Resenha de "A Maldição de Hollow" (Nora Roberts)

Título: A Maldição de Hollow
Autor:Nora Roberts[
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Quando tinham apenas 10 anos, Fox, Cal e Gage libertaram um demônio aprisionado havia séculos ao fazerem um pacto de sangue sobre a Pedra Pagã. O inocente ritual deu poderes sobrenaturais aos três jovens, mas lançou uma terrível maldição sobre Hawkins Hollow: a cada sete anos, a cidade é dominada por atos de loucura, violência e destruição.
Vinte e um anos depois, esses irmãos de sangue começam a enfrentar mais um ciclo de batalhas contra o demônio, que terá seu auge no sétimo mês. Mas desta vez não estarão sozinhos: ao lado do trio de amigos estão Quinn, Layla e Cybil, três mulheres corajosas ligadas a eles pelo destino.
Fox O’Dell, o advogado da cidade, é capaz de ler mentes, um talento que compartilha com Layla Darnell. A conexão entre eles pode se tornar o trunfo de que o grupo precisa para derrotar as trevas que ameaçam engolir a cidade. Porém, Layla está tendo dificuldade em lidar com sua recém-descoberta habilidade e com a forte atração que sente por Fox.
Em A maldição de Hollow, Nora Roberts dá continuidade à trilogia A Sina do Sete e prepara o leitor para o emocionante clímax dessa batalha sobrenatural em busca da salvação de uma pequena cidade.

 Essa é - de longe - minha série predileta da autora. Não posso dizer que sou uma leitora assídua dela. Corro dos livros onde o romance é exacerbado porque normalmente não tem mais nada no fundo de interessante. Mas dentre todos os livros dela que já li, essa série é que a tem o melhor pano de fundo. Já leram a resenha que publiquei do primeiro? Passa lá acessando esse link

Nesse segundo volume vamos entender como a equipe formada por Fox, Cal, Gage, Quinn, Layla e Cybil estão articulando a destruição do demônio que conhecemos no volume anterior, por meio de pesquisa e trabalho das duplas compatíveis. No primeiro tivemos Cal e Quinn, que tem a capacidade de ver o passado, e nesse Fox e Layla, que veem o presente. 

Como comentei na resenha do primeiro, essa é uma série onde o forte para mim fica por conta do sobrenatural da história, e não do romance em si. Possivelmente por isso gosto tanto dele. Gosto do romance? Sim, mas não acho que ele deva ser prioridade, e realmente Nora não trabalha como se ele fosse. 

Em A Maldição de Hollow em específico temos algumas cenas memoráveis. Uma meio Hitchcock , e outra que me ganhou completamente. Quando os seis personagens estão visualizando um tipo de ilusão coletiva. A cena ficou absurdamente tensa e bem estruturada. Eu a amei! Certamente é o forte desse volume. 

Curto o casal, mas eles são tipicamente o casal do meio, saca? Quando numa trilogia o melhor fica para o fim, e o do meio é o aquele morno que serve só como ponto para o clímax da história? Pois é... esses são Fox e Layla. Eles não são ruins, só não são os melhores. 

Apesar de Hollow ser essa cidade amaldiçoada, eu a adoro! Gosto da forma como Nora escreve sobre lugares e os faz passar um sentimento de lar tão grande. Ela faz isso com Hollow de uma maneira terna. O lugar é super vívido em minha cabeça, e amo isso. 

Temos aparições tenebrosas do demônio nesse volume, provavelmente mais até do que no volume anterior, porque aqui ele está com raiva e quer machucar o grupo com vontade. Pessoalmente fico ansiosa esperando as cenas dele. São as melhores. 

Nora trabalha muito bem com sobrenatural. Mas nessa série ela está simplesmente arrasando. Estou doida para ver como ela finaliza, e de que modo vão destruir o demônio, porque claro, irão destruir. Sobrenatural ou não, ainda é Nora Roberts. 

Recomendo de verdade essa série. Mas, vou repetir, o forte não é romance, mas o sobrenatural e a ligação desse grupo em relação a esse demônio é bem bacana. 


Resenha de "Louca" (Chlóe Esposito)

Título: Louca
Autor: Chloé Esposito
Editora: Globo Livros (Cedido em Parceria)
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Sinopse: A vida de Alvie Knightly está um caos: odeia o seu emprego, sua vida amorosa não lhe empolga mais e ela passa a maior parte do dia bêbada. A existência de Alvie parece exatamente o oposto da de sua gêmea idêntica, a perfeita, Beth. Enquanto ela passa a maior parte do tempo stalkeando os outros nas mídias sociais, come kebabs no café da manhã e sua companhia mais constante é o seu vibrador, Beth casou-se com um italiano atraente e podre de rico, tem um belo bebê e sempre foi a favorita da família.
Depois de ser demitida e jogada na rua pelos colegas de apartamento, Alvie viaja à Sicília e, assim que chega, Beth pede para trocar de lugar com ela por apenas algumas horas para que ter algumas horas só para si, sem as cobranças do marido e a responsabilidade com o bebê. Alvie se anima com a chance de assumir a existência magnífica da irmã, mesmo que só por pouco tempo. Mas quando a noite termina com Beth morta no fundo da piscina, Alvie percebe que esta é a chance de mudar sua vida. Ela é louca, má, perigosa — e irresistível.

