Resenha de "Um Passado Sombrio" (Peter Straub)

Título: Um Passado Sombrio
Autor: Peter Straub
Editora: Bertrand Brasil (Cedido em Parceria)
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Sinopse: O inigualável mestre do horror e do suspense retorna com um livro poderoso e aterrorizante que redefine o gênero de maneira única e inesperada
Em 1966, um carismático e astuto guru, de passagem por um campus universitário do Meio-Oeste norte-americano, reúne um restrito grupo de discípulos, entre estudantes de colegial e universitário de fraternidade, num ritual secreto que resulta em um corpo horrivelmente dilacerado, um garoto desaparecido e as almas abaladas de todos os envolvidos. Quarenta anos depois, um escritor de relativo sucesso e amigo de infância da maioria dos garotos que participaram do ritual – além de marido de uma das garotas envolvidas –, sai em busca de informações sobre essa noite aterrorizante, com um projeto de livro em mente. Porém, para consegui-las, precisará não apenas reencontrar antigos colegas com quem perdeu o contato há décadas, mas também incitá-los a reexaminarem os eventos inomináveis que os têm assombrado desde então. Ao revelar as histórias individuais dos membros do grupo, Um Passado Sombrio eletrifica o leitor de maneira arrepiante e imprevisível – e prova que Peter Straub é, indiscutivelmente, um mestre do horror moderno.

Sofri com esse livro o que muitos leitores sofrem quando pegam um com sinopse intrigante e que tem a chamada do mestre do horror Stephen King: Expectativa. E o ruim da expectativa? Quando você despenca com ela enforcando seu pescoço. 

Sempre ouvi falar que Peter Straub era um dos grandes mestres do horror. Então fiquei super empolgada quando o Catálogo Literário colocou esse livro nas news. Tinha uma premissa que prometia um bocado, e bem parecida com a sinopse de um livro que amei na minha adolescência chamado O Pacto, 

Um escritor resolve contar uma história baseada em um fato real de algo que aconteceu próximo a ele na sua juventude, envolvendo sua esposa e alguns de seus melhores amigos. Algo de que ninguém fala e que alterou a vida de todos os envolvidos. 

Um guru chega à cidade e começa a recrutar jovens com suas ideias um tanto exotéricas e convidativas. O protagonista, Lee, não se envolve nas conversas dele, mas seu grupo de amigos passa a idolatrar o cara e a segui-lo a todos os lugares. Isso causa algumas confusões entre eles, e por isso o grupo começa a se isolar. 

Algo acontece envolvendo essas pessoas em uma fatídica noite, e faz com que um deles vá parar em um manicônio, alguem suma do mapa, alguém apareça morto e os outros fiquem meio pirados. Apesar das inúmeras tentativas de Lee de descobrir o que aconteceu, nada consegue. Até que anos depois a ideia de escrever sobre isso surge, e ele deixa de lado a discrição que o detinha até então e vai atrás de cada protagonista da noite que sobrou, em prol de ouvir suas histórias. 

Viram como a ideia é bacana? Pois é, mas a execução dela não foi tanto assim. Esperei o livro engrenar e isso nunca aconteceu. Quando me vi na página 200 percebi que não iria, e só terminei porque virou uma questão de honra como leitora. 

O autor tinha uma ideia incrível nas mãos, mas não desenvolveu de uma forma que prendesse o leitor. Depois do capítulo de apresentação da ideia por Lee, o livro engrena na narrativa de cada personagem envolvido falando do fatídico dia. O desenvolver até chegarem a esse "culto" secreto, e o que aconteceu de fato. E quanto a isso até que o livro funciona. Cada visão é diferente da outra e traz construções bacanas dos personagens. O problema foi o geral disso. 

Eu achava a narrativa tão lenta para um livro desse tipo, que por vezes me vi dormindo em cima dele. Poxa, a sinopse me prometeu uma mistério e um horror que nunca aconteceram! Ok, tem sim o mistério de descobrir o que houve, mas ele meio que se apaga durante a narrativa de cada personagem contando seu lado da história. Parecia mais que eu estava lendo um livro sobre essas pessoas do que sobre esse acontecimento, o que de certa forma acho que era a proposta do autor, Ainda assim, achei cansativo e uma baita propaganda enganosa. 

Não funcionou para mim. Realmente penso que a culpa foi da alta expectativa que joguei em cima dele. Os personagens são bacanas, a ideia é boa, mas a evolução é lenta e complicada, e o desfecho é meio "bléh". 

