Autor: B.N. Toler
Editora: Não publicado no Brasil
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Sinopse: O que acontece quando a coisa que arruína sua vida acaba sendo a que te salva?
Eu nunca fui de acreditar em espíritos - até que seis anos atrás um acidente arrepiante mudou minha vida... para sempre.
Meu nome é Charlotte, mas a maioria das pessoas me chamam de Char… e eu tenho um dom especial.
Eu converso com os mortos.
Não se confunda, não posso chamá-los. Só consigo conversar com os espíritos que estão perambulando incapazes de fazer a travessia. Eles de alguma maneira estão presos no mundo com algum assunto inacabado. E por seis anos, eu usei bastante meu dom para ajudar suas almas perdidas.
Mas tudo vem com um preço. Minha vida é de escuridão. Me sentindo deprimida, comecei a querer desistir. E ajudando com a morte, percebi que não me permitir viver. Sem dinheiro, sem lugar para viver e o mais importante... sem esperança, decidi que só tenho uma opção - acabar com tudo.
Entretanto o destino é engraçado. Um minuto, estou a ponto de pular para a morte, e no minuto seguinte, sou salva por Ike McDermott. O soldado forte e surpreendente me impediu de colocar um fim no meu desespero. Ele é o tipo de cara que quando sorri ilumina todo o ambiente.
Doce e gentil.
Ele é o meu salvador.
E ele está morto.
Nós fizemos um acordo. Ele irá me ajudar a arrumar um lugar para ficar e um novo emprego e eu irei ajudá-lo com seus negócios inacabados para que ele possa fazer a travessia.
O assunto inacabado de Ike envolve seu irmão gêmeo, George. George está desmoronando desde a morte de Ike e Ike não consegue passar para o outro lado em paz até que saiba que George ficará bem.
Quando eu concordei em ajudar, pouco sabia que eu me apaixonaria pelas charmosas pessoas de Bath County, e… por Ike e George McDermott.
Agora, enquanto seu irmão tem metade do meu coração, estou de frente com uma situação cruel e nada justa. Salvando George, eu devo deixar Ike ir.
Entretanto como que alguém abre mão de metade do seu coração?
“São os momentos que deixamos passar que acredito que permanecem mais fortemente dentro da gente. Porque o arrependimento é algo que nunca nos deixa...”
Bem, este é um livro que ficou relegado na estante. sem querer o perdi e só depois consegui encontrar o arquivo...
Tudo porque vi um anúncio de que a versão publicada lá fora ganharia nova capa (por sinal, belíssima). E ainda bem, que por sorte, eu o procurei, definitivamente reabrindo a leitura.
O que dizer de um livro que me deixou chorando como uma verdadeira cataratas do Niágara?
Belíssimo. Não sei se somente essa palavra se aplica. A proposta era colocar uma garota que sofre por falar (e vê os mortos) se envolver com o irmão gêmeo do sujeito que se foi.
Ela tava na merda, mas é salva pelo soldado combatente morto. Então, ele pede sua ajuda, em troca vai ajudá-la de certa forma também. E bem, o que poderia cair numa chafurdagem de tristeza sem fim, te proporciona muitas risadas e suspiros entrecortados. O equilíbrio da autora na hora de desenvolver a história é notório. Maestria total. E o melhor do livro é justamente o desenrolar, o meio, a maneira como ela tece as situações.
Teve livros que amei no passado mas que só os entendi no final, após toda a trapalhada e sofrência se justificarem no deslinde.
Aqui não... você recebe pinceladas tão boas que quase num primeiro momento já consegue definir que a história é fenomenal e muito bem escrita.
Verdade seja dita, é meio possível adivinhar o final. Porque ele não foge da proposta inicial também. Mas nem por isso retira o brilho de todas as linhas escritas até aquele momento. Muito pelo contrário: reforça e engrandece o que já era grande.
Charlote querida, quem tem uma estrelinha (ou duas) no céu adoraria te conhecer.
E aos irmãos, que eu desejei ferozmente que tivesse alguma interação direta entre eles: muito amor, muito mesmo, pela sua história. Iken, recebe eu também no lago? Vou escrever nossas iniciais para garantir...
Vai que...
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