Esse foi um livro que me dividiu um bocado. Sabe aquele que você ama e odeia com a mesma intensidade? É esse para mim! E quando paro para pensar nisso me sinto uma sociopata, porque o fato de ter gostado em parte dele se deu exclusivamente a personalidade da protagonista, e ela é altamente sociopata.  Então... será que sou também?

Alvie e Beth são gêmeas. Não daquelas que sentem a mesma coisa, ou que tem um amor eterno. Mas das que tem animosidades demais até para inimigos, avalie para irmãs!

Beth é escritora, bem de vida, tem um marido lindo e gostoso, uma casa na Itália, filho, um corpo perfeito e um bronzeado de matar. Já Alvie é o completo oposto disso. Sozinha, desempregada, rancorosa e tem problemas sérios de pontas duplas no cabelo.

Quando Beth insiste para que a irmã vá visitá-la na Europa, Alvie vai mais para aproveitar a viagem de primeira classe e por estar sendo despejada da casa onde mora, do que realmente por saudade da irmã. E quando Beth pede para trocarem de lugar por um dia, Alvie acaba aceitando por pura inveja de sentir o que seria ter a vida da outra. Só que quando a irmã morre na piscina, ela entende o peso das ações delas e corre para buscar entender o que estava acontecendo na vida de Beth de tão ruim, já que isso recaiu sobre ela.

Apesar dessa capa leve, o livro passa longe de ser assim. Tem o humor negro e sarcástico de Alvie pincelado em todas as páginas, mas o forte dele não é o humor - apesar de pessoalmente eu ter amado. É justamente o horror. E não estou falando de horror tipo fantasmas e zumbis, mas no terror que existe em cada um de nós, e que muitos autores passam por cima criando sempre aqueles protagonistas bonzinhos que nunca tiveram vontade de matar alguém.

Uma coisa é certa sobre ele... Não há um único personagem bonzinho, com exceção, talvez, do bebê. E ainda acho que ele pode dar uma de Creed em Cemitério Maldito e assassinar alguém. HAHA
É essa ideia de ter criado um grupo de pessoas tão cruéis e egoístas que me fez gostar desse livro, por mais estranho que isso seja. Já disse... Talvez eu também seja uma sociopata.

Alvie é má! Louca e bem má! Ela e a irmã tiveram situações ruins e difíceis no passado, e ela está vindo durante anos com aquilo tudo acumulado. E quando surge a oportunidade de explodir, explode com vontade. E acredite, você não ia querer estar na frente dela quando isso aconteceu.

Mas olhe, apesar da vida perfeitinha de Beth, ela também passa longe da idealização de angelical que a irmã pinta dela. Alvie vai descobrindo isso aos poucos, e talvez se adaptando melhor a ideia de que a irmã talvez fosse um pouco parecida com ela, no final das contas.

Não estou dizendo que concordo com tudo o que Beth faz de ruim nesse livro, mas a autora criou uma personagem que sabe defender o que faz com uma certa lógica lunática. Tinha horas que achava ela fria demais, fato, mas entendia a frieza. Eu ENTENDI essa personagem. Não era uma mulher normal, logo não tem como ter atitudes normais.

A primeira parte do livro é bem lenta, mas isso vai se ajeitando com o tempo. Quando chega o momento das descobertas e ações, então ele melhora de ritmo e a gente lê feito louco esperando pela próxima atitude absurda da personagem.

Como disse, foi um livro que me dividiu. Eu o odiei porque os personagens eram malucos e cruéis, mas o amei pelo mesmo motivo. Parece doido, né? Talvez seja mesmo. Me identifiquei com a maluca e fim de papo. Que se dane se sou louca também!

Não é um livro que recomendo para todo tipo de leitor. Tem que ter estômago e um psicológico um tanto doente para ler sem querer vomitar na protagonista a cada cinco páginas. Ela é nojenta em muitos sentidos, mas ela assume quem é e o que faz, e isso é mais do  que muita gente que finge ser boa é capaz de fazer.






Programação de Leituras de Setembro


Olá, pessoal!
Postei um vídeo ontem falando sobre como programo meu mês de leitura. Usei o mês de setembro como exemplo, mas faço isso com todos eles. Nem sempre sigo a risca, porque as vezes surge algo que quero muito ler, ou uma prioridade que demorou a chegar. Mas a base é essa.
Espero que gostem.
Ahh, aproveitem e se inscrevam no canal!


Zafón retorna com tudo!

Se vocês ainda não leram Zafón, parem de ler essa budega de post e vão correndo ver os livros dele! Eu sou apaixonada por todos! No momento estou lendo O Prisioneiro do Céu justamente porque vamos ver mais um pouco da Biblioteca dos Livros Esquecidos com o novo lançamento do autor - e demorou, heim!
Vamos conhecer um pouco de O Labirinto dos Espíritos através da sinopse. Mas garanto que nada do que se leia em sinopses chega aos pés do que vocês vai experimentar de sensações ao ler os livros desse cara. Sou realmente muito fanática por ele.


Sinopse: Madrid, anos 1950. Alicia Gris é uma alma nascida das sombras da guerra, que lhe tirou os pais e lhe deu em troca uma vida de dor crônica. Investigadora talentosa, é a ela que a polícia recorre quando o ilustre ministro Mauricio Valls desaparece; um mistério que os meios oficiais falharam em solucionar. Em Barcelona, Daniel Sempere não consegue escapar dos enigmas envolvendo a morte de sua mãe, Isabella. O desejo de vingança se torna uma sombra que o espreita dia e noite, enquanto mergulha em investigações inúteis sobre seu maior suspeito — o agora desaparecido ministro Valls. Os fios dessa trama aos poucos unem os destinos de Daniel e Alicia, conduzindo-os de volta ao passado, às celas frias da prisão de Montjuic, onde um escritor atormentado escreveu sobre sua vida e seus fantasmas; aos últimos dias de vida de Isabella, com seus arrependimentos e confissões; e a intrigas ainda mais perigosas, envolvendo figuras capazes de tudo para manter antigos esqueletos enterrados.