Pena. Pena mesmo. 

Resenha de "Um Novo Amanhã" (Nora Roberts)

Título: Um Novo Amanhã
Autor: Nora Roberts
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: A tradicional pousada da cidade de Boonsboro já viveu tempos de guerra e paz, teve diversos donos e até sofreu com rumores de assombrações. Agora ela está sendo totalmente reformada, sob direção dos Montgomerys, que correm para realizar a grande reinauguração dentro do prazo. Beckett, o arquiteto da família, é um charmoso conquistador que passa a maior parte do tempo falando sobre obras, comendo pizza e bebendo cerveja com seus irmãos Ryder e Owen. Atarefado com a pousada, ultimamente nem tem desfrutado de uma vida social decente, mas pretende mudar logo isso para atrair a mulher por quem é apaixonado desde a adolescência.
Depois de perder o marido na guerra e retornar para Boonsboro, Clare Brewster leva uma vida tranquila cuidando de sua livraria e dos três filhos. Velha amiga de Beckett, ela volta a se reaproximar dele ao ajudar nos preparativos da pousada.
Em meio a essa apaixonante reconstrução, rodeados de amigos, Beckett e Clare passam a se conhecer melhor e começam a vislumbrar um futuro novo e promissor juntos.
Neste primeiro livro da trilogia A Pousada, Nora Roberts apresenta o romântico Beckett Montgomery, que, ao buscar realizar o sonho de sua família, acaba deparando com um amor que pensava estar esquecido.

Quando um livro é da Nora Roberts, eu já vou entortando a boca. Não tenho nada contra a autora, mas nunca consegui ser fisgada de verdade com um livro dela. E olhe que já li muitos!

Não sei o que diabos deu em mim para solicitar esse livro. Arqueiro tem dezenas de outros títulos que me agradam mais, contudo foi bater os olhos nesse que algo estalou dentro de mim, e acabei pedindo. Graças a Deus que fiz isso!

Apesar de termos o casal principal de protagonistas, Clare e Beckett, para mim o principal personagem da história é o hotel. E o livro já começa narrando uma visita que Beckett - que é arquiteto - faz a obra em reforma. Não sei se vocês sabem, mas sou doida por arquitetura de prédios antigos, então fiquei vidrada na história logo no início. 

A família de Beckett (ele, os dois irmãos e a mãe) compraram o prédio que estava se acabando e resolveram reformar, construindo um esplendoroso hotel no lugar. Toda a família trabalha no ramo de construção, por isso apesar do protagonista desse primeiro livro ser Beckett, os irmãos tem grandes e especiais participações aqui. 

Clare é a dona da livraria local. Ficou viúva uns anos antes e cria os três filhos sozinha. Amiga da família Montgomery desde menina, acaba sendo envolvida no projeto da construção do hotel por ser boa montando as chamadas publicitárias dos maravilhosos quartos temáticos do lugar, e pelo interesse da família em criar um ambiente de biblioteca. 

Acho que o que mais gostei nesse livro foi justamente não achar que estava lendo uma "receita de bolo romântico Nora Roberts". O sentimento que tive ao ler foi o de paixão pela ideia do hotel e pela forma como Claire encara a vida profissional e pessoal. A mulher cria três filhos sozinha - super me identifiquei com ela. Sem contar que é dona de uma livraria, o que é o meu sonho. 

Então não fiquei ligada no romance, que é o principal elemento desse tipo de livro da autora. Na verdade ele foi absolutamente coadjuvante por aqui. A pousada respirava através das páginas, e me pergunto se a autora também tem paixão por arquitetura, como eu. Porque eu senti o ambiente, e foi um sentimento bom. 

Outro ponto bacana é que o livro tem uma leve pegada sobrenatural. Hotel antigo, espíritos com cheiros de Madresilva e pimba! Temos um fantasminha delicioso passeando pelo lugar. De uma forma sutil e sem roubar espaço, mas está lá. 

Eu gostei absurdamente desse livro. Fiquei impressionada com o tanto que curti essa leitura. Funciona como romance para mim porque não é forçado. Um casal de amigos que se conhecem desde sempre e que se ligam pelo clima tão maravilhoso que tem o prédio em reforma. 

Se vocês me perguntassem um tempo atrás se daria cinco estrelas a um livro da Nora, eu diria que não. Mas essa série já roubou meu coração e estou super ansiosa pelo próximo - como também temerosa que a autora cague tudo. 

