Primeiros parágrafos "A Cidade de Bronze"



Nahri

Ele era um algo fácil
Nahri sorriu por trás do véu, observando os dois homens discutindo confirme se aproximavam da barraca dela O mais jovem olhava, ansioso, na direção do beco enquanto o homem mais velho - cliente dela - suava ao ar frio do alvorecer. Exceto pelos homens, o beco estava vazio; a fajr já fora anunciada, e qualquer devoto o suficiente para orar em público - não que houvesse muitos no bairro dela - já estava entocado na pequena mesquita no fim da rua. 

Nahri conteve um bocejo. Não era adepta da oração do alvorecer, mas o cliente escolhera a madrugada e pagara suntuosamente pela descrição. Nahri observou os homens conforme se aproximavam, reparando nas feições claras e no estilo das casacas caras. Turcos, suspeitou ela. O mais velho talvez fosse até mesmo um basha, um dos poucos que não fugiram do Cairo quando os francos invadiram. Ela cruzou os braços sobre sua abaya preta, ficando intrigada. Não tinha muitos clientes turcos; eram esnobes demais. Na verdade, quando francos e turcos não estavam lutando pelo Egito, a única coisa em que pareciam concordar era que os egípcios não podiam governara si mesmos[...]


Resenha na segunda dia 26/11