[TOP 10] Mocinhas de 2015


Em complemento ao post onde falo sobre os melhores livros lidos em 2015, temos aqui o vídeo sobre as melhores personagens femininas de 2015.
Entre elas temos personagens de livros das editoras: Arqueiro. Cia de Letras, Galera Record, Novo Conceito, Guttemberg, Única, Suma de Letras e Intrínseca.
Confiram...


Melhores Leituras de 2015


Olá, pessoal!
Sei que esse post está atrasado, mas antes tarde do que nunca, não é?
Fiz um vídeo contando sobre as melhores leituras que fiz em 2015. No box de informações dele tem todos os links dos livros que já foram resenhados, se vocês tiverem curiosidade para conferir.


Resenha de "Alice no País das Armadilhas" (Mainak Dhar)

Título: Alice no País das Armadilhas
Autor: Mainak Dhar
Editora: Única (Cedido em Parceria)
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Sinopse: O planeta Terra foi devastado por um ataque nuclear, e boa parte de sua população se transformou em Mordedores, mortos-vivos que se alimentam de sangue e, com sua mordida, fazem dos humanos seres como eles.Alice é uma jovem humana de 15 anos que mora no País das Armadilhas, nos arredores da cidade que um dia foi Nova Déli, na Índia. Ela nasceu nessa nova realidade aterrorizante e teve de aprender a se defender sozinha desde cedo.
As coisas mudam quando Alice decide seguir um Mordedor por um buraco no chão: ela descobre a estarrecedora verdade por trás da origem das criaturas e se dá conta da profecia que ela mesma está destinada a consumar — uma profecia que se baseia nos restos chamuscados do último livro encontrado no País das Armadilhas, uma obra chamada Alice no País das Maravilhas .
Uma mistura incomum de mitos, teorias conspiratórias e Lewis Caroll, Alice no País das Armadilhas pode parecer mais uma história de zumbi, mas é uma metáfora instigante de como tendemos a demonizar aquilo que não compreendemos.

O mercado editorial aqui no Brasil é um mercado de tendências. Quando tivemos o "bum" distopias, todas as editoras apareceram com ao menos um livro do gênero. O mesmo serviu para os eróticos, que tomou o mercado de forma absurda. E hoje temos uma leve tendência de recontos de contos de fadas e livros infantis. Tanto em livros como em filmes. É saber que funciona e logo aparecem candidatos a vagas e empresários em busca de títulos que agradem o fã das histórias originais. 

Confesso que não sou muito animada com a ideia desses re-contos. Poucos os que gostei. Tenho o maior preconceito emocional com eles. De alguma forma sinto que estou traindo a história original, principalmente quando sou apaixonada por ela, como é o caso de Alice no País das Maravilhas. 

Contudo quando a Única lançou o livro, eu fiquei maravilhada com a ideia. A proposta era diferente e me atraiu por pura curiosidade, sem contar o trabalho gráfico incrível da editora com esse título. Temos que admitir que a Única é danada para trabalhar bem a parte visual dos livros que publica. 

Enfim, acabei demorando a ler por conta da quantidade de coisas acumuladas que tenho aqui de várias editoras. Quando fui colocar ele na fila, ficou embaixo de outros que já estavam aqui antes. Contudo além dessa problemática comum a qualquer blogueiro literário: Acúmulo de livros, também teve o fato de que não podia sentar para ler o Alice que acabava dormindo. Sério mesmo. Um livro que demoraria dois dias, no máximo, para acabar, levei uma semana inteira. E isso me fez pensar se o problema era comigo, ou com a narrativa do autor. 

A proposta do livro é a seguinte: Temos essa personagem, Alice, que tem todas as características do livro de Lewis Carroll, só que vive em Nova Delhí, a capital da Índia. É uma lutadora incrível e sabe manejar bem uma arma. E isso porque vive em uma sociedade "distópica", que foi destruida por bombas nucleares depois que mortos-vivos começaram a brotar da terra e transformar humanos em mais mortos-vivos. Como zumbis. Eles são chamados de Mordedores. 