Robert Langdon está de volta!

Olá, pessoal!
Passando para lembrar, provavelmente vocês já sabem, mas Robert Langdon está voltando! Eu ouvi um iupi? IUPI!!!
Sou super fã dos livros do Brown com esse protagonista, e estou bastante ansiosa para que Outubro chegue logo. E se você é ansioso, como eu, segue abaixo link da pré-venda do livro. Leia a nova aventura de Robert antes de todo mundo!


Sinopse:
DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”.
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.

Link de compra: Saraiva

Minha Lady Jane (Cynthia Hand/Brodi Ashton/Jodi Meadows)

Título: Minha Lady Jane
Autoras: Cynthia Hand/Brodi Ashton/Jodi Meadows
Editora: Gutenberg
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Sinopse: Toda história tem sempre duas versões…
Inglaterra, século XVI, dinastia Tudor. O jovem Rei Eduardo VI está à beira da morte e o destino do país é incerto. Para evitar que o poder caia em mãos erradas (leia-se: nas mãos de Maria Sangrenta), Eduardo é persuadido por seu conselheiro a nomear Lady Jane Grey, sua prima e melhor amiga, como a legítima sucessora
Aos 16 anos, Jane está em um relacionamento muito sério com seus livros até ser surpreendida pela trágica notícia de que terá de se casar com um completo estranho que (ninguém lembrou de contar para ela) tem um talento muito especial: a habilidade de se transformar em cavalo. E, pior ainda, descobre que está prestes a se tornar a nova Rainha da Inglaterra!
Arrastada para o centro de um conflito político, Jane suspeita de que sua coroação na verdade esconde um grande plano conspiratório para usurpar o trono. Agora, ela precisa definitivamente manter a cabeça no lugar se… bem, se não quiser literalmente perder a cabeça.
Um rei relutante, uma rainha-relâmpago ainda mais relutante e um nobre (e) garanhão puro-sangue que não se conformam com o destino que lhes foi reservado; uma história apaixonante, envolvente, cativante, sedutora… e mais uma porção de sinônimos que só Lady Jane seria capaz de listar. Tudo com uma leve semelhança com os fatos históricos.
…afinal, às vezes a História precisa de uma mãozinha.

HILÁRIO! Fazia tempo que não ria tanto com um livro. Conseguiu bancar muitos dos livros da Sophie Kinsella, e isso para mim é um puta elogio. Mas não foi só por conta das partes cômicas que esse livro levou cinco estrelas, mas pelo uso eloquente e maravilhoso dos fatos históricos entrelaçados com um teor de fantasia muito bacana. 

Eduardo é o rei e está morrendo. Ainda com dezesseis anos, se encontra acamado com a Moléstia. O que provavelmente o povo hoje conhece como tuberculose e que era muito comum naquela época. Ele é um Tudor, um dos filhos de Henrique VIII. Não o primogênito, mas o único homem e herdeiro legítimo da coroa inglesa. 

Como um dos seus últimos atos, ele assina um documento passando sua coroa para a prima Jane Grey, e cedendo a mão da mesma em casamento para Gifford, o filho caçula de seu conselheiro real. O problema é que Gifford só é um homem em metade do dia. Na outra metade ele é um cavalo. Isso mesmo, um cavalo!


Gifford é um edjano. Podemos dizer que um edjano é tipo um metamorfo. Todo edjano se transforma em um animal. Um único animal, e vem e vão dentro das transformações quando quiserem. Com exceção de nosso protagonista, que se transforma em cavalo do nascer do dia até o por do sol. Como se fosse uma maldição. 

As informações que dei são as únicas que realmente vejo relevância serem ditas sem ter lido o livro. De resto acho que precisam descobrir sozinhos. O livro é narrado pelos três protagonistas, revezando entre eles os capítulos, o que considero bem bacana, visto que você enxerga determinada situação com os olhos que as escritoras querem que a gente enxergue. Isso faz toda diferença. 

Logo de início achei que o livro iria me decepcionar. Gostava das partes de Jane e Gifford, mas não gostava das de Eduardo. Até que algo acontece com ele e eu mudei completamente de lado. Queria ver as cenas dele tanto quanto queria ver as de Jane e Gifford. Acabou que me vi presa totalmente pelos três. Acho que é raro me sentir presa por três protagonistas dessa forma. Muitos pontos ao livro por isso. 

Eles são divertidos, espirituosos e novos, e por isso fazem muita merda por "achar" que é a coisa correta a ser feita. Isso acaba sendo bem divertido. Outra coisa hilária é a intromissão das autoras na história. Eles param a narrativa para explicar coisas históricas sobre cordas ou sobre cavalos. Sério, é bem engraçado. Na verdade, a frase que vai logo nas primeiras páginas do livro já me fez rir. 

Fico muito feliz por me sentir uma historiadora depois de ter lido Minha Lady Jane. Fui pesquisar o quanto de verdade tinha na história, e me impressionei por muita coisa ali ser verídica. Elas fizeram uma trabalho de pesquisa incrível. Nomes, locais, referências... Muito bom! E as partes onde entra a fantasia, como o lance dos edjanos, eu enxerguei as diferenças religiosas no país. 