Resenha de "Amantes" (Elizabeth Abbott)

Título: Amantes
Autor: Elizabeth Abbott
Editora: Record (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Em uma picante mistura de história, biografia e panorama cultural, Amantes destrincha as motivações e virtudes das mulheres, fictícias ou reais, que foram dispostas à margem da sociedade ao se verem na posição de amantes. Com estilo vívido, a pesquisadora Elizabeth Abott retrata a intimidade dessas mulheres através dos séculos: das concubinas chinesas às amantes reais europeias e consortes clandestinas de padres (nada) celibatários. Também desconstrói a figura de garotas de mafiosos, a ideia da amante como troféu e o poder das amantes modernas.


Um belo susto! Isso foi o que senti quando Amantes chegou aqui em casa. Primeiro porque tecnicamente ele andava esgotado na editora e já tinha recebido um email avisando que não receberia. Em segundo lugar por conta do tamanho. Realmente não sabia desse monte de páginas, e fiquei super apreensiva. 

Comecei a ler super despretensiosamente. Não tinha intenção de terminar em menos de um mês. Olha minha supresa quando acabei em dez dias! De alguma forma, com livros não ficcionais, eu leio até mais rápido quando o assunto me interessa. E mesmo que esse seja um tema polêmico e originário de muitas caretas entre a maioria das mulheres (Confesso que eu mesma já passei pela situação de estar com alguém que tinha uma amante), me envolvi absurdamente com os fatos documentados pela autora. Nunca fui de julgar as pessoas por nada que fazem, e ao terminar de ler Amantes entendi que, culturalmente, essa classe de mulheres teve início de forma muito prática e pouco ofensiva, como encaramos hoje em dia. 

Como disse, Amantes é um livro não ficcional escrito de forma altamente explicativa - e pouco imparcial, já que além de lançar os fatos coletados sobre essas mulheres, a autora também coloca um pouco de sua própria opinião sobre elas, de forma discreta e quase sutil. 

O livro é dividido em partes, e cada uma delas se concentra em uma época da história da humanidade, ou as polêmicas histórias de amantes de religiosos e de políticos. Sem esquecer o apanhado que a autora faz sobre amantes como musas de artistas e em contextos literários. 

Acredito que Abbott tenha feito um trabalho muito fiel sobre o tema, Trata-se de um documento bem estudado sobre uma classe social que até então era apenas citada em biografias e livros de história. Vale lembrar que se os filhos das amantes ao longo da história fossem aceitos como herdeiros, talvez toda a linhagem da monarquia da idade média fosse diferente. Talvez isso fosse importante e talvez não. Nunca saberemos. 

Elizabeth Abbott coloca cada amante citada em seu livro como uma peça fundamental na construção de grandes homens da história. Seja de uma forma mais forte ou menos relevante. Mas se foram conhecidas ao longo do tempo, então tiveram seu grau de importância. 

Também vale lembrar que em momentos diferentes da história, e em lugares diferentes, a ideia da amante poderia ser bem visto ou mal visto, e isso independente de quem via: se homens ou mulheres. As vezes é apenas uma questão cultural, e o que parece bizarro para a gente no oriente, como casamento entre crianças, para os orientais o nosso comportamento também é estranho. 

O livro é um banho de história pela perspectiva daquelas que se escondiam através das tantas esposas e rainhas, no papel secundário na vida de vários homens. E na verdade, se olharmos com calma e imparcialidade, não eram tão secundários assim. 



Resenha de "Uma História Incomum sobre Livros e Magia" (Lisa Papademetriou)

Título: Uma História Incomum sobre Livros e Magia
Autora: Lisa Papademetriou
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Duas meninas encontram um livro mágico e cada uma se vê envolvida numa história que parece ser contada sozinha. Kai chega ao Texas para visitar sua tia-avó Lavinia – uma senhora extravagante, durona e fã de hip-hop. Do outro lado do mundo, no Paquistão, Leila deseja ser tratada como uma princesa pela família de seu pai e viver fortes emoções.
Elas só não fazem ideia de que seus mundos completamente diferentes estão prestes a se chocar graças a um enigmático livro em branco.
Quando Kai escreve no livro, suas palavras magicamente aparecem no exemplar de Leila. As meninas então percebem que O cadáver excêntrico reage a cada frase acrescentada – não importa se foi inspirada pelo ataque de um chihuahua ou por um mal-entendido com uma cabra – com um trecho da história de amor vivida por Ralph Flabbergast e Edwina Pickle mais de cinquenta anos antes.
Uma história incomum sobre livros e magia entrelaça essas três perspectivas – de Kai, Leila e Ralph – de uma forma divertida e emocionante. É uma narrativa mágica sobre o destino e os laços invisíveis que nos ligam uns aos outros.

