Trecho de terça - O apanhador no campo de centeio [ J. D. Salinger]

O trecho de terça hoje vem com um livro que tenho muita curiosidade para ler pela repercussão que tem. Contudo, não consigo comprar porque é tão clássico que não desce de valor. rsrs
Mas ai esta, o início dele é considerado um dos melhores da história da literatura... tenho que concordar com isso.



“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que os meus pais faziam antes que eu nascesse, e toda essa lenga-lenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso. Em primeiro lugar, esse negócio me chateia e, além disso, meus pais teriam um troço se contasse qualquer coisa íntima sobre eles. São um bocado sensíveis a esse tipo de coisa, principalmente meu pai. Não é que eles sejam ruins — não é isso que estou dizendo — mas são sensíveis pra burro.”
O apanhador no campo de centeio (J.D. Salinger)

Resenha "Caminhos de Sangue"






Título: Caminhos de Sangue (Dustlands: Livros 1)
Autor: Moira Young
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 349

(Contém Spoilers)







Sinopse (Skoob)

Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. O lugar não a incomoda, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Quando, porém, uma gigantesca tempestade chega trazendo quatro cavaleiros de mantos negros em seu rastro, a vida que Saba conhece chega ao fim: Lugh é raptado e ela tem que embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo. Repentinamente jogada na realidade selvagem e sem lei do mundo além da Lagoa da Prata, Saba não consegue pensar no que fazer sem Lugh para guiá-la. Por isso, talvez a maior surpresa seja o que descobre sobre si mesma: é uma lutadora incansável, uma sobrevivente feroz e uma oponente perspicaz. Com a ajuda de um audacioso e atraente fugitivo e de uma gangue de garotas revolucionárias, Saba se torna a protagonista de um confronto que vai mudar o destino de sua civilização. Com ritmo arrasador, ação constante e uma história de amor épica, Caminhos de Sangue é uma aventura grandiosa ambientada em um mundo futurista e violento. 


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Perseverança. 
É a palavra de lei desse livro maravilhoso da Moira Young. No meu ver, começou a série com chave de ouro. 
Saba, a protagonista, é real. Nada de bondade excessiva. As coisas com ela são na medida da troca. O que adorei. Estava cansada de mocinhas que lutavam com o mundo para um bem maior, sem nem saber exatamente o que isso significava. Com Saba as coisas são diferentes, algumas vézes você tem até raiva dela pela crueldade com a qual ela trata algumas situações. É grossa, cabeça dura e idiota muitas vézes. 
A história se desenrola com ela tentando achar e resgatar o irmão que foi sequestrado. O amor que ela demonstra pelo Lugh é uma coisa incrível. A idéia de passar por cima de qualquer situação para tê-lo de volta é angustiante e nada ético para uma heroína. Mas é exatamente dessa forma, que ela vai à procura dele. 
Nada é fácil nessa história. Ela é bem cinematográfica porque existe ação em tudo. A coitada da Saba não tem momentos de descanso. 
Uma personagem muito interessante também é a Emmi, a irmã dela. Conhecemos Emmi como uma criança rebelde e mal comportada a qual Saba sente que não tem nenhuma espécie de vínculo. Acontece que a menina é teimosa como a irmã. Não tem tendência a seguir ordens e se comporta como uma filha do deserto, como a própria Saba. É uma personagem que vemos durante o livro um crescimento muito atenuado. 
Junto da irmã, Saba cruza o deserto a procura de rastros que as levem ao Lugh. Nisso ela é presa e acaba tendo que lutar numa arena com outras garotas. A cada três derrotas na arena a garota é descartada. E é ai que temos uma lembrança de Jogos Vorazes. 
Na verdade não achei que tivesse muita coisa parecida. Além de uma arena e do fato de que nos dois livros fazem sátiras diretas aos comportamentos humanos e até onde eles são capazes de nos levar. 
Caminhos de Sangue fala muito dos Devastadores, e pelo o que eu entendi, trata-se de nós agora. É como se a humanidade tivesse devastando tanto o mundo, que um dia ele se tornaria o que Saba conhece dele: Um deserto sem fim. Temos referências disso quando vemos aviões no deserto, ou binóculos que eles chamam de olhadores. O cenário de Caminhos de Sangue é o nosso mundo depois de destruído por nós mesmos.  
Os personagens não passaram por escolas (provavelmente isso nem existe mais). Vemos isso diretamente nas falas erradas deles em que a autora fez questão de escrever erradas. Eu não me incomodei com isso. Achei um barato ler coisas como: "Num e entendeno". Afinal de contas, acredito que a Moira quis passar a gravidade presente nisso. O incômodo que sentimos quando alguém fala algo errado próximo de nós. Linguisticamente compreensível e socialmente incomodador. 
Uma coisa que estranhei no livro foi o vilão. O rei Pinch é diferente. Talvez a intenção fosse realmente essa, mas tenho por mim, que ele não será o vilão verdadeiro dessa história. Ele é bobo e louco. Pessoas assim não dão vilões descentes nesse tipo de história. A única coisa fantástica nele no meu ver, eram as roupas e o fato de que o cara era péssimo em ficar péssimo. hehehe
O rei tinha um súdito chamado DeMalo, que pra mim era mais forte do que o próprio rei. Acredito que DeMalo (que é um Tonton- Guarda do rei) Vá aparecer muitas vézes no futuro dessa série. 
O casal romântico dessa história não tem nada de romântico. Saba conheceu Jack quando estava na arena, e por ter salvo a vida dele, ele se sentia em gratidão com ela. E como uma recompensa, resolveu ajudar ela a achar o irmão. Como ele é galanteador, ela fica sem graça muitas vézes perto dele e acaba sendo respondona e agressiva, e em troca ele faz o mesmo. Passamos o livro inteiro vendo eles brigarem. O que me fez ter raiva de Saba e pena do Jack. Não tem nada épico neles, é uma coisa natural e fluida. Gosto desse parzinho! 
Vale falar do Nero, o corvo adotado por Saba quando criança e que muitas vézes passa a ser o personagem mais cativante do livro. Adoro! Mas ainda acho que meu personagem predileto é o Ike. Ele é o maior barato e tem um certo peso dramático que ninguém tira dele. 
Coisas importantes extras a ser comentadas: 
Adoro a idéia de ladrões do deserto. Adoro a idéia de barcos que andam nas areais do deserto. 
Esse clima de areia é muito interessante e misterioso. 
Enfim. Adorei o livro!
Gosto dos personagens dele. Gosto da forma como acabou - Dando vontade de ler mais. 
Os direitos dele foram comprados para ser transformado em filme. Acredito que vá funcionar muito, o roteiro de Caminhos de Sangue é bem cinema mesmo. 
Vamos esperar que escolham atores a altura dos nossos heróis. Alguém aí tem um palpite? 
Até a próxima!