Um dia enquanto estava de guarda, Alice vê um dos Mordedores com orelhas de coelho entrando em um buraco no chão, e o segue. É a partir desse momento que a adolescente conhecerá certas verdades que a fará questionar tudo o que lhe foi ensinado a vida inteira enquanto vivia nos assentamentos de humanos, e a verdade sobre esses seres do mal, que de fato tem seu próprio ponto de vista sobre toda essa guerra que supostamente eles iniciaram. 

O negócio é o seguinte... Tem muita coisa que curti nesse livro. A ousadia do autor em criar uma distopia usando Alice como pano de fundo; o fato da história se passar na Índia, quando estamos todos acostumados com EUA; os questionamentos sobre a verdade das pessoas, e de que toda história tem dois pontos de vista. Mainak Dhar me ganhou nesses quesitos, e por isso não achei de todo uma leitura ruim. A personagem também tem uma força bacana, do tipo que gosto nos livros, o que também contou pontos a favor. 

E daí vocês me perguntam qual então foi o problema que me fez tirar duas estrelas do livro, e lhes digo que basicamente se tratou de afinidade a escrita do autor. 

Enquanto eu lia ficava pensando que se ele tivesse escrito esse livro em primeira pessoa, eu teria ficado muito mais ligada a ele do que fiquei. Foi estranho observar os pensamentos e intenções de Alice pelo ponto de vista de um narrador diferente, e isso fez parecer que eu estava lendo um livro escrito por, sei lá... um matemático, de tão seco e distante, e não um homem que já é escritor. Mainak Dhar não funcionou para mim com terceira pessoa. 

A ideia dele para a existência desses Mordedores, embora diferenciada, me pareceu meio forçada e não me convenceu. Foram páginas de uma explicação que no final das contas, pelo menos para mim, não explicou nada. Fiquei mais confusa e achando que aquilo não era desculpa para uma catástrofe mundial. Mas tudo bem, isso a gente releva porque tivemos duas grandes guerras que sinceramente tiveram os piores e mais banais motivos do mundo para que acontecessem. 

A ligação do livro distopico do autor, com o psicótico orginal de Carroll, também não rolou comigo. Entendi a ideia, mas ela não funcionou na minha cabeça. Contudo pode ter sido uma questão de fidelidade com a história original. Não é a primeira vez que leio um reconto de Alice, mas é a primeira vez que me sinto incomodada com um, E não tem nada haver com a distopia, ou os zumbis - vocês bem sabem que adoro os temas! - mas algo na construção dos diálogos, inserção das ideias, personagens e explicações. Parecia tudo surreal para mim, e não surreal ao estilo gatos que desaparecem pela metade e rainhas que cortam cabeças. Surreal no sentido de "a ideia poderia ter sido melhor trabalhada para dar credibilidade a ele". 

Vocês podem afirmar que isso é esperar demais de um livro inspirado no maluco mundo de Lewis Carroll, mas garanto a vocês que eu acreditava muito mais fácil em coelhos com relógios do que zumbis com orelha de coelho. Sem contar o fato da maluca da Alice ter se jogado em uma toca cheia de Mordedores. NO QUE DIABOS ESSA MENINA ESTAVA PENSANDO? 

Enfim, foi um livro que não surtiu muito efeito em mim, e me deixou bastante sonolenta por não conseguir me apegar a personagem nenhum, e nem a escrita do autor. Mas conheço pessoas que super se identificaram com a história e acharam incrível. Para vocês verem que isso é uma questão de gosto. 