 Despretensioso e mágico. Isso foi exatamente o que achei ao terminar de ler UHISLEM. 

Conhecemos a história de duas meninas, Kai e Leila, que estão em cantos diferentes do mundo e que misteriosamente entram em contato com o mesmo título de livro enquanto estão passando férias em casa de familiares. De um jeito que elas desconhecem, o tal livro, que incialmente tinha folhas brancas, começa a apresentar trechos de uma história que vai sendo contada a medida que as meninas interagem com ele. 

Eu fiquei completamente maluca para descobrir o final da história do que estava sendo contado no livro. A gente pode até pensar que a mágica aqui não seria uma mágica real, mas ela é. O livro realmente vai sendo escrito sozinho, e usa a vida das meninas do lado de fora como ponto de partida para começar um novo trecho da história. 

Depois o leitor fica curioso para saber como a vida das duas se entrelaçam ao livro, e onde a mariposa celestial entra nisso tudo. 

Não é que não tenha enxergado alguns defeitos na trama. Enxerguei e eles foram muitos. Mas acho que desde o início encarei esse livro como um infanto juvenil, e para o público a que ele se destinava, as partes faltantes eram super irrelevantes. Pequenos detalhes que passavam despercebido no meio da magia existente na história. Não me incomodaram a ponto de tirar estrelas do livro. 

Também dei boas risadas com ambas garotas, principalmente com Leila, que está passando as férias com a família do Paquistão e desconhece boa parte da cultura, metendo os pés pelas mãos vez ou outra na tentativa de acertar. Também é a que tem a reação mais engraçada quando descobre que o livro está interagindo com ela. 

Kai é mais centrada, Leila é a descontraida. E a forma como o livro une as duas é muito bacana. 

Não é um desses livros que carregam uma moral incrível por traz de histórias infantis. É de fato uma história infantil e apenas isso. Não estamos falando de um "Sol é para todos". 

Eu realmente curti. Me diverti e fiquei presa na história até as ultimas páginas. Queria muito descobrir o que diabos iria acontecer no final do tal livro que estava sendo escrito sozinho, e como as garotas iriam se ligar. 

Recomendo, apesar de achar que ele tem muito mais valor para pré-adolescentes do que adultos, A não ser que os adultos em questão encarem o livro como realmente ele é: Um livro para crianças. 

Lançamentos da Valentina

Olá, pessoal!
Recebi email essa semana da editora Valentina informando sobre os lançamentos delicinhas que estão chegando por ai.


Título: Coração?
Autor: Gail Carriger
Editora: Valentina
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Sinopse: Lady Maccon, a sem alma, está às voltas com uma nova conspiração, só que, desta vez, ela não é o alvo. Quando um fantasma enlouquecido revela que há um complô planejando um atentado contra a vida da rainha, a preternatural começa a investigar e segue uma pista que a leva a esquadrinhar, cada vez mais, o passado do marido. Como se não faltasse mais nada, ela ainda tem que lidar com uma irmã que resolveu participar do movimento sufragista (quanta ousadia!), o mais recente dispositivo mecânico de Madame Lefoux e uma praga de porcos-espinhos zumbis que mal lhe dão tempo de se lembrar de que, por acaso, está no oitavo mês de gestação. Será que Alexia conseguirá descobrir quem está tentando matar a Rainha Vitória, antes que seja tarde demais? Seriam os vampiros outra vez ou algum traidor em pele de lobo? E o que é, exatamente, essa criaturinha que resolveu aparecer no segundo melhor closet de Lorde Akeldama, na pior hora possível?



