Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.
Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.
Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.
Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente
Jamais pensei dar três estrelas para um livro da Júlia Quinn. E talvez não tivesse dado se a leitura fosse feita em outro momento. É... talvez tenha dessa coisa de momento. O fato é que ele não rolou comigo. Expectativa demais? Não sei dizer, mas eu que leio romance de época em poucas horas levei dias para acabar esse aqui, porque cada vez que abria, dormia em cima dele.
Honória é a nossa protagonista da vez. Tem aquele temperamento que a gente tanto ama nas mocinhas da Quinn, e ainda que ela seja meio entediante, não posso deixar de dizer que me identifiquei em muitos momentos com ela. O tipo de menina que consegue mover o mundo sendo calma e tendo paciência.
Ela é uma Smythe-Smith, e isso quer dizer que tem a infeliz obrigação de participar do grupo de primas que toca nos recitais da família há gerações. Sim, elas são péssimas e sabem disso, mas já virou tradição e tocam mesmo assim.
O mocinho, Marcus, é o melhor amigo do irmão dela, Daniel. Cresceram juntos e tem aquelas pitadas de humor que a maioria das pessoas criadas perto possuem. Quando Daniel tem que sair do país por conta de um mal entendido, deixa Marcus responsável por cuidar da irmã dele. Inclusive garantir que o partido certo a corteje, claro que a irmã não sabe desse acordo. Isso acaba virando um problemão para Honória, que está prestes a fazer vinte e dois anos e ainda não conseguiu um pretendente.
Então, essa coisa do casal se conhecer desde sempre é algo que gosto bastante. Não precisa forçar uma amizade porque ela já existe. Meu problema com esse livro é que ele é leve demais. Não sei se vou conseguir me fazer entender, mas você não enxerga aquela volúpia e desejo crescer entre eles durante a trama, algo que é comum e delicioso de ler nos livros da autora. Eles pulam de amizade para amor e autora esquece um pouco dessa parte física.
Claro que tem um acontecimento significativo que faz com que a preocupação um pelo outro tenham uma razão maior de existir. Ainda assim fiquei desanimada e achava algumas passagens tão chatas que a vontade de pular era enorme. Nem parecia que estava lendo um livro da Quinn. Na verdade fiquei procurando traços de sua escrita em muitos momentos e não encontrei no principal deles: no romance. Devo admitir que ela compensa com cenas engraçadas.
É uma delícia conhecer o quarteto de primas! Elas são ótimas juntas, e analisar o social de quando tem recital é muito divertido. Com aquelas piadas sobre o quão ruins elas são e etc. Adoro! Já adorava na outra série da autora, nessa que a coisa é de dentro para fora é uma maravilha!
Também amei ver pedacinhos dos Bridgertons aqui! Temos participação de Gregory e do meu amor, Colin. Gosto de como a autora entrelaça as histórias. Mas talvez ela tenha forçado um pouco no entrelaçar com os próximos livros dessa série.
Aqui a gente acaba vendo as pantominas do segundo livro, mas a cena é tão confusa que precisei voltar duas vezes para entender. Ficou um pedaço da trama principal, com umas informações largadas do que acontece com o próximo casal. Foi feito de maneira inteligente, mas talvez tenha ficado um tanto embaralhada.
O final desse livro eu achei bem bléh! Nada de palpitar de coração. Nada de sorrisos bobos. O relacionamento de Marcus e Honória era muito bonito e não se fazia necessário forçar a barra do romance para ele acontecer, mas foi forçado. Até a cena de sexo entre eles foi forçada.
Estou aqui torcendo para que o próximo livro seja melhor. Lerei todos porque amo a autora e não tem como deixar de ler as coisas que a Arqueiro publica dela. Mas esse primeiro não foi legal.