Agora é com vocês. <3

Resenha de "O Coração do Leão" (Mia Sheridan)

Título: O Coração do Leão
Autor: Mia Sheridan
Editora; Arqueiro (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Esta história se baseia na mitologia de Leão e fala sobre as surpresas que a vida nos reserva.Evie e Leo se conheceram ainda crianças, em um lar adotivo, e logo se tornaram grandes amigos. Com o tempo, a amizade se transformou em uma paixão avassaladora, e eles juraram ficar juntos para sempre.
Quando Leo foi inesperadamente adotado na adolescência e teve que se mudar para outra cidade, prometeu a Evie que entraria em contato com ela assim que chegasse lá e que voltaria para buscá-la quando ela fizesse 18 anos. Mas ele nunca mais deu notícias.
Oito anos depois, apesar das circunstâncias, Evie conseguiu dar a volta por cima. Tem um emprego, amigos e está feliz. Então, de repente, um homem chamado Jake Madsen surge em sua vida, alegando ter sido enviado por Leo para saber como ela está.
Evie não consegue evitar a atração que sente por esse homem sensual e misterioso. Mas será que ela pode confiar em um estranho? Ou será que ele está guardando um segredo sobre sua real ligação com Leo e os motivos que o levaram a sumir de sua vida anos atrás?

 Pois é. O Coração do Leão não é o tipo de livro que vocês costumam ver em resenhas por aqui. Me afasto o máximo que posso de New Adult porque até eles tem o "mais do mesmo" que anda me deixando impaciente em minhas leituras. Ninguém ousa, e isso é irritante. 

No entanto eu acabei solicitando e acredito que tenha sido por falta de opção no mês que pedi. Queria ler um livro antigo do catálogo do Arqueiro, mas não acho justo deixar de pedir ao menos um lançamento para divulgar o trabalho da editora naquele mês e chamar a atenção dos leitores. E o escolhido para isso foi O Coração do Leão. 

Olha, de modo geral não me decepcionei com o livro, apesar de ter revirado os olhos de nervosismo em muitos momentos. Não cheguei a ler o primeiro dessa série dos signos, e não é necessário, já que os livros são bem individuais. Mas pelas resenhas que andei lendo, sei que a autora foi muito feliz em escolher as problemáticas da outra história, e digo que ela também foi feliz aqui em relação a isso nesse livro. O que foi infeliz, ao meu ver, foi o jeito como trabalhou os personagens em "modo casal". 

O livro, mesmo curto, é bem completo em sua proposta. Tem momentos do passado e do presente dos personagens, e isso faz toda a diferença para nos aproximarmos dos sentimentos de ambos no futuro. O enredo é basicamente isso que está na sinopse: Crianças se conhecem e se apaixonam em um orfanato. São separados depois que um é adotado, com uma promessa de reencontro no futuro. Acontece que o carinha acaba morrendo e manda um de seus amigos para checar se Evie está bem. Esse aparecimento do amigo vai mexer com ambos, principalmente com a garota que se vê numa mistura de culpa e sofrimento pelo primeiro amor que morreu, e um desejo alucinado pelo cara que está na vida dela naquele momento. 

Evie foi uma personagem que me conquistou de cara pela perseverança de vida. Tem dois trabalhos e se esforça muito para conseguir as coisas, o que admirei logo na menina. Já Jake tem o esteriótipo de homem que não suporto: Controlador. 

Porque diabos os autores insistem em criar personagens assim? As mulheres devem gostar, ou os livros não fariam sucesso. Comigo não rola. O cara quer controlar o que a menina come, como anda, com quem fala, como se veste... Ahhh, vá! Nem minha mãe comanda minha vida desse jeito, imagina um homem! E logo no início a gente percebe que Evie facilita muito esse tipo de comportamento de Jake. 

Existe entre os dois aquele tipo de química que só se vê em livros e que realmente me irritam. Qual o problema de se construir as coisas lentamente? Principalmente porque envolve a situação de uma morte. Ficou frio demais, saca? Isso foi meio sem propósito. 

