"Dois pontos de vista"
Sinopse: Ao se dar conta de que o namorado nunca vai pedir sua mão em casamento, Lottie toma uma decisão. Termina o compromisso com ele e diz o tão sonhado sim a Ben, uma antiga paixão, com quem ela havia prometido se casar se ambos ainda estivessem solteiros aos 30 anos. Os dois então resolvem pular o namoro e ir direto para uma cerimônia simples e seguir para a lua de mel em Ikonos, a ilha grega onde eles se conheceram. Mas Fliss, a irmã mais velha da noiva, acha que Lottie enlouqueceu. Já Lorcan, que trabalha na empresa de Ben, teme que o casamento destrua a carreira do amigo. Fliss e Lorcan então elaboram um plano para sabotar a noite de núpcias do casal e impedir que os noivos cometam o maior erro de suas vidas. (SKOOB)
Outro livrinho de Kinsella na área! Acho que com esse já são cinco livros lidos e resenhados por aqui. Nenhum deles bateu ainda o Fiquei com seu número, mas todos eles tem esse humor doce que me faz ficar bem contente de ler um livro dela.
É a primeira vez que leio um livro de Kinsella que tem duas protagonistas principais em dois pontos de vista diferentes. Não consegui definir ainda o que achei disso, só sei que talvez eu não tenha realmente me apegada a nenhuma delas justamente por essa divisão do livro.
A primeira é Lottie. Ela é louca para casar e acabou um namoro de anos com Richard porque ele não a pediu em casamento como ela queria. A outra é Fliss. Uma recém divorciada com um filho pequeno, o Noah, e que simplesmente abomina a palavra casamento.
Acontece que Ben, um namorado do adolescência, aparece para Lottie com todas as promessas que ela sempre quis: casar, ter filhos, se mudar para a França. Então ela se pega aceitando o pedido de casamento de um cara que ela não vê há 15 anos. A irmã, como uma perfeita pé no chão, tenta de tudo para fazê-la desistir dessa insanidade e junta forças com Lorcan, um amigo de Ben, para sabotar o casamento de Lottie.
Acho que esse livro da Sophie foi o mais diferente que já li. Primeiro porque conta com a dupla narrativa, outro porque o enfoque total nele é o romance, o que normalmente não acontece. Mas como sempre, os caras não são pontos altos de romantismo nessa história, com a exceção de Richard (vontade de apertar suas bochechas!). Acho que essa coisa de ser inglesa mexe bastante com a personalidade dos personagens da autora. Uma coisa é certa, a pegação aqui é bemmm maior do que nos outros livros dela.
Fliss é uma irmã da pesada. Fato!
A mulher revira o mundo inteiro para poder estragar a lua de mel da irmã só porque acha que ela está prestes a cometer burrice. Mas acreditem que tudo o que Fliss faz é para proteger Lottie de qualquer coisa, inclusive de uma separação complicada, como foi a dela.
Ben é um meninão! Meu Deus, como fiquei nervosa com esse personagem!
Primeiro achei que ele fosse louco. Depois confirmei que ele era louco. Depois o achei um mimado e egoísta. Arghhhh, cara chato!
Já Richard é só amor e corações para ele! Adorei o cara! Mesmo depois de Lottie ter feito a maluquice de ir embora e casar com outra pessoa, ele ainda fica na expectativa que ela volte para ele.
Lorcan é taciturno e estranho, mas garante um bom caldo sensual à trama. Ele e Fliss se dão muito bem no final das contas. E talvez o maior aprendizado do livro venha desse casal,e não do trio maluco.
E o que é o Noah, minha gente? Que garoto louco!!!
O filho de Fliss sabe mentir melhor do que muito adulto que conheço. O problema é que ele mente com coisas pesadas e desesperadoras. Morria de rir com as peripécias que o garoto aprontava! Para mim, o melhor personagem!!
O livro tem momentos bem divertidos e pensados de uma forma a conduzir mais problemas no futuro. Pausa para lembrar dos funcionários do hotel onde Ben e Lottie se hospedam. Sinceramente? Eu teria atirado na cabeça da maioria deles logo no início. hehe
Sabe o que esse livro me lembrou? Aquele filme "Um dia a casa cai".
As confusões que Fliss faz para separar a irmã de Ben são hilárias e más! Dava pena deles, minha gente, sério mesmo!
Meu problema com esse livro acredito que tenha realmente sido o apego ao protagonista. Não me afeiçoei a nenhuma das duas, apesar de achar Fliss bem mais interessante a menos impulsiva do que Lottie. Uma é madura quase podre, e a mais nova é louca desvairada, a cara das outras personagens da Sophie.
Como disse, passa longe de ser o melhor livro da autora, mas esse tem esse diferencial de duas protagonistas que é bem interessante. Sem contar que o cenário é para lá de delicioso! Saímos um pouco de Londres e vamos curtir um sol numa ilha grega.
Se você for começar a ler Kinsella, tenta o Fiquei com seu número ou Menina de Vinte. Não recomendaria esse para começar, já que não fui expulsa de ônibus nenhum lendo ele. hehe