Bem se sabe que essa parte da história do trono Tudor inglês, houve muita briga por conta de religião. Maria, a filha de Henrique que assumiu depois que Eduardo morre (e isso é diferente no livro), vai totalmente de encontro a proposta religiosa do pai, e isso causa um rebuliço grande. No livro, ela é contra os edjanos. Então vi uma ligação forte entre uma coisa e outra. A ligação entre história e fantasia é bem crível, na verdade. Quase acreditei nos edjanos. 

O final é bem diferente da história, que sabemos ter sido trágica para a maioria deles. O livro é leve, com altas cenas divertidas, personagens super carismáticos e situações históricas deliciosas de serem lidas pela visão que elas colocaram. 

Amei , amei, amei o livro! Recomendo pra caramba para quem ama esse tipo de leitura leve e fofinha.

Mudança de conteúdo, pode?


Olá, pessoal!
Gravei um vídeo falando sobre os canais que tem mudam o tipo de conteúdo depois de algum tempo. Como isso influencia o inscrito. Ficou uma discussão bem interessante. Passa lá!


Perder uma parceria é falha minha?


Essa semana perdi mais uma das minhas parcerias. E ao mesmo tempo que bate um alívio, porque isso significa mais tempo para ler outras coisas, também me bate uma tristeza por achar que meu trabalho anda falho e que não sou boa o suficiente e esse monte de caraminholas que a gente coloca na cabeça para justificar ter perdido algo que lhe era tão importante. 

Claro que sei que não tenho a mesma produtividade que tinha alguns anos atrás, principalmente antes de Eliz. Eu tinha mais tempo e mais disposição para criar conteúdos diversos e movimentá-los, divulgando nas redes sociais. Acontece que não possuo mais isso, e por vezes vejo estilos de posts que antes tinham 1000 acessos, terem 30. É uma falha minha como blogueira? Também, mas tem muito dessa roda vida que vive a internet. 

Quem é blogueiro bem sabe que as visualizações nas postagens dos sites andam em baixa em relação há três, quatro anos atrás. Agora as pessoas correm para o Youtube e Instagram. Sites e Facebook andam sendo menos usados, e daí a quantidade de visualizações diminuem consideravelmente. 

Já pensei em migrar e ficar apenas com o canal e a conta no IG. Mas, sei lá, digamos que eu seja muito apegada a isso aqui. Que o blog é um pedaço de quem eu sou e que ele ajudou a me reconstruir em momentos complicados da minha vida. Eu gosto de vir, de conversar, de fazer desse diário online um modo de outras pessoas sentirem o que senti com filmes, livros e as coisas do meu dia a dia. Então não, abandoná-lo não é uma opção. Mas me concentrei em trazer apenas o que dava mais visualização, que são as resenhas, e deixei todos os outros tipos de post para quando eu tiver mais tempo, ou as coisas melhorarem por aqui. Por hora, vamos empurrando com a barriga como dá. 

Como coloquei lá em cima, perder a parceria me fez sentir uma liberdade que há muito não sentia. Agora só tenho que me dedicar a Arqueiro, e vez ou outra ao que recebo de Felipe da Cia. de Letras. Isso que dizer que se eu ler seis livros no mês, e estou colocando uma média baixa, quatro deles serão os que estão parados na estante que há muito queria ler. Isso é um grande avanço, não? 

Claro que fico louca com as novidades, e por ter tido parcerias com editoras diversas por uma porção de tempo, criei vínculos que me permite vez ou outra falar com os contatos e ver se eles me conseguem aquele livro especial que lançou e que não posso comprar. Por isso é importante começar uma parceria livre de problemas, e terminar do mesmo modo. 

Sem contar que tenho uma facilidade enorme de conseguir empréstimos de ebooks lançamento. Não tenho coragem de pagar 30 reais em um livro digital, mas conheço diversas pessoas que tem e sou super cara de pau de pedir para ler também. Quando se trata de livros, tudo ainda é pouco. 

Então, visto que tenho essa facilidade de conseguir os livros que quero ler, porque ter parcerias? Elas me obrigam a dedicar um tempo exclusivo para aqueles livros, que as vezes nem quero ler agora, escrever resenhas em tempo recorde e enviar os links de comprovação para as editoras. Só eu penso que isso me parece pressão demais? E se ainda fosse uma editora, beleza, mas imagina uma pessoa que tem sete, oito? Ler o que tem em casa parado, jamais! 

Fico triste, lógico, por não ser mais suficiente para aquela empresa. Por ter falhado no meu trabalho - e tenho falhado muito - ou por não ter os mesmos números que blog X ou Y. Mas, vamos combinar, o que mais se vê é a mesma patotinha passando nas seleções das editoras. Os mesmos blogs grandes se repetindo em todas as seleções. E daí fico pensando... Será que isso é jogo para essas editoras? Quer dizer, esse blog grande vai ter tempo de ler aqueles 20 livros e publicar resenhas em tempo hábil ao lançamento, trazendo assim o retorno que a editora precisa?

Para mim essas parcerias deveriam ser informatizadas em forma de rodízio. Se eu tivesse uma editora, isso seria a coisa que faria. Digamos que 50 blogs sejam parceiros por seis meses, ou um ano. No ano seguinte eu quero outros 50 blogs. Não repetir os mesmos anteriores até ter coberto todos os blogs que tenham interesse em ter uma parceria comigo. Isso seria de uma justiça tremenda, e daria um braço por uma editora que possuísse uma postura semelhante. 