 Título: O Sonho do Café
Autor: Andrea Illy
Editora: Valentina
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Sinopse: Quem poderia contar melhor a história e os milhares de segredos do café um dosmais renomados produtos italianos no mundo - senão o homem que fez da excelência a sua missão de vida e profissional?Andrea Illy, o empreendedor visionário que comanda a illycaffè, compartilha conosco a trajetória da sua família e da sua empresa rumo à concretização do sonho de seu avô Francesco quando criou a marca: oferecer ao mundo o melhor café.
O sonho do café entrelaça os pontos de vista do empreendedor, do expert, do inovador e do homem como raramente acontece em livros sobre a história da comida. O livro tem por objetivo oferecer uma mensagem extraordinária e positiva sobre como a paixão e o trabalho com afinco associados à alta qualidade dos produtos podem gerar beleza, prazer, responsabilidade e inovação.

Resenha de "Tudo e Todas as Coisas" (Nicola Yoon)

Título: Tudo e Todas as Coisas
Autor: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito (Cedido em Parceria)
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Sinopse: "Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."

Tinha bastante tempo que não lia um livro da Novo Conceito. Já estava esquecida como é rápida a leitura dos livros dessa editora em minhas mãos, mesmo um Sick-Lit YA. Vamos combinar, não curto livros sobre doentes (não tenho coração para isso) e ando correndo de YA. 

Só que a campanha publicitária em cima de Tudo e Todas as Coisas foi tão absurdamente grande, e o livro é tão absurdamente lindo visualmente, que resolvi dar uma chance. Se não conseguisse chegar até a página 50, então deixaria de lado por um tempo até ter cabeça para esse tipo de livro. 

Olha minha surpresa absurda quando durante a leitura me dei conta de que já estava na página 118 e continuava com vontade de ler mais. 

Pois é, Tudo e Todas as Coisas me pegou de vez, e vou dizer alguns motivos para isso. 

Conhecemos a  vida de Madeline, uma adolescente que vive dentro de uma casa que mais parece uma bolha isolante. Ela tem uma doença em seu sistema imunológico que faz com que qualquer contato com coisas externas possa desencandear uma crise e levá-la a morte. 

Nada de amigos. Nada de idas ao cinema ou comidas exóticas. Tudo dela é milimetricamente cuidado para não agravar seu quadro. 

Mora com a mãe e a única outra pessoa a qual tem contato é sua enfermeira, Carla. Isso até uma certa família se mudar para a casa ao lado e trazer Olly junto. Um garoto que chama a atenção de Madeline através das janelas da casa. 

Como não tem muito o que se fazer presa, ela começa a observar os passos de toda a família, fazendo um registro de idas e vindas dos pais, dele e da irmã. E é por causa de um bandit (sobremesa) inquebrável que eles acabam fazendo amizade através des suas janelas, e posteriormente por mensagens de computador. 

O que posso dizer sobre esse livro que não seja exagerar demais para nenhum dos lados da corda? Deixe-me ver... 

Primeiro que ele vai te garantir algumas - muitas - risadas. O fato de Madeline ser doente e viver isolada causa um estranhamento no leitor, mas a forma com a qual ela trata algumas situações básicas do seu dia a dia faz com que tudo fique mais leve. E esse foi um dos pontos que me fez ler o livro numa velocidade deliciosa: Muitas páginas são transcrições dos diários dela, ou desenhos, ou resenhas dos livros que ela lê. Madeline tem uma forma leve de encarar sua situação, e isso é legal. 

Claro que tinha que existir um clichê básico no romance dos jovens! A forma como ele acontece (o romance, não a amizade) é meio forçado, e o fato do livro só nos mostrar o ponto de vista de Made, e não de Olly, faz com que fique meio sem explicação o encanto dele por ela. Afinal, é uma menina doente que além de inteligente e bem humorada, não me pareceu ter muitos atrativos, e repito que isso é porque não vi o ponto de vista dele. Além de que a autora insere vários fatos sobre o menino que não se explica, e mesmo que exista uma certa lógica na falta de explicação, achei que ela era necessária. 

Sabendo que existe um romance meio difícil de acontecer, daí o livro começa a dramatizar demais as coisas, e comecei a ficar entediada. Aquele exagero típico de jovens apaixonados. Sério, acho bem irritante. Essa foi a parte que não gostei. Contudo, graças a Deus que a autora escreveu um puta final, e deu uma baita virada na história. Achei por um momento que viria um mais do mesmo, mas não. Ela inovou e de um jeito bonito. Adorei o final! Tenho algumas ressalvas, mas a ideia dela foi mais forte que minhas ressalvas. 