Contudo, mesmo com todas as reclamações, a leitura fluiu com facilidade para mim por conta do mistério que envolvia Jake. O leitor sabe que tem algo e fica agoniado até descobrir. Tudo bem que não foi uma big surpresa, mas gostei do tema que Mia usou para contar essa história. Tem suas pitadas de drama forte, e aquele gostinho de sacanagem que permeia esse tipo de livro. 

Para quem gosta do estilo, fica a dica. Mas se você, como eu, anda fugindo do tipo, ainda assim indico arriscar. Tirei muita coisa bacana dessa leitura, sem contar que a escrita de Mia é gostosa e você lê num fôlego só. 

Resenha de "2111 D.C. - O Condado dos Expatriados" (Ricarte Sales)

Título: 2111 D.C. 
Autor: Ricarte Sales
Editora: Ler Editorial (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Em dezembro de 2036, um mês após eclodir a Terceira Grande Guerra, uma série de catástrofes, aparentemente naturais, e uma suposta arma química em forma de vírus, dizimou, a nível global, mais de 99,9% da espécie humana.Nos seis meses que se seguiram, o nível do mar subiu cerca de 70 metros, ao passo em que a crosta terrestre tornou-se instável, salvo um conjunto de arquipélagos recém-formado, nas proximidades fronteiriças das antigas nações da Costa Rica e Panamá. Por motivos ainda não conhecidos, essa passou a ser a única área estável do planeta de que se tem notícia.
Nas primeiras duas décadas após o Dezembro de 2036, ou “D36” como ficou conhecido, esta área foi sistematicamente ocupada pelos últimos remanescentes da população humana. A maior parte, resgatada e trazida por expedicionários, dos mais variados rincões dos antigos continentes.
Doze Cidades-Estado emergiram e a zona estável, com as mais de duzentas ilhas que a compunha, foi demarcada e subdividida entre elas. Posteriormente, este número cairia para onze Cidades-Estado.
E é neste instável cenário político, de mares salpicados por ruínas, navegantes exploradores e criminosos expatriados de vida nômade, que o Capitão Cananeu Zus Airã narrará os 111 dias de uma saga que poderá conduzir a zona estável e suas novas e últimas nações, para aquilo que uma profecia “Pós-Apocalipse” alude ser: o Quarto e Último Grande Conflito entre Tribos.

Olha, vocês bem sabem que sou a maluca das distopias. Não tem nada que me deixe mais agoniada para ler um livro do que saber que ele é distópico. E quando eu recebi de surpresa o 2111 aqui em casa, fiquei feliz a beça! Já estava pensando em solicitar ele para a Ler Editorial antes mesmo dessa grata surpresa. 

Demorei um pouco para começar a ler por problemas de logística das minhas leituras. As coisas estavam acumulando e tinha que dar prioridade aos antigos. Acabei deixando esse para depois, e isso foi gerando uma expectativa que talvez tenha atrapalhado meu envolvimento com a história. 

Depois de dois capítulos eu já estava perdida, voltando páginas para entender o excesso de informação que o autor já lança a princípio, e que te deixa meio desnorteado. Pelo menos comigo deixou. E não acho que, de modo geral, tenha sido uma problemática do livro. Simplesmente é o modo que o Ricardo tem de escrever. Só não me adaptei a ele de maneira agradável, e o livro se tornou uma tortura para mim a medida que as páginas iam passando. Repito: Não foi um problema na trama, mas na escrita do autor, a qual EU não me adaptei. 

Acredito que Ricardo tenha passado muito tempo trabalhando a base da história. Ele criou sociedades bem organizadas e estruturadas entre si. Com suas moedas e línguas específicas. Isso deve ter levado um tempo danado, e creio que em algum momento da série - sim, é uma série - saber disso fará diferença para o leitor. Nesse primeiro livro não fez diferença alguma para mim saber quem usava que tipo de moeda ou falava que espécie de língua. 