"O amor faz a gente ficar fraco. Quando você se importa com alguém tanto assim, você não consegue pensar direito" [página 20]

"Na calada da noite, fico sentada ou andano pela minha cela. Num durmo mais do que um hora dou duas de cada vez. E isso porque no instante que eu fecho os olhos, a escuridão vem me pegar. Ela desliza pra fora do esconderijo dela e me envolve num abraço muito, muito frio. Ela invade o meu sangue, os meus ossos, a minha alma. Ela espreme de mim toda a esperança." [página: 120]

'Estremeço e me enrolo mais no manto
Faz frio na neblina
Fica ainda mais frio sem o sorriso do Jack" [ página 246]


Livros, Fotos e sorteio

Boa noite pessoal!
Hoje é domingo. O noite na minha cidade está chuvosa, um frio bom.
Então, ontem foi o dia de por a Caixa de correio, mas tive um problema com o editor de vídeo e provavelmente só conseguirei postar na quarta, que é quando um amigo vai vir me ajudar. Como na quarta seria o dia em que eu colocaria a surpresa do blog, resolvi passar para hoje.
Do que se trata?
Nós sabemos que muitos dos livros que lemos são transformados em filmes, as vézes nem tão bons quanto. E muitas vézes nos decepcionamos com os atores que colocam para fazer os personagens que tanto amamos. Foi justamente pensando nisso que tive a idéia.
Para quem não sabe, sou um pouco fotógrafa além de blogueira. Na verdade sou uma curiosa no mundo da fotografia. E pensei: "Porque não faço minha própria versão de poster de um livro que gosto?"
E a idéia me pareceu muito boa. De início achei que seria complicado, que eu fosse gastar com isso e que não conseguiria pessoas para me ajudar. E não é que consegui?
E o livro escolhido foi o: "AMANHÃ, QUANDO A GUERRA COMEÇOU"
Como foi o livro que eu tinha lido no mês, resolvi fazer sobre ele. Com o nome do livro pensei: Que mensagem eu iria querer passar com a foto? Teria muitos personagens? Lugar aberto? Efeitos bélicos?
Depois da idéia do que queria na cabeça, escolhi a modelo, chamei um amigo que é um artista fabuloso e me ajudou com a concepção de direção de arte. Com tudo esquematizado fomos atrás de conseguir o material que queria na foto: Cenário, figurino e a pessoa.
Nem foi difícil. No dia determinado para a sessão de fotos, lá estava minha modelo toda sujinha, com carinha de cansada, cabelos oleosos, olheiras embaixo dos olhos e segurando um fósforo envolta a fumaça. Meu irmão serviu como assistente de direção e muitas vézes fez fotos de Still. Ele fez fogo, apagou fogo, segurou velas quentes, se melou de mel.
Quando as fotos ficaram prontas, cerca de 120, meu trabalho maior foi selecionar as 11 que sairiam no blog. Foi a pior parte. Mas no final das contas, conseguimos.
Quero agradecer a Gabriela Brito, que foi uma modelo maravilhosa fazendo tudo o que eu pedia sem muitas perguntas e nenhuma cara feia. Ela tem um futuro promissor sendo atriz. Agradeço ao meu irmão Gabriel Teles pela ajuda, paciência, companheirismo e eterna fé no que eu faço. Agradeço a meu maravilhoso diretor de arte Anderson Matheus, pelas incríveis idéias. Agradeço a Railson Lucas por ser um cenógrafo e produtor sem igual me ajudando a conseguir o material necessário para as fotos.
E enfim, agradeço a Ellie, a protagonista que me inspirou nessa sessão fotográfica.
Curiosos?
Então ai vai a primeira sessão de fotos baseadas em livros do blog IRREPARÁVEL.


Usei apenas a Ellie como modelo de foto. Mantive um pouco do desenho na capa do livro. Quis deixar uma idéia de coisa antiga e acabada. 


Sujei bastante a atriz além de passar óleo nos cabelos dela pra deixar com aparência também suja, óleo de cabelo também serviram pra suar testa e ombros. 


A bicicleta é um elemento usado no livro pelas personagens como método de camuflagem sonora. 


A parede de limo foi do quintal da minha casa. Aproveitei a bagunça que estava nele pra servir de locação para as fotos. 




O fogo foi um elemento importante na construção dessas fotos. Quis passar a imagem da Ellie junto dele, como uma associação forte. 




