Autor: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
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Sinopse: "Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."
Tinha bastante tempo que não lia um livro da Novo Conceito. Já estava esquecida como é rápida a leitura dos livros dessa editora em minhas mãos, mesmo um Sick-Lit YA. Vamos combinar, não curto livros sobre doentes (não tenho coração para isso) e ando correndo de YA.
Só que a campanha publicitária em cima de Tudo e Todas as Coisas foi tão absurdamente grande, e o livro é tão absurdamente lindo visualmente, que resolvi dar uma chance. Se não conseguisse chegar até a página 50, então deixaria de lado por um tempo até ter cabeça para esse tipo de livro.
Olha minha surpresa absurda quando durante a leitura me dei conta de que já estava na página 118 e continuava com vontade de ler mais.
Pois é, Tudo e Todas as Coisas me pegou de vez, e vou dizer alguns motivos para isso.
Conhecemos a vida de Madeline, uma adolescente que vive dentro de uma casa que mais parece uma bolha isolante. Ela tem uma doença em seu sistema imunológico que faz com que qualquer contato com coisas externas possa desencandear uma crise e levá-la a morte.
Nada de amigos. Nada de idas ao cinema ou comidas exóticas. Tudo dela é milimetricamente cuidado para não agravar seu quadro.
Mora com a mãe e a única outra pessoa a qual tem contato é sua enfermeira, Carla. Isso até uma certa família se mudar para a casa ao lado e trazer Olly junto. Um garoto que chama a atenção de Madeline através das janelas da casa.
Como não tem muito o que se fazer presa, ela começa a observar os passos de toda a família, fazendo um registro de idas e vindas dos pais, dele e da irmã. E é por causa de um bandit (sobremesa) inquebrável que eles acabam fazendo amizade através des suas janelas, e posteriormente por mensagens de computador.
O que posso dizer sobre esse livro que não seja exagerar demais para nenhum dos lados da corda? Deixe-me ver...
Primeiro que ele vai te garantir algumas - muitas - risadas. O fato de Madeline ser doente e viver isolada causa um estranhamento no leitor, mas a forma com a qual ela trata algumas situações básicas do seu dia a dia faz com que tudo fique mais leve. E esse foi um dos pontos que me fez ler o livro numa velocidade deliciosa: Muitas páginas são transcrições dos diários dela, ou desenhos, ou resenhas dos livros que ela lê. Madeline tem uma forma leve de encarar sua situação, e isso é legal.
Claro que tinha que existir um clichê básico no romance dos jovens! A forma como ele acontece (o romance, não a amizade) é meio forçado, e o fato do livro só nos mostrar o ponto de vista de Made, e não de Olly, faz com que fique meio sem explicação o encanto dele por ela. Afinal, é uma menina doente que além de inteligente e bem humorada, não me pareceu ter muitos atrativos, e repito que isso é porque não vi o ponto de vista dele. Além de que a autora insere vários fatos sobre o menino que não se explica, e mesmo que exista uma certa lógica na falta de explicação, achei que ela era necessária.
Sabendo que existe um romance meio difícil de acontecer, daí o livro começa a dramatizar demais as coisas, e comecei a ficar entediada. Aquele exagero típico de jovens apaixonados. Sério, acho bem irritante. Essa foi a parte que não gostei. Contudo, graças a Deus que a autora escreveu um puta final, e deu uma baita virada na história. Achei por um momento que viria um mais do mesmo, mas não. Ela inovou e de um jeito bonito. Adorei o final! Tenho algumas ressalvas, mas a ideia dela foi mais forte que minhas ressalvas.
Apesar de ter dado apenas quatro estrelas, e dei pelas falhas do meio do livro, o começo e o fim dele valem super a pena, Não me emocionei como vi acontecer com muita gente por ai, mas me encantei com o quão despretencioso foi o começo, e o tanto atrevido que foi o final. Recomendo mesmo.