Resenha de "A Casa do Lago" (Kate Morton)

Título: A casa do lago
Autor: Kate Morton
Editora: Arqueiro
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Sinopse: A asa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre. Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.
A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir.
Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.

Kate Morton é uma das minhas referência de literatura da adolescência. Já li alguns livros dela, e me lembro bem de suspirar a cada final deles. Infelizmente não foi o que aconteceu com A Casa do Lago, mas realmente não sei se foi um problema pessoal meu com essa trama, ou com o momento em que a li. Pela quantidade de comentários positivos acerca dele, acredito que o problema de fato possa ser meu. 

É daquele tipo de livro que se divide entre passado e presente, e isso por si só me irrita bastante. Não é que seja uma coisa ruim, mas quando você está pegando ritmo com alguma cena, tudo muda e você vê outro capítulo imenso de outros personagem, em outro momento histórico. Isso cansa o leitor pra cacete. Pessoalmente não curto esse recurso, a não ser que seja realmente necessário. Pode prestar atenção que muitos livros com essa estrutura costuma cansar. 

Temos a história dessa família no passado, dona dessa casa fantástica no lago, onde acontece algo trágico. As cenas vão pulando entre a formação dessa parte da família, até os momentos desse acontecimento trágico, nos fazendo conhecer os personagens envolvidos e criar milhões de suposições do que possa ter acontecido. Isso é bacana. Um recurso que me lembrou um pouco do Reparação, do Ian McEwan. Claro que não tão magnífico quanto, mas a ideia é semelhante. 

E no presente temos uma detetive que está tirando férias forçadas na casa do avô, que é próxima a essa casa no lago. Ela a encontra, e como está ociosa demais, começa a vasculhar o passado, buscando entender o que aconteceu ali e elucidar o que a polícia não foi capaz de fazer tantos anos atrás. Pessoalmente gostava mais das cenas dela, que incluía esse mistério atual e moderno. Além de que eu estava super curiosa para saber o que diabos ela tinha feito que gerou tanta culpa e a fez se afastar da polícia. 

Devo dizer que Morton sabe criar personagens. Você realmente se identifica com eles ao ponto de os comparar a um vizinho, familiar ou amigo. São próximos e reais em cada pedacinho, principalmente nos erros humanos. Eu enxergo verdade em personagens assim, e os curto bastante. 

Também é boa em criar suspense e nos deixar roendo as unhas para saber o que diabos ela vai fazer para explicar uma situação que parece não ter solução, ou pode ter uma solução destruidora. Acredito que os outros livros da autora que li não seguiam essa linha, e isso é bacana. 

Mas devo dizer... ler esse livro foi uma novela mexicana para mim. Demorei a entrar no clima. Acho que estava quase acabando quando isso aconteceu. Se não fosse tão insistente, teria desistido depois da página 100 e sem peso na consciência. Mas vi tanta gente elogiando que precisei chegar até o fim. Não fiquei realmente feliz ou extasiada com ele, mas é um bom final e totalmente plausível dentro da ideia do que a autora criou. 

Cansativo, com passagens longas demais e as vezes meio desnecessárias. Não o leria novamente, e talvez não tivesse começado se soubesse que iria me cansar tanto. Mas li, e até que gostei. Devo salientar que isso é uma opinião minha, e que de maneira geral as pessoas gostaram bastante dele. 

Pitadas fortes de romance, drama pra caramba e mistério como pano de fundo. Fica a dica de A Casa do Lago. 

Resenha de "Boston Boys" (Giulia Paim)

Título: Boston Boys
Autor: Giulia Paim
Editora: GloboAlt
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Sinopse: O sonho de toda adolescente se realizou para Ronnie Adams: o maior astro pop da TV foi morar na casa dela. Ela deveria estar vibrando, como qualquer garota normal, mas na verdade está odiando a ideia. Ela não vê a menor graça em Boston Boys, programa sobre a vida de três integrantes de uma boyband, e acha os garotos uns babacas.
De fato, Mason McDougal se acha o máximo e está acostumado a ser recebido sempre por meninas histéricas, por isso não faz o menor esforço para ser simpático. Tendo que lidar com o egocentrismo do garoto, além da perseguição de fãs ciumentas, a vida de Ronnie vira de cabeça para baixo.
Agora ela terá que se acostumar com a stalker no 1 dos garotos plantada em seu gramado, frequentar festas glamorosas e lidar com paparazzis, resolver uma guerra de fofocas on-line e até fazer uma viagem internacional. Em meio a tantas novas aventuras, Ronnie se envolve cada vez mais com os Boston Boys e percebe aos poucos que, no mundo da fama, nem tudo é o que parece ser...