Essa é minha foto predileta. Fica parecendo que ela tem poderes, mas na verdade quis mostrar que o poder que ela tinha era sobre a vida das pessoas. Não é muito fácil ser incendiária. 




Para a edição de todas as fotos usei o Photoshop com uma colorização sempre para tons escuros. 




Adorei o figurino que selecionamos para ela. Tem uma coisa de guerrilheira e de menina ao mesmo tempo. 




Provocamos a fumaça com madeira e folhas queimadas. Achei o efeito incrível. 



O olhar da atriz fez toda a diferença no final das contas, entre ser inocente adolescente ou guerrilheira solitária. 


E a última foto foi a que escolhemos como a principal para essa sessão. Tem indicação de fogo junto com um olhar perfeito da modelo. A destruição de cenário, a bicicleta e o figurino para revolução.
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E ai galera, gostaram? 
Lembrando que essa é a MINHA versão fotográfica do livro "Amanhã, quando a guerra começou"
E vocês, o que acham de ganhar um exemplar do livro? 
Se interessou? 
Então aqui vão as regras para participar do sorteio:


1- Seguir publicamente o blog
2- Seguir o @mundirreparavel no Twitter
3- Deixar um comentário na postagem.
4- Fazer uma versão de livro em foto. (Não precisa ser desse livro, e pode ser uma foto apenas. contanto que explique porque você escolheu aquela interpretação). A foto deverá ser enviada para o
Email: actb17@yahoo.com.br com seu nome, e com seu link do twitter. As 10 melhores fotos serão publicadas aqui no blog e os três primeiros colocados receberão uma agenda de livros com a capa personalizada da série. O primeiro colocado receberá além da agenda, o livro.

Extra: Tem que ter endereço de entrega no Brasil.

E para quem mora em Maceió e quiser fazer parte das próximas sessões de fotos de livros do blog IRREPARÁVEL, me escreve um email falando sobre a sua vontade de participar.
O sorteio será dia 30 de agosto, portanto vocês tem um mês para montar suas fotos.
Divirtam-se!

Vamos participar? Estou contando com vocês.


Resenha do livro "Gone- o mundo termina aqui"








Título: Gone- o mundo termina aqui
Autor: Michael Grant
Editora: Galera Record
Número de páginas: 515








Sinopse (Skoob)
Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes. Pré-adolescentes. Crianças. Nenhum adulto. Nenhum professor, policial, médico ou responsável. Linhas de telefone, redes de televisão e a internet param de funcionar. Não há como pedir ajuda. A fome é intimidante e a violência começa. Os animais parecem estar se transformando, e uma criatura sinistra está à espreita. Os próprios adolescentes estão ficando diferentes, desenvolvendo novos talentos: poderes inimagináveis, perigosos e mortais, que crescem dia após dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado — e a guerra é inevitável.




Em contagem regressiva.
É assim que Gone começa sua narrativa. E logo em seguida, um sumiço. Não, vários sumiços. Não daqueles que as pessoas somem no caminho de casa, mas daqueles inusitados em que elas somem enquanto piscamos os olhos.
E de repente temos uma cidade cheia de crianças e adolescentes sozinhos que não sabem nem cozinhar a própria comida. E é nesse caos juvenil que conhecemos Sam, o protagonista dessa série bem justificada. Sim, Gone não joga apenas um sumiço geral de adultos numa cidade qualquer. Michael Grant cria respostas muito convincentes para coisas até que um tanto sobrenaturais.
Começamos vendo o trio Sam, Quinn (Seu melhor amigo) e Astrid, vulgo gênio. Confesso que de início esse trio me incomodou porque lembrava muito o trio de Harry, Rony e Hermione. Sam é corajoso e discreto como Harry, Quinn é a piada da história, sempre tem uma coisa engraçada para se dizer em qualquer situação, como Rony e Astrid é a inteligente, com dizeres que deixam sempre os amigos sem entender, como Hermione. Mas com o tempo, vemos sutis diferenças que fazem muita consideração no final das contas. Quinn se mostra um tanto agressivo e um elo fraco às vezes nesse mundo sem leis adultas. Astrid que começa muito forte e determinada se perde em meio a trama, ficando apagada e se tornando uma donzela em perigo. Não combina com ela. E Sam é um fofo discreto. E mais tarde, conhecemos Edílio que se junta ao grupo, formando o quarto componente e, no meu ver, o melhor.
Me perguntava enquanto lia se realmente adolescentes e crianças tomariam certas atitudes ou falariam certas coisas estranhas como vemos em Gone. Mas se você tivesse 14 anos e descobrisse que era o mais velho ser vivo numa cidade, não daria um jeito de ajudar e comandar os mais novos? Não sei. Mas às vezes me incomoda que eles não se tratem como os jovens que são em momento quase nenhum. Mas momentos de guerra exigem medidas hiperbólicas.
Outra coisa importante em Gone é a academia Coates, de onde vem muitas crianças.
Essa academia funciona como uma espécie de reformatório. Acho interessante que cada personagem principal que acabou vindo da Coates tem uma explicação na história para ter estado lá. Todas elas fortes, e todas muito possíveis. Quem disse que psicopatia começa na vida adulta?
Pois é. Temos vilões além de fome, bebês em creches, incêndios e escassez de remédios.
O roteiro de Gone é muito bem construído. De verdade.
O livro gira envolto às crianças tentarem descobrir o que aconteceu na cidade e como reverter
a situação. A isso, somam-se crianças querendo poder, inimigos em forma de animais e poderes e um mal sempre presente em tudo. Além de manter uma cidade sem recursos nenhum e com conteúdo na cabeça em nível de oitava série.
Sam é forte. Talvez não pense tanto nas coisas a ponto de endoidar. Vê-se por satisfeito só em ter amigos por perto. Será?
O livro é fluido. Rápido de ser ler, com toques que nos deixam sem dormir ou com vontade de  ler em pé no ônibus. A história é bem conduzida. Os furos ficam por conta das atitudes dos garotos. Mas isso nem incomoda tanto.
O ponto estupidamente a favor são as construções de alguns personagens. Todos os da academia Coates são magníficos. De Canes a Diana. Edílio, Lana, Albert e Maria são encantadores até nas sutis aparições e problemas. Algo em Quinn me agrada mais do que em Sam. Talvez a loucura, o não ser forte o tempo todo. São crianças, ora bolas!
O livro nos dá versões de vários personagens diferentes, não fica apenas em Sam e Astrid. Gosto disso também.
Enfim, é um livro jovem, sem personagens idiotas e com um roteiro um tanto cinematográfico. Trata até de alguns problemas psicológicos em crianças e adolescentes.
Recomendo de verdade. Muito bom.