Tem um momento que gostei bastante. Quando o protagonista, Zus, está numa fuga desesperada para conseguir manter sua vida. Ali eu me vi ligada na história. Achei bem parecido com algumas cenas do livro Fênix: A Ilha, que adoro. Só que depois a trama entrou em período de calmaria e fiquei meio cansada dela. 

Como um livro de ficção pós apocalíptico eu acho que a história funciona. Existe muita explicação sobre os acontecimentos que levaram a humanidade até aquele patamar e isso ajuda na construção do mundo na cabeça do leitor. Não me envolvi com o protagonista ao ponto de torcer por ele, mas também não sei se essa era a ideia do autor. Talvez Zus tenha sido criado para se manter neutro e deixar que a trama funcione como protagonista de fato. 

Pensando como distopia, acho que falhou um pouco. Faltou aquela coisa do governo totalitário que a gente facilmente reconhece em distopias. Até porque no caso desse livro, o mundo está bem dividido e parece independente em cada parte dele. Como tribos. Até que achei a forma de organização muito estruturada para um mundo que passou pelo desastre que o nosso passou, no caso dessa trama. Contudo temos que lembrar que as pessoas veem tudo como distopia hoje em dia, e existe uma leve diferença entre elas e livros pós-apocalípticos, por exemplo. Isso fica para outro tópico. 

Em relação a parte estética do livro não tenho do que me queixar. Margens boas, livro bem diagramado e com letras favoráveis a visão de qualquer um. Não tem muito enfeite, e até prefiro que seja assim. 

Não tenho intenção de continuar a série, mas eu até indico para quem gosta do gênero. O que não agradou a mim pode agradar a outros. Realmente foi um problema de ligação da história comigo, e não dela em si. 

Resenha de "Obsidiana" (Jennifer L. Armentrout)

Título: Obsidiana
Autor: Jennifer L. Armentrout
Editora: Valentina (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Começar de novo é uma porcaria. Quando nos mudamos para West Virginia antes do último ano de curso, eu tinha me resignado ao sotaque engraçado, ter conexão de internet ruim e me cansar da vida monótona como uma ostra... Até que eu vi meu vizinho sexy, tão alto e com esses impressionantes olhos verdes. As coisas pareciam estar melhorando. E então ele abriu a boca. Daemon é insuportável e arrogante. Nós não nos damos bem. Nada, nada bem mesmo. Mas quando um estranho me atacou e Daemon congelou o tempo, literalmente, com um movimento de sua mão... Bem, algo aconteceu... Inesperado. O sexy alienígena que vive do outro lado da rua. Sim, você ouviu direito. Alien. Acontece que Daemon e sua irmã têm uma galáxia cheia de inimigos que querem roubar suas habilidades, e o toque de Daemon fez com que eu parecesse um daqueles sinais luminosos em Las Vegas. A única maneira de sair dessa viva é ficar colada a Daemon até que minha "luz" extraterrestre se apague. Isso se eu não matar a Daemon antes, claro.

Obsidiana foi o tipo de livro que me divertiu bastante, apesar de também ter me irritado em demasia, e por muitos momentos. Gosto de algumas coisas nele que raramente vejo em outros livros, mas acho que peca no mesmo problema dos demais YA: Romances irreais, e não estou me referindo ao sobrenatural, mas romances tão forçados que são ridículos.  

Kat está se mudando. Tem um humor até bacana ao encarar essa mudança, nada de dramalhão fora do normal adolescente. e possui um senso de humor delicioso. É blogueira, e provavelmente esse foi um dos motivos que me fez gostar bastante dessa protagonista. Eu entendia as problemáticas as quais ela passava quando falava do seu trabalho com o blog. Vivo isso diariamente, 

Como a nova casa fica em um lugar bem afastado do mundo movimentado, Kat sente uma certa inquietação por conta da inércia e tédio, que só melhora quando conhece o casal de irmãos que mora na casa ao lado da sua, que são qualquer coisa menos entediante. 