Apesar de ter dado apenas quatro estrelas, e dei pelas falhas do meio do livro, o começo e o fim dele valem super a pena, Não me emocionei como vi acontecer com muita gente por ai, mas me encantei com o quão despretencioso foi o começo, e o tanto atrevido que foi o final. Recomendo mesmo. 

Caixa de Correio + Eliz + Snapchat

Tem um bom tempo que não trago esse tipo de postagem aqui, não é? E essa é muito especial porque chega com cheiro de bebê. 
Recomendo que assistam o vídeo inteiro. Falo um pouco de Eliz, a novidade incrível da minha vida, e o que penso sobre Snapchat. Além disso tem os (muitos) livros que chegaram aqui nos últimos meses. 


Resenha de "Pode Beijar a Noiva" (Patrícia Cabot)

Título: Pode Beijar a Noiva
Autor: Patricia Cabot
Editora: Essência/ Planeta (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Quando tudo parece estar perdido para Emma Van Court, que acaba de se tornar viúva, a promessa de uma grande fortuna lhe cai dos céus. Mas há uma condição para abocanhar a herança: ela terá de se casar novamente. Como não se especificou o noivo, todos os homens da pequena Faires, na Escócia, resolvem participar dessa corrida do ouro e passam a disputar as atenções da jovem viúva.Os competitivos pretendentes só não contavam com a presença de James Marbury, primo do falecido marido, Stuart, que chega ao vilarejo para ajudar Emma com os trâmites do inventário. No passado, os dois tiveram uma aproximação, e James ainda nutre fortes sentimentos pela, agora, viúva.
Conseguirá ele afastar a horda de interesseiros pretendentes e finalmente se juntar à sua amada?

Não é novidade que não sou a maior fã da Meg Cabot. Já comecei várias séries dela, mas não consigo me apegar a nenhuma. Leria A Mediadora inteira, mas o preço dos livros me desanimam totalmente. Contudo nunca havia lido nenhum dos livros dela usando o nome de Patricia Cabot, e resolvi arriscar. Acreditei que ler livros adultos dela poderia me dar mais ânimo, e não estava de um todo enganada. Até que gostei bastante. 

Nesse livro conhecemos a história de Emma, que perdeu o marido durante um surto de Tifo em uma cidadizinha na Escócia. Devido ao modo como a morte dele ocorreu, Emma teria direito a uma gorda herança, que só poderia ser liberada depois que a jovem se cassase novamente. Graças ao grande coração dela em querer doar tudo o que tem e ajudar a todos, o juiz local achou por bem que houvesse um marido para cuidar da montanha de dinheiro que ela receberia. 

Cidade pequena, notícia quente, e logo todos os homens solteiros do lugar começam a cortejar a viúva, em busca dessa herança gorda. Só que eles não contavam com a chegada do primo do noivo, James. Esse chega para prester condolências a noiva assim que soube da morte do primo, e acaba metido numa confusão dos diabos para proteger a viúva dos homens da região. 

A história tem um "que" bem clichê, né? Mas talvez esse fato tenha sido um super ponto positivo ao seu favor. O leitor sabe o que vai acontecer, e até como provavelmente as coisas vão se desenrolar. É a condução de como tudo acontece que passa a ser o método avaliativo do crítico sobre um livro desse tipo. Vamos combinar que romances de época seguem uma linha padrão que chega a ser ridícula de tão comum. Então nos resta nos apegar aos detalhes pequenos, como a construção dos personagens e o quanto dos envolvemos na trama. 

O diferencial desse livro para mim foi a quantidade de cenas absurdas e engraçadas presentes nele. Não morri de amores pelo casal principal juntos, mas eles são fascinantes como indivíduos separados, principalmente Emma. Na verdade, as reações de Emma a essas cenas absurdas é que são hilárias. Foi aqui que encontrei a briga mais ridícula entre homens por uma mulher, e uma vaca que precisou dormir na sala de uma cabana minúscula para não pegar chuva. (wtf?)

Fiquei imaginando se essa não é a fórmula para livros desse tipo. Inserir o máximo de cenas engraçadas possível. Pessoalmente eu amei esse detalhe em Pode Beijar a noiva! Basta saber se todos os livros da Patricia são divertidos dessa forma. Se forem, podem apostar que vou curtir muito mais os romances de época da autora do que curti os YA. 

Apesar de não ter me apegado demais a nenhum personagem do livro, amei por demais o desenrolar da história. Esse seria um livro bom para ler numa tarde chuvosa. Divertido, despretencioso e atinge seu objetivo.