- Isso mesmo. E na época eu nem tinha uma arma. Isso não tem a ver com quem possui poderes, seus panacas. Tem a ver com quem não sente medo. E com quem faz o que tem de ser feito.     [Drake, página 367]

Era mais difícil ser corajoso quando o mundo inteiro parecia olhar cada movimento seu. [página 474]

Quando começaram a andar, não estavam mais espalhados em todas as direções. Não marchavam como um exército, mas chegavam o mais próximo disso que seria possível para um bando de crianças traumatizadas. Andavam com a cabeça um pouco erguida. [página 385]







Resenha do filme " O espetacular homem aranha"





Confesso que fui preconceituosa quando pensei em ir assistir esse filme. Na verdade já vinha com preconceito muito antes, quando soube que teria um novo filme do homem aranha numa nova versão. Na minha cabeça vinham coisas como: “Porque fazer o mesmo filme de novo?”
Mas bem, me vi esperando a hora passar andando no shopping e acabei cedendo ao entrar na sala de cinema. E o que posso dizer a vocês...Minha reação ao ver o filme? TOTAL SURPRESA!
Esse Peter Parker, apesar de muito inteligente, não tem cara de nerd como o do outro filme. É descolado, anda de skate, usa cabelo da moda, e é paquerado!! (VERDADE) Até usa lentes de contato e as poucas vézes que vemos ele de óculos, esse passa a ser acessório de charme. O ator é magrinho e fizeram questão de deixa-lo assim. Nada de mega músculos ou visão perfeita depois de ser picado por uma aranha. Adorei isso! Não é preciso de esteroides para se tornar um herói.
Outro ponto positivo no meu ver, foi a evolução de como ele criou superpoderes. Muito bem elaborado.  A colocação dos pais dele no contexto foi um “Tcham” especial. Não é nada por acaso. O roteiro do filme é bem amarradinho. Nada de idolatria a Mary Jane nem amizade com futuros vilões. Na verdade, o Osborn é apenas citado no filme. Achei isso incrível!
A mocinha da vez é linda. Mas apenas conta como linda e mega inteligente. Não é um personagem cativante, como o pai dela, por exemplo.
O vilão não me agradou. A ideia psicológica dele é legal, mas cai em terra quando ele coloca as coisas em ação. É meio forçado. Meio nada haver. Parece até que o personagem mudou totalmente de pensamento porque tomou uma vacina diabólica. Sei lá! Acho isso estranho. Quesito vilão: o doutor Octopos do outro filme é muito mais qualquer coisa . Ele teve motivo para piração sabe? Esse não! Na verdade, os vilões do outro filme são mais bem elaborados do que o próprio homem aranha. O ator desse é novo, mas promete. Ele conseguiu deixar o personagem, que eu nunca gostei muito, carismático e com vontade de ver mais.
Adoro algumas passagens fotográficas desse filme. Adoro a forma como o Peter construiu um personagem para se mesmo. Adoro o humor dele. Já a trilha sonora, sou totalmente apaixonada pela do outro filme.
Tem frases muito boas, ganchos bem construídos. A beleza de algumas cenas chegam a ser sensitivas, o que é incomum em filmes desse tipo. No homem aranha 2 (o outro. Logico!) tem uma cena que eu amo de paixão. É quando o Peter tenta parar um trem e fica tao cansado que desmaia e esta sem máscara, e dai as pessoas vão ajudando ele a chegar no meio do trem , e um garotinho devolve a máscara e existe toda uma cumplicidade das pessoas presentes em não divulgar a verdadeira identidade do herói.
Acho que todo filme de herói ele tem umas coisas meio implícitas, que as pessoas não prestam muita atenção mas que elas estão lá. No espetacular homem aranha tem uma cena bem parecida. Tem muito dessa coisa do faça por mim, que retorno pra você. Não vou contar pra não virar spoilers. Mas acreditem, ficou ótima!
No meu ver esse filme tem muito potencial. Não foi meu filme de herói predileto. Mas também não é nada como a maioria é. Eu assisto todos. Tem coisas que adoro em uns e coisas que acho que podem melhorar em outros. Dica: Fique na sala de cinema até acabar os créditos do filme. Vocês vão ver a linha de continuação da história.
Uma coisa que me incomodou foi o fato desse homem aranha ser mais maleável a contar seu segredo. Enquanto o outro Peter Parker não conta de forma nenhuma, esse já deixa a desejar nisso. Mas fico pensando, se você fosse um adolescente e de repente tivesse superpoderes, será que não contaria a alguém? Os jovens tem essa coisa do poder. Acredito que visto por esse lado é até compreensível.
Em suma: Mocinha sem sal, vilão meio desconexo. Um roteiro bonitinho. Mocinho ótimo. Vale a pena assistir só pela construção do Peter.
Indico muito. Ótima diversão. 
Depois venham me contar o que acharam.

