"Chorei largado!"
Sinopse: Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, tinham-na traído e iam se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o devido cuidado. Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã trouxe de volta tudo que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e... encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído. Já em Walton, Cassie percebe que enfrentará uma imensa batalha particular, porque, afinal, ela não consegue deixar de amar seus sobrinhos — e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua infância. Enquanto se divide entre o rancor e a esperança, velhas e queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor. (SKOOB)
Costumo ser bem criteriosa quando o assunto é dar cinco estrelas por aqui. Muitas vezes um livro bem comum para o resto a humanidade acaba ganhando cinco estrelas porque ele era justamente o que eu precisava e na hora que eu precisava. Talvez esse tenha sido o caso de De volta para casa. O enredo do livro é estupidamente simples, mas me tocou num grau tão grande, que não conseguia escrever a resenha por mais que tentasse. Então não espere que ela seja escandalosa de perfeita, simplesmente porque eu não sei o que falar desse livro além de que eu o AMEI!
A história vem falar de Cassie, uma mulher que mora numa cidade grande, tem um noivo e um emprego bem estável. Acontece que um dia ela recebe uma ligação da irmã com quem não fala há mais de quinze anos para informar que o pai estava muito doente e que ela precisava voltar para a cidade onde elas cresceram.
Motivo que fez Cassia sair da cidade? Essa irmã e o ex namorado dela fugiram juntos e ela se sentiu tão humilhada que foi embora sem nem olhar para trás. Então vocês podem imaginar como foi tenso para ela ter que voltar, não é?
Passei por uma situação um pouco semelhante e digo que também fugi porque era a coisa mais fácil que eu podia fazer, e entre o fácil e o certo eu escolhi aquilo que faria acordar todos os dias sem um buraco no lugar do coração, pelo menos era o que eu achava.
Voltar para essa cidade foi bem complicado para Cassie. Ela tinha que lidar com uma cidade interiorana do sul, com o cunhado (ex namorado), a irmã e toda a complicação do relacionamento abalado delas, os vários sobrinhos, um pai doente, sotaque sulista e um doutor pra lá de gato, Sam.
De início nos pegamos preocupados com essa esquisitice que ficou o relacionamento dela com a irmã, depois com o pai doente, depois com tantas outras coisas que fui incapaz de me colocar no lugar dela. Veja bem, comecei com raiva dessa irmã traíra! Muita raiva! E depois Harriet ganhou tanto o meu amor que me peguei pensando o motivo que tinha me feito ter raiva dela no início. Ela é uma pessoa tão adorável, tão determinada, tão mãe, tão maravilhosa... Nossa senhora, como pude sentir raiva dela? E se eu senti isso, imagina o que a protagonista, que passou quinze anos afastada dela, não sentiu?!
Cassie volta para casa para se comportar como filha, como irmã, como cunhada, como amiga, como tia, como habitante de uma cidade pequena e o que isso reflete na nova Cassie que ela se tornou. Sabe que sempre gostei das histórias que retratavam cidades do sul dos EUA? Pois é. Adoro! Amei a cidadezinha dela! Amei as amizades que os moradores tem uns com os outros! Isso era tudo tão perfeito! Lembra daquele filme "Doce Lar".
Comecei achando que o livro pendia um pouco mais para o chick-lit, assim foi o que me disseram, terminei emocionada e já me sentindo vazia pela falta que os personagens estavam fazendo. É um drama. Um daqueles que te pega de jeito e te derruba no chão e fica fazendo pressão no seu corpo até que você chore ou peça para sair. O negócio com esse livro é saber como chegar até o fim com as mesmas emoções que se tinha quando se começa a lê-lo.
Tem romance sim, heim! Um romance nada forçado, super bem desenvolvido e de fazer babar!
Ai, gente, já indiquei para minha mãe (uma fanática por romances) e agora estou indicando para vocês que gostam do gênero. O livro é lindo! Ele tem a magia de ser real e perfeito do mesmo modo. A escrita da autora é leve e nos deixa com aquele gosto de comida de avó na boca quando o fechamos no final.
Eu me senti próxima e ligada de uma forma que nem eu soube explicar. Chorei com algumas coisas, bati o pé com outras e me senti a Cassie em muitos momentos. Por mais que ela fosse teimosa, as decisões que tomava pareciam muitas vezes com as minhas. Claro que é meio precipitado, eu sou impulsiva e ela também é, mas igualmente a mim Cassie sempre sabe quando mudar e caminhar para o lado certo da estrada.
Indico, com certeza!