Sabe o que li certa vez de uma editora? Que time que esta ganhando não se deve mexer. É quase um... estamos com esses 50 blogs de números altos e vamos ficar apenas com eles porque está dando certo. Só eu vejo como isso é triste para quem, como eu, tem seis anos de estrada e não consegue ser um dos grandes, apesar de todos os esforços de ter tentado? Ou para quem está começando agora e só quer uma oportunidade?

Enfim, é assim que as coisas são. Então ou você entra no embalo "Valorize o Booktuber", e aí incluo os blogs literários de maneira geral, e para de fazer trabalho para as editoras em troca apenas de livros, ou você vai passar uma vida ralando feito um condenado para tentar ser visto por uma delas. E sinceramente? Isso cansa pra cacete! Acreditem em mim, vivo essa tormenta há anos. Acho que é necessário que você imponha respeito para fazer essas empresas te respeitarem. Chega de mendigar, né gente?! E tem muita editora que praticamente obriga um Jogos Vorazes entre quem quer entrar nela. Absurdo!

Estou triste porque me sinto falhando como formadora de opinião - preciso melhorar minha auto estima que anda péssima ultimamente. Mas também estou com aquela sensação que tirei um mundo de cima dos meus ombros, porque tenho tanta coisa que quero ler aqui parada... Quem sabe isso não seja também um sinal divino para me dizer que preciso colocar para andar a escrita dos meus próprios livros? Nunca se sabe. Mas acredito que agora seja a hora de descobrir.



Últimos filmes vistos

Bom dia, meu povo! 
Faz tempo que não faço postagem sobre cinema por aqui, né? Ando assistindo poucos filmes, por pura falta de tempo, e acabo esquecendo de trazer quando assisto. 
Então hoje vamos falar um pouco do que achei sobre cada um dos últimos que vi. A lista deveria ser maior, mas daí o post iria ficar imenso. Por isso me fiei a realmente os últimos. 
Vamos lá!



Até agora estou tentando entender o que diabos as pessoas esperavam desse filme. Vi tanta crítica negativa que me peguei pensando sobre as expectativas delas.
Eu cresci vendo Power Rangers, e uma das coisas que mais gostava era a tosquice da série. A ideia não era ser uma superprodução, e achei bem nostálgico assistir um pouco dessa tosquice aqui também.
Esperavam um enredo inteligente? É aquilo ali, gente! Estamos falando de Power Rangers! A diferença entre esse e a série é simplesmente recurso tecnológico. De resto é a mesma budega. Então vamos parar de cobrar tanto de algo que não prometia muito. 






Outro monte de crítica negativa e que eu não entendi. Simplesmente AMEI esse filme, com força! Ele é muito mais veloz do que o do Peter Jackson. Não tão poético, fato, nem tem a mesma linha da história original. Mas a proposta não era essa, e eles souberam cumprir o que prometeram. Entregam um filme com fotografia impressionante, muitas cenas de ação e um desenrolar altamente aceitável. Eu gostei demais dele.
Sem contar que tem o Tom - maravilhoso e lindo - como protagonista.
Os tempos são outros, e ainda assim vi um tanto de sexismo no elenco. Entendo, em partes, mas queria ter visto mais mulheres em ação. Quem sabe não façam um Kong versão 2017? Sonhar custa nada. 






Porque esse filme fez tanto sucesso? Boa pergunta! Emma Watson, talvez? Ser uma réplica quase exata do musical que boa parte dessa galera amava quando criança? Possivelmente. O fato é que achei o filme bem mais do mesmo. Gosto mais daquela versão de A Bela e a Fera que é anterior a essa, e olhe que amo musicais!
Minhas partes prediletas eram os objetos da casa, que não tenho do que me queixar. Ficaram incríveis! Mas só.
Parece que a Disney pegou gás de adaptar outros clássicos da mesma forma. Já vou avisando que se estragarem Alladin, Mulan ou Anastasia, cabeças vão rolar!







Muito. Demais para mim.
Não gosto desse estilo de filme. Fico depressiva quando assisto. Mas minha mãe implorou por companhia e fui ver com ela. Dormi e tive que voltar pelo menos três vezes.Talvez por isso não tenha absorvido o que precisava absorver dele.
Como já falei várias vezes, não sou boa lidando com mortes, principalmente mortes de crianças, e eu queria gritar na cara do protagonista várias vezes que essa porcaria de dor não passa nunca. Vai sempre voltar e martelar nosso juízo.
Não me senti em paz quando acabei, pelo contrário. Fiquei ansiosa e precisei de um dia inteiro lendo besteira para não pensar mais nele.
Pode ser para outro tipo de gente, para mim não rolou. 





O QUE MERDA FOI ESSE FILME?
Terminei de assistir pensando como conseguiram verba para produzir uma porcaria como essa. Um horror!
Não sei se isso é preconceito de fã, porque sou alucinada pelos filmes antigos de múmia, mas esse aqui não engoli.
O personagem do Tom é um saco, faz merda demais para um homem adulto, e não justifica as merdas que faz.
O enredo é fraco e tem tanta cena desnecessária que dá nos nervos.
Enfim, dinheiro jogado fora. 

Leituras de Julho


Olá, pessoal!
Segue vídeo com as leituras que fiz em julho. Espero que gostem.