Eu tinha tudo para gostar desse livro. Tem essa coisa com bandas que adoro, e uma personagem que não faz a mínima questão de estar ao lado de nenhum deles. Aliás, se vocês gostam desse tipo de livro, leiam o Perseguindo Nuvens da Ludmilla Publio.

Acontece que eu fiquei esperando mais dele. Claro que não queria um drama, até porque é um livro para adolescentes, mas um pouco mais de realismo das situações. Eu poderia ficar aqui o dia inteiro citando coisas que acontecem aqui e que me deixaram revirando os olhos. Poxa, não estamos falando de numa fantasia, e pode-se muito bem criar uma história engraçada com elementos da realidade.

Não estou dizendo que aparecem dragões ou coisas do tipo. Mas as atitudes dos adultos, por exemplo, são mais infantis do que as crianças. Não tem um único que se salve, e isso me deixa extremamente irritada. E se as ações dos mais jovens compensassem isso, mas não... são horríveis de imaturos também.

Mason é ridículo em muitos sentidos. Eu não me encantaria por ele nem que fosse o último garoto andante na Terra. É metido, espaçoso e fica a todo momento pedindo coisas, como se ele tivesse uma empregada. E Ronnie não é muito melhor, ok?! Porque uma pessoa que vai fazer limonada para um cara que odeia, é especialmente idiota. Por favor...!!!!!!!! Até a irmã dela é cabeça de vento. Sem contar que tudo ao redor da garota passa a mensagem errada.

Não me encantei pelo trio dos Boston Boys como conjunto, nem com os personagens individuais. As situações eram as mais ridículas, e ainda tinha uma bexiga de stalker que sei lá de onde veio, e que parece não ter nenhum responsável legal por ela.

Posso citar que as coisas positivas para mim desse livro são a linguagem leve e jovem, e o fato da autora não ter forçado um relacionamento entre Ronnie e Mason. Ela os dá chance de se conhecer e mudar o status de "te odeio" para "você é legal". E só isso. Acho ótimo.

Vou acabar lendo o segundo porque raramente eu desisto de séries que já comecei. Então vamos esperar para que eu ache o Boston Boys 2 remotamente melhor do que o primeiro. Venho contar a vocês depois.

Resenha de "Na minha onda" (Laura Conrado)

Título: Na Minha Onda
Autor: Laura Conrado
Editora: GloboAlt
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Sinopse: Vitória é uma cantora talentosa que esteve no topo do sucesso há cinco anos. Mas agora ela está arrasada: ficou desempregada, voltou a morar com os pais e ainda tem que aceitar o triunfo de Carol Laine, sua amiga de infância e antiga companheira musical, que seguiu em carreira solo e está se tornando uma das mais comentadas artistas da Bahia. Porém, mesmo Vitória tentando se esconder a todo custo, Carol Laine a procura com um convite: ela quer que as duas voltem a trabalhar juntas e que ela participe de um reality show sobre sua vida. Isso significa, também, estar mais próxima de Lucas, o primo e assessor de Carol, por quem Vitória mantém uma paixão secreta há anos. Mesmo parecendo uma proposta irrecusável, é difícil engolir a mágoa, ficar à sombra de Carol Laine e ainda encarar os reveses da fama: a exigência de estar sempre linda e em forma, as fofocas da imprensa de celebridades, a perseguição de um fã maníaco e misterioso e a dúvida sobre as amizades serem apenas por interesse. Em meio a tantos sentimentos conflitantes, Vitória terá que responder: vale a pena voltar a esse mundo onde o ego das pessoas parece controlar tudo?
 Ok, eu sou super a favor de literatura nacional que tenha um pé grande no regionalismo. Tipo, muito mesmo! Sou nordestina, dessas com sonoridade no final das frases mansas. Amo onde moro e acho muito próximo quando leio alguém que diz "oxente" numa interjeição. Como escritora, eu evito esse tipo de regionalismo porque percebo que muita gente do sul e sudeste tem problemas para se adaptar a esse tipo de narrativa. Reviro os olhos para isso, mas respeito. E vi que muitas críticas a esse livro foi em relação ao estranhamento do leitor a linguagem baiana dele.

