Autor: Nora Roberts
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: A tradicional pousada da cidade de Boonsboro já viveu tempos de guerra e paz, teve diversos donos e até sofreu com rumores de assombrações. Agora ela está sendo totalmente reformada, sob direção dos Montgomerys, que correm para realizar a grande reinauguração dentro do prazo. Beckett, o arquiteto da família, é um charmoso conquistador que passa a maior parte do tempo falando sobre obras, comendo pizza e bebendo cerveja com seus irmãos Ryder e Owen. Atarefado com a pousada, ultimamente nem tem desfrutado de uma vida social decente, mas pretende mudar logo isso para atrair a mulher por quem é apaixonado desde a adolescência.
Depois de perder o marido na guerra e retornar para Boonsboro, Clare Brewster leva uma vida tranquila cuidando de sua livraria e dos três filhos. Velha amiga de Beckett, ela volta a se reaproximar dele ao ajudar nos preparativos da pousada.
Em meio a essa apaixonante reconstrução, rodeados de amigos, Beckett e Clare passam a se conhecer melhor e começam a vislumbrar um futuro novo e promissor juntos.
Neste primeiro livro da trilogia A Pousada, Nora Roberts apresenta o romântico Beckett Montgomery, que, ao buscar realizar o sonho de sua família, acaba deparando com um amor que pensava estar esquecido.
Quando um livro é da Nora Roberts, eu já vou entortando a boca. Não tenho nada contra a autora, mas nunca consegui ser fisgada de verdade com um livro dela. E olhe que já li muitos!
Não sei o que diabos deu em mim para solicitar esse livro. Arqueiro tem dezenas de outros títulos que me agradam mais, contudo foi bater os olhos nesse que algo estalou dentro de mim, e acabei pedindo. Graças a Deus que fiz isso!
Apesar de termos o casal principal de protagonistas, Clare e Beckett, para mim o principal personagem da história é o hotel. E o livro já começa narrando uma visita que Beckett - que é arquiteto - faz a obra em reforma. Não sei se vocês sabem, mas sou doida por arquitetura de prédios antigos, então fiquei vidrada na história logo no início.
A família de Beckett (ele, os dois irmãos e a mãe) compraram o prédio que estava se acabando e resolveram reformar, construindo um esplendoroso hotel no lugar. Toda a família trabalha no ramo de construção, por isso apesar do protagonista desse primeiro livro ser Beckett, os irmãos tem grandes e especiais participações aqui.
Clare é a dona da livraria local. Ficou viúva uns anos antes e cria os três filhos sozinha. Amiga da família Montgomery desde menina, acaba sendo envolvida no projeto da construção do hotel por ser boa montando as chamadas publicitárias dos maravilhosos quartos temáticos do lugar, e pelo interesse da família em criar um ambiente de biblioteca.
Acho que o que mais gostei nesse livro foi justamente não achar que estava lendo uma "receita de bolo romântico Nora Roberts". O sentimento que tive ao ler foi o de paixão pela ideia do hotel e pela forma como Claire encara a vida profissional e pessoal. A mulher cria três filhos sozinha - super me identifiquei com ela. Sem contar que é dona de uma livraria, o que é o meu sonho.
Então não fiquei ligada no romance, que é o principal elemento desse tipo de livro da autora. Na verdade ele foi absolutamente coadjuvante por aqui. A pousada respirava através das páginas, e me pergunto se a autora também tem paixão por arquitetura, como eu. Porque eu senti o ambiente, e foi um sentimento bom.
Outro ponto bacana é que o livro tem uma leve pegada sobrenatural. Hotel antigo, espíritos com cheiros de Madresilva e pimba! Temos um fantasminha delicioso passeando pelo lugar. De uma forma sutil e sem roubar espaço, mas está lá.
Eu gostei absurdamente desse livro. Fiquei impressionada com o tanto que curti essa leitura. Funciona como romance para mim porque não é forçado. Um casal de amigos que se conhecem desde sempre e que se ligam pelo clima tão maravilhoso que tem o prédio em reforma.
Se vocês me perguntassem um tempo atrás se daria cinco estrelas a um livro da Nora, eu diria que não. Mas essa série já roubou meu coração e estou super ansiosa pelo próximo - como também temerosa que a autora cague tudo.