Conheçam Improváveis Deslizes

Título: Improváveis Deslizes
Autor: Carol Teles
Comprar: Amazon


Sinopse: Depois da trágica morte de sua irmã, Noah descobriu o que era culpa e ódio. Passou anos arquitetando como reparar o maior de seus deslizes, numa busca incessante que custaria a sua humanidade, e talvez a própria vida.Em meio a descobertas perigosas, jogos políticos sádicos e um leque de problemáticas relações familiares, o homem solitário tenta encontrar paz em meio a vingança, ignorando as pessoas que gostam dele, mas acolhendo qualquer um que possa vir a ser útil para seus planos. O que ele não esperava, era que as pessoas que viriam a ser úteis para seus planos, pudessem ser as mesmas que gostavam dele.
Sombrio, misterioso e com a narrativa caótica das mesas de poker, Improváveis Deslizes mostra ao leitor que nem sempre é possível procurar por monstros sem se tornar um no caminho. E que mesmo o mais lógico dos nossos erros, podem ser simplesmente improváveis deslizes.


Entenda a criação da obra



Conheçam os Improváveis

Escritores chamam de avatar aqueles rostos conhecidos (atores, músicos, modelos... ) que eles usam de inspiração na criação de um personagem.

Pessoalmente acho um recurso visual bastante válido, e nem sempre uso o rosto integral de alguém. As vezes é só a ideia ou a sensação que aquela pessoa me causou em um filme, por exemplo.
Apresento abaixo os avatares dos personagens principais de Improváveis Deslizes. Mas ATENÇÃO: se você for daqueles que preferem imaginar, passe essa postagem logo para o fim!




Noah: Protagonista da história. Piloto da FAB, encontrou a irmã morta quando criança, e desde então está sempre a procura o assassino. 

Zoe: Protagonista da história. Filha de uma senadora, Zoe é fotógrafa por amor, e sempre vai de encontro a mãe por divergências de personalidade. 


Henrico: Auxiliar de fotografia de Zoe.

Rebekah: Irmã de Noah. Assassinada quando criança. 

Seth: Meio irmão adolescente de Noah e Zoe.  



Hugo: Um dos Improváveis mais velho. Tem uma banda de rock e é modelo. 

Gordo: Também Improvável. Vive em um cemitério de aviões com a esposa, que é dona de um buffet

Letícia: Improvável. Jornalista política.


Efraim: Deputado. Ex marido de Abigail, hoje marido de Olga. Pai de Rebekah, Seth e Noah. Descendente de árabes. 

Olga: Senadora. Esposa de Efraim, mãe de Seth, Emily e Zoe. 

Abigail: Primeira esposa de Efraim. Esquizofrênica. Mãe de Rebekah e Noah. 


Benito: O filho caçula de Alberto Campus. Esquizofrênico. Herdeiro de um império de café.

Murilo: Irmãos mais velho de Benito. Herdeiro de um império de café.

Félix: Vizinho de Noah e Abigail. Ex combatente de guerra. Toma conta de Abigail quando necessário.


Emily: Irmã de Zoe e Seth. A mais velha das irmãs Albuquerques. Arquiteta. Improvável

Leandro: Marido de Emily. Detetive da narcóticos. Improvável. 


Vinícius: Improvável. Fisioterapeuta de Abigail. Um dos caculas do grupo.

Caio: Improvável, Hacker de computadores. Irmão de Vinícius.

Resenha "Caraval" (Stephanie Garber)

Título: Caraval
Autor: Stephanie Garber
Editora: Novo Conceito
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Sinopse: Scarlett nunca saiu da pequena ilha onde ela e sua irmã, Donatella, vivem com seu cruel e poderoso pai, o Governador Dragna. Desde criança, Scarlett sonha em conhecer o Mestre Lenda do Caraval, e por isso chegou a escrever cartas a ele, mas nunca obtivera resposta. Agora, já crescida e temerosa do pai, ela está de casamento marcado com um misterioso conde, e certamente não terá mais a chance de encontrar Lenda e sua trupe, mas isso não a impede de escrever uma carta de despedida a ele.Dessa vez o convite para participar do Caraval finalmente chega à Scarlett. No entanto, aceitá-los está fora de cogitação, Scarlett não pretende desobedecer ao pai. Sendo assim, Donattela, com a ajuda de um misterioso marinheiro, sequestra e leva Scarlett para o espetáculo. Mas, assim que chegam, Donattela desaparece, e Scarlett precisa encontrá-la o mais rápido possível.
O Caraval é um jogo elaborado, que precisa de toda a astúcia dos participantes. Será que Scarlett saberá jogar? Ela tem apenas cinco dias para encontrar sua irmã e vencer esta jornada.

Não sei exatamente o que esperava desse livro. Na verdade quando o comprei não tinha nem noção do que se tratava. Desses livros que a gente compra porque achou a capa linda, saca? Era uma fantasia, tinha uma capa linda, então eu me joguei. Não posso dizer que o livro é de um todo ruim, mas vamos combinar que ele passa longe de ser maravilhoso. 

Scarlett passou a vida esperando por magia. Escrevia para o mestre do Caraval com frequência, que era a pessoa que possuía a única ilha onde a magia circulava. Mas ele nunca respondeu suas cartas, e ela cresceu sob a proteção - exagerada - do pai, tentando a todo custo proteger a irmã, Donattela, da frieza que era uma vida em tons de cinza da normalidade. 