Vitória é cantora, e está na merda. Junto com sua amiga Carol Laine, fez muito sucesso no passado, mas foi esquecido quando elas seguiram carreira solo. Carol ficou hiper famosa, mas Vitória caiu tanto que foi obrigada a voltar para Salvador e morar com os pais. Passa o dia remoendo seu fracasso e a ascensão de Carol Laine. Até que a própria, a amiga do passado, volta para pedir para Vitória participar de um reality show junto a ela. E de quebra, Vitória vai poder passar mais tempo com o empresário e primo de Carol, que foi uma paixonite dela na infância.

Acredito que a parte mais positiva do livro para mim foi a questão do regionalismo. Me vi em casa, como comentei no primeiro parágrafo. Não tive dificuldade com o linguajar e em muitos momentos via piadas que jamais achei que leria em um livro. Fico feliz por isso. Não sei se a autora é baiana ou não, mas se não for, ela soube captar com precisão o clima deles. Mas as partes positivas do livro acabam ai. Foram poucas páginas, mas a sensação era de que estava lendo a bíblia, de tão cansativo.

Li em algum lugar uma resenhista dizendo que é um livro vazio, e concordo com ela. Apesar da vida de algumas pessoas serem vazias, de fato, não sei até que ponto colocar isso num livro vai ser positivo. Até para uma vida vazia é necessário que exista um ensinamento, mas não é o caso com esse livro. Ele é seco. Situações sem sentido em cima de outras e nada para o leitor aproveitar. Vitória começa o livro ambiciosa e invejosa demais, e termina do mesmo jeito que começou. As futilidades eram mais importante na vida dela do que as pessoas. Aliás, as pessoas valiam o que tinham no bolso. Não sei qual era a ideia da autora quando criou essa protagonista, mas não foi um pensamento muito feliz.

Acho que nunca li nenhum outro livro da Laura. Acredito que meu problema tenha sido especialmente com esse livro, e por isso não posso falar da capacidade dela como escritora, até porque se ela criou Vitória para causar asco, conseguiu com fervor.

Não é um livro bom. Razoável, talvez, mas não bom. Já era ruim com as coisas que existiam na linha de enredo principal, mas a autora achou por bem colocar mais delas, o que tornou o trem pior ainda. Não o indico para quem nunca leu a autora, ou vocês, como eu, irão se traumatizar. Mas indico para quem é nordestino e gosta de ver um pouco da nossa terra em tantos personagens, como foi o caso desse livro.

Resenha de "Onze leis a se cumprir na hora de seduzir" (Sarah MacLean))

Título: Onze leis a cumprir na hora de seduzir
Autor: Sarah MacLean
Editora: Arqueiro (Cedido em parceria)
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Sinopse: Juliana Fiori é uma jovem ousada e impulsiva, que fala o que pensa, não faz a menor questão de ter a aprovação dos outros e, se necessário, é capaz de desferir um soco com notável precisão. Sozinha após a morte do pai, ela precisa deixar a Itália para viver com seus meios-irmãos na Inglaterra.Ao desembarcar no novo país, sua natureza escandalosa e sua beleza estonteante fazem dela o tema favorito das fofocas da aristocracia. Pelo bem de sua recém-descoberta família britânica, Juliana se esforça para domar seu temperamento e evitar qualquer deslize que comprometa o clã. Até conhecer Simon Pearson, o magnífico duque de Leighton.
O poderoso nobre não admite nenhum tipo de escândalo e defende o título e a reputação da família com unhas e dentes. Sua arrogância acaba despertando em Juliana uma irresistível vontade de desafiá-lo e ela decide provar a ele que qualquer um – até mesmo um duque aparentemente imperturbável – pode ser levado a desobedecer as regras sociais em nome da paixão.
 Como eu digo sempre quando se trata de resenhas de romances de época, não espere muito deles no quesito surpresas. São livros padrões, com histórias padrões que você sabe como começa e sabe como termina. Ainda assim eu afirmo com veemência que se vocês gostam de romance, não tem coisa melhor para curar uma ressaca literária ou passar um tempo do que o romance de época.

Para quem leu os outros livros dessa série, sabe que Juliana, a protagonista desse, é irmã por parte de mãe dos gêmeos dos livros anteriores.  Não é filha legitima do legado da família, mas é da família por algum lado, e eles a acolheram com amor. O problema é a que a sociedade não foi tão amorosa assim, e para os outros Juliana nada mais é do que a filha da traição da mãe deles com um italiano, que por si só parece ser um insulto, visto que os italianos não tem a quantidade de regras sociais que os ingleses tem. 