Distopia, a onda literária da vez.





Imagine você acordar um dia e todo o mundo que você conhece estar virado de cabeça para baixo. Imagine pessoas com fome, sem luz elétrica, sem água, sem casa. Imagine alguém que sempre ajude a todos, que lhe digam onde encontrar coisas para comer, que lhes deem palavras de conforto, que seja um guia. Imagine que esse alguém responda por todos, que as pessoas estejam totalmente dependentes de suas decisões. Imaginem que coloquem essa pessoa no poder. Imagine que o poder a corrompa, que ele passe a gostar de punir as pessoas que roubam para comer. Imagine que ele imponha horários para se estar na rua pesando pelo bem estar das pessoas. Imagine que alimentar muita gente passe a ser difícil demais. Imagine que ele comece a tomar como sua própria voz todas as vozes. Imagine pessoas sem comida, sem esperança, sem liberdade.
Sem liberdade...
A falta de liberdade cria um gene louco a mais nas pessoas. A falta de liberdade as cega para qualquer coisa boa que ainda possa ter em uma prisão mesmo psicológica.
Imagine pessoas insanas explodindo prédios e praças em nome da liberdade. Imagine pessoas famintas buscando comida, e o único lugar em que ela vem farta é na mesa daquele que um dia lhes indicou o melhor caminho para chegar nas plantações.
Imagine tudo isso, e depois me diga... O que faria se fosse você. Quem você seria?
Essa é uma premissa distópica. E é com esse pensamento angustiante que começamos a postagem de hoje.
Conceitos como utopia nos é comum graças a Thomas Morre e vários outros ideais de mundos perfeitos. Sonhar nunca custou muita coisa, e pelo menos em pensamento criamos um mundo maravilhoso e altamente evoluído. E temos então a definição de dicionário do que é utopia “projeto irrealizável”.
Perfeição é irrealizável.
Não sei até que ponto é agradável pensar desse modo. Pelo o que lutamos então, já que perfeição não existe? Acho que é ai que as pessoas se colocam no ponto comum de apenas querer algo melhor, e passar por essa vida com mais dignidade do que entrou nela.
E onde entra a distopia nessa história?
Bem, se a utopia é um projeto irrealizável de um mundo e de uma sociedade perfeitos, a distopia é justamente o contrário disso, é um mundo imperfeito. Um mundo que ninguém para muito para pensar em construir casinhas brancas e criar cachorros de pelo amarelo.
Um mundo distópico é normalmente caracterizado por totalitarismo, autoritarismo, por controle opressivo da sociedade. Em suma, temos alguém que por algum motivo conseguiu poder, e esse alguém em cima de uma sociedade frágil e debilitada, manipula as ordens e transforma em um mundo próprio o que deveria ser um mundo coletivo.


Normalmente nos livros e filmes distópicos, a pessoa no poder o tem porque foi facilitador de uma guerra de posses ou porque detêm o comando tecnológico. A tecnologia é comum e acessório importante na distopia.
No meu ver, alguns tipos de distopia são mais realizáveis do que as utopias. Então em resumo, pensamos que é mais fácil chegar na imperfeição do que na perfeição.
Pesquisando sobre o assunto achei tal frase:

“O que é comumente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável, mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável”
[…] Utopia significa “lugar nenhum”, e distopia “lugar ruim”

Presume-se então que é mais possível de se chegar o lugar ruim ao lugar nenhum.
As obras distópicas sempre nos permitem questionar sobre a nossa sociedade, e quase sempre elas são sátiras de comportamentos e atitudes que nos tomamos, claro que de uma forma mais hiperbólica. Trata-se de valores. De valor humano numa sociedade, de valor político em um governo. De valor moral num âmbito em que a essa é traída pelas necessidades humanas mais básicas.
Mundo imaginado. Mundo paralelo.
Apesar de dizerem que uma distopia não passa de um pensamento pessimista de um lugar, e que nunca seria possível numa sociedade evoluída igual a nossa, me pergunto o que eles querem dizer com evoluído. Nem toda evolução do mundo transforma prisioneiros famintos em diplomatas da paz.
Há uma infinidade de obras nesse estilo. Algumas bem antigas (não pensem que esse pensamento é novo) E muitas bem atuais. As pessoas sempre gostaram de pensar saindo do comum. Transformando os assíduos amantes de cinema e livros em questionadores de opiniões. E porque gostamos tanto de obras assim?
Porque ela nos tira da rotina de ideias. Porque passamos a não querer viver bem e passar pelo mundo, queremos fazer parte dele mudando uma história. Histórias de alguém, de tantos, de muitos e a própria.
Mesmo com um mundo pós apocalíptico, ser herói ainda é vontade de quem sobrevive na vida.

E você, em qual estilo de distopia gostaria de fazer a sua história?

* Algumas obras distópicas:

LIVROS
- Jogos Vorazes (Suzanne Collins)
- O homem do castelo alto (Philip K. Dick)
- Eu sou a lenda (Richard Matheson)
- Gone (Michael Grant)
- Admirável mundo novo (Aldous Huxley)
- Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)

FILMES
- 1984
- Filhos da esperança
- Os 12 macacos
- Laranja mecânica
- Matrix

Deu pra sentir o clima não é? Então o que você está esperando? 