Quando está perto de se casar, Scarlett recebe notícias do mestre do Caraval, junto a três convites para participar dos jogos daquele ano. Apesar de querer conhecer muito a magia, Scar fica na dúvida se deve ou não ir, já que isso colocaria tanto a ela como a irmã em sérios problemas. Só que ela não imaginava que a espevitada Tella, sua irmã, já tinha um plano armado junto a um marinheiro conhecido dela para que os três possam ir para Caraval.  

O que posso citar de pontos positivos, podem se tornar negativos até o final dessa resenha. Por exemplo... Scar começa como uma personagem bastante centrada e difícil. E por mais que eu quisesse que vez ou outra ela cedesse um pouco, gostava do que a autora tinha feito com a protagonista. Da personalidade socialmente correta da menina. Claro que ela muda até o final do livro, mas não consigo acreditar em mudanças drásticas que acontecem em um ou dois dias, e isso meio que me decepcionou. 

O clima do Caraval também é uma coisa que tinha tudo para ser grandiosa, mas acabou não sendo tanto assim. É como se a gente visse um pote de ouro no fim do arco-íris e quando chegasse lá não tivesse mais nada. A autora joga uma ideia genial, mas se preocupa tanto com o que Scarlett pensa, Scarlett faz, que esquece de trabalhar o tema central do livro dela, que é o Caraval. Sim, conseguimos ver as pitadas de magia, mas poderiam ser bem maiores do que foram. Muito mesmo. 

E ai temos esse relacionamento de Scarlett com o tal mocinho genioso. O mocinho é uma ótimo personagem, cheio de segredos e tem aquela coisa de nos fazer suspirar. Mas foi rápido demais, e olhando bem, meio que você não vê a coisa acontecendo, só quando acontece. A perspectiva do olhar é de Scarlett, e eu ficava confusa em qual era o foco dela dentro do Caraval. É quando se tem tanta coisa para trabalhar, que 300 páginas de um livro se torna pouco. 

Era um livro que pedia um pouco mais em relação a tudo. Gostei do final e da "enganação" que a autora faz ali, principalmente em relação a Lenda, mas ainda assim acho que podia ser mais. Vou sempre exigir dos autores mais do que eles me dão quando sei que podem entregar isso. 

Enfim, é um bom livro, de leitura leve e rápida. Mas devo salientar que é um tanto confuso em algumas passagens e para mim foi um pouco decepcionante em outras.

Resenha de "Minha Vida (Não Tão) Perfeita" (Sophie Kinsella)

Título: Minha Vida Não Tão Perfeita
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
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Sinopse: Dramas, confusões e uma boa dose de amor são os ingredientes do novo romance de Sophie Kinsella. Uma divertida crítica aos julgamentos errados que uma boa foto no Instagram pode gerar. Cat Brenner tem uma vida perfeita mora num flat em Londres, tem um emprego glamoroso e um perfil supercool no Instagram. Ah, ok... Não é bem assim... Seu flat tem um quarto minúsculo sem espaço nem para guarda-roupa , seu trabalho numa agência de publicidade é burocrático e chato, e a vida que compartilha no Instagram não reflete exatamente a realidade. E seu nome verdadeiro nem é Cat, é Katie. Mas um dia seus sonhos se tornarão realidade. Bom, é nisso que ela acredita até que, de repente, sua vida não tão perfeita desmorona. Demeter, sua chefe bem-sucedida, a demite. Tudo o que Katie sempre sonhou vai por água abaixo, e ela resolve dar um tempo na casa da família, em Somerset. Em sua cidadezinha natal, ela decide ajudar o pai e a madrasta com a nova empreitada do casal: os dois planejam transformar a fazenda da família em um glamping, uma espécie de camping de luxo e estão muito empolgados com o novo negócio, mas não sabem muito bem por onde começar. E não é justamente lá que o destino coloca Katie e sua ex-chefe cara a cara de novo? Demeter e a família vão passar as férias no glamping, e Katie tem a chance de, enfim, colocar aquela megera no seu devido lugar. Mas será que ela deve mesmo se vingar da pessoa que arruinou sua vida? Ou apenas tentar recuperar seu emprego? Demeter - a executiva que tem tudo a seus pés - possui mesmo uma vida tão perfeita, ou quem sabe, as duas têm mais em comum do que imaginam? Por que, pensando bem, o que há de errado em não ter uma vida (não tão) perfeita assim?

Quando se trata de Sophie Kinsella, eu sempre espero o máximo. Foi a primeira autora de chick lit que me deixou apaixonada e rindo a toa com um livro, então a tenho em super alta cota. Infelizmente esse livro não alcançou o que esperava dele. E nem posso dizer que foi um problema relativo ao momento em que o peguei. Simplesmente não funcionou e fim de papo. 

Vamos acompanhar aqui a vida de Cat, que sempre sonhou em morar em Londres, e tem seu desejo realizado quando consegue um emprego em uma firma de publicidade. Só que o que ela imaginou em seus sonhos: flat bacana, centro badalado, emprego vantajoso, na verdade não existe. Mora em um apartamento pequeno com mais duas pessoas, trabalha tão longe de casa que precisa acordar quase quatro horas antes, e não tem amigos por perto. É um horror, mas que ela compensa fingindo para o mundo que sua vida é perfeita através das redes sociais. 