Do outro lado dessa história temos um duque super lindo e maravilhoso (porque a grande maioria deles é) Simon Pearson, que preza por demais pelo bom nome da família e não quer ver sua reputação arruinada por ser visto com alguém com tão má fama, como Juliana. Acontece que a vida é estranha, e os coloca sempre juntos nas situações mais bizarras. É óbvio que vão começar a sentir algo um pelo outro. 

Olha, eu comi esse livro em uma tarde. É leve, com momentos divertidos e eu queria muito ver em que momento a boçalidade de Simon iria cair para dar vez ao que sentia pela italiana. Os dois personagens tem um trabalho muito bom de construção. Seja o temperamento e a culpa de Juliana, como a responsabilidade pelo nome que Simon sente. Ambos com suas problemáticas individuais e ainda assim com uma terceira, quando estão juntos. Gosto de como eles funcionam. 

Curto bastante a Sarah MacLean escrevendo. Apesar de achar que em algum momento dos livros ela perde o foco do que esta fazendo, ela é boa no que faz. É um livro de padrões? Sim, porque todo romance de época é, mas é um livro que começa e termina dentro do que é proposto dele. A graça desse tipo de literatura é ver a redenção dos personagens quando se descobrem apaixonados. Aliás, a cena super expansiva de Simon declarando seu amor é muito, muito fofa! Apesar de que tive minha cota de raiva de Juliana nesse momento. Vai problematizar a vida assim no inferno!

Também gosto do relacionamento dos irmãos. Eles são ótimos juntos, e dão uma super força nas escolhas e na vida da irmã caçula. 

Não tenho certeza se essa série acaba aqui - acho que sim - mas preciso reforçar o quanto gosto dela como um todo. Não é longa, é bem escrita e tem  aquela coisa que sempre nos deixa suspirando no fim. #Queroumamordeépocaparamim

Resenha "Amanhã eu paro!" ( Gilles Legardinier)

Título: Amanhã eu paro!
Autor: Gilles Legardinier
Editora: Arqueiro
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Sinopse: Como todo mundo, Julie já fez muitas coisas idiotas na vida. Ela poderia contar sobre a vez que resolveu descer a escada enquanto vestia um suéter e caiu nos degraus, ou quando tentou consertar um plugue ligado na tomada segurando o fio com a boca, ou quem sabe falar de sua fixação pelo novo vizinho que nunca viu: Ricardo Patatras.Julie tem o irritante hábito de fazer as maiores loucuras quando está apaixonada. E essa obsessão a leva a prender a mão na caixa de correio do vizinho enquanto espiona uma misteriosa carta... E o pior, ainda é flagrada pelo próprio dono da correspondência.
Mas isso não é nada, nada mesmo, se comparado às maluquices que ela vai fazer para se aproximar desse homem e descobrir seu grande segredo. Movida por uma criatividade sem limites, intrigada e atraída por um desconhecido que mora tão perto, Julie assume riscos cada vez mais delirantes, sem perceber que pode cair na própria armadilha.
Com mais de 3,5 milhões de livros vendidos, Gilles Legardinier mostra em Amanhã Eu Paro! uma história original e irreverente que com certeza fará o leitor morrer de rir.

Tinha tudo para ser um livro leve, engraçado e divertido, e tudo bem que ele tem um pouco de todos esses elementos, mas de modo geral foi um livro meio decepcionante e cansativo. Sério, levei muito tempo para ler um livro tão fino. Já estava em pânico por causa disso. 

A vida de Julie está uma merda. Separada há pouco tempo, ainda remoendo a solteirice, e num emprego que detesta. O tédio de sua vida muda quando um novo vizinho se instala no apartamento de cima. E aí começa a insanidade da vida da mulher, porque ela é louca e faz de um tudo pelo o que ela quer, e isso inclui conhecer Ricardo Patatras, ser amiga de Ricardo Patatras e namorar Ricardo Patatras. 

Agora imagina uma pessoa que faz das coisas mais bizarras para se chegar num cara. Imaginaram? Eis nossa Julie! 

Meu problema inicial com esse livro foi justamente a personagem. Ela é divertida, mas é meio psicótica. Acaba de conhecer o cara e ele já é o amor de sua vida? Peraí, minha amiga! Venha aqui e vamos prosear. 

Não gosto de relacionamentos que se formam  assim. Não vejo muita verdade neles, saca? Mas dai eu lembro que é um livro de comédia romântica e que a ideia dele é ser surreal com situações loucas mesmo. Talvez eu seja muito velha ou muito ranzinza. Não sei, só não me agradou. 

