Autor: Sara Raasch
Editora: Harper Collins
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Sinopse Dezesseis anos atrás o Reino de Inverno foi conquistado e seus cidadãos, escravizados, sem família real e sem magia. A única esperança de liberdade para o povo do reino jaz nos oito sobreviventes que conseguiram escapar, e que seguem esperando uma oportunidade para recuperar a magia de Inverno e reconstruir o reino. Meira, uma órfã desde a derrota de Inverno, passou a vida inteira como refugiada, criada por Senhor, o general dos inverninos. Treinando para se tornar uma guerreira — e desesperadamente apaixonada pelo melhor amigo e futuro rei, Mather —, Meira faria qualquer coisa para ajudar o Reino de Inverno a retomar seu poder. Então, quando espiões descobrem a localização de um medalhão antigo capaz de devolver a magia ao reino, Meira decide ela mesma encontrá-lo. Finalmente ela está escalando torres e lutando contra soldados inimigos como sempre sonhou. Mas a missão não sai como planejado, e logo Meira se vê mergulhada em um mundo de magia maligna e poderosos perigosos. De repente, ela percebe que seu destino não está, e nunca esteve, em suas mãos. A estreia de Sara Raasch é uma fantasia cheia de ação sobre lealdade, amor e a capacidade de determinar o próprio destino.
Não vou mentir, passei mais da metade do livro sem conseguir ser fisgada por ele. Lia porque já havia começado, mas não havia aflição por mais. Talvez tivesse sido o momento em que li, mas o fato é que esperava mais dele de início.
Você começa o livro entendendo um pouco sobre os reinos estação, na apresentação da protagonista, Meira. Ela é uma inverniana sem lar. O Reino de Primavera invadiu Inverno alguns anos antes e destruiu tudo, aprisionando a maior parte da população. Poucas pessoas conseguiram fugir, e Meira é uma delas.
Agora nômades, os invernianos viajam para onde o vento lhes favorece, em busca do medalhão que garantia poder ao seu reino e que foi repartido pelo rei de Primavera. A tarefa deles é unir os pedaços, devolver a magia ao rei que fugiu com eles, Mather, e reconquistar sua terra natal.
Só que,claro, existem zilhões de problemáticas para impedir isso. É uma fantasia, afinal de contas, e não teria graça se assim não fosse.
Eu gosto da protagonista. Boa em combate, com um poder na voz impressionante- quando ela lembra disso - e tem uma vontade de se provar muito grande para as pessoas ao redor dela. Tá que ela me irritou em muitos momentos com essa coisa de esquecer do que era capaz, mas isso vai até melhorando com o crescimento da narrativa e da história.
Gosto da criação de mundo. Quando paramos para pensar que muito da importância da fantasia vem do mundo criado, então Neve e Cinzas ganha pontos fortíssimos! A questão dos reinos Estação e Ritmo é bem desenhada. Demorei a entender o complexo funcionamento deles em relação a magia e hierarquia, mas quando peguei o jeito passei a gostar.
Quanto a romance, eles - sim, plural - são bem fracos. Nenhuma cena de fazer suspirar com nenhum dos dois carinhas do triângulo amoroso de Meira. Compreendo isso porque o foco do livro está nela se reconhecendo como pessoa dentro da bagaceira que se tornou sua vida. Contudo triângulos é uma coisa que se colocada em um livro, tem que ser com bastante zelo. Costuma ser uma bosta ou funcionar bem demais. Esse por enquanto está em cima do muro, e estou curiosa para ver como a autora vai continuar.
As cenas de batalha são uma delícia, do tipo que me fazem roer as unhas. Tudo em relação a essa parte prática do livro é muito boa, só tive problemas de fato com a forma da autora de escrever. Achei, não sei, que poderia ser mais maduro. O livro é sim bem trabalhado nos detalhes, mas existe algo de "estou escrevendo para adolescentes" em cada página dele, e daí vem a coisa da ingenuidade da protagonista em momentos em em absoluto ela deveria ser.
O final é ótimo! Tem tudo do que gosto e um pouco mais. Apesar de não ter achado o livro de um todo bom, demorei para me fisgar (fato), mas ele me deixou curiosa para ver os caminhos que a autora vai dar para Meira, como vai resolver o lance do triângulo, e mais um pouco de Inverno, algo que víamos sendo citado com muito amor desde o princípio.