5 livros de terror nacional para ler nesse Halloween

 

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Quem mais aí é apaixonado por toda a concepção da festa de Halloween? 

Lembro que quando era criança ficava vendo os filmes e desejando com todo coração poder bater de porta em porta e pedir doces. Claro que nunca aconteceu e aquilo ficou no imaginário. Mas isso não quer dizer que parei de amar. 

Sonho da vida? Passar um Halloween em Nova Orleans. Arrepio só de pensar. 

Sentar em uma varanda daquelas casas históricas lendo um livro assustador enquanto as crianças brincam na rua. Convenhamos que eu não tenho mais idade para pedir doces. 

Até lá, vou indicando para vocês cinco livros de terror nacionais que são realmente assustadores, ou muito bem construídos. 


andré vianco
Sinopse: Lançado de forma independente em 2000, Os Sete, de André Vianco, conquistou uma multidão de fãs e se tornou um best-seller, vendendo mais de 100 mil exemplares. O sucesso foi tão grande que consagrou o autor como um dos mais importantes na literatura de fantasia nacional. É neste romance que Vianco atualiza o mito dos vampiros e o encaixa na realidade brasileira, apresentando ao leitor seres poderosos, cada um com uma característica única, porém, todos monstruosamente perversos.
A nova edição chega ao leitor com a ilustração de capa produzida pelo brasileiro Rodrigo Bastos Didier e o design é de Pedro Inoue, o mesmo artista de 2001: Uma Odisseia no Espaço e a da edição comemorativa de 50 anos de Laranja Mecânica.
Na trama ambientada em terras brasileiras, uma caravela portuguesa naufragada com mais de 500 anos é descoberta no litoral do país. Dentro dela, uma estranha caixa de prata lacrada esconde um segredo. Apesar do aviso grafado, com a recomendação de não abri-la, a equipe de mergulhadores que a descobriu decide seguir em frente, e encontra sete cadáveres. Esses corpos misteriosos são levados para estudos e tudo parece estar sob controle até o despertar do primeiro deles. O romance mistura diversos elementos já conhecidos na escrita de Vianco: terror, suspense, fantasia, sobrenatural, romance e o tema pelo qual o autor é reconhecido: VAMPIROS. 
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a sombra da lua
Sinopse: O mito do lobisomem é universal. De núcleos tribais a grandes civilizações, todos já esbarraram no estranho caso do homem que vira fera. O progresso e a tecnologia relegam esses saberes ao campo do folclore e do obscuro, mas a lua não permite à alma humana esquecer o poder oculto que se esconde e se revela em ciclos. É na fronteira entre o civil e o selvagem, Deus e o desejo, o barro e o vil metal, o espírito e a carne, a fome e o sacrifício, que vaga o lobisomem. A criatura maldita está ilustrada nos contos infantis; nas grandes capitais ou nas vilas rupestres, suas híbridas pegadas prenunciam a sombra de algo que não deveria existir. Mas existe. À sombra da lua aponta uma chama trêmula, porém esclarecedora, sobre a encarnação do homem-lobo em terra brasilis, considerando – e até elucidando – os aspectos e os desdobramentos mais curiosos de sua estranha condição. Racionalidade e mistério se confrontam numa narrativa madura, e o resultado é uma luta de facas entre sina e paixão. A abordagem de Marcos DeBrito confere ao texto um fôlego brutal. Perspectivas mudam à maneira das fases lunares e, ao fim, o que vemos raiar do nevoeiro é um monstruoso clássico do gênero. A literatura brasileira de horror não possuía um relato tão tétrico e macabro sobre um personagem tão comum – o que prova sua capacidade de disfarçar-se e esconder-se, a despeito do quanto esteja presente, ou até que a lua o revele. Aqui está, então, nas letras lunares de Marcos DeBrito, o causo À sombra da lua, conforme me foi outrora contado. (por Tiago Abreu, pesquisador licantropista, poeta e professor)

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o escravo de capela
Sinopse: Durante a cruel época escravocrata do Brasil Colônia, histórias aterrorizantes baseadas em crenças africanas e portuguesas deram origem a algumas das lendas mais populares de nosso folclore. Com o passar dos séculos, o horror de mitos assustadores foi sendo substituído por versões mais brandas. Em O Escravo de Capela, uma de nossas fábulas foi recriada desde a origem. Partindo de registros históricos para reconstruir sua mitologia de forma adulta, o autor criou uma narrativa tenebrosa de vingança com elementos mais reais e perversos. Aqui, o capuz avermelhado, sua marca mais conhecida, é deixado de lado para que o rosto de um escravo-cadáver seja encoberto pelo sudário ensanguentado de sua morte. Uma obra para reencontrar o medo perdido da lenda original e ver ressurgir um mito nacional de forma mais assustadora, em uma trama mórbida repleta de surpresas e reviravoltas.

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rua das lagrimas flutuantes
Sinopse: A morte faz parte da vida de Sebastian e Ava. Ele, um paranormal que convive com fantasmas desde os seis anos; ela, uma tanatopraxista com sonambulismo e inclinação à loucura.
Sebastian está acostumado com o sobrenatural. E, no entanto, não está preparado para o encontro com uma estranha mulher em um Solário do século XVIII, palco de muitas lágrimas do passado.
Lendas antigas sinistras, portas batendo, gargalhadas vindas de lugar nenhum... Ava já não sabe o que é real. E o tempo que passa com um estranho homem, que se diz capaz de livrar de criaturas sombrias a mansão que ela herdou, só a faz duvidar cada vez mais de sua sanidade.
A união dessas duas pessoas, que cresceram ao redor do que há de mais doloroso no mundo, talvez não seja fruto da coincidência. Juntos, eles têm a chave para desvendar mais mistérios do que sequer imaginam.
Forças maiores sempre trabalharam para separá-los, mas sua ligação é maior do que a matéria e o espírito.