"Essa noite nós somos jovens"

Olá galera!
Estamos em plena quarta feira, exatamente no meio da semana. Ando ocupada com uns projetos para meu futuro (oi?) E para vocês, lógico!
Hoje venho falar de uma música que me tocou muito, em um momento muito importante da minha vida:
O AGORA
Pois é! Para mim os momentos mais importantes da minha vida passaram a ser o que vivo nesse momento. As vézes fazer planos demais nos faz descer em queda livre; meu corpo já está cheio de hematomas. Culpa de tais quedas.
Não estou dizendo que não faço mais planos. Putz! Que pessoa não faz planos? Mas dessa vez eles não são pontos únicos no meu dia.
Enfim, caminhava em meio a uma tristeza que eu sabia exatamente onde brotou, sabia que a culpa era minha e nada que ninguém me dissesse iria fazer mudar o sentimento angustiante que tive naquele dia. A garganta ardia de vontade de chorar, mas prometi pra mim mesma que as lágrimas teriam que passar por vistoria mental antes de atingir o ápice sentimental. E elas não caíram.
Meu MP4 como se adivinhasse que eu precisava de ajuda, começou a tocar essa música. Claro que em meio a tristeza e a raiva de estar triste não prestei atenção nela. Foi exatamente enquanto eu via o semáforo fechar que o refrão começou e eu sorri. Para o semáforo, para o céu belo da minha cidade com nuvens altamente desenhadas com aquarela.
Uma senhora atravessou a rua, um pombo fez uma curva secular pra chegar num resto de comida no chão, alguém falava no telefone, alguém olhava para o chão enquanto andava, alguém não olhava para o chão hora nenhuma. E foi ai que eu vi que nada me atingiria tanto como ser jovem. Nada me deixaria tão sem fôlego.
Então posto para vocês a música, em forma de clipe e de letra, que me fez, naquele dia , me sentir eterna.


Banda FUN

E ai está o clipe. Apesar de muita gente não ter gostado, acho que na verdade ele é incompreendido. A arte exige interpretações muito próprias. E a minha, foi magnífica.

"We are young"

E aqui esta a letra. Eu sugiro que leiam ela, e só depois vejam o vídeo.


Somos Jovens 
Dê-me um segundo, eu
Eu preciso acertar a minha história
Meus amigos estão no banheiro
Ficando mais doidões que o Empire State.
Meu amor, ela está me esperando
Do outro lado do bar
Os assentos estão guardados por óculos
Perguntando por uma cicatriz e,

Sei que te dei há alguns meses
Sei que você está tentando esquecer
Mas dentre os drinques e as coisas sutis
Os buracos em minhas desculpas, você sabe que
Estou me esforçando para retirá-los

Então, se quando
O bar fechar
Você sentir que está caindo
Eu te carregarei até sua casa...

Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol
Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol

Agora, sei que não sou
Tudo que você tem
Acho que eu
Eu pensei que
Talvez pudéssemos encontrar novas maneiras de desmoronarmos
Mas nossos amigos estão de volta
Então vamos fazer um brinde
Porque encontrei alguém para me carregar até minha casa

Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol
Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol

Carregue-me para casa esta noite
Apenas carregue-me para casa esta noite
Carregue-me para casa esta noite
Apenas carregue-me para casa esta noite

A lua está do meu lado
Não tenho motivo para fugir
Então, alguém virá e me carregará até minha casa esta noite?
Os anjos nunca chegaram
Posso ouvir o coral
Então, alguém virá
E me carregará até minha casa?

Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol
Esta noite, somos jovens
Vamos colocar fogo no mundo
Podemos queimar com mais luz
Do que o Sol

Então, se quando o bar fechar
Você sentir que está caindo
Eu te carregarei até sua casa

É isso ai galera. 
Espero que vocês tenha gostado. 
Para quem quiser ver mais, o seriado Glee (todos sabem que amo) Tem uma versão dessa música. Joga lá no Youtube. Ficou muito boa também. 
Até amanhã gente! 
E sejam sempre jovens, até quando não restar mais infância. 

Trecho de Terça [Livro: Dom Casmurro- Machado de Assis]

O trecho de terça hoje vem de um dos livros nacionais que eu mais gosto.
Dom Casmurro é uma obra prima da literatura nacional.
E até hoje nos perguntamos...
Capitu traiu Bentinho?
Morreremos com essa dúvida cruel!!!

"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dane; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitou, mas então com as mãos, e disse-lhe,--para dizer alguma cousa,--que era capaz de os pentear, se quisesse".


CAPÍTULO XXXII / OLHOS DE RESSACA




Tenham um bom dia leitores!

Amanhã #1 - Quando a guerra começou







Título: Amanhã, quando a guerra começou
Autor: John Marsden
Número de páginas: 253
Editora: Fundamento








O que você faria se descobrisse que todo o mundo que conhece deixasse de existir da noite para o dia?”

Ao voltar de uma semana de acampamento, Ellie e seus amigos descobrem que a cidade em que viviam foi invadida por um inimigo desconhecido. Suas famílias foram aprisionadas e uma guerra está acontecendo em seu país. Agora eles estão sozinhos em uma cidade sitiada, lutando para descobrir o que aconteceu com seus pais e tentando sobreviver.