A garota é alegre e parece bem receptiva a criar amigos novos. Na verdade ela está desesperada por isso. Já o cara, Daemon, é um grosso psicótico que não conhece o significado da palavra educação. Mas que, de alguma forma, desperta um lado meio animal em Kat. Ele desperta isso no leitor também. A gente não sabe se pula no pescoço do menino para matá-lo ou tascar um beijo pra ver se para de ser tão imbecil. 

Você fica super envolvido nesse relacionamento de cão e gato de início, mas sabe que existe algo de sobrenatural nos irmãos e em tudo o que os envolve, Situações estranhas com eles nas proximidades, e a forma muito liberal com que parecem viver. Pouco comum para adolescentes. E foi nisso que me apeguei para tentar solucionar o mistério de quem eram aqueles dois. 

Confesso que gostei bastante quando descobri "o que" eles eram. Me lembrou um seriado que vi quando era menina sobre o tema, e possivelmente a autora até se baseou um pouco nessas séries antigas para construir o sobrenatural dessa história. Elementos semelhantes e outros que ela deixou a imaginação criar livremente, já que tudo em relação a ELES é apenas uma suposição da mente humana.  

Quanto ao mistério que os envolvia, eu super curti. Foi o motivo que me fez levar o livro para todos os lados enquanto lia. Mas em relação ao relacionamento do casal, não engoli muito bem. Não consigo absorver que uma garota se apaixone por um cara totalmente grosso e sem atrativo algum além da beleza. E como as coisas se desenvolvem rápidas demais nesse tipo de romance, fiquei altamente incomodada. 

Outra coisa que me deixou meio "nhem" foi como a questão familiar dos irmãos se assemelha a família Cullen, de Crepúsculo. Não por parecer com eles em si, mas pela familiaridade sensorial que ler sobre essa família me causou em relação a outra. Não foi nada que me incomodasse a ponto de fechar o livro, até porque só a conhecemos perto do fim, mas fez perder uns pontinhos comigo. 

É uma série, e pelo o que entendi uma das longas. Não cheguei a dar uma olhada no Goodreads, mas sei pelas fanáticas nela que não vai ser rápido ver a conclusão dela por aqui. Pelo menos cinco livros tem nessa série Lux. Se mantiver a mesma linha de ação do primeiro, acredito que não terei problemas com isso. Do contrário terei dos sérios. Não curto séries longas e cansativas. 

Foi uma leitura muito gostosa e que devorei em um ou dois dias. Vou continuar a acompanhar a história com entusiasmo, torcendo para que a autora não me deixe entediada. De modo geral eu adorei o sobrenatural com o qual ela trabalhou aqui. 



Resenha de "Minha Vida Mora ao Lado" (Huntley Fitzpatrick)

Título: Minha Vida Mora ao Lado
Autor: Huntley Fitzpatrick
Editora: Valentina (Cedido em Parceria)
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Sinopse: “Minha mãe nunca ficou sabendo de uma coisa, algo que ela reprovaria radicalmente: eu observava os Garrett. O tempo todo.”Os Garrett são tudo que os Reed não são. Barulhentos, caóticos e afetuosos. São de verdade. E, todos os dias, de seu cantinho no telhado, Samantha sonha ser uma deles, ser da família. Até que, numa noite de verão, Jase Garrett vai até lá e...
Quanto mais os adolescentes se aproximam, mais real esse amor genuíno vai se tornando. Contudo, precisam aprender a lidar com as estranhezas e maravilhas do primeiro amor. A família de Jase acolhe Samantha, apesar dela ter que esconder o namorado da própria mãe.
Até que algo terrível acontece, o mundo de Samantha desmorona e ela é repentinamente forçada a tomar uma decisão quase impossível, porém definitiva. A qual família recorrer? Ou, quem sabe, Sam já é madura o bastante para assumir suas próprias escolhas? Será que está pronta para abraçar a vida e encarar desafios?
Quem você estaria disposto a sacrificar pela coisa certa a se fazer? O que você estaria disposto a sacrificar pela verdade?