Gosto dos momentos divertidos nele. Não são daqueles forçados que nos fazem ficar agoniados. São divertidos porque a personagem é atrapalhada demais e as situações que ela se mete são enroladas demais, para combinar com ela. Nada que faça você gargalhar, mas certamente vai te fazer dar uma ou duas risadas. 

Mas, apesar de achar o livro divertido, eu o achei cansativo. Demorei muito para acabar, e acredito que tenha sido por não me entrosar bem com a protagonista. Gostava das situações, mas não curtia ela. Dá para entender? Sem contar que lá no meio o autor coloca uma situação para justificar a reserva de Ricardo que me deixou tipo... heim? Não rolou, amigo! 

Não curti muito o final. É fofinho e tal, mas como comentei aqui, sou depressiva demais para coisas muito felizes. Tá Carol, para! O livro é para ser alegre. Fazer o que se sou o lado Mandy de As Aventuras de Billy e Mandy? 

É um bom livro para passar algumas horas quando não se tem mais nada de interessante na estante dentro do gênero. Mas não o indicaria. Lembrando que isso é uma opinião minha, ok? Passo longe de ser uma referência de livros para rir. 

Resenha de "Quinze Dias" (Vitor Martins)

Título: Quinze Dias
Autor:Vitor Martins
Editora: GloboAlt
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Sinopse: Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática. Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.
Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo.

Vou confessar... Eu já pego livros de Youtubers com um pé atrás. Não gostei da grande maioria a que tive acesso, mas resolvi dar uma chance porque gosto bastante do trabalho de Vitor com o canal, e Quinze Dias não é algo sobre a vida dele, mas uma história romanceada. Além de que a espessura do livro é dessas que atraem qualquer um que esteja saindo de casa e pretendem passar algumas horas na recepção do médico. Foi o meu caso. 

O livro vai contar sobre esses quinze dias de férias de Felipe, que é um adolescente gordo e gay. A mãe dele se oferece para ficar com o vizinho, também adolescente,Caio, enquanto os pais do garoto estão viajando. Acontece que esse Caio é um crush de Felipe desde que eram novos. Claro que o outro não tem ideia disso. 

Imagine o inferno que esse coitado vai passar no começo dessas férias! Pois é. 

Apesar de ser um livro curto, é um livro com temas bastante pertinentes e todos bem trabalhados, dentro do que se propõe. Não me lembro de ter lido outros livros com protagonistas gordos e gays. Normalmente ou é uma coisa ou outra. O fato do autor ter construído esse biotipo de menino deve ter feito um fuzuê na cabeça de muitos leitores que se enxergam exatamente como Felipe, que tem uma certa neura acerca do seu corpo e das suas escolhas sexuais. Para ele é como se ser ambas coisas fosse um atestado de óbito antecipado. 

O livro já começa com uma apresentação deliciosa acerca da vida do personagem. Prova viva de que não é necessário páginas e mais páginas para explicar uma rotina, por exemplo. O que existe de importante para saber sobre Felipe, é mostrado sem demora ou a necessidade de problematizar algo que é problemático.

O plot da história está justamente na ida do vizinho para a casa dele durante essa temporada. Nela a gente vê como Felipe se porta em relação ao sexo oposto, e entende de forma menos caricata sobre o que pensa do seu corpo quando se trata de outras pessoas e do que elas pensam acerca dele. É como se no início a gente visse um Felipe tirando onda da própria condição, e quando Caio entra na jogada entendemos o quanto aquilo é sério para ele. O quanto o isola de viver. 

Em poucas páginas Felipe se reconstrói. Claro que estamos falando de uma pessoa que vive em constante estado de alerta por conta do que ele chama de "problemáticas". Vemos esses quinze dias e um adulto, por exemplo, sabe que a jornada de dor não para ali. Que ainda que o final do livro seja lindo, é apenas um pequeno recorte da vida desse garoto. 

Enquanto mãe que sou, tento ver nesse tipo de livro um estudo. Penso como eu ensinaria meu filho a encarar situações semelhantes. Sei de gays e de gordos que vivem uma vida inteira sem se aceitar, e isso é uma completa merda. Penso que Vitor com seus Quinze Dias, abriu a porta de possibilidades e uma certa esperança para meninos na mesma situação. E sinceramente? Dou meu braço por alguém que salva a vida de outro através da literatura. 

Tem o tipo de final que a gente suspira, o que não me agrada porque sou byroniana demais para isso; mas enxergo o poder do livro como um recurso para os jovens, e entendo que quem o lê e está passando por uma situação parecida, precisa ter um pingo de expectativa de que as coisas deem certo para elas também. As vezes esquecem que só depende da gente para o mundo nos enxergar de maneira positiva. 