Foram esses dizeres juntos com uma capa fantástica que me fizeram comprar esse livro. O primeiro de uma série de sete.
Estamos na moda de uma literatura escrita por adultos, para adolescentes, e me pergunto por que eles dizem ser uma literatura infanto-juvenil; guerras, mortes e destruições passaram a ter presença marcada no vocabulário e pensamento de adolescentes leitores de todo mundo. Não acho isso ruim, pelo contrário. Acho que se os jovens têm problemas sérios de acompanhar noticiários, que eles conheçam um mundo um tanto rude e duro, pelas linhas severas dos livros.
Em “Amanhã, quando a guerra começou” acompanhamos um grupo de jovens que saem durante uma semana para acampar, e quando voltam encontram suas casas vazias, animais mortos e nenhum sinal de pessoas. E agora eles têm que lidar com a possibilidade de estarem sozinhos para sempre.
A história é vista pelos olhos de Ellie, filha de fazendeiros australianos (Sim, o livro foi feito na Austrália e conta uma história de uma cidade rural da Austrália). As descrições de locais são muito boas de serem lidas. Tem verdade, tem certa beleza, e também um pavor pela grandiosidade da natureza.
O que torna a história fantástica no meu ver é a certeza de que tudo escrito ali pode ser possível. Um grupo de adolescentes que se veem sozinhos no meio de uma guerra não é incomum, na verdade, acredito que tivemos nas nossas próprias guerras, seus jovens heróis que não foram parar em livros e que tampouco se lembraram de escrever versos nos contando suas histórias. Se bem que... Alguém se lembra de Anne Frank?
Os personagens do livro não me pareceram muito substanciais, e talvez tenha sido proposital do autor. Afinal, adolescentes nem sempre tem personalidades altamente formadas. A narradora- protagonista, Ellie, não tem nada de especial a não ser um conhecimento grande de direção e de atividades diárias de uma fazenda. Contudo, temos Homer, um personagem que passa longe de ser secundário, ele é formador da maioria das ideias fantásticas do livro, o humor da maioria das cenas e o pulso de todas delas. No meu ponto de vista, a historia bem que poderia ter sido contada pelos olhos dele. Os outros personagens são construídos em cima de estereótipos de adolescentes, então, muitos são bem apagados. Acredito que como o livro é o primeiro de uma série, todos eles venham a amadurecer muito no decorrer da história.
Surpreende-me que eles tenham conseguido ser tão bem articulados numa situação assim. Fico pensando se fosse eu com quinze anos, ou meu irmão, que hoje consta com quatorze, como reagiríamos ao sumiço de nossos pais, e a um mundo em guerra. Esconderíamos-nos? Renderíamos-nos? Lutaríamos? Nisso o autor acertou. Ser jovem é meio que uma incógnita. Tem horas que soluçam abraçados à perna como se fossem bebes, e tem horas que nem o próprio Rambo os seguram. A coragem muitas vezes vem do medo de tentar. E é ai que o autor se segurou escrevendo. O que foi fantástico.
Gosto das cenas de ação também. Elas têm um ritmo muito bom, que prende o leitor até acaba-las. Já os romances, a não ser o de Kevin e Corrie, me parecem bem forçados. Mas poxa... Volto à lembrança de que são adolescentes, e que o amor nessa época da vida é sinônimo de “Se você pular, eu pulo!”.
 É um livro pequeno em que a leitura flui com uma agilidade fantástica. Tem uma estrutura gráfica muito chamativa e bela. As folhas internas são lindas e tem cores que lembram barro e coisas sujas e restos. E isso tem muito haver com a história.
Gostei do livro, entre esses quesitos citados acima, principalmente porque me perguntei muitas coisas enquanto lia. A maioria delas não tinha haver com as histórias próprias de cada personagem, mas de quem eles são juntos, do que eles são. O que move corações solitários e rebeldes de jovens?
Não é surpresa para ninguém o quanto sou apaixonada pelas possibilidades do universo dos adolescentes, e “Amanhã, quando a guerra começou”, serviu para me mostrar, que apesar de ficção, lutar por uma causa, segurar uma arma, explodir uma ponte, não tem idade.
Não foi o melhor livro que já li na vida, mas tem potencial para ser uma ótima série. Os personagens tem certa estrutura, a guerra tem um vasto mundo de opções de conduzir uma história. E me peguei curiosa quanto a tantas coisas que eles seriam capazes de fazer juntos. Porque no final das contas, é sobre isso que a história fala; ter amigos e não estar sozinho nos dá coragem.
Super indico! E aguardo o próximo livro para ler e trazer um pouco mais da aventura desses guerreiros para vocês.

Os outros livros da série:

1.      Amanhã, quando a guerra começou (lido)
2.      O silêncio da noite
3.      No terceiro dia, a geada
4.      Escuridão, seja minha amiga
5.      Vingança em chamas
6.      Quem tem medo da noite
7.      O outro lado do amanhecer





Caixa de correio #1

Sábado nublado aqui na cidade. Aproveitei pra fazer uma mini faxina na casa e editar o vídeo da caixa de correio dessa semana. Depois de apanhar muito de três programas diferentes (Sou péssima nisso!) Consegui finalmente, quer dizer, quase! Não consegui editar o finzinho, então ficou com um corte brusco. Mas me dei um desconto, é a primeira vez que edito. Vou aperfeiçoando com o tempo.
Espero que vocês gostem e vou ficar aguardando e-mails ou comentários na postagem.



Livros recebidos:


* Símbolo perdido (Dan Brown) Editora Sextante
* Amanhã, quando a guerra começou (John Marsden) Editora Fundamento
* Gone (Michael Grant) Editora Galera Record
* Caminhos de sangue (Moira Young) Editora Intrínseca

# Não prestem muita atenção ao cenário, procurei um canto da casa que meu filho venha com menos frequência pra não atrapalhar a gravação. hehe
Email da Carol: actb17@yahoo.com.br
Email do blog: mundoirreparvel@yahoo.com.br


As 10 coisas que vocês precisam saber sobre...


