Autor: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
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Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.
Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas , a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
Jamais pensei que fosse gostar tanto desse livro. Curto a autora, não vou negar, mas essa série, que evitei começar por tanto tempo, comeu meu coração aos poucos. Agora estou tão rendida que toda vez que vejo a capa do terceiro volume, que acho que vai ser lançado lá fora por essas próximas semanas, eu fico me coçando. Preciso/Quero.
Feyre mora na floresta com sua família pra lá de estranha. O pai se rendeu a tristeza por ter falido e deixado as filhas na pobreza, uma de suas irmãs a trata com menosprezo e a outra parece ser a única que ainda lhe sorri. Feyre é responsável pelo sustento deles. Aprendeu a caçar e usa suas caças como moeda de troca, vendendo no mercado da cidade em busca de mantimentos.
Só que ela acaba matando um animal que não deveria. Que pertence ao lado de lá do muro que separa os normais dos feéricos. Por causa disso uma fera monstruosa invade sua casa em busca de retaliação. É o acordo deles. Uma vida por outra, e Feyre é sentenciada a viver do lado de lá, na Corte da Primavera, para o resto de seus dias. Só assim irá manter com vida.
Percebe-se de cara que isso aqui é uma releitura de A Bela e a Fera, né? Mas é uma releitura beeeemmm de leve, A semelhança é quase nula, e só a enxerguei por conta do trem lá da maldição, do contrário nem teria me ligado nisso. Peguei para ler por falar de feéricos, que adoro e que me deixaram órfã depois que a Underworld faliu e deixou de publicar a série Os Encantados do Ferro.
Na Corte de Primavera Feyre descobre que a fera que invadiu sua casa na verdade era um homem. Melhor do que isso... o próprio rei da Primavera, o lindão Tamlin. E apesar da recusa em aceitar que aquilo é seu novo lar, Feyre com o tempo vai cedendo a magia ao redor, como a magia de seu anfitrião.
Gente esse livro é incrível! A protagonista tem uma personalidade dura, culpa de tudo o que precisou viver com a família, e vai mudando e se moldando aos poucos ao lugar e as pessoas. Com o tempo ela é a própria Corte da Primavera. E ao lado de Tamlin ela parece perfeita.
Adoro também o modo como a autora trabalhou as questões óbvias da política das Cortes. Aquelas brigas comuns em reinados, com a pitada mágica por eles serem seres feéricos. Não encontrei falhas na construção de mundo, e fiquei super encantada com isso. As vezes os autores focam tanto nos relacionamentos entre as pessoas que esquecem que fantasia tem um pouco mais. Muito mais.
Da metade para o fim temos uma reviravolta na trama. De início me deu aflição, e com o tempo comecei a achar que nada de melhor poderia ter acontecido a Freyre, mesmo com tudo o que ela passou. Eu achando que estava feliz com o arranjo que a autora tinha dado até ali, e então descobri a verdade, e sorri para o quão incrível ela fez em construir a ideia na minha cabeça. Eu fui enganada, bonitinha!
Os coadjuvantes não são só isso, nem se engane! Quando você acha que alguém está ali apenas para ocupar espaço, eis que a pessoa ganha uma dimensão impossível de ser ignorada. Então se liguem em cada cabeça estranha que aparece aqui, elas em algum momento serão importantes.
Quando acabei essa leitura, estava desesperada por mais. Acho que havia esquecido o quanto a autora pode ser persuasiva com sua maneira de escrever. Eu amo Trono de Vidro, mas Corte de Espinhos bateu na cara da outra série dela.