Pequeno, singelo e importante. Foi assim que vi Quinze Dias. 

Resenha de "O Sol também é uma estrela" (Nicola Yoon)

Título: O Sol também é uma estrela
Autor: Nicola Yoon
Editora: Arqueiro
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Sinopse: Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.
O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

Essa autora... Ai ai, essa autora!  Muitos corações para ela. Ever... Ever...Ever!

Posso dizer com toda certeza que dos dois livros que li dela, esse é - de longe- o meu predileto. Gosto do outro, mas demorei para gostar dele. Esse aqui é tão inteligentemente bem elaborado que eu amei logo de cara. Personagens, lugares, ideias, construção da problemática na narrativa... Tudo é um ponto relevante para ter me feito dar todas as estrelas que podia, e querer mais outras para dar. 

Como em todo livro nesse gênero, temos dois protagonistas, e o livro vai abordar um pouco sobre a individualidade de cada um deles, como também como funciona o relacionamento da dupla. E então conhecemos Daniel, que é nascido nos EUA, mas que tem pais orientais. Carregam muito da cultura ainda, e isso meio que moldou a personalidade dele e do irmão mais velho, pesando no ombro deles o fato dos pais exigirem algo que não é muito de quem eles são, como cidadães americanos. Do outro lado temos Natasha, que é imigrante ilegal no país e que está prestes a ser deportada de volta para a Jamaica junto da família. 

Ela é uma menina das ciências. Não acredita em nada que não possa ser comprovado cientificamente. Ele é um poeta, literalmente! Escreve poemas em seu caderno de bolso e vê a vida em tons difíceis de qualquer cético entender. Acabam se esbarrando sem querer na rua, e passam a ser amigos meio que do nada - ou uma forçada de barra de Daniel. Parecem não combinar, e é justamente isso que vai fazer diferença na amizade deles. Se completam e somam de um modo maravilhoso de tão bem desenhado. 

E ainda que Daniel e Natasha sejam o foco dessa narrativa, eles não são os únicos retratados. A autora constrói o livro de um jeito que os coadjuvantes, aqueles que deveriam estar ali só para somar uma página a mais do livro, vão ter uma importância enorme lá na frente. É como se ela explicasse o universo e o efeito borboleta com essas pessoas ao redor deles, e como elas acabam influenciando em tudo para o casal. É simplesmente o ponto alto do livro. 

Não é só mais um romance adolescente. Talvez esse seja "o" romance adolescente. Tinha bastante tempo que não me impressionava com um livro como o fiz com esse, e como citei no parágrafo acima, não foi só pelo casal, e olhe que eles são maravilhosos, mas pela genialidade da autora para arquitetar e montar a espinha dessa história. O livro é todo incrível. Sério mesmo. 

A questão de imigração e cultura pesam fortemente aqui, como também as crenças de cada um deles sobre o universo. Acreditar na ciência... Acreditar no amor... Tudo em gira em torno de como eles ensinam suas ideias um para o outro, e como o outro cresce com isso. 

Recentemente uma amiga me questionou que os títulos dos livros da autora não tinham muita ligação com a história. Eu acho que Nicola é daquelas tão geniais, que coloca essa explicação em entrelinhas para que realmente não sejam desvendadas. Nesse livro em específico temos no título a referência do sol, que é uma estrela, de fato! E uma estrela é uma das primeiras coisas que a gente aprende na escola quando estudamos ciência. Ciência é tudo no qual Natasha acredita, logo esse sol é a ligação dela. Já a estrela na qual se refere o título, é algo bem subjetivo. É tipo para dizer que o sol também tem um papel na poesia, também é belo e brilha. E essa seria a ligação de Daniel. O sol também é uma estrela. Natasha também pode ser poesia. A ciência também pode ser Daniel. Confuso, né? rsrs. Juro que na minha cabeça faz sentido. 

Completo, dinâmico, cheio de frases que são verdadeiros socos no estômago. Eu diria que ele de fato foi feito para socar seu estômago. Então se vocês gostam desse tipo de livro e ainda não leram, é hora de começar a ler. 

