho verdadeira adoração, e super indico para você que curte o preto e branco. Acho massa que o filme não tenha cores porque o trabalho do ator é triplicado, e por isso sentimos no coração o romance de Rick e Ilsa. Também com uma pegada de guerra no fundo, vale a pena colocar na lista.
Caminhando nas Nuvens
Depois de 4 anos nos campos de batalha da 2ª Guerra Mundial e ainda relembrando os horrores de guerra, Paul Sutton (Keanu Reeves) ao retornar para casa quer se estabelecer e começar uma fazenda, mas Betty (Debra Messing), sua esposa, com quem impulsivamente se casou três dias após se conhecerem (no dia seguinte ele rumava para o front), quer que ele venda chocolates e até já arrumou um emprego para Paul. Enquanto faz uma viagem de negócios, ele ajuda uma hispano-americana, Victoria Aragón (Aitana Sánchez-Gijón), uma bela mulher que na faculdade se apaixonou por um professor que a engravidou, mas não quis se casar com ela. Ela volta para casa totalmente envergonhada e, temerosa da reação do seu pai, Alberto (Giancarlo Giannini), mas Paul tem uma idéia: ele se fará passar como o marido dela e partirá após um dia ou dois. Assim quando Victoria ficar só com a criança, a desgraça estará nele, não ela. Ela concorda e os dois chegam como marido e mulher no vinhedo Las Nubes, que é de propriedade da família dela. A maioria da família Aragón recebe Paul afetuosamente, especialmente o avô, Don Pedro (Anthony Quinn), o patriarca, mas o pai dela sente que há algo com o jovem casal e trata Paul grosseiramente. Paul e Victoria contornam várias situações e, durante a celebração da colheita, descobrem que estão fortemente apaixonados. Entretanto, algumas barreiras impedem que eles concretizem este amor.
Dica: Vi esse filme pela primeira porque meu ex marido o adorava, e olhe que ele não é chegado a esse tipo de filme. Confesso que meu amor a princípio veio pelo cenário e porque o Reeves está lindíssimo nesse papel. Depois da quinta ou sexta vez que assisti, passei a adorá-lo como um todo, e agora todas as vezes que vejo me emociono. Bem mais leve do que a maioria da lista, Caminhando nas Nuvens é para ver em um bom dia de chuva, comendo pipoca na cama.
Ufa, acabamos!
Agora quero saber de vocês. Quais filmes românticos mais gostam?