Algo acontece em seu trabalho e Cat é obrigada a passar um tempo na casa do pai, numa fazenda de interior onde ela cresceu. E quando ele e a nova esposa resolvem transformar o lugar em um hotel de campo de luxo, Cat se entusiasma com a ideia e resolve ajudá-los. Só não contava que sua ex chefe, a que a demitiu sem dó nem piedade, aparecesse para curtir o lugar com a família. Então Cat resolve transformar os poucos dias da mulher ali num verdadeiro inferno. 

Ok, a sinopse promete, não? Isso é verdade. E confesso que tem muitos, diversos momentos engraçados, principalmente do que Cat faz Demeter passar na fazenda. Mas sabe quando você lê um livro e fica toda hora pensando que a autora está forçando uma situação? Pois é. Foi o que senti aqui. Nunca percebi Kinsella criando situações para forçar riso, e foi o que ela fez com esse livro. E hoje, depois de um bom tempo de leitura, penso que talvez a própria autora não estivesse em um bom momento quando o escreveu. Está tudo lá, nas entrelinhas da história. 

Os momentos dramáticos eram mais pesados e perfeitos do que os momentos engraçados. Seja com Demeter e o climão "O Diabo Veste Prada" com sua família, ou Cat quando perde o emprego, ou ainda do affair da menina ao ex chefe. Eram trechos que me concentrava mais do que as partes engraçadas. Sempre há esse pequeno drama nos livros da Sophie, e acho que são para equilibrar as situações. Nesse livro eles tendem a pesar mais do que a comédia. 

Não é um livro ruim, passa longe disso, mas acho que esperei mais. O achei cansativo em vários momentos, como se precisasse ter 100 páginas a menos e que não iriam fazer falta. Acho que quando você vai com muita expectativa para algum lugar, ele acaba decepcionando um pouco você. Talvez se não tivesse criado tanta coisa em cima dele, teria aproveitado mais a experiencia. 

Enfim, tem seus momentos engraçados, e seus momentos de drama, que são melhores que os engraçados. Tem um relacionamento fofo, mas que pessoalmente teria descartado sem problema porque achei o mocinho bem "mais do mesmo". A protagonista, apesar de muito divertida, deixa qualquer um com dor de cabeça do tanto que ela problematiza a vida. Ah vá, o negócio já é ruim demais e você vai insistir nesse erro? 

Não recomendo começar Kinsella por ele, mas é um livro razoável para quem está acostumado com a escrita dela. Meu predileto ainda continua sendo Fiquei com seu Número. 

Resenha de "Atlântida - o Gene" (A. G. Riddle)

Título: Atlântida - O gene
Autor: A. G. Riddle
Editora: GloboAlt
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Sinopse: Em uma expedição na costa da Antártida, pesquisadores encontram uma misteriosa estrutura enterrada em um iceberg. A milhares de quilômetros dali, na Indonésia, a Dra. Kate Warner pesquisa a cura para o autismo em crianças através de experiências genéticas. Quando essas crianças são sequestradas, um agente de segurança altamente habilitado, acredita ter encontrado uma ligação entre esses dois fatos e busca desvendar uma conspiração global que ameaça toda a humanidade.



Sempre gostei da história de Atlântida. E apesar de termos uma ou outra obra sobre o assunto, tanto literária quanto cinematográfica, jamais achei que fosse suficiente. Tem tanta coisa para explorar... O tema pede mais. Muito mais. E acho que foi isso o que o autor tentou fazer com esse livro. Fez tanto que as vezes eu precisava voltar páginas para reler certas passagens, de tão perdida que estava. Mas isso em nada tirou o mérito dele, pelo contrário. 

Não tenho como explicar muito bem esse livro. Ele é confuso porque tem diversos elementos que são importantes. Por exemplo, ele trabalha a parte biológica, física e arqueológica em cima da ideia de Atlântida. E acho que vai além disso, porque se refere a acontecimentos anteriores a ideia de Atlântida em si, mas que tem tanta lógica na explicação que me peguei pensando o quanto de realidade há nessas informações. 

Também não consigo explicar o que acontece nele. Dar uma pequena sinopse aqui pode ser muito.  Basta vocês saberem que existe essa cientista, Kate, que dirige um centro de estudos sobre o autismo. E também temos David, um policial da CIA que está em uma missão secreta. Os destinos deles se cruzam por conta de eventos relacionados as duas coisas que eles trabalham. E ai que esse livro começa a enlouquecer. 

Não me entendam mal quando falo em enlouquecer, isso não é uma crítica, pela menos não de minha parte. Pessoalmente eu morria de rir quando o autor jogava um problema X, dentro de um problema Y. Não parava de pensar que o cara era muito pirado, ou um completo gênio. Incrível como as duas coisas podem ter uma ligação singular. O fato é que as vezes a quantidade de informações pode confundir o leitor. Diversos momentos eu voltei páginas porque me perdia, então isso pode, sim, ser um impedimento para alguém que está lendo. 

Eu amo arqueologia e história. Então ler, nem que seja um pouco, sobre essa cidade me deixa eufórica. Preciso confessar que vi muito menos dela do que gostaria, mas acredito que ainda tenha tempo porque, sinto muito para quem não curte, esse livro é o primeiro de uma série. Não sei de quantos, e só entendi que era quando finalizei a leitura e tinham diversas pontas soltas. 

Viagem no tempo, mutações genéticas, história antiga e muita ação. Esses são os ingredientes de Atlântida, o Gene. Eu recomendo para quem curte autores como Dan Brown. Riddle segue uma linha parecida, e sabe fazer com que seja totalmente eficaz. Talvez exagera na eficiência, mas ainda assim eu amei o livro e recomendo.