Resenha de "A Melodia Feroz" (Victoria Schwab)

Título: A Melodia Feroz
Autor: Victoria Schwab
Editora: Seguinte
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Sinopse: Kate Harker e August Flynn vivem em lados opostos de uma cidade dividida entre Norte e Sul, onde a violência começou a gerar monstros de verdade. Eles são filhos dos líderes desses territórios inimigos e seus objetivos não poderiam ser mais diferentes. Kate sonha em ser tão cruel e impiedosa quanto o pai, que deixa os monstros livres e vende proteção aos humanos. August também quer ser como seu pai: um homem bondoso que defende os inocentes. O problema é que ele é um dos monstros, capaz de roubar a alma das vítimas com apenas uma nota musical. Quando Kate volta à cidade depois de um longo período, August recebe a missão de ficar de olho nela, disfarçado de um garoto comum. Não vai ser fácil para ele esconder sua verdadeira identidade, ainda mais quando uma revolução entre os monstros está prestes a eclodir, obrigando os dois a se unir para conseguir sobreviver.

                                                               

Não há como negar o quanto Schwab é boa em construir suas fantasias. Peguei-me por várias vezes pensando no que diabos acontece na cabeça dessa mulher para tirar ideias tão boas assim, como se fosse um coelho de uma cartola. Julgo dizer que seria mais simples tirar o coelho da cartola do que criar os universos que ela cria.

Esse é o primeiro livro da série (duologia?) Monstros da Violência. E aqui vamos conhecer dois personagens que estão em lados opostos de um guerra já antiga. Quase um Romeu e Julieta com monstros, sendo que o foco aqui passa longe de qualquer tipo de relacionamento entre os personagens. Aliás, acredito que isso seja uma característica dos livros da autora, porque o outro que li dela segue a mesma linha: Amizade crescente entre personagens de sexos opostos, mas nenhum envolvimento aparente. 

Não me peçam para explicar a estrutura da sociedade nessa história, ou a geográfica. Não entendi se o que se passa aqui é um tipo de universo paralelo, ou uma espécie de mundo em reconstrução pós guerra. Apenas sei desses dois lados que coexistem em uma paz forçada. Não se sabe quem é o vilão e quem é o mocinho, porque como isso é normalmente uma questão de ponto de vista, vai depender de por onde o observador está olhando. 

Temos Kate, que é filha de um homem que eu passaria muito longe, caso surgisse uma oportunidade. É do lado dela dessa geografia maluca que vemos os monstros com mais força, sendo mais cruéis. E por isso julgamos que esse seja o lado vilão, ainda que Kate não pareça nem remotamente ser do mal. Rebelde, fato, mas não do mal. Ela detesta monstros!

Do outro lado temos August, que é filho do líder também, e que é um monstro. Um tanto diferente dos cruéis do lado de Kate, mas um monstro que tem o poder de tirar vidas através da música, com seu violino. Ele e seus dois irmãos usam isso como punição para as pessoas que cometem crimes do seu lado da geografia, e por isso achamos que esse seja o lado bonzinho. 

Esses dois acabam indo estudar na mesma escola, e por causa de um plano elaborado por alguém que quer prejudicar a paz entre os lados, eles tem que deixar as diferenças esquecidas para trabalharem juntos. E eles funcionam bem pra caramba sendo amigos. O tipo de relacionamento que cresce lentamente, porque a autora é mestre em construir esse tipo de interação entre os personagens, e que começa de modo necessário, passando a ser por vontade e calor. Entendem o que quero dizer? O que inicia por obrigação com o tempo vira afeto. E não estou falando de amor, mas de respeito mútuo.

Eu só tenho um pequeno problema com os livros da autora, e só percebi que era com a escrita dela depois de dois livros lidos... Velocidade! Ela demora muito a colocar ritmo, e isso acaba cansando o leitor no início. Tá certo que por ser um livro de fantasia, a ambientação, tanto geográfica, quanto de personagens, se faz necessária, mas é tão minuciosa que pode vir a deixar o leitor cansado. Depois que você pega a gás, vai embora até o fim realmente afoito para ver como irá concluir. Até então demora um pouco.

Eu curto muito essa coisa da dualidade do bem e do mal no ser humano. E gostei bastante da autora ter explorado esse ponto com personagens que de fato são monstros, e aqui não digo apenas em monstros no sentido literal, mas ser cruel em níveis alarmantes o suficiente para transformar qualquer um em monstro. 

Também adoro a interação dos personagens, e amo o que foi feito com eles no final desse livro. Fica uma coisa do tipo... eu para lá e tu para cá, mas realmente faz sentido. Muito mais sentido do que um casal que se encontra em um dia e no outro estão fazendo juras de amor para o resto da vida. Essa separação, também presente no outro livro que li da autora, também no final, faz com o que o livro se torne mais realista. Não pelo sobrenatural nele, mas pela resposta emocional e humana das pessoas justamente ao sobrenatural nele. 