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nova jaguaruara
Sinopse: Um antigo e curioso evento acontece todos os dias em Nova Jaguaruara, uma pequena cidade no interior do Ceará: à meia-noite, as luzes se apagam e a cidade cai na escuridão por exatamente um minuto. Vicente e sua equipe de trabalho chegam à cidade para estudar as condições para a instalação de torres de energia eólica na região e, quem sabe, resolver o estranho problema de queda de energia. O que eles não sabiam, entretanto, é que a cidade esconde uma terrível história relacionada ao desaparecimento de pessoas desde o início do século XX. A única coisa de que são alertados desde o primeiro dia é o fato de não poderem se aproximar de uma igreja abandonada na beira da estrada, um pouco afastada de Nova Jaguaruara. Infelizmente, o aviso não é o suficiente e logo Vicente e sua equipe encontram-se presos nos terríveis mistérios da cidade.

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Romance de época ou romance histórico?

 


Lançamento quentinho da Amazon para quem curte romance histórico e de época. E vou dizer, heim... imperdível! 

Sinopse do volume 1: Joana Aguiar é a filha de um importante barão do café. Cresceu cercada de tudo o que uma menina poderia querer, menos do que realmente era importante para ela: liberdade de fazer as próprias escolhas.

Uma ativista dos direitos femininos que se envolve em mais problemas do que deveria, Joana vive jogando a família nas más línguas da elite paulista quando é resgatada de passeatas, reuniões clandestinas e discursos fervorosos para operárias de fábricas.
Tadeu Narcole é descendente de imigrantes italianos. Vive com uma grande família em um cortiço no Brás, e é responsável por alimentar cada boca sob o seu teto. Também é um rapaz ambicioso que não poupa esforços para obter o que deseja, mesmo que tenha que passar por cima dos outros por causa disso.
Quando é contratado pelos Aguiar para dirigir para sua filha adolescente, Tadeu não imaginava que o trabalho poderia ser tão difícil. Ou tão prazeroso.
Os mundos desses jovens se chocam uma batalha que começa a ser travada entre a decência e o desejo, e ela cobra um preço muito caro para quem ganha e quem perde, pois não há vencedores nos escombros de uma guerra.



Olha o que os leitores estão achando: 








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A revolução dos bichos e porque devemos ter medo dos nossos animais

 


Título: A Revolução dos Bichos 
Autor: George Orwell
Editora: Arqueiro (Cedido em Parceria)
Saiba mais: Amazon

Sinopse: Inspirados por um discurso libertador, os animais maltratados e sobrecarregados de uma fazenda se voltam contra seu dono, expulsam-no e tomam o poder.

Com idealismo inflamado e palavras de ordem emocionantes, eles se propõem a criar um paraíso de progresso, justiça e igualdade.

Está armado o palco para uma das sátiras mais contundentes já escritas – uma fábula para adultos que registra como a revolução contra a tirania pode evoluir para um totalitarismo igualmente terrível.

 


Independente de o leitor saber que esse livro é uma fábula ou não, é claro como a sensação de "mensagem" existe em todas as páginas. Em tudo o que acontece nessa fazenda, olhando ou não pela perspectiva dos bichos. 

Lembro que comecei lendo George Orwell ainda na adolescência, por 1984. Na época não sabia se estava entendendo muito do que estava lendo, embora amasse o teor de ficção especulativa presente no livro. E quando pulei para Revolução dos Bichos, eu senti que tinha uma mensagem muito próxima da minha realidade, ainda que também não conseguisse correlacionar de maneira correta. 

Entenda que era uma adolescente com um livro e sem guia algum de como enxergar esse livro em uma ótica realista. 

A primeira vez que li esse livro guiado por um professor, já estava no ensino médio, e incrível como enxergar que esse foi um livro escrito durante a Segunda Guerra Mundial clareou estupidamente minha mente. Não era mais uma adolescente com um livro, era uma garota com uma arma de guerra, porque é exatamente isso o que os livros são: resistência. 

Quando eu recebi esse livro da Arqueiro, lembrei de tudo o que eu senti lendo essa história, e acho que o sentimento é muito mais importante do que a história em si. Afinal, eram só bichos de uma fazenda com um estranho (porém comum a nós) sistema de governo interno. Parecia tudo muito irreal, porcos montando discursos, mas a fábula tem exatamente a proposta inversa. É trazer a realidade usando um pouco de realismo fantástico, que é o que Orwell faz aqui. 

Não é a história de bichos da fazenda, é a história de como governos se formam por cima de bases finas e perigosas e viram fortalezas intransponíveis e, ainda assim, perigosas. 

Por isso digo que não é só uma questão do que a história é, mas do que ela representa para quem está lendo. Seja você de esquerda ou direita, vai sentir algo ao ler, e essa sensação é mais importante do que a fábula em si. Acredito, inclusive, que essa era a intenção do autor. Cutucar, mas cutucar de dentro para fora. Fazer o leitor enxergar primeiro o que há dentro dele, para aí sim encaixar na história. 

Acho que esse é um livro que deve ser lido em conjunto, com um guia que possa levantar questões importantes, como contexto histórico, e fazer ligações entre o real e o não real. As vezes as pessoas precisam disso para entender determinados livros, e esse é um deles. 

A Revolução dos Bichos é um livro necessário para qualquer pessoa, dentro de qualquer contexto social, e sempre vou bater nessa tecla de reconhecimento dessa história.