Estou em um momento da minha vida em que deveria estar correndo de romances, mesmo de romances adolescentes. Ou eles me deixam depressiva ou enjoada. Pior ainda quando me deixam com os dois. Mas com a propaganda que a Valentina fez desse livro, me senti altamente inclinada a solicitá-lo. Aproveitei que final de ano minha agenda de leitura iria folgar um pouco e pedi. 

Demorei a pegar, da mesma forma que demorei a pegar todos os livros que achei que daria conta até a virada de ano. Na verdade, não lembro de dois meses mais corridos na minha vida como foram dezembro e janeiro. Ainda estou cansada e o mês nem acabou. Mas isso é assunto para outro tópico. O que o importa é que peguei, e devorei em dois dias, como era de se esperar desse tipo de livro em minhas mãos. 

De início não encontramos um dramalhão adolescente. Temos duas irmãs vivendo numa casa com a mãe super chata, e uma família aparentemente bagunceira e enorme se mudando para a casa ao lado. Para a mãe de Samantha e Tracy é um sacrilégio que uma família queira, e tenha, tantos filhos, mas assim são os Garrett, que desde o momento que pisaram por ali chamaram a atenção da caçula a ponto de fazer com que ficasse horas no telhado de casa de olho nas várias crianças felizes e nos pais amorosos. Coisas que passavam um pouco longe do que estava acostumada. 

A história dá um super pulo de anos. Samantha e Tracy são proibidas de falar com os Garrett pela mãe, mas isso não impede que Samantha, durante um verão solitário em que a irmã vai passar fora, comece uma amizade despretensiosa com um deles: O Jase. 

No fundo o leitor sabe que isso deveria ser a espinha principal da história. O que a guia e a preenche. Sinceramente? O romance foi o que menos me tocou aqui. E não que a história num todo tenha sido incrível e cheia de reviravoltas, mas tem um pouco da pitada de Sarah Dessen, que consegue transformar o banal em algo bem feito e gostoso de se ler. Pessoalmente gostei mais da construção que Fitzpatrick fez na história do que a que Dessen fez nos livros que li dela. Tem algo de mágico na forma delicada e lenta com que as coisas acontecem em "Minha Vida Mora ao Lado", e não digo nem no relacionamento do casal, mas familiar. 

A princípio você não entende, mas com o tempo começa a enxergar que ambas famílias são meio destrutivas a seu modo. Comecei amando os Garrett e detestando a família de Samtanha. Depois vi a genialidade da autora em nos mostrar que mesmo as famílias aparentemente mais felizes também podem ser nocivas. No caso dos Garrett você enxerga isso com o excesso de amor, que gera o excesso de filhos e uma expectativa de futuro profissional limitada para todos eles. Ao contrário da mãe de Samantha, que teve duas filhas, cria ambas com tudo do bom e do melhor, e tem dinheiro fácil para o futuro delas. 

E quando você acha que o livro não tem como ir mais fundo nessa questão das famílias e diferenças, eis que a autora insere algo que faz você reavaliar tudo de novo e pensar o que faria em ambas situações. Se colocando nos dois lados da história. Não é nada que vá fazer seu queixo cair, só deixar um pouco desnorteado com as opções perigosas e limitadas que a vida pode apresentar em determinados momentos. 

Foi um livro que não me tocou pelo romance, como disse, mas pelas questões familiares e o modo como elas se resolvem - ou não. A autora deixa um pouco em aberto como tudo irá se desenrolar, mas até que achei isso interessante. Não reclamaria de receber mais três ou quatro páginas de explicação, contudo gostei da abertura que ela deixou. Faz o leitor criar possibilidades e trabalhar com elas de forma a construir uma ideia, que é o que todo livro deveria fazer. 

Recomendo pra caramba o livro! Como romance jovem, como drama familiar... Enfim, você pode tirar muitas coisas interessantes dessa história. Se jogue!