Em resumo, é uma boa fantasia. Demora um pouco para conseguir entrar nela, mas quando entra só sai quando chega ao fim. Schwab continua na minha lista de autoras prediletas dentro do gênero que escreve, 

Resenha de "A Química que há entre nós" (Krystal Sutherland)

Título: A Quimica que há entre nós
Autor: Krystal Sutherland
Editora: GloboAlt
Skoob: Adicionar

Sinopse: Grace Town é esquisita. E não é apenas por suas roupas masculinas, seu desleixo e a bengala que usa para andar. Ela também age de modo estranho: não quer se enturmar com ninguém e faz perguntas nada comuns.Mas, por algum motivo inexplicável, Henry Page gosta muito dela. E cada vez mais ele quer estar por perto e viver esse sentimento que não sabe definir. Só que quanto mais próximos eles ficam, mais os segredos de Grace parecem obscuros.
Mesmo que pareça um romance fadado ao fracasso, Henry insiste em mergulhar nesse universo misterioso, do qual nunca poderia sair o mesmo. Com o tempo, fica claro para ele que o amor é uma grande confusão, mas uma confusão que ele quer desesperadamente viver.


Saca aquele tipo de livro que não precisa de muito para ser grande? Eis ele! Fino e poderoso, como muitos dos grandes livros ocultos da humanidade que levam pouco mérito justamente pela quantidade de folhas. As pessoas precisam mesmo rever valores. 

Eu costumo curtir bastante livros com drama e romance jovem adulto. Só que, como a maioria dos gêneros, eu tenho meu limite para eles. Se pegar dois desses seguidos, é batata que vou achar repetitivo e maçante e dormirei em todas as páginas. 

Nesse livro conhecemos as história de Grace e Henry. Ele é um garoto "na dele" que tem como maior desejo se tornar editor do jornal da escola. Ela uma estranha que acabou de chegar no lugar, com um péssimo senso de moda, nenhum jeito social, mas inteligente demais para ser ignorada por ele. Ambos são convidados para trabalhar juntos no jornal, e esse é só o primeiro ponto que vai os unir. 

Devo admitir que li esse ao mesmo tempo que lia outro do mesmo gênero, o que deveria ser considerado um puta erro, e ainda que tenha comparado os dois, e isso é inevitável, eu consegui absorver coisas diferentes e maravilhosas deles. O de A Química que há entre nós certamente é a construção do relacionamento do casal na trama. De início parece um tanto apressada, como todo grande relacionamento adolescente, mas com o passar de páginas entendemos que ele não é o foco, apesar de ser todo o foco. Confuso isso, não é? Pois é, também acho, mas não encontro palavras que expliquem melhor quem são esses dois. 

Quando um adulto lê esse livro percebe que está velho. Sério, não estou tirando onda, poxa! Ver dois adolescentes se conhecendo e se gostando sem esperar muito em troca, e depois esperando demais em troca porque são adolescentes e é isso o que eles fazem, é o máximo! Comentei com uma amiga um dia desses e repito aqui... Quando há maturidade, há muito ponderamento sobre o que pode rolar. Sempre o cérebro vem na frente, e acaba que deixamos de viver coisas que poderiam ser incríveis por temor. Tá, elas também poderiam ser péssimas e colocar nosso cérebro na frente é só um modo de nos fazer racionalizar problemáticas para evitar nos magoar depois. É normal, mas não deixa de ser um tanto deprimente. 

A autora conduz o livro de modo a nos deixar nostálgicos. Tem passagens lindas, o relacionamento é bem trabalhado e distribuído para que não pese muito no ombro de nenhum deles de modo a nos fazer tomar partido, mesmo que a história nos mostre uma versão Henry de sentir. Há um equilíbrio interessante entre Grace e Henry, e ele é graças ao poder que Krystal tem em descrever quem são e o que são no universo de modo geral. 

Acredito que esse seja o tipo de livro para ser lido no momento certo da vida. Qual momento é esse? Só você saberá responder a essa pergunta. O que é um bom momento para mim, pode ser um péssimo momento para você. É tudo uma questão de valor. Sugiro pegá-lo quando sua vida estiver oca. Entende o que quero dizer? Quando sentir que algo falta. Esse é um sentimento inerente de qualquer ser humano, pelo menos duas vezes no mês. Aproveita um deles e vai ler. Vai ser um livro comum se não souber achar a magia nele, e a magia só se encontra no "momento certo". Já falei isso, não?