Iris Figueiredo
Essa entrevista está mega atrasada (E quando digo mega, é mega mesmo). Passei um tempo sem visitar o blog. Foi um período longo, mas necessário para mim.  Mas agora estou de volta com muitas novidades e coisas legais para vocês.
E começando essas coisas bacanas, venho com uma entrevista que fiz à lindíssima: Iris Figueiredo, do site "Literalmente falando"
Conheci o espaço da Iris há mais de um ano enquanto passeava pelo mundo dos livros, foi paixão a primeira vista. Adoro o modo como ela escreve. Na maioria das vezes é o que me faz ler os livros. Confesso que curto ler muitas resenhas antes de me interessar por alguma leitura, e certamente irei olhar no blog da Iris pra ver se ela escreveu algo sobre aquele título ou aquele autor específico.
Iris lançou um livro que está fazendo muito sucesso chamado “Dividindo Mel” pela editora Draco. Ainda não comprei meu exemplar porque ainda está super caro, mas prometo que o lerei para fazer uma resenha aqui no Irreparável. O Ebook esta mais em conta, mas fico doida de dor de cabeça lendo livros pelo computador.
 Você encontra o livro da Iris nas livrarias Saraiva e Cultural.




 Olhem só como a diagramação do livro está linda demais. A capa ficou perfeita! Parabéns a editora Draco.

E agora vamos a entrevista, que é o que nos interessa. Divirtam-se!

1)        Conte como começou o seu fascínio pelos livros.

Cresci numa família apaixonada por livros! Meus pais sempre me incentivaram a ler e herdei essa paixão deles. Não me lembro de uma época que não tivesse com um livro na mão, afinal o primeiro presente que ganhei do meu pai foi um livro, antes mesmo de nascer. Era um daqueles livros de pano para bebês, só com figuras.

2)       Qual o primeiro livro com conteúdo adulto que você lembra ter lido?

Eu não consigo lembrar. Acho que o primeiro livro “grande” que me marcou muito foi “O Mundo de Sofia” do Jostein Gaarder. É um romance que conta a história da filosofia e li pela primeira vez aos doze anos – depois li mais quatro vezes. É um dos meus livros favoritos e me lembro bem de lê-lo bem novinha e ficar apaixonada pela história, querer saber quem enviava as cartas e tudo mais.

3)       Qual o seu tipo de livro predileto?

Não tenho um gênero ou livro favorito, tenho vários para cada momento. Mas o meu tipo de livro predileto é aquele que me cativa independentemente do enredo ou gênero, me leva para dentro de seu mundo e me transforma em alguém novo quando termino de lê-lo. Meu livro predileto é aquele que me faz sonhar.

4)       Qual o seu autor predileto?

Vou ser previsível e responder J.K. Rowling. Não é exagero dizer que seu livro mudou muita coisa na minha vida.

5)       Você esta para lançar um livro. Fale-nos o que puder sobre ele para matarmos nossa curiosidade. (Na época estava para lançar, mas o livro já está no ar).

É um romance jovem, divertido e fala sobre uma menina que acha que precisa encontrar o amor de sua vida para ontem. Só que apesar da pouca idade, ela não tem muita sorte com relacionamentos. O que a Melissa não enxerga é que ainda tem muitos anos pela frente para que encontre seu “príncipe encantado”. Então ela encontra alguém muito legal que é o cara ideal para ela, mas também se vê as voltas com seu melhor amigo. Quando ela estava acostumada a ser desprezada, era uma coisa. Mas agora é ela que vai ter que escolher o que é melhor para ela. É uma comédia romântica que fala sobre amor, amizade e escolhas, mas de um jeito bem leve e divertidíssimo.

6)       Porque você acha que os adolescentes estão cada dia mais se interessando por livros?

Tem um monte de coisas que torna o mundo da literatura mais atrativo e os filmes são uma boa porta de entrada para quem vai começara ler. O adolescente assiste Crepúsculo, vai até a livraria e compra o livro, depois acha legal, procura outros livros do gênero e aos poucos formamos um leitor assíduo.

7)       O mercado está cheio de livros sobre vampiros, lobisomens fadas... O que você pensa sobre isso?

Não é meu gênero preferido, mas tem muita coisa boa no meio. Precisamos saber garimpar.

8)       Porque, no seu ver, os livros são tão caros?

Livros são caros para vender porque são caros para produzir. As tiragens são baixas porque não pode correr o risco do livro encalhar. Os livros são caros porque ninguém compra, e ninguém os compra porque são caros. É um círculo vicioso.

9)       Que dica você dá para aquelas pessoas que querem iniciar uma carreira de escritor?

Minhas dicas são óbvias: ler e escrever muito! Só conhecendo o trabalho de outros autores e praticando a escrita você terá bagagem e prática suficiente para escrever um bom texto.

10)      Qual o seu livro predileto nas seguintes categorias:

·Ficção: Jogos Vorazes, Melissa Marr
·Policial: O Cão dos Baskerville, Arthur Conan Doyle
·Drama: Questões do Coração, Emily Giffin
·Romance: Terrível Encanto, Melissa Marr
·Infantil: Harry Potter, J.K. Rowling


Gostaram?
Ela é uma fofa não é? Concordo!
E para quem quer conhecer mais um pouquinho do trabalho da Iris passa lá no site dela.
Aqui estão formas de achar a Iris e o Literalmente falando na rede:

Iris Figueiredo
Literalmente Falando
Notícias literáriashttp://www